Em um processo seletivo, falar dos pontos fortes é fácil – provavelmente você até está pensando neles neste exato momento. Mas o que responder sobre pontos fracos? Afinal, esse é um momento em que você espera discutir habilidades, talentos e capacidades que te tornam mais forte para a vaga, e não menos.
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Porém, ainda que enquadrar possíveis fraquezas de maneira positiva seja desafiador, quando você combina o autoconhecimento com um plano de ação, pode rapidamente se diferenciar de outros candidatos. Por isso, a chave para se preparar para esta pergunta é identificar os pontos fracos que “comunicam força”.
Para quem ainda não sabe exatamente como fazer isso, o Indeed, um dos principais buscadores de vagas de emprego do mundo, reuniu 11 pontos fracos e exemplos de como abordá-los em um recrutamento.
Pontos fracos, pontos negativos e pontos a desenvolver
Antes de mais nada, os exemplos que mostraremos a seguir visam ajudar a identificar suas áreas de melhoria. Seja sincero e, caso a sua característica a desenvolver não esteja na nossa lista, busque identificá-la e trabalhar para superá-la – e lembre-se sempre de explicar como você está trabalhando para superar suas deficiências.
Ver um ponto fraco como algo a se desenvolver, com base numa lógica de mentalidade de crescimento, pode ser algo muito positivo. Tanto para que esses pontos, no futuro, passem a ter menos proeminência no seu desempenho no trabalho, quanto para que você desenvolva e consiga demonstrar cada vez mais autoconhecimento.
11 exemplos de pontos fracos que você pode ter, para explicar nas entrevistas de empregos
Apresentando o problema e a solução, você pode transformar sua fraqueza em um ponto forte. Aqui estão alguns exemplos de pontos fracos a serem mencionados em uma entrevista, segundo o Indeed.
#1 Eu me concentro demais nos detalhes
Ser orientado aos detalhes normalmente é uma coisa boa, mas se você é alguém que tende a gastar muito tempo neles também pode ser considerado um ponto fraco. Apesar disso, ao compartilhar que se concentra muito nos detalhes, você mostra ao entrevistador que é capaz de ajudar a organização a evitar até mesmo pequenos erros.
Entretanto, certifique-se de explicar como você está fazendo melhorias nesta área, tendo em vista o quadro geral. Embora os empregadores possam não amar a ideia de ter um funcionário que se preocupa com os pontos mais delicados, um candidato que garanta qualidade e busca pelo equilíbrio pode ser um grande trunfo.
Exemplo:
“Minha maior fraqueza é que às vezes me concentro demais nos detalhes de um projeto e passo muito tempo analisando os pontos mais delicados. Tenho me esforçado para melhorar nessa área, verificando-me em intervalos regulares e dando a mim mesmo/a a chance de voltar a me concentrar no contexto geral. Dessa forma, ainda posso garantir a qualidade sem ficar tão preso aos detalhes, a ponto de afetar minha produtividade ou a capacidade da equipe de cumprir o prazo.”
Quando você despende muito tempo e esforço em algo, é fácil ficar apreensivo em marcá-lo como concluído ou repassá-lo para outra equipe. Sempre há espaço para melhorias e algumas pessoas tendem a criticar demais seu próprio trabalho ou tentar mudanças de última hora – o que pode ameaçar o cronograma.
Ao mesmo tempo, no entanto, análises de última hora podem ajudar a eliminar erros e tornar o produto final mais refinado. Se este for o seu ponto fraco, compartilhe como você está se esforçando para melhorar, estabelecendo um prazo para todas as revisões e sendo proativo em relação às mudanças, de modo que não espere até o último minuto.
Exemplo:
“Minha maior fraqueza é que às vezes tenho dificuldade em abrir mão de um projeto. Sou o maior crítico do meu próprio trabalho. Sempre posso encontrar algo que precisa ser melhorado ou alterado. Para me ajudar a melhorar nessa área, estabeleço prazos para revisões. Isso ajuda a garantir que não vou fazer alterações de última hora.”
#3 Tenho dificuldade em dizer “não”
Ajudar colegas em projetos e gerenciar adequadamente sua carga de trabalho é um equilíbrio perfeito. Do ponto de vista do empregador, alguém que aceita todas as solicitações parece dedicado e ansioso – mas também pode ser alguém que não conhece seus limites e acaba precisando de ajuda ou de extensões de prazo para concluir o seu trabalho.
Se você está tão ansioso para assumir novos projetos que não consegue dizer “não”, compartilhe como está trabalhando para se autogerir melhor, organizando suas tarefas e definindo expectativas mais realistas consigo mesmo – bem como com aqueles ao seu redor.
Exemplo:
“Minha maior fraqueza é que às vezes tenho dificuldade em dizer ‘não’ às solicitações e acabo aceitando mais do que posso suportar. No passado, isso me fazia sentir estressado ou exausto. Para me ajudar a melhorar nessa área, uso um aplicativo de gerenciamento de projetos para visualizar quanto trabalho tenho em um determinado momento e saber se tenho ou não disposição para assumir mais.”
#4 Fico impaciente quando os projetos vão além do prazo
Embora expressar estresse ou frustração com prazos não-cumpridos possa ser considerado uma fraqueza, os empregadores valorizam os trabalhadores que dão importância a eles e se esforçam para manter os projetos dentro do cronograma planejado.
Se você está usando isso como seu ponto fraco na entrevista de emprego, estruture sua resposta para se concentrar em como você aprecia o trabalho concluído no prazo e em como está se aperfeiçoando para melhorar os processos a fim de realizar o trabalho com mais eficiência.
Exemplo:
“Minha maior fraqueza é que fico impaciente quando os projetos passam do prazo. Sou um defensor das datas de entrega e fico desconfortável quando o trabalho não é concluído a tempo. Para evitar isso, comecei a ser mais proativo e prestando atenção em como estou reagindo para ter certeza de que estou sendo motivador e ajudando a promover a eficiência”.
#5 Eu poderia ter mais habilidade com…
Cada candidato tem áreas para melhorar em sua especialização. Talvez seja algo específico, como criar tabelas dinâmicas no Excel. Talvez seja uma habilidade como matemática, redação ou falar em público.
Seja qual for o caso, compartilhar algo que você deseja melhorar mostra ao entrevistador que você está autoconsciente e gosta de se desafiar. Certifique-se, no entanto, de não responder com uma fraqueza que é essencial para a função.
Algumas áreas comuns nas quais as pessoas podem precisar ter experiência incluem:
Comunicação verbal
Comunicação escrita
Liderança de equipe
Análise e interpretação de dados
Delegar tarefas
Fornecer críticas construtivas
Programas específicos (por exemplo, “Gostaria de melhorar minhas habilidades de apresentação do PowerPoint”)
A falta de confiança é uma fraqueza comum, especialmente entre os colaboradores iniciantes. Porém, sentir insegurança às vezes pode causar ineficiências em seu trabalho. Por exemplo, você pode se sentir desqualificado para falar em uma reunião importante quando sua ideia poderia ajudar a equipe a atingir uma meta.
Por isso, embora ser humilde ao trabalhar com outras pessoas possa ser útil, também é necessário manter uma certa confiança para fazer seu trabalho em um nível ideal. Se esta for a fraqueza que você escolheu apresentar em sua entrevista, enfatize por que você valoriza a confiança – sua compreensão do valor que oferece e as maneiras como você tem praticado para demonstrar confiança no local de trabalho (mesmo quando nem sempre você pode sentir isso).
Exemplo:
“No passado, tive dificuldades para manter a minha autoconfiança. Hoje tenho um documento editável no qual faço anotações dos impactos que causei em minha equipe e na minha organização, para entender melhor por que devo confiar nas habilidades e talentos únicos ofereço.
Também fiz questão de expressar minhas ideias e opiniões durante as reuniões, quando acho que são apropriadas e agregam valor à conversa. Por conta disso, nossa equipe acabou adotando minha ideia para um novo processo de financiamento, o que resultou em uma redução de 10% no tempo de planejamento do nosso orçamento anual.”
#7 Posso ter problemas para pedir ajuda
Pedir ajuda é uma habilidade necessária quando você não tem experiência em uma determinada área, ou está se sentindo esgotado ou não consegue lidar com sua carga de trabalho. Saber quando e como pedir ajuda mostra um forte autoconhecimento e ajuda a organização a se antecipar a uma possível ineficiência.
Embora ser independente sejam qualidades positivas, a empresa deve saber quando você precisa de ajuda. Explique como e por que você sabe que é benéfico obter auxílio e as maneiras como você tem melhorado essa habilidade.
Exemplo:
“Porque sou independente e gosto de trabalhar rapidamente, tenho dificuldades para pedir ajuda quando preciso. Aprendi que é muito mais benéfico para mim e para a empresa entrar em contato quando não entendo algo ou me sinto esgotado com minha carga de trabalho.
Também entendo que muitos profissionais ao meu redor têm conhecimentos e habilidades específicas que podem tornar meu trabalho melhor. Agora que estou focando nisso, tenho conseguido produzir trabalhos de alta qualidade também como resultado da ajuda das pessoas ao meu redor.”
#8 Tenho dificuldades com alguns tipos de personalidades
Mesmo as pessoas mais flexíveis podem ter problemas para trabalhar com outras que têm certas características ou traços de personalidade. Ter boas habilidades de trabalho em equipe também significa ter uma forte consciência de como você trabalha com outras pessoas e de como é possível ajustar sua abordagem para melhor atuar na organização.
Se isso foi uma fraqueza sua no passado, explique os tipos de personalidade com os quais você teve dificuldade em trabalhar e identifique os motivos. Em seguida, discuta as maneiras pelas quais você ajustou sua comunicação ou estilo de trabalho para trabalhar melhor em prol de um objetivo comum.
Exemplo:
“No passado, achei difícil trabalhar com tipos de personalidades agressivos. Embora eu entenda que a diversidade de personalidades torna um negócio forte, tendo a silenciar minhas próprias ideias e opiniões em torno de colegas mais agitados.
Para combater isso, fiz questão de passar mais tempo com colegas com os quais me sinto desconfortável em trabalhar. Ao aprender mais sobre eles, seu estilo de comunicação e motivações, sou mais capaz de colaborar com esses tipos de personalidade para que ambos contribuamos igualmente com nossos pontos fortes e habilidades.”
#9 Pode ser difícil para mim manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal
Encontrar o equilíbrio entre trabalho/vida pessoal é importante para manter a motivação no trabalho. Embora seja certamente honroso e demonstre uma forte ética dedicar seu tempo e energia ao trabalho, também é necessário priorizar o descanso, as férias, a convivência com a família e os hobbies.
Isso pode ajudá-lo a se sentir renovado quando está no trabalho e pode aumentar a motivação, a criatividade e apoiar uma perspectiva positiva. Se esta é a fraqueza que você escolheu apresentar durante a entrevista, explique as maneiras que você aprendeu a equilibrar vida e trabalho e como você viu seu trabalho melhorar como resultado. Você também pode explicar que o equilíbrio entre vida e trabalho é algo que considera importante na função para a qual está se candidatando.
Antes de fornecer isso como um exemplo, você deve fazer uma longa pesquisa sobre a cultura da empresa em questão. Afinal, se você está entrevistando para uma posição em que é necessário ter o telefone ligado e disponível o tempo todo, talvez não seja a resposta que eles desejam ouvir se você disser que desliga o telefone à noite para ter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Exemplo:
“Como realmente amo meu trabalho e tenho metas profissionais ambiciosas, pode ser difícil para mim manter um equilíbrio saudável entre o trabalho e minha vida pessoal. Tenho visto um impacto negativo em minha motivação e foco quando ignoro minhas necessidades pessoais.
Como resultado, fiz questão de me concentrar em criar espaço em minha agenda para focar no voluntariado e em passar tempo com minha família. Realizar pequenas ações, como colocar meu telefone no modo silencioso durante o jantar, é útil. Quando mantenho um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, descobri que meu resultado é mais qualitativo, posso trabalhar mais e me sinto animado para ir trabalhar pela manhã.”
#10 Posso me sentir desconfortável trabalhando com ambiguidade
Muitos empregos exigem candidatos que se sintam confortáveis para definir tarefas individualmente e trabalhar em prol de metas. Isso significa que eles devem ser experientes, atenciosos e responsáveis com possíveis ambiguidades no trabalho. Embora seja certamente uma habilidade benéfica seguir de perto as instruções detalhadas, também é necessário ser capaz de determinar autonomamente o que é necessário para atingir o resultado desejado.
Se esse é o ponto fraco que você está apresentando em uma entrevista, explique algum sucesso que obteve seguindo instruções, mas também o seu potencial de carreira ao encontrar um equilíbrio com as inconstâncias. Você também deve explicar as etapas que está realizando para definir seu dia de trabalho ao receber tarefas ou objetivos indefinidos.
Exemplo:
“Em meu último cargo como estagiário de Marketing, meu supervisor deu instruções muito específicas sobre minhas responsabilidades. Como me familiarizei com uma direção forte, tendo a ficar inseguro ao abordar uma tarefa ou objetivo ambíguo.
Para lidar com isso, criei uma estrutura para momentos em que me sinto incapaz ou confuso por uma tarefa ambígua, incluindo a realização de pesquisas estruturadas e pedindo conselhos a especialistas no assunto. Fazer isso me ajudou a ter sucesso ao trabalhar em tarefas ambíguas ou em direção a metas menos específicas ou definidas.”
#11 Tenho dificuldade quando os planos precisam mudar
Às vezes, é possível que os nossos planos estabelecidos no início da semana ou no início do mês precisem ser alterados. Pode ser que surja uma nova demanda, pode ser que uma demanda inicial se atrase ou que uma série de outros empecilhos ocorram.
Nessas horas, existem pessoas que têm dificuldade para realocar as prioridades e que podem deixar entregas importantes de lado. Uma forma de explicar esse ponto a desenvolver em uma entrevista pode ser a partir da explicação do seu plano para priorizar melhor tarefas. Isso pode evidenciar como você é flexível.
Exemplo:
“Às vezes, quando uma nova demanda surgia no meio do processo que eu já havia planejado, eu tinha dificuldade para saber como decidir o que era mais importante pra ser focado e o que poderia ser adiado. Acabava deixando entregas importantes de lado.
Para resolver esse problema, tenho questionado melhor como cada tarefa impacta os meus resultados e avaliado o que pode absorver como demanda e o que não posso. Quando tenho dificuldade em decidir, costumo perguntar à minha liderança ou pessoas mais experientes, para que minha visão possa ser validada e respaldada.”
Quer saber tudo sobre como se sair bem na entrevista de emprego e nas outras etapas do processo?
No curso “Processos Seletivos” da Escola de Liderança, você aprende como os processos seletivos atuais estão organizados e como aproveitar de maneira eficiente cada uma das etapas dessas seleções para conquistar a sua vaga. Saiba mais!
Lembro-me até hoje do dia em que meu chefe disse que eu nunca seria uma engenheira. Eu estava sentada em um sofá cinza de uma sala de reuniões toda envidraçada, com as mãos nos joelhos e olhando para o chão.
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Fiquei assustada com aquelas palavras: “Você pretender se tornar engenheira, não é? Pois saiba que nunca conseguirá.”
Na verdade, eu nunca tinha pensado nessa possibilidade – o que tornou essa afirmação menos ofensiva para mim – e, então, apenas ri e desconsiderei o fato.
Hoje, revivendo aquela cena, vejo aquela menina sentada no sofá. E apesar de mal reconhecê-la, sei que ela é, sim, uma futura engenheira.
Até a faculdade, eu não sabia o que fazer da vida. Acabei me formando em artes liberais sem ter a menor ideia do que faria com isso.
Passei um tempo desempregada até começar a trabalhar em uma startup, mas passei a receber muitos feedbacks negativos, e isso me deixava triste. Eu achava que a culpa era, de fato, toda minha. Minha autoconfiança estava péssima.
Até que uma colega disse, em tom de brincadeira, que eu parecia uma daquelas crianças que está muito à frente do resto dos alunos da sala. Ela achava que eu precisaria ser desafiada e trabalhar com liberdade para desenvolver aquilo que eu fazia de melhor.
Isso mudou minha percepção sobre as coisas e passei a confiar muito mais em meu potencial. Sob o estímulo de alguns mentores, comecei a fazer vários cursos e outros projetos que ajudaram a aprimorar meus conhecimentos técnicos e solucionar problemas.
Desde o começo, ficou claro que não seria fácil. Meu empenho fez com que o crescimento acelerasse, mas, ainda assim, sentia que estava andando em círculos.
Claro que cada um sabe de suas limitações – e todos temos nossos medos e inseguranças.
Mas não há nada de tão sofrido no estudo de álgebra linear, então por que eu chorava tanto com isso? Eu pensava: “Por que eu ainda não aprendi isso? Por que estou demorando tanto para entender esses conceitos?”
Foi então que percebi que o orgulho e a frustração estavam atrapalhando meu caminho. Eu tinha que dedicar mais tempo, fazer mais perguntas, ensinar outras pessoas e curtir o processo todo, em vez de ficar sonhando com um momento em que tudo, milagrosamente, passaria a fazer sentido.
Foram três anos de trabalho duro, mas agora sou uma analista de dados. Lutei muito para chegar até aqui. E aqui estão os 10 passos que mudaram minha carreira e minha vida:
10 passos para mudar de carreira
1. Abandone seu escritório
Sente-se para trabalhar junto à equipe da qual você quer fazer parte. Por dois anos e meio!
2. Faça amigos
Dê brinquedinhos engraçados a TODOS os seus colegas de trabalho.
3. Veja as vagas disponíveis na empresa
Se encontrar alguma que te interessa, verifique os pré-requisitos e se candidate.
4. Priorize os estudos
Use seu tempo livre e seus finais de semana para aprender. É preciso investir muto tempo.
5. Não perca tempo com besteiras
Qualquer período, mesmo que sejam cinco minutos, é válido para aprender alguma coisa sobre álgebra linear ou machine learning.
6. Sempre haverá quem acredita em seu potencial
Talvez você mesmo seja uma dessas pessoas. Combata seus demônios internos.
7. Demonstre seu envolvimento e paixão pela empresa
Questione tudo e todos, incluindo seus chefes. Explore as novas possibilidades e leve sua equipe para além do lugar comum.
8. Utilize o método hot dog ou hamburguer
Quando for pedir algo a seu chefe, apresente apenas as opções de seu interesse. Não mencione nada além delas.
9. Faça as coisas impossíveis que seus mentores pedirem
Como falar em público, novos projetos de programação, interagir no Quora, etc. A utilidade dos mentores é tirá-lo da zona de conforto. Se não for o caso, mude de mentor. Eu não chegaria até aqui sem eles.
O que é mágico a respeito do item 6, em particular, é o seguinte: quando você passa a acreditar em si mesma, as outras pessoas também o fazem.
Após testemunhar meu crescimento e empenho, meu ex-chefe acabou se convertendo em dos meus principais defensores. Hoje, dois anos depois, damos risada ao lembrar daquela conversa no sofá cinza.
Sabemos que foi naquele momento que entendi que sou totalmente motivada por desafios, por adquirir novos conhecimentos e, por confiar em meus mentores, fazer o impossível.
Além dos cursos, sugiro que os interessados em mudar de profissão façam o seguinte: pesquisem o máximo que puderem, envolvam-se, escrevam e ensinem outras pessoas. Seu futuro agradece.
Todos nós podemos realizar coisas incríveis – mas é preciso muito esforço e por muito tempo.
A ideia de que “tudo aquilo que é valioso está fora de sua zona de conforto” (frase de Steli Efti, fundador e CEO da Close.io) mudou minha vida para sempre.
E anote: o aprendizado não para no dia em que você conseguir um emprego. É um processo contínuo.
–
Jessica Hyde é uma artista. Para ela, o melhor caminho é sempre o do meio. Uma mulher que trabalha no Vale do Silício construindo mudanças. Em sua opinião, todos deveriam, desde a infância, ser encorajados a usar sempre o máximo do potencial.
Este artigo foi originalmente publicado no blog da Udacity (em inglês). A versão traduzida foi produzida pela Udacity Brasil.
Leis de proteção de dados não são uma novidade no Brasil. Desde a Constituição de 1988, por exemplo, a intimidade dos brasileiros já era resguardada no arcabouço jurídico nacional.
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O que houve nos últimos anos, porém, foi uma popularização da demanda por proteção de dados devido à digitalização de uma série de produtos em todo o mundo.
Mas é claro: o caminho para assegurar mais privacidade às pessoas parece longo.
Dados do Mapa da Proteção de Dados, da Comissão Nacional de Informática e Liberdade, da França, mostram que apenas países da União Europeia são considerados hoje Fortemente Adequados, uma vez que possuem uma Regulação Geral de Proteção de Dados. O Brasil, na mesma análise, sequer é considerado Parcialmente Adequado, ainda que possua uma Lei Geral de Proteção de Dados (criada em 2018).
Segundo Carla Battilana, advogada especialista em proteção de dados do TozziniFreire, a existência da lei por si só não garante os direitos à população, mas ela considera que o quadro atual favorece profissionais que decidam se capacitar nesta área.
“É uma tendência mundial”, avalia ela. “Agora, quando fazemos negócios existe uma preocupação relacionada a dados pessoais que antes não existia. “ A lei de fato acontece porque há maior fiscalização, e as empresas não têm mais como escapar dessa discussão que está em demanda.”
O que é preciso fazer para atuar na área e se especializar em LGPD?
Segundo Carla, o trabalho com a LGPD não pode se resumir a apenas ler a lei. Ou seja, na visão da advogada, conhecer a Lei faz com que o profissional saiba apenas o que não se pode fazer em relação a dados, e, na maior parte das vezes, não é isso que os clientes finais querem.
O que acontece, em geral, é que as empresas precisam de um profissional que faça com que seus produtos sejam criados em conformidade com a LGPD, e não que sejam descontinuados porque, eventualmente, têm algum ponto de discordância com a legislação.
“O profissional, no fim, precisa saber um pouco para trabalhar com a lei, porque cada ramo tem diferentes arcabouços regulatórios que modificam a maneira como pensamos proteção de dados”, avalia Carla.
Por isso, ela avalia que o conhecimento da lei precisa acompanhar o conhecimento sobre o segmento em que você atua.
Outra especialista, Lorena Serraglio, da VLK Advogados, indica que os profissionais mais jovens aprendam com as agências reguladoras da Europa, que hoje estão mais avançadas no tema. Instituições da França e do Reino Unido, segundo ela, são as grandes referências.
“No fim, o Brasil vai acabar utilizando esse conteúdo internacional”, explica. “Nós ‘tropicalizamos’ o posicionamento europeu para se adequar à nossa legislação nos projetos tocados por aqui.”
Com esse conhecimento, Lorena diz que muitos profissionais acabam atuando no desenvolvimento de produtos, numa função de consultoria de LGPD. Um cargo, portanto, que passou a existir a partir da demanda do mercado.
“As empresas entenderam que algumas pessoas são peça chave para pensar a privacidade desde a concepção do produto”, finaliza ela.
A Spectra Investments, uma das maiores gestoras de ativos alternativos da América Latina, é reconhecida por sua história de sucesso e pela cultura corporativa que prioriza a transparência, a diversidade e o desenvolvimento profissional de seus colaboradores.
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Para explorar esses valores, nesta semana o Na Prática conversou com Humberto Gallucci, Cientista de Dados da Spectra Investments, para entender melhor a empresa e as oportunidades que ela oferece aos seus funcionários.
História e missão da Spectra
Segundo Humberto Spectra Investments é uma gestora brasileira que investe em ativos alternativos na América Latina, sendo considerada a maior gestora independente do país.
“Nossa missão é entregar retornos acima da média para nossos investidores, e fazemos isso através de uma combinação única de originação de investimentos, análise criteriosa e processo organizado de tomada de decisão”, conta ele.
Gallucci também destacou os valores e a cultura da Spectra, enfatizando a importância da ética e do relacionamento com os clientes.
“O relacionamento com o cliente é pautado em profissionalismo, transparência, qualidade e cordialidade”, explica o especialista. “Além disso, a relação de parceria é fundamental para nós, e exigimos reciprocidade de nossos parceiros.”
Sobre esses pontos, ele ressaltou ainda a importância do ambiente de trabalho harmonioso na Spectra.
“Uma das características de nossa cultura corporativa é o convívio cordial e harmonioso no ambiente de trabalho, que estimula o espírito de equipe e a busca de melhores resultados.”
Oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional
A Spectra, segundo Gallucci, é uma empresa que prioriza ações que formam e desenvolvem profissionais. A Política de Treinamento e Desenvolvimento, que visa fomentar o crescimento dos colaboradores, é um exemplo disso.
“Temos um programa que visa criar planos individuais de desenvolvimento para todos os colaboradores, ajudando-os a evoluir em suas habilidades técnicas e interpessoais”, contou. Além disso, oferecemos treinamentos internos e externos para capacitação.”
Humberto destacou, ainda, que os desafios são constantes na indústria em desenvolvimento da Spectra, e que os colaboradores, a todo momento, estão no centro da resolução de problemas.
“Os principais desafios são discutidos com todos os colaboradores e, dependendo do objeto, podem ser compostos grupos de trabalho interdisciplinares. Os colaboradores mais novos também são incentivados a liderar iniciativas.”
Reconhecimento por desempenho
Finalmente, sobre o reconhecimento e recompensa do desempenho excepcional dos colaboradores, Gallucci mencionou o programa de carreira da Spectra e o compartilhamento da performance dos fundos com os colaboradores.
“Temos um programa de carreira que abrange desde estagiários até diretores, e a remuneração está atrelada ao desempenho de longo prazo da gestora.”
Humberto Gallucci encerrou a entrevista com um convite: “Todas as vagas são publicadas no LinkedIn, e todos os candidatos são bem-vindos. Esperamos que os candidatos sejam profissionais comprometidos com o aprendizado contínuo, aptos a trabalhar em um ambiente colaborativo, com forte senso ético de conduta e comportamento. Nossas relações são pautadas em respeito e credibilidade, e não admitimos preconceitos ou discriminação em função de raça, cor, nacionalidade, religião, sexo, idade, orientação sexual, deficiência ou posição social.”
A Amazon Brasil está com vagas abertas de estágio em tecnologia com opção de trabalho home office e no dia 26 de outubro, às 18h30, você terá a oportunidade de participar do papo com a recrutadora responsável pelo programa de estágio!
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Na oportunidade, o Na Prática vai conversar com a Joyce Freitas, Recruiter for Student Programs na Amazon sobre como é processo seletivo, como funciona o programa de estágio e qual o perfil dos candidatos que a Amazon procura.
As vagas valem para estudantes de Ciências da Computação, Engenharia da Computação, Processamento de Dados, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e áreas similares em todo o Brasil. Serão mais de 20 vagas de estágio com opções de trabalho tanto presencial quanto trabalho remoto no setor de tecnologia.
Além disso, vamos falar sobre as oportunidades que o setor de tecnologia oferece e como você pode se destacar e trabalhar em uma big tech!
É um podcast do canal Na Prática no YouTube, em parceria com a Frente Tech, e será direcionada a profissionais de tecnologia e demais interessados. A ideia é abordar a visão do convidado sobre mercado de trabalho, inovação e tecnologia.
A conversa quinzenal contará com profissionais em diferentes momentos da carreira, de forma a apresentar e debater as tendências, habilidades e competências em um momento de constante mudança das empresas de tecnologia.
Sobre a convidada
Joyce Freitas é uma Recrutadora de Programas para Estudantes na Amazon, responsável pelo recrutamento e gestão de estagiários e aprendizes.
Anteriormente, trabalhou como Líder de Equipe de Aquisição de Talentos na Mondelēz, liderando o recrutamento para Programas de Início de Carreira, como Estágio, Programa de Trainees e Aprendizagem, alinhados com a estratégia de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I). Ela também foi responsável pela estratégia de Employer Branding, Relações com Universidades e Eventos de Recrutamento.
Desde que a pandemia do coronavírus foi decretada e órgãos de saúde recomendaram que o maior número de pessoas possível ficassem em casa, adotando o isolamento social, muitos profissionais se depararam com uma nova realidade: a necessidade de trabalhar em casa. Para quem ainda não estava acostumado com o modelo, a novidade gerou muitas dúvidas. Uma delas, bastante é recorrente, diz respeito a diferença entre trabalho remoto e home office. Entenda as particularidades de cada um dos estilos de trabalho.
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Trabalho remoto vs. home office: qual a diferença?
Desde sua fundação, a fintech Husky trabalha integralmente com o modelo home office e os colaboradores já possuem expertise na modalidade. CEO da companhia, Tiago Santos detalha o que define o trabalho remoto e o home office. “Chamamos de trabalho remoto toda prestação de serviços que é feita à distância. Ou seja, quando o colaborador não está trabalhando nas dependências do escritório da empresa. Ele pode estar na mesma cidade, em outro país, trabalhar de casa, em um coworking ou viajando o mundo. Já no home office, é preciso necessariamente trabalhar de casa. Pode ser esporadicamente ou de forma contínua”, esclarece.
Ele ressalta que a principal diferença está no local em que o trabalho é realizado. “O home office tem que ser de casa, enquanto o trabalho remoto engloba tanto a casa quanto outras possibilidades. Você escolhe de onde quer trabalha ou onde se sente mais produtivo. Todo home office é trabalho remoto, mas definitivamente nem todo trabalho remoto é home office”, destaca.
Tiago observa que tanto o trabalho remoto quanto o home office são vantajosos para economizar tempo, energia e recursos. Contudo, os modelos também trazem desafios como uma possibilidade maior de distrações. “Em casa, por exemplo, você tem o cachorro que late, a correspondência que chega, a louça que pede pra ser lavada, entre outros. Já o trabalho remoto, enquanto conceito mais global, permite que você faça as escolhas que melhor funcionem pra você. O importante é saber se comunicar com os demais colaboradores à distância”, considera.
Entusiasta do trabalho à distância, o CEO acredita que tanto o trabalho remoto como o home office pode ser adotado por grande parte das profissões e áreas de atuação. “Eu diria que somente áreas mais operacionais, como manufatura e indústria, se beneficiam de um trabalho 100% presencial. Óbvio que alguns setores, como o de tecnologia e o de design, já estão mais acostumados com o modelo remoto, mas acredito que qualquer atividade desenvolvida em escritório, por meio de computadores, também podem ser feita de forma quase que integralmente remota”, opina.
Competências necessárias para trabalhar à distância
Se por um lado o trabalho remoto demanda menos investimento, por outro as habilidades de comunicação precisam ser trabalhadas com ainda mais empenho. “Os profissionais que trabalham à distância precisam ter excelente comunicação, tanto oral como escrita. Não dá para ir lá e explicar direitinho. Além disso, é essencial ter disciplina para lidar com as possíveis distrações e com a liberdade de agenda. Outra questão é a confiança no seu próprio trabalho e no trabalho de seus colegas. Não dá pra ficar desconfiando da produtividade deles e tentar controlar a agenda do que os outros estão produzindo”, aponta.
Tiago afirma que as empresas que queiram implementar o trabalho remoto de forma bem sucedida precisam entender que a confiança é a base de tudo, especialmente nesse modelo. “Os gestores precisam deixar bons profissionais executarem seus trabalhos. É frustrante tentar replicar o ambiente do escritório no trabalho remoto. É impossível. A liderança deve estar aberta a novas técnicas de gestão, focar em medir resultado por entregas e adotar uma comunicação assíncrona e clara”, recomenda.
Uma das estratégias que funciona dentro da Husky, por exemplo, é evitar realizar reuniões sempre que possível. A fintech adota apenas uma reunião semanal em que cada colaborador repassa o que foi feito na última semana e o que fará na próxima. “O trabalho só pode ser executado quando o indivíduo tem tempo para trabalhar. Se você faz uma reunião de 1 hora com 5 pessoas, na verdade seu time “gastou” 5 horas naquela reunião. De resto, o profissional precisa aprender a lidar com possíveis distrações e ter maturidade para administrar a sua agenda. Também é importante saber comunicar bem seus pontos de vista, com clareza e objetividade”, reforça.
A Unico é uma empresa de tecnologia brasileira especializada em identidade digital. Com uma jornada de 16 anos repleta de conquistas, a companhia passou por diversas transformações e evoluções que a levaram a se tornar a segunda empresa SaaS enterprise mais valiosa da América Latina.
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Neste artigo, vamos explorar história, áreas de atuação, iniciativas de diversidade, oportunidades de carreira e planos futuros da Unico a partir de uma entrevista com Manuela Scheid, Gerente de Cultura, e Andrea Pereira, Gerente de Diversidade.
Uma jornada de inovação e crescimento
A Unico foi fundada em 2007, com o nome de Acesso Digital, por Diego Martins, Rui Jordão e Paulo Alencastro. Já com o objetivo de oferecer tecnologia com segurança e simplicidade, o primeiro produto ofertado era o Safedoc, uma ferramenta de digitalização de documentos.
Com o tempo, a empresa foi se diversificando e oferecendo soluções de tecnologia brasileira de ponta, como a autenticação da identidade digital das pessoas por meio da biometria facial – basta uma selfie para você provar que é você mesmo seja para abrir uma conta no banco, solicitar um empréstimo, fazer uma compra, ser admitido numa nova empresa e muito mais.
Para se ter uma ideia, de 2019 a 2021, a Unico viabilizou que 38 milhões de pessoas acessassem serviços financeiros de maneira digital no Brasil com segurança e privacidade. Rapidamente, a empresa se tornou líder no país, estando presente nos maiores bancos, varejistas, fintechs, e-commerces e indústrias.
Atualmente, a Unico tem um amplo ecossistema de soluções inovadoras, seguras e focadas na privacidade dos dados de clientes e usuários. São elas: biometria facial para autenticação de identidades, validação de titularidade de cartão de crédito, plataformas de educação corporativa, gestão de compra e venda de veículos e admissão digital com assinatura eletrônica.
“No início, crescemos com base no nosso próprio faturamento e, em 2020 recebemos o primeiro aporte no valor de R$ 40 milhões para potencializar nossa operação”, conta Manuela. Naquele mesmo ano, recebemos o segundo aporte, de R$ 580 milhões, e em 2021, recebemos um terceiro aporte no valor de R$ 625 milhões. Esse momento foi marcante, pois foi justamente quando nos tornamos um unicórnio, ou seja, entramos para o grupo das empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.
Já em 2022, oito meses após conquistar o título de unicórnio, recebemos o quarto aporte, no valor de US$ 100 milhões, e fomos avaliados em US$ 2.6 bilhões e nos tornamos a segunda empresa de Software as a Service Enterprise (SaaS) mais valiosa da América Latina. Com essa última rodada de investimento, ganhamos ainda mais fôlego e iniciamos um novo capítulo na nossa história: o processo de internacionalização, começando pelo México. Em breve, a gente conta mais sobre isso”, promete Manuela.
Diversidade e Inclusão: Um compromisso da Unico para o futuro
A diversidade e inclusão são valores fundamentais na Unico, segundo sua gerente de Diversidade, Andrea Pereira. A empresa, diz ela, acredita que esses temas devem ser trabalhados de forma transversal em toda a organização. Para isso, a empresa tem adotado várias iniciativas, incluindo:
#1. Atração direcionada
Segundo Andrea, a principal estratégia para ampliar a igualdade de gênero é atrair mulheres para o setor de tecnologia. Por essa razão, esse tem sido um dos grandes focos da companhia em 2023.
“A estratégia de diversidade da empresa é revisada anualmente, e seu foco atual é a representatividade das mulheres na área de tecnologia”, conta ela. Isso inclui a criação de vagas afirmativas, parcerias com consultorias especializadas e participação em eventos voltados para mulheres na tecnologia.
A empresa, nesse caminho, também está empenhada em combater vieses inconscientes ao longo de sua jornada, desde o processo de seleção até a avaliação de desempenho e promoção. Em outras palavras, o objeto é fazer com que as análises em relação à capacidade das pessoas sejam feitas com base em critérios técnicos, e não de gênero.
#2. Aceleração da carreira de mulheres do time
O passo seguinte na promoção da igualdade, na visão de Andrea, é acelerar a carreira de mulheres que, enfim, chegam ao mercado de trabalho em tecnologia.
“Para isso, lançamos o programa de mentoria feminina em tech, conectamos o “Programa Ser Nota 10 Edu” para oferecer bolsa de 100% para mulheres em cursos de tecnologia e temos outras iniciativas previstas para os próximos meses”, exemplifica a gerente.
Sobre isso, Andrea explica que foi necessário construir ainda um conjunto de iniciativas voltadas para o público masculino poder embarcar no propósito da igualdade.
“Nessa perspectiva, estamos iniciando um projeto com o Instituto Papo de Homem para desenvolver e conscientizar nossa liderança masculina de tecnologia sobre o seu papel nessa jornada de equidade de gênero”, conta.
#3. Avaliações isentas
Em outro ponto, Andrea conta que é fundamental criar caminhos para que a avaliação de pessoas de todos os gêneros sejam avaliadas com isenção, e sem critérios relacionados à identidade.
“Estamos trabalhando na disseminação do conceito e formação de vieses inconscientes em diferentes momentos da jornada”, conta ela. “Isso vale tanto para os nossos entrevistadores culturais, para se apropriarem desse conhecimento e criarem um processo de seleção justo e imparcial, como para líderes na etapa que antecede a avaliação de desempenho e promoção.”
#4. Ampliação das políticas de parentalidade
A segurança para realizar escolhas pessoais sem consequências profissionais, como ter filhos, por exemplo, também tem sido uma preocupação da Unico.
“Também atualizamos recentemente a nossa política de parentalidade, ampliando benefícios aos nossos Seres que são mães, pais e/ou cuidadores com dependentes legais”, conta Andrea.
Para isso, a empresa determinou (para além das garantias legais):
Day off no aniversário dos filhos de até 12 anos;
Part Time de até 3 meses no retorno da licença parental sem desconto salarial
Liberação da gestante 15 dias antes do parto sem impacto no período da licença
#5. Censo de Diversidade
Por fim, a Unico criou o compromisso de aplicar recorrentemente um Censo de Diversidade que fornece indicadores importantes para a tomada de decisões assertivas sobre o tema.
O documento, segundo Andrea, faz com que os grupos de afinidade fiquem mais conectados entre si e com a área de Diversidade, Equidade e Inclusão – o que, no fim, proporciona um espaço mais seguro de trocas e conexões, com autonomia para iniciativas de sensibilização na empresa.
“Vejo que temos uma perspectiva muito positiva sobre DIversidade, Equidade e Inclusão na Unico a partir do alto engajamento dos nossos Seres no tema”, conclui a gerente da área. “Gerar proximidade, letramento e, paralelamente, seguir analisando dados de avanços e tendências, eleva a nossa atuação para diversidade de forma estratégica para a empresa.”
Oportunidades de carreira na Unico
A Unico está em constante crescimento e busca profissionais que desejam fazer parte de sua jornada de inovação.
Nesse caminho, a empresa valoriza pessoas com perfil amplo, que sejam ágeis no aprendizado, gostem de resolver problemas e que compartilhem dos direcionadores culturais da empresa. A cultura organizacional é fundamental, e a Unico realiza entrevistas culturais para garantir o alinhamento entre os candidatos e a cultura da empresa.
Além disso, a empresa oferece oportunidades de desenvolvimento, como programas de avaliação de performance, mentoria e career talks. A Unico está empenhada em fornecer as ferramentas e o suporte necessários para o crescimento de seus colaboradores.
A Raízen, empresa líder na transição energética e com um amplo ecossistema de negócios, está com inscrições abertas para um novo processo seletivo que visa promover a diversidade e o protagonismo de talentos em sua equipe.
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Com atuação em todo o território brasileiro, argentino e paraguaio, a Raízen é reconhecida por sua produção e venda de energia renovável, biocombustíveis, açúcar e distribuição de combustíveis por meio dos Postos Shell.
A campanha de recrutamento, intitulada “Na real, Raízen”, busca destacar a autenticidade da empresa, valorizando a importância das pessoas, da diversidade, do respeito e da colaboração em seu ambiente de trabalho.
A Raízen está comprometida com um propósito maior de contribuir para um futuro mais sustentável por meio de tecnologias avançadas e produtos renováveis, como o etanol de segunda geração (E2G), biogás, bioeletricidade e energia solar.
O processo seletivo contempla oportunidades de estágio, programa trainee, aprendizagem e o Programa Afirmativo Transformar, voltado para a promoção da diversidade e inclusão. As inscrições para todas as modalidades estarão abertas até 16 de outubro e poderão ser feitas por candidatos de todas as idades, sem restrições de gênero.
“A Raízen convida todos os interessados a participar deste processo seletivo que representa uma oportunidade de fazer parte de uma organização que busca a excelência e a inovação, valorizando a diversidade e o propósito em todas as suas ações”, destacou a equipe de Recrutamento em bate-papo com o Na Prática.
As vagas em cada modalidade
Estágio
O Programa de estágio da Raízen é considerado pela organização um sucesso em desenvolvimento e manutenção de talentos. Ao todo, 65% dos estagiários acabam efetivados ao fim dos seus contratos.
Os requisito para se inscrever são:
Ser estudante do ensino superior no Brasil
Ter previsão de conclusão da graduação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2025
Não precisa ter experiência profissional
Disponibilidade para estagiar 6h por dia (dentro do horário comercial)
Por fim, no programa Afirmativo Transformar, que tem como objetivo ampliar a diversidade na empresa, a ideia é gerar oportunidades de carreira e desenvolvimento para pessoas sub representadas na sociedade.
Alguns critérios nesta seleção precisam ser levados em conta pelos participantes. São eles:
Público-alvo neste ciclo será pessoas com deficiência e pessoas pretas e pardas;
Ser estudante do ensino superior no Brasil;
Ter previsão de conclusão da graduação entre dezembro/24 e dezembro/2025
Não precisa ter experiência profissional;
Disponibilidade para estagiar 6h por dia;
Ter energia para ser o protagonista da sua carreira.
A empresa disponibilizará vagas em diversas localidades do Brasil, atendendo a interesses variados e buscando identificar talentos comprometidos com a causa da sustentabilidade e da transformação positiva da sociedade.
A Raízen convida todos os interessados a participar deste processo seletivo que representa uma oportunidade de fazer parte de uma organização que busca a excelência e a inovação, valorizando a diversidade e o propósito em todas as suas ações.
Fique atento às datas de inscrição e aos critérios de seleção, e prepare-se para fazer a diferença no futuro da energia e da sustentabilidade com a Raízen.
A inovação é a força motriz que impulsiona o progresso em nossa sociedade e economia. Ela está no centro das descobertas científicas, das revoluções tecnológicas e do crescimento de empresas bem-sucedidas.
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Neste artigo, vamos explorar o que é inovação, examinar o cenário atual da inovação no mundo, discutir como desenvolver uma mentalidade inovadora e oferecer dicas práticas para trabalhar nessa área.
O Que é Inovação?
A inovação é o processo de introdução de algo novo ou significativamente melhorado no mercado ou na sociedade. Pode se manifestar de diversas formas, desde novos produtos e serviços até a melhoria de processos, modelos de negócios e práticas organizacionais.
O Cenário da Inovação no Mundo
A inovação é uma força transformadora global que está moldando nosso mundo de maneira rápida e profunda. Alguns pontos-chave no cenário da inovação incluem:
Tecnologia Disruptiva
Avanços tecnológicos como inteligência artificial, internet das coisas e biotecnologia estão impulsionando mudanças radicais em várias indústrias.
Globalização
A inovação está se tornando cada vez mais global, com colaborações internacionais e a disseminação rápida de ideias e tecnologias.
Sustentabilidade
A busca por soluções inovadoras para os desafios ambientais é uma tendência crescente, com ênfase em energias renováveis, reciclagem e práticas sustentáveis.
Startups e Empreendedorismo
O surgimento de startups ágeis e inovadoras está desafiando empresas estabelecidas e impulsionando a concorrência e a inovação.
Desenvolvendo uma Mentalidade Inovadora
A mentalidade inovadora é a capacidade de ver oportunidades onde os outros veem obstáculos e de abordar desafios com criatividade e resiliência. Aqui estão algumas maneiras de desenvolvê-la:
#1. Cultive a Curiosidade
Desenvolver uma mentalidade inovadora começa com a curiosidade. Esteja aberto para aprender coisas novas, questionar o status quo e explorar campos de conhecimento diversos. Faça perguntas frequentes e busque respostas, pois a curiosidade é a faísca que acende a criatividade.
#2. Aceite o Fracasso como Aprendizado
Uma mentalidade inovadora requer a disposição de aceitar o fracasso como uma parte inevitável do processo de inovação. Veja os fracassos como oportunidades de aprendizado e crescimento. Muitas inovações surgem de tentativas mal-sucedidas, e é importante não se desencorajar, mas sim aprender com os erros.
#3. Esteja Aberto à Diversidade de Perspectivas
A diversidade de perspectivas é uma fonte valiosa de criatividade. Trabalhe com pessoas de diferentes origens, culturas e experiências para obter insights e ideias variadas. A colaboração com uma equipe diversificada pode levar a soluções inovadoras e perspectivas únicas.
#4. Saia da Zona de Conforto
A inovação muitas vezes exige sair da zona de conforto. Esteja disposto a assumir riscos calculados e a enfrentar desafios que o forcem a crescer. É nos momentos de desconforto e desafio que você pode descobrir novas maneiras de abordar problemas e encontrar soluções criativas.
#5. Desenvolva a Resiliência
A resiliência é fundamental para manter uma mentalidade inovadora. Ao enfrentar obstáculos e contratempos, é importante perseverar e manter a determinação. A capacidade de superar adversidades pode levar a descobertas e realizações inovadoras.
Não tenha medo de experimentar novas ideias, métodos ou projetos. A experimentação é uma parte essencial do processo de inventar. Tente coisas novas, teste hipóteses e esteja disposto a ajustar seu curso com base nos resultados. Aprender com a experiência é um catalisador poderoso para a inovação.
Dicas para Trabalhar com Inovação
Se você está interessado em trabalhar na área de inovação, aqui estão algumas dicas práticas:
Fique Atualizado: Mantenha-se informado sobre as últimas tendências em sua área de interesse. Leia livros, artigos e participe de conferências.
Networking: Construa uma rede de contatos sólida com pessoas que compartilham seu interesse pela inovação. Isso pode abrir portas e proporcionar oportunidades de colaboração.
Experimente: Não tenha medo de testar novas ideias ou projetos. A experimentação é fundamental para a inovação.
Aprenda com os Outros: Estude casos de sucesso e insucesso em inovação. Analise o que deu certo e o que deu errado e aplique essas lições em seu trabalho.
Conclusão
A inovação é uma força que está moldando o futuro em ritmo acelerado. Ao desenvolver uma mentalidade inovadora e seguir dicas práticas, você pode se tornar um agente de mudanças e contribuir para um mundo mais dinâmico e criativo. Aproveite as oportunidades que a inovação oferece e esteja pronto para abraçar os desafios e as possibilidades que surgem no caminho.
Ao considerar a busca por oportunidades de crescimento financeiro, uma carreira no mercado financeiro pode ser um destaque, não apenas por suas remunerações consideráveis, mas também pela atrativa combinação entre ganhos substanciais e investimentos rentáveis.
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Segundo dados divulgados pela AMBIMAna sexta edição do “Raio X do Investidor”, o número de investidores brasileiros cresceu, passando de 31% da população, em 2021, para 36%, em 2022. E a perspectiva para 2023 é de novo aumento, com uma projeção de uma nova alta de 5 pontos percentuais.
E para quem busca se manter informado sobre oportunidades no setor, o Na Prática separou 3 opções para te ajudar.
Junte-se ao grupo “Oportunidades no MF” de Milena La Rubia
E para quem busca oportunidades para ingressar no setor, o grupo “Oportunidades no MF” pode ser uma boa opção. Criado em 2020, o grupo existe para o compartilhamento de vagas do mercado financeiro, além de cursos e outras oportunidades, com foco principalmente em universitários e recém-formados.
O grupo foi criado por Milena La Rubia, economista formada pela USP, que atua no Mercado Financeiro há 4 anos, já tendo passado por instituições como Deutsche Bank, XP Investimentos, Itaú BBA e Goldman Sachs. Segundo a criadora, a iniciativa surgiu por notar que a maior parte das vagas não chegavam aos alunos das universidades de fora da cidade de São Paulo.
O grupo é aberto ao público e, para participar, basta escolher qual é a sua rede social de preferência entre Whatsapp e Telegram.
Aprenda sobre investimentos com Henrique Duque
Já para quem já faz parte do setor ou simplesmente quer investir e não tem ideia de onde começar, o influenciador Henrique Duque pode trazer insights valiosos.
Henrique é formado em Economia pela FGV- EESP e atua como Analista de Investimentos com certificação CNPI-P, além de ser fundador e gestor da Carteira Perpétua, uma carteira recomendada de investimentos para o público-geral.
Nas suas redes sociais, ele traz conteúdos diversos sobre investimentos com o intuito de democratizar e espalhar o conhecimento da área, ajudando as pessoas a alcançarem uma vida financeira melhor.
Para aprender e ficar atualizado sobre o mundo dos investimentos com as dicas de Henrique, basta segui-lo no Instagram.
Participe da Conferência Mercado Financeiro da Fundação Estudar
Outra oportunidade para se manter atualizado sobre vagas e tendências do setor, é a Conferência Mercado Financeiro, organizada pela Fundação Estudar. O evento gratuito e que acontece anualmente, teve as inscrições da edição 2023 já encerradas, mas recebe pré-inscrições para a edição 2024.
A edição 2023 acontecerá presencialmente em São Paulo e contará com painéis de conteúdo com grandes referências do setor financeiro como Florian Bartunek, fundador da Constellation.
A inteligência emocional é influenciada por uma combinação de traços de personalidade. Níveis mais altos dela são associados com inúmeros benefícios, inclusive relacionados à carreira. Por isso, sua medida, o Quociente Emocional (QE), tem sido considerado como um bom radar para contratações em processos de recrutamento.
Não pode ler agora nossa matéria sobre Inteligência Emocional? Ouça este conteúdo clicando no player:
Alguns especialistas até o colocam à frente do QI (Quociente de Inteligência) em questão da eficiência para determinar um bom profissional. Atualmente um termo bastante utilizado, “inteligência emocional” foi aplicado pela primeira vez em documentos científicos no ano de 1966, em artigo do psicólogo americano Hanskare Leuner.
Porém, sua concepção só foi aprofundada em 1989, primeiro pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan e, posteriormente, em 1990, pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer.
Inteligência emocional é o nome que se dá ao conjunto de competências relacionadas a lidar com emoções. Mais especificamente, a como (e o quanto) se percebe, processa, compreende e tem habilidade de gerenciá-las.
Dentre as competências que a IE compreende, estão, por exemplo, as chamadas soft skills, especialmente conectadas com as características que se “traz” às interações com os outros.
Definição segundo especialistas
Em sua definição, a dupla Salovey e Mayer explica que IE é “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
O que é inteligência emocional, segundo os dois psicólogos, está muito ligado à quatro domínios básicos:
Percepção das emoções: a precisão com que uma pessoa identifica as emoções.
Raciocínio por meio das emoções: empregar as informações emocionais para facilitar o raciocínio.
Entendimento das emoções: captar variações emocionais nem sempre evidentes e compreender a fundo as emoções (mais sofisticado do que o “identificar” do primeiro domínio).
Gerenciamento das emoções: aptidão para lidar com os próprios sentimentos.
O papel de Daniel Goleman
Apesar de não ter introduzido o conceito de IE, Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, é o grande responsável por popularizá-lo. Em 1995, quando atuava como jornalista científico do New York Times, lançou o livro “Inteligência Emocional”, em que traz à tona o embate entre o QE e o QI (Quociente de Inteligência).
Com mais de 5 milhões de cópias vendidas no mundo todo e tradução para 40 idiomas, o best-seller impulsionou a atenção das pessoas pelo tema, tornando o conceito acessível a vários segmentos da sociedade. A partir dele, a mídia e outras entidades acadêmicas começaram a explorar ainda mais o assunto.
Goleman descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz. Segundo o psicólogo, o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Seu modelo sobre a IE foca em uma série de competências e habilidades que, de acordo com ele, propiciam melhores desempenhos profissionais – inclusive, como líder.
Autoconhecimento e inteligência emocional: entenda a relação dos dois
Qual é a relação de autoconhecimento e inteligência emocional? Para começar a entender, é importante saber que a inteligência emocional tem quatro pilares:
Perceber emoções (suas e dos outros)
Raciocinar a partir do que dizem as emoções (também suas e dos outros)
Entender o que as emoções significam
E gerenciar elas
É daí que vem o primeiro ponto da conexão.
Ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as próprias emoções, entender o que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões com outros traços da sua personalidade, e, então, lidar da melhor forma com elas.
Então, para começar a se conhecer melhor e desenvolver a inteligência emocional, tente praticar uma auto-observação frequente em relação às suas emoções. Aprenda a identificar em você as emoções básicas e como elas se manifestam no dia a dia.
De outro lado, os principais aprendizados oriundos do esforço de se autoconhecer só são devidamente absorvidos quando se aceita sentir e falar sobre dor, vergonha, medo, etc., emoções negativas de forma geral. Ou seja, quando se é vulnerável.
A vulnerabilidade é o próximo link do autoconhecimento com a inteligência emocional. A vulnerabilidade, ou se colocar em posição de exposição emocional, é grande responsável pelas conexões mais profundas que fazemos.
Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem erros, contam de momentos tristes e manifestam emoções. É bem mais difícil se conectar com pessoas que não transparecem nenhuma emoção ou fracasso; mostrar-se perfeito também é mostrar-se inatingível.
Por “se conectar”, você pode entender também “ter empatia”, – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros – um dos principais componentes da inteligência emocional. É ela uma das grandes responsáveis pela possibilidade de conexão significativa entre as pessoas.
Em resumo, a inteligência emocional engloba empatia, que se manifesta a partir da vulnerabilidade do outro. A vulnerabilidade, por sua vez, depende de um processo de autoconhecimento.
No curso “Inteligência Emocional Na Prática”da Escola de Liderança, você vai compreender melhor os seus gatilhos emocionais e aprenderá como reconhecer e lidar com as suas emoções para manter o autocontrole em situações desafiadoras, com estresse e pressão. Tudo isso com um conteúdo de ponta, direto das melhores universidades do mundo e de uma metodologia única, que integra teoria e prática. Para saber mais, basta acessar a página do curso no site oficial da Escola de Liderança.
Benefícios da IE, de acordo com a ciência
Há extensa pesquisa que fundamenta os benefícios de ter um nível alto de IE, inclusive relacionando-a à traços de generosidade. Um estudo mostrou que as pessoas com maior conhecimento sobre regulação emocional têm mais propensão a pensarem no “bem social” quando em face de um dilema.
Além disso, a IE influencia o sentimento de bem-estar. Pesquisadores descobriram, por exemplo, que existem relações inversas entre a capacidade de controle emocional e estresse no ambiente de trabalho.
Ter habilidade de identificar e gerenciar as emoções próprias e dos outros são atributos valiosos também para alcançar sucesso profissional, segundo pesquisadores de Harvard. O estudo, de mais de 20 anos, ainda mostrou que esta habilidade caracteriza mais êxito na vida social.
Empreendedores com bons níveis de IE também são mais resilientes quando enfrentam obstáculos e lidam melhor com seus funcionários e clientes. E os profissionais são melhores líderes. Uma análise que compreendeu diversos documentos científicos revelou que há uma relação positiva clara entre a IE e a eficácia da liderança nas empresas.
Parte da “automotivação” (um dos pilares da IE, segundo Goleman), a capacidade de ter perspectivas positivas – ou “otimismo” – está associada com maior habilidade de venda e maior taxa de sucesso acadêmico.
Para os estudiosos, a diferença primordial entre os pessimistas e otimistas é que, quando falham, os otimistas tendem a fazer atribuições causais externas, específicas e temporárias, enquanto os outros fazem atribuições internas e permanentes. Ou seja, após contratempos, possuem mais facilidade para se recompor e agir em prol de resultados.
Inteligência emocional tem tanto a ver com saber quando e como expressar emoções quanto com o controle delas – e esta capacidade é valiosa. Pesquisadores da Universidade de Yale descobriram que demonstrar emoções positivas pode beneficiar trabalhos em equipe. De acordo com eles, elas levaram à melhora na cooperação e na performance do grupo, além de maior preocupação com o que é justo.
Teste de inteligência emocional
Com base nos fundamentos do modelo de Daniel Goleman – e com adaptações para contexto profissionais brasileiros – o Na Prática elaborou um checklist gratuito que vai te ajudar a descobrir o seu nível de inteligência emocional, além de como você pode desenvolvê-lo ainda mais.
Embora existam aspectos permanentes que determinam o temperamento e a personalidade – herança genética, por exemplo -, Goleman defende que muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados, impactando o nível de inteligência emocional.
Revisar mentalmente as habilidades que ela envolve e perceber em quais precisa trabalhar é o primeiro passo para aumentá-la. O psicólogo defende que o feedback externo também é um ótimo medidor para se orientar e desenvolver a IE.
Como desenvolver a sua IE – 5 práticas
Em um artigo para o Harvard Business Review, o psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic, professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University, além de associado do Laboratório de Finanças Empresariais de Harvard, recomendou cinco passos fundamentais para aumentar a inteligência emocional.
#1 Transformar o autoengano em autoconsciência
A personalidade, e consequentemente a IE, se molda, principalmente, com base na identidade e na reputação, explica Tomas. Para muitas pessoas existe uma disparidade entre os dois, o que pode fazer com que eles ignorem qualquer feedback negativo.
No entanto, a verdadeira autoconsciência consiste em conseguir ter uma visão realista dos próprios pontos fortes e fracos. Isso não vai acontecer sem feedback preciso, diz o psicólogo. Investir em avaliações baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas de feedback é uma boa.
#2 Transformar o foco em si próprio em foco nos outros
Segundo Tomas, para quem tem níveis mais baixos de IE, é difícil visualizar as coisas pela perspectiva dos outros. Especialmente quando não há escolha certa ou errada. Desenvolver uma abordagem centrada nos outros começa com reconhecimento das forças, fraquezas e valores de cada um.
Em um contexto de trabalho, conversas frequentes com os membros da equipe levarão a um entendimento melhor de como motivar e influenciá-los.
#3 Agir de forma que torne a convivência gratificante
A convivência com pessoas que têm mais altos níveis de IE tende a ser vista como mais recompensadora. De acordo com o psicólogo, os mais “recompensadores” tendem a ser mais cooperativos, amigáveis, confiantes e altruístas.
Tomas diz que é importante garantir, sempre, um nível apropriado de contato antes de pedir ajuda ou passar uma tarefa a alguém. Além disso, procurar compartilhar conhecimento e recursos sem expectativa de reciprocidade.
No mundo dos negócios, não é bom mostrar frustração sempre que surge um problema inesperado, explica o psicólogo. Então, se você é uma pessoa que tem o que ele chama de “muita transparência emocional”, é melhor se moderar.
Para fazer isso, é preciso perceber que situações tendem a desencadear sentimentos negativos. Detectando seus gatilhos, “você consegue evitar situações estressantes e inibir suas reações”, diz ele.
Procure trabalhar táticas que o ajudem a se tornar consciente sobre suas emoções, em tempo real. Não só sobre a forma que as sente, também em termos de como elas estão sendo vistas pelos outros.
#5 Mostrar humildade
Em questão de carreira, a autoconfiança, em certo grau, é vista como um traço inspiracional. Porém, o psicólogo afirma que os melhores líderes são os que parecem ser humildes. Estes transmitem segurança para a equipe.
“Encontrar um equilíbrio saudável entre assertividade e modéstia, demonstrando receptividade ao feedback e capacidade de admitir os erros, é uma das tarefas mais difíceis de dominar.”
Tomas explica que, no contexto profissional, é importante esconder a arrogância – caso ela exista – e mostrar humildade. Mesmo que ela tenha de ser fingida. Algumas atitudes a se considerar: acabar com o orgulho, escolher bem as brigas e procurar oportunidades para reconhecer os outros.
Soft skills, as habilidades sociais
Soft skills diz respeito às habilidades que lidam com a relação e interação com outros. “Habilidades como resiliência, empatia, colaboração e comunicação são todas competências baseadas na inteligência emocional e que distinguem profissionais incríveis da média”, afirma Daniel Goleman, psicólogo expert no assunto e autor do bestseller Inteligência Emocional.
O especialista, por sua vez, define o termo como “traços e comportamentos que caracterizam nossos relacionamentos com outros”.
Exemplos de soft skills em alta no mercado
Colaboração: saber trabalhar bem em grupo
Flexibilidade: saber se adaptar às mudanças
Trabalhar sob pressão: gerenciar estresse sem perder o foco
Comunicação eficaz: ouvir atentamente e se comunicar de maneira clara
Orientação para resultados: atingir o resultado final da maneira mais eficaz possível
Liderança de equipe: saber como motivar e engajar grupos
Habilidades sociais indispensáveis para qualquer profissional
As habilidades sociais variam de ser capaz de sintonizar os sentimentos de outra pessoa e entender como cada um pensa até a capacidade de negociação. Todas podem ser aprendidas na vida, contanto que se dedique tempo, esforço e seja perseverante durante o processo.
Por que elas interessam em todos os ambientes profissionais
O interesse pela inteligência emocional no local de trabalho vem do amplo reconhecimento de que essas habilidades diferenciam profissionais e líderes mais bem-sucedidos da média.
Isso é especialmente verdadeiro em funções em que todos têm que ter o mesmo nível técnico: nesses contextos, como as pessoas gerenciam a si mesmos e seus relacionamentos faz toda a diferença.
As 3 habilidades sociais mais valiosas no ambiente de trabalho
#1 Habilidade de comunicação
Habilidades de comunicação são vitais em qualquer ambiente de trabalho Você precisa ser capaz de ouvir os outros e também transmitir seus próprios pensamentos e, até mais importante, seus sentimentos. Da forma certa e levando em conta com quem se está se comunicando.
Bons comunicadores:
Praticam a escuta ativa: ouvem com atenção, sem estar apenas esperando sua deixa para “retrucar” e aguardam o outro falar sem interromper. Basicamente, ouvem todo o conteúdo, processam e só então respondem.
Certificam-se de que todos entendem o que é dito e buscam o compartilhamento completo e aberto de informações.
Sabem receber notícias não tão boas.
Lidam com situações difíceis antes de elas piorarem.
Agem de acordo com as “dicas emocionais” que os outros dão ao comunicar-se sobre seus sentimentos.
#2 Habilidade de cooperação
Esta habilidade social diz respeito a trabalhar bem com os outros, sendo produtivo e fortalecendo relações. As pessoas que têm altos níveis dela costumam ver a relação com a equipe como fator tão ou mais importante do que a atividade ou a meta.
Eles colaboram ativamente, compartilhando planos e ideias e trabalhando juntos para construir um todo melhor. Ao fazê-lo, promovem um clima cooperativo no qual todos se sentem convidados a contribuir. Além disso, também procuram ativamente oportunidades de trabalho colaborativo.
Com frequência, fazem com que a equipe tenha um desempenho melhor. Aqui, não se trata só de liderança formal, mas de procurar cooperar saudavelmente em qualquer função que se exerça.
#3 Habilidade de formar vínculos
É essencial para construir e manter relacionamentos com outras pessoas.
Desenvolver essa habilidade leva você a ter melhores relacionamentos. As pessoas que são boas nisso são grandes networkers, construindo e mantendo uma forte rede de contatos e conexões que lhe ajudam com acesso, suporte, informações, etc.
Quem tem boa habilidade de formar vínculos também trabalha em relacionamentos estabelecidos para mantê-los saudáveis.
Uma característica das pessoas que são boas nessa habilidade é que elas têm muitos amigos entre seus colegas de trabalho. É muito sobre a valorização dos outros: estar interessado e querer saber mais sobre eles de verdade.
Essas três habilidades não só fazem de você um profissional mais eficiente e te dão mais chance de ter alto desempenho e se destacar, como beneficiam enormemente as organizações. Por isso, costumam ser bastante procuradas em recrutamentos de todas as áreas.
Formas de desenvolver social skills?
Daniel Goleman apresenta algumas maneiras de desenvolver ou fortalecer as soft skills necessárias atualmente:
#1 Aprenda a se autorregular
“Se você aprender a administrar suas emoções, vai se recuperar rapidamente do estresse. Isso significa que quando você sentir uma emoção forte surgir, pode se tornar consciente dela, nomeá-la e deixá-la passar sem reagir instantaneamente.”
Para quem quer mergulhar mais profundamente no assunto, Goleman indica praticar meditação diariamente e treinar seu cérebro para lidar com as emoções.
#2 Aprenda a impor limites com gentileza
“Quando for interrompido, pratique se fazer esta pergunta: isso pode esperar? Posso deixar de lado? Você descobrirá que a resposta é quase sempre ‘sim’”, fala.
Comunique sua decisão com boa vontade e de maneira educada: líderes – e pessoas com boas soft skills – sabem se comunicar gentilmente
#3 Crie uma cultura pessoal de feedback
A cultura de feedback é conhecida e fomentada no ambiente de trabalho, mas, segundo o especialista, seus benefícios são tantos, que ela deve ser cultivada também na vida pessoal.
Peça para amigos, colegas, professores, gestores e familiares – pessoas que o conhecem profissional e pessoalmente – avaliarem suas habilidades de soft skills e use as respostas para melhorar.
EXTRA: Desenvolva Soft Skills com a Escola de Liderança
As competências de Soft Skills, embora consideradas tão ou até mais importantes do que as Hard Skills, são subdesenvolvidas na grande maioria dos profissionais em posições de liderança.
É por isso que a Escola de Liderança traz cursos e conteúdos como Inteligência Emocional e Autoconhecimento para ajudar você a se destacar no mercado de trabalho. E o melhor: Tudo incluso em uma só assinatura. Confira agora!
Sentimentos e emoções
A Inteligência Emocional é relacionada à nossa habilidade de identificar os sinais internos do que estamos sentindo, e também a entender como eles se relacionam com todos os sinais externos que recebemos do ambiente ao nosso redor.
Agora, o campo da inteligência emocional diz muito respeito à identificação e regulação de emoções. E, em outros lugares, vemos as emoções sendo referenciadas também como sentimentos. Será que são a mesma coisa?
Um spoiler: emoções e sentimentos não são a mesma coisa. Inclusive, ao compreender a diferença entre os dois, o seu desenvolvimento em direção a uma vida mais emocionalmente saudável pode melhorar.
O que é emoção?
Imagine a seguinte situação: você acabou de chegar no aeroporto, e seu vôo já está na última chamada. Você sai em disparada pelo aeroporto, tentando passar pela fila enorme de pessoas aguardando na checagem de segurança… quando você avista o seu melhor amigo de infância, quem você não encontrava há anos. Antes que você possa falar alguma coisa, seus olhos lacrimejam de animação, e você esquece completamente da pressa que você estava sentindo.
A sua emoção é a resposta do seu corpo perante um estímulo externo. Essas reações no nosso estado bioquímico são ditadas pela amígdala, uma pequenina parte da região subcortical do nosso cérebro. É ela a responsável por ditar mudanças rápidas em nossos corpos a partir de uma ameaça, uma recompensa ou, como na nossa história, de um reencontro.
As nossas emoções, assim, precedem os nossos sentimentos, são físicas e bastante instintivas. Esse instinto vai além da espécie humana, e é o que explica quando sorrimos, o nosso cachorro balança o seu rabo – ele também tem essa reação emocional em seu corpo.
O que é sentimento?
Agora, sentimentos são as associações mentais que fazemos a partir de uma emoção. Ou seja, um sentimento é influenciado pela experiência pessoal de uma pessoa, assim como suas crenças, ou memórias.
Na história do aeroporto, você lacrimejou e sorriu de animação por ter compartilhado memórias e momentos felizes com o seu melhor amigo de infância. Agora, o sentimento poderia ser outro, caso essas memórias fossem infelizes, ou se você soubesse que esse seu amigo destratou um conhecido em comum em algum momento.
Nossos sentimentos são, assim, desencadeados por emoções, e coloridos por nossos pensamentos, memórias e imagens que estão inconscientemente atreladas àquela emoção em particular para você. Ou seja, enquanto seres humanos, nós possuímos um repertório emocional básico em comum, mas os sentimentos variam a cada indivíduo de acordo com as suas experiências e situações vividas.
Agora, importante também é saber que sentimentos podem desencadear emoções – o que forma um ciclo interminável de estímulos e emoções. É por isso que, por meramente pensarmos em cobras ou algum outro animal amedrontador, sentimos medo e temos um calafrio.
Quais são as emoções básicas?
Para decodificar as expressões características das emoções, um dos psicólogos mais reconhecidos no campo, Paul Ekman, viajou o mundo inteiro em busca do que fosse universal, compartilhado por todos e independente da cultura.
Disso, conseguiu mapear cinco emoções básicas universais:
# Raiva
# Tristeza
# Desgosto
# Medo
# Alegria
Elas são as mesmas que figuram como personagens no filme “Divertidamente”, no qual Ekman atuou como consultor especialista durante a produção.
Embora as cinco emoções mapeadas acima sejam encontradas em todos, seus gatilhos variam de pessoa a pessoa. Além disso, cada uma delas tem um propósito: as emoções não seguem a regra dicotômica bom/ruim – e não devem ser evitadas, mas sim compreendidas em suas particularidades.
Você consegue aprender mais sobre como decodificar emoções a partir de um projeto criado por Ekman em parceria com o líder espiritual e chefe de estado do Tibete Dalai Lama, o Atlas das Emoções.
A parte do cérebro que processa emoções (e onde nascem os sentimentos)
Não é mito que uma parte do cérebro processa as emoções – ela é conhecida como cérebro emocional. Enquanto o cérebro racional cuida do senso crítico e da capacidade de análise, o emocional promove as reações que dão origem aos sentimentos.
O cérebro emocional fica no sistema límbico, nome que se dá à parte frontal responsável por emoções, memória e aprendizagem. A parte que analisa riscos e vivências que posteriormente serão “resultarão” em sentimentos, é conhecida como Amígdala.
Autoconsciência
A autoconsciência emocional é um dos principais fundamentos da inteligência emocional – ao mesmo tempo em que é sua base, também é um primeiro passo essencial. Ela diz respeito à capacidade de entender suas próprias emoções e seus efeitos.
Basicamente, significa saber o que está sentindo e por que – e como isso te ajuda ou prejudica no momento -, ter noção dos próprios pontos fortes e fracos e até clareza sobre valores e propósito. Então, uma pessoa que possui essa habilidade bem desenvolvida tem conhecimento sobre o que sente e de que forma essas emoções afetam positiva ou negativamente o seu desempenho no contexto profissional e pessoal.
Claro que as pessoas têm diferentes níveis dessa capacidade de compreensão, mas é completamente possível (e vantajoso) desenvolver o seu.
“A autoconsciência emocional não é algo que você alcança uma vez e depois acaba. Em vez disso, todo momento é uma oportunidade para ser autoconsciente ou não. É um esforço contínuo, uma escolha consciente de ser autoconsciente. A boa notícia é que, quanto mais você pratica, mais fácil se torna”, diz Goleman.
Apesar de ter o foco mais interno, também abrange a chamada autoconsciência emocional “pública”, que é a percepção sobre como as emoções afetam os outros.
Segundo a psicóloga Shirley Canabrava, que conversou com o Na Prática sobre o tema, “olhar para fora” é essencial no aprendizado focado em identificar emoções. Observar o comportamento de outras pessoas aumenta o nosso referencial e ajuda, inclusive, a entender o jeito mais adequado de abordar cada pessoa e assim ter um retorno mais positivo para ambos os lados. Além de melhorar a capacidade de empatia.
Como desenvolver autoconsciência emocional
Shirley dá algumas dicas práticas para quem quer desenvolver a capacidade de autoconsciência emocional.
Busque informações sobre o assunto – sites, canais no Youtube, páginas em redes sociais, livros, cursos, podcasts, etc;
Encontre amigos ou se reúna com pessoas que estejam dispostas a conversar abertamente sobre esses temas;
Identifique possíveis padrões nos seus comportamentos – começando por observar seu humor ao longo do dia, do mês, no trabalho e em casa, ao encontrar determinadas pessoas, etc;
Responda a pergunta “o que estava passando pela minha cabeça no momento?” em situações que você perceber mudanças no seu humor – responda da maneira mais genuína e sincera (e quanto mais próximo da situação, mais você ajuda a sua memória a recuperar os pensamentos e sentimentos corretos);
Pratique atividades que te ensinem e ajudem a se concentrar no presente e em você, como a meditação – especialmente práticas de mindfulness;
Anote os aprendizados, descobertas e respostas que for tendo sobre você mesmo(a) para tentar driblar a preguiça e o esquecimento.
“Reflita se você quer mesmo iniciar esse processo, aumentar seu nível de consciência pessoal não é garantia de que você descobrirá apenas características das quais se orgulhe, mas isso também pode abrir um leque de oportunidades incríveis de melhoria”, destaca a especialista.
“São exatamente as pessoas que conhecem suas particularidades as mais capazes de compreender como podem mudar a sua forma de agir e utilizar essas características a seu favor para alcançar objetivos e obter melhores resultados.”
Autocontrole emocional
Autocontrole emocional é a habilidade de gerenciar emoções negativas ou desestabilizantes, inclusive em situações estressantes, enquanto se mantém operante e eficiente. A ideia aqui é, de fato, gerenciar, o que é completamente diferente de suprimir. A supressão não é sustentável visto que as emoções negativas são parte da vivência humana, e pode ter efeitos contrários.
Quanto mais se tem essa habilidade desenvolvida, mais a pessoa consegue exercer o autocontrole em contextos diferentes: uma coisa é ter uma conversa sincera com um amigo e outra é sentir frustração e raiva no ambiente de trabalho, por exemplo.
Como controlar a ansiedade no ambiente de trabalho?
O desenvolvimento dos transtornos de ansiedade tem sido fortemente relacionado ao ambiente de trabalho, diz a psicóloga especializada Mariângela Guerra. Muitos profissionais não conseguem gerenciar de forma saudável o grande volume tarefas ou metas agressivas, gerando um estresse mental que é um grande gatilho para que a ansiedade seja potencializada.
De modo geral, a ansiedade é uma reação biológica e fisiológica à percepção de ameaças à sua segurança ou perigo. Embora ela seja inevitável, em certos níveis pode prejudicar gravemente a saúde mental e a qualidade de vida.
No ambiente de trabalho, os sintomas podem ser percebidos em dificuldade de se concentrar, relacionamento com colegas e clientes, perda de prazos, problemas de insegurança e desistência de tarefas por medo de falhar, dentre outros. Confira algumas dicas da especialista para não deixar o distúrbio afetar seu desempenho no ambiente profissional.
#1 Seja flexível
Digamos que você sempre sonhou em ser um astronauta, mas percebeu que as tensões e a claustrofobia do trabalho estão lhe causando ataques de pânico. Só porque você sempre pensou que seria um astronauta, ou já passou por treinamento, não significa que você tenha que seguir esse caminho.
Esteja aberto a trabalhos semelhantes que podem não ser exatamente o que você imaginava e que não possuem as mesmas situações de estresse. A NASA também precisa de profissionais na área de recursos humanos, marketing, planejamento e muitos outros. Não fique preso a uma ideia específica do que você deveria fazer.
#2 Seja realista sobre suas limitações
Se você tem ansiedade social, um trabalho que exige muita interação direta com o público pode te deixar totalmente estressado. Saber de antemão o que é um gatilho para a sua ansiedade pode ajudá-lo a descobrir potenciais zonas de perigo e a fazer as escolhas certas.
Para solucionar essa questão é possível utilizar a alocação de forma estratégica. Converse com seu líder sobre a possibilidade.
#3 Meditação e exercício físico
A preocupação é geralmente focada no futuro, e a meditação ajuda a trazer sua mente para o momento presente. A prática consiste em observar os pensamentos e deixá-los ir embora. Essa técnica pode ajudar você a identificar suas preocupações e a entrar em contato com suas emoções.
Fazer alguma atividade regularmente estimula o organismo a produzir endorfina, que causa sensação de bem-estar. Isso ajuda a aliviar os níveis de ansiedade e pode, também, ser um hobby para equilibrar seu cronograma.
Mas, afinal, o que é a motivação?
Motivação é a condição de influenciar a direção de um comportamento. Seu significado pode ser comparado aos das palavras: engajar, impulsionar e estimular.
O conceito pode ser aplicado em relação aos outros – como a capacidade que um líder tem de motivar -, mas seu outro lado é foco em um dos principais pilares da inteligência emocional: o da capacidade que alguém tem de se motivar – a chamada automotivação.
Como se automotivar?
Diante das mesmas expectativas, é fato que cada um responde de forma diferente. Por exemplo, uma situação em que se espera que os profissionais cumpram uma meta em um prazo estipulado. Alguns vão questionar o propósito, outros vão seguir o que foi proposto e outros simplesmente não vão agir. Mas por que essa diferença (essencialmente na característica da motivação pessoal) acontece?
A escritora Gretchen Rubin acredita ter encontrado a resposta. Durante a fase de pesquisas para seu livro “Better than Before: Mastering the Habits of Our Everyday Lives”, ela observou uma relação entre a personalidade e hábitos que as pessoas mantém. Partindo do pressuposto de que lidamos com dois tipos de expectativas: externas, como um prazo para entrega de resultados, e internas, como “parar de comer doces” – ela fez a pergunta: Como você responde a uma expectativa?
Na prática, Gretchen percebeu que a maioria se encaixa em quatro grupos distintos. São os que ela chamou de Defensores (Upholders), Questionadores (Questioners), Obrigados (Obligers) e, por último, os Rebeldes (Rebels).
A fórmula que a autora propõe é simples: entenda em qual deles você se encaixa, descubra o que te motiva e saiba como se automotivar para fazer o que precisa e até criar hábitos. Compreender como as quatro personalidades funcionam também ajuda a motivar os outros quando em um posição de liderança.
As 4 personalidades: entenda a sua para se motivar
#1 Defensores (Upholders)
Os defensores respondem prontamente às expectativas internas e externas. Eles não têm muito problema em cumprir compromissos, prazos ou manter resoluções.
Sua vontade de entender e atender ao que é esperado fomenta um instinto forte de autopreservação (de onde vem o nome da categoria), que contrabalanceia um pouco a disposição de cumprir o que os outros esperam.
No entanto, esse grupo tem dificuldade em situações em que as expectativas não estão claras. Eles podem se sentir compelidos a atender mesmo às que parecem inúteis e ficam desconfortáveis ao infringir regras (até as completamente desnecessárias).
#2 Questionadores (Questioners)
Grupo dos que questionam todas as expectativas e só as atendem se acreditam que elas têm um propósito e podem ser justificadas. No geral, são pessoas motivadas por razão, lógica e justiça.
Os Questionadores decidem por si mesmos se uma ação é uma boa ideia, e resistem ao que parece arbitrário ou que não tenha finalidade válida. “Essencialmente, eles transformam todas as expectativas em expectativas internas”, resume a escritora. Isso faz com que sejam pessoas intelectualmente engajadas – dispostas a pesquisar incansavelmente para chegar as suas conclusões.
Nesse grupo, Gretchen destaca que as tentativas inesgotáveis de justificar qualquer atitude pode cansar os indivíduos.
#3 Obrigados (Obligers)
Os que são os Obrigados têm facilidade em responder às expectativas externas, mas não às próprias. “Eles não decepcionam os outros, mas decepcionam a si mesmos”, explica a autora. Resultado: dificuldade em se automotivar.
Esses precisam da responsabilidade exterior, com consequências – como prazos, taxas, medo de desapontar – a fim de atender a uma expectativa. Então, se um indivíduo desse grupo está com dificuldades em cumprir alguma atividade, provavelmente, é por conta da falta de responsabilidade externa.
O fato de se sentirem “obrigados” a cumprir todas as expectativas dos outros faz com que tenham dificuldade em dizer “não”. Em um certo momento, porém, podem atingir um ponto de rebeldia em que se negam a atender qualquer expectativa.
#4 Rebeldes (Rebels)
As pessoas que resistem a todos os tipos de expectativa compõem o grupo dos Rebeldes. Elas só escolhem agir a partir de um senso de escolha, de liberdade. Os rebeldes resistem ao controle – até mesmo ao autocontrole – e gostam de desrespeitar regras e expectativas.
Embora se recusem a fazer o que “devem”, conseguem atingir seus objetivos do seu próprio jeito. É um grupo que valoriza muito a autenticidade e a autodeterminação.
São indivíduos que, por vezes, desagradam os outros porque não se deixam ser solicitados ou instruídos. De acordo com Gretchen: “pedir ou dizer aos Rebeldes que façam algo faz com que eles façam exatamente o oposto”. Ou seja: quem está em volta sempre corre o risco de acordar seu “espírito de oposição”. Eles não conseguem nem dizer a si mesmos o que fazer – e isso é uma das fontes de frustração desse grupo.
Ao mesmo tempo, são muito motivados por desafios; na verdade, pela vontade de mostrar que são capazes. “Diga a um rebelde: ‘Não acho que você possa preparar o rascunho do relatório até sexta-feira’ e ele vai entregar na quinta-feira para provar que você está errado”, ilustra a escritora.
Utilizando a teoria das personalidades para se motivar
Tentar equilibrar seus estímulos, de acordo com seu estilo de personalidade, pode ser uma receita boa para se motivar. Outra é utilizar exatamente o que te motiva – estímulo externo, prazo, liberdade, etc. – para conseguir alcançar suas metas. Um Obrigado pode procurar alternativas para ampliar a responsabilidade interna – que não tem tanto efeito para ele – em relação à externa, por exemplo.
Encontrando motivação no trabalho
Ninguém está 100% motivado, 100% do tempo. Seres humanos são influenciados por uma miríade de fatores e é natural que, de vez em quando, você sinta que precisa encontrar motivação novamente.
O alicerce de todas as ações que podem te ajudar a encontrar (ou reencontrar) essa motivação é o autoconhecimento, que proporciona uma compreensão mais profunda sobre você mesmo e de onde vem os seus impulsos, estímulos e vontades.
Existem diversas formas de promover o autoconhecimento, desde sessões de psicoterapia a cursos, seminários, retiros e workshops. A Fundação Estudar, por meio do Estudar Na Prática, oferece desde 2016 um curso online de Autoconhecimento para quem quer se iniciar no tema.
Quando você começa a entender esse processo, é possível ressignificar suas experiências e se motivar – e a boa notícia é que não é preciso esperar a conclusão do curso para começar a botar algumas mudanças em prática. A seguir, listamos insights simples de especialistas em comportamento que podem te ajudar desde já:
#1 Conquiste pequenas vitórias
Teresa Amabile, professora da Harvard Business School e autora de O princípio do progresso: Como usar pequenas vitórias para estimular satisfação, empenho e criatividade no trabalho, diz que progresso é o maior motor da motivação.
“De todos os eventos positivos que influenciam a vida de trabalho interna, o mais poderoso é progredir num trabalho significativo. De todos os eventos negativos, o mais poderoso é o oposto do progresso: obstáculos”, escreveu ela.
Facilitar esse progresso é, portanto, o melhor jeito de se motivar. E quando ele acontece em pequenos passos consistentemente, surge uma sensação de movimento contínuo que pode fazer toda a diferença entre um dia ótimo e um dia terrível. “Pequenas vitórias tem um efeito positivo forte surpreendente”, continuou ela.
#2 Enfatize seu progresso
Para extrair o máximo de motivação possível do progresso, enfatize-o para si mesmo. Reflita sobre quão longe você chegou e o bom trabalho que fez. (Você pode fazer isso por colegas desmotivados também!)
Pensando no que já conquistou em retrospecto, fica mais fácil encarar novas tarefas e acreditar que você é capaz de fazê-las.
#3 Recompense-se
Quando fizer algo da sua lista, recompense-se de alguma maneira – isso é um motivador muito forte. Dê uma volta, passe cinco minutos no sol, coma algo gostoso, veja suas mensagens no celular, ouça uma música… O que quiser dentro dos limites do bom senso, especialmente se você for voltar a trabalhar logo!
Caso apenas pequenas recompensas não bastem, você pode testar algo mais radical, como dar R$ 100 para um amigo e dizer que, se até o fim do dia sua tarefa não estiver pronta, você não recebe o dinheiro de volta. Ficou sério de repente, certo?
#4 Foque no significado
Para Dan Pink, autor de Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us que gravou uma TED Talk viral sobre motivação, propósito também é um motivador forte. “Estou fazendo algo a serviço de uma causa maior ou, pelo menos, fazendo uma contribuição para o mundo?”, questiona.
Autossabotagem contra Inteligência Emocional
Em algum momento da vida, as pessoas costumam tomar atitudes que vão na direção contrária aos seus interesses. Seja por meio de palavras, omissão ou procrastinação, todo mundo é suscetível, e eventualmente pratica, a autossabotagem. O psicólogo organizacional Igor Barros afirma que a autossabotagem é um hábito do ser humano.
“Muitas vezes, as pessoas inconscientemente começam a pensar que não são capazes e desenvolver comportamentos que deixam seus planos apenas no mundo das ideias. A autossabotagem acontece no momento que elas começam a se burlar para que que não aconteça algo para elas”, explica.
Especialista em desenvolvimento humano, Israel Augusto complementa que a autossabotagem pode acontecer de forma consciente ou inconsciente. “Na maioria das vezes, ela é inconsciente porque grande parte das nossas ações diárias também são. Existem pesquisas que mostram que o nosso cérebro age em modo automático entre 90% e 95% do tempo. A nossa forma de agir e de pensar está automatizada e o nosso cérebro acaba criando esses padrões de pensamento e de comportamentos para diversas situações e estímulos”, esclarece.
A dupla garante que todos os indivíduos, eventualmente, se autossabotam, em maior ou menor grau e dependendo da situação. Exemplificando formas de autossabotagem no trabalho, Igor Barros indica que o processo está ligado ao medo e à autocobrança.
“O profissional começa a se cobrar, mas ao mesmo tempo não sabe como chegar onde quer. Então, ele entra em um ciclo doentio de não conseguir ser igual ao que desejava ser. Algumas pessoas apresentam burnout, que é o estresse elevado. Outro caso muito comum são as crises de ansiedade, relacionadas a pessoas com bloqueio de evolução”, aponta.
O psicólogo ressalta que as pessoas costumam ligar à autossabotagem no trabalho a alguma forma de bloqueio, mas nem sempre é isso que ocorre.
“Uma das formas mais comuns de autossabotagem, que as pessoas não percebem, é ter uma cobrança de resultados muito elevados, se forçar a entregar algo, ser diferente ou fazer mais. A autossabotagem começa silenciosamente, mas pode apresentar sintomas físicos como palpitações, sudorese, dificuldades de dormir e até sensações de pânico”, destaca.
O processo de autossabotagem geralmente é fundamentado em uma crença, conforme explica Israel. “Vem de algo que eu acredito que é verdade. São pensamentos recorrentes e padrões de pensamentos instalados em mim, que geralmente são fortes. Nosso crítico interior tem muito impacto nisso. Todos nós temos medo de alguma coisa e é essa emoção que nos faz adquirir comportamentos sabotadores”, revela.
Formas de driblar a autossabotagem
#1 Mantenha relacionamentos assertivos com os colegas
Se você é capaz de conversar com os pares, entender a realidades de situações e fatos relacionados a elas provavelmente não irá recorrer a comportamentos precipitados que podem ser sabotadores. Os especialistas afirmam que, além da realidade, existe a interpretação individual de cada um, por isso é essencial manter relações francas e baseadas em fatos.
#2 Pratique o autoconhecimento
Para sair do ciclo de autossabotagem, o primeiro passo é tomar consciência dessa ação ou omissão. Se conhecer melhor é uma ação que depende de você e potencializa o processo de mudança. Com o autoconhecimento, fível desligar o piloto automático e questionar padrões, habilidades, crenças e valores.
#3 Peça feedback
Pessoas do seu convívio pessoal podem ter uma percepção melhor da sabotagem de colegas e isso pode ser transmitido com feedbacks efetivos.
#4 Transforme os hábitos sabotadores
Se você já identificou situações em que costuma se sabotar, pode traçar um plano ou fazer um planejamento para aprender a construir um novo hábito que seja mais positivo e alinhado com seus objetivos.
Os especialistas apontam que os líderes tem um papel fundamental em impedir que seus colaboradores perpetuem atitudes autossabotadoras. Isso pode ser feito por meio do feedback, da valorização de competências socioemocionais (como a inteligência emocional), ajudar a inserir palavras e hábitos positivos, da motivação e acompanhamento das equipes.
Empatia
O que é empatia? Segundo o filósofo australiano Roman Krznaric, empatia é sobre “achar a humanidade compartilhada”. Considerado uma autoridade no assunto, o especialista é autor do livro “O poder da empatia: A arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo”. Além disso, é membro docente e fundador da The School of Life, de Londres, e professor de Sociologia e Política na Universidade Cambridge e na City University.
O que é empatia? “Calçar o sapato do outro”?
Em muitas ocasiões, a prática da empatia é resumida por “calçar o sapato do outro”. Embora não esteja errado – até o filósofo utiliza essa descrição – abre margem para uma possível interpretação (e experiência) erradas. “Não é apenas sobre calçar os sapatos do outro com os seus próprios preconceitos e estereótipos”, destaca ele.
É necessário ter uma mentalidade aberta para conhecer. Entre outras coisas, isso significa fazer conexões inesperadas, sair da forma usual de pensar e falar, se preciso, superar barreiras (preconceitos, esterótipos, etc.).
“Quase não existe jeito melhor de desafiar seus preconceitos e estereótipos sobre alguém do que falar com essa pessoa e ouvir o que eles têm a falar”, afirma Krznaric, “e você pode muito bem descobrir que estava errado e isso te ajuda a não transferir muito de si mesmo”.
Por que ela é aliada no ambiente de trabalho
Segundo o especialista, a empatia é o que cria bons relacionamentos, tão indispensáveis para ser bem-sucedido em qualquer ambiente de trabalho. Mas como fazer isso, de fato? “A chave é desenvolver a habilidade de ‘ouvir empaticamente’”, explica Kznaric.
Isso significa, primeiro, saber ouvir outras pessoas sem interrompê-las e dar oportunidade para que elas se abram. E também se atentar a dois tipos de informações, que o interlocutor pode passar até inconscientemente: sentimentos e necessidades.
“A ‘habilidade de ouvir empaticamente’ realmente unifica as organizações e faz os relacionamentos funcionarem. E isso é, de fato, crucial para uma carreira de sucesso.”
Compreensão interpessoal
Para ser comunicar efetivamente com diversos grupos, compreensão interpessoal e empatia são habilidades de extrema importância. Isso porque, por meio delas, é possível entender intenções, motivações e desejos de outras pessoas, o que torna os relacionamentos interpessoais mais fáceis.
Apesar dessas características serem valorizadas, principalmente no mercado de trabalho, o Brasil ocupa a 51ª posição no ranking mundial de países empáticos, de 63 nações analisadas, segundo pesquisa da Universidade de Michigan. Entenda mais sobre os conceitos e como desenvolver essas competências.
O que é?
Neuropsicólogo e mestre em processos de desenvolvimento humano, Fabrício Almeida explica que compreensão interpessoal e empatia são traços que começam a ser desenvolvidos na infância.
“Desde muito cedo, somos programados a perceber nuances no rosto dos seres humanos e nos comportamentos sociais que nos indicam o que o outro está sentindo ou pensando. A partir da capacidade de compreender e atribuir estados mentais a si e aos outros (conhecida como teoria da mente), a criança começa a conseguir funcionar socialmente”, esclarece.
Por meio desse cenário, nasce a empatia, uma forma de “achar a humanidade compartilhada”, segundo Krznaric. “A empatia vem da percepção da necessidade e da vontade do outro”, complementa Fabrício. Nesse sentido, a compreensão interpessoal se alia como uma maneira de entender as emoções e pensamentos dos diversos indivíduos que compõem um grupo.
Empatia e produtividade: uma relação inusitada
Além de beneficiar a criação de relacionamentos significativos, e primordiais para a trajetória profissional, Krznaric explica uma relação existente entre a empatia e produtividade. Na realidade, são duas as relações, mas uma reforça a empatia e sua importância, inclusive no trabalho.
“Uma das coisas que diminui a empatia é um desejo de eficiência e velocidade”, diz o especialista sobre a primeira das associações, que é inversamente proporcional. Por exemplo, se você está correndo para não se atrasar para uma reunião e passa por alguém que precisa de cuidado ou de ajuda, há menos chances de parar, segundo estudos.
De outro lado, há mais chances de se criar um ambiente de trabalho produtivo se existem relacionamentos altamente empáticos, porque as pessoas compartilham informações e aprendizado. “Pensamos em eficiência como sendo racional e empatia como sendo emocional. No entanto, essas coisas sempre trabalham juntas.”
Desenvolva sua capacidade de empatia
Reunimos algumas dicas do filósofo Krznaric e do neuropsicólogo Fabrício sobre as melhores formas de desenvolver a empatia.
#1 Coloque-se em contexto
A prática de se colocar no lugar do outro é fundamental para aprimorar a empatia e a compreensão interpessoal, afirma o neuropsicólogo. “Vivemos em uma sociedade que cada vez mais isola os seres humanos e faz com que eles sejam autocentrados.
Então, a primeira coisa a se fazer para desenvolver essas habilidades é estar em um local social, como um grupo ou time. Profissionais que trabalham em casa, por exemplo, são menos propensos a ter feedback social e desenvolver essas competências interpessoais”, aponta.
#2 Desenvolva autoconhecimento
Buscar o autoconhecimento também é uma ferramenta valiosa para fortalecer a empatia e a compreensão interpessoal. “Se você conhece seus limites, sabe fundamentar suas opiniões e tem uma autoestima fortalecida, acaba não se privando de entrar em situações que possam colocar em cheque o que você acredita. Consequentemente, isso aumenta a probabilidade de troca com outras pessoas e isso puxa a empatia”, analisa Fabrício.
Além disso, trabalhar a inteligência social é primordial para existir em uma sociedade exige os mesmos comportamentos em momentos e maneiras distintos.
#3 Fomente sua curiosidade sobre os outros
“Desenvolva sua curiosidade sobre os desconhecidos conversando com um estranho uma vez por semana. Fale com alguém que é diferente de você – a mulher que lhe vende jornal ou pão a cada manhã. Tente ultrapassar a conversa superficial, porque é sobre achar a humanidade compartilhada, desafiar suposições.
#4 “Ouça” os sentimentos
“Pense ‘como posso praticar empatia nas minhas relações cotidianas?’ Em particular, ouvindo empaticamente. Como eu posso realmente ouvir meu filho, filha, marido, esposa, colega de trabalho, e realmente praticar a habilidade de ouvir os sentimentos e necessidades das pessoas.”
#5 Lute por alguma causa que te move
“A terceira coisa é [pensar] ‘como posso me empenhar em ser empático em uma comunidade maior?’, ‘como posso fazer parte de um movimento?’. É sobre entender a perspectiva dos outros e lutar pelos direitos de quem a humanidade foi marginalizada. O que você pode fazer? Quais são as causas com que você se importa? E acho que os seres humanos prosperam quando são parte de algo maior do que eles mesmos.”
As melhores palestras sobre inteligência emocional
A fim de assistir uma palestra de inteligência emocional? Selecionamos três boas TED Talks sobre o tema, confira.
Na primeira palestra sobre inteligência emocional recomendada, Daniel Goleman, especialista referência mundial e autor de “Inteligência Emocional”, pergunta por que não somos mais compassivos na maior parte do tempo.
Quando a investidora de risco Natalie Fratto escolhe qual fundador de startup apoiar, ela não procura apenas inteligência ou carisma; ela procura por adaptabilidade.
Em sua TED Talk, Natalie compartilha três maneiras de medir seu “quociente de adaptabilidade” – e mostra por que sua capacidade de responder às mudanças (um traço de altos níveis de inteligência emocional) realmente importa.
As palavras que usamos para descrever nossas emoções afetam o modo como nos sentimos, diz a historiadora Tiffany Watt Smith. E elas frequentemente mudam (às vezes de maneira dramática) em resposta a novas expectativas e contextos culturais.
Nesta palestra, aprenda mais sobre como a linguagem que usamos para descrever como nos sentimos continua evoluindo.
3 livros sobre inteligência emocional
#1 “Inteligência emocional”, de Daniel Goleman
Nesta obra, Daniel Goleman traduz algumas importantes descobertas neurológicas acerca do tema de inteligência emocional para o público leigo, além de explicar como essa base científica apoia suas teses mundialmente famosas.
#2 “Autocompaixão”, de Kristin Neff
Em “Autocompaixão: Pare de se torturar e deixe a insegurança para trás”, a professora, escritora e palestrante americana Kristin Neff – doutora em Desenvolvimento Humano pela Universidade de Berkeley, na Califórnia – fala sobre a autocompaixão e a necessidade de autoconhecimento como fonte geradora de empatia entre os seres humanos.
#3 “Agilidade emocional”, de Susan David
Em “Autocompaixão: Pare de se torturar e deixe a insegurança para trás”, a professora, escritora e palestrante americana Kristin Neff – doutora em Desenvolvimento Humano pela Universidade de Berkeley, na Califórnia – fala sobre a autocompaixão e a necessidade de autoconhecimento como fonte geradora de empatia entre os seres humanos.
Bônus: “10 leituras essenciais: inteligência emocional”, da Harvard Business Review
Seleção de 10 artigos escritos por especialistas no assunto, compilados pela Harvard Business Review entre centenas de textos publicados na tradicional revista com o objetivo de ajudar no aprimoramento de habilidades e dos relacionamentos.
Você conhece o curso de inteligência emocional?
Sabia que a Fundação Estudar tem uma plataforma para ajudar você a se desenvolver para o mercado de trabalho? Na Escola de Liderança você encontra cursos como Autoconhecimento, Processos Seletivos e um curso exclusivo de Inteligência Emocional para te ajudar a desenvolver uma das competências mais relevantes para o mercado de trabalho. Faça sua assinatura e comece agora.
Conhece aquele ciclo “não tenho oportunidade porque preciso de experiência, não tenho experiência, por isso, não consigo oportunidade”? Quando se trata do primeiro emprego, esse costumar ser o principal desafio. Mas a realidade é que há formas de contorná-lo e tornar-se um forte candidato, mesmo ao iniciar a carreira.
Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.
De forma geral, esse “despreparo” não está somente relacionado ao conhecimento técnico, mas também à desenvoltura para demonstrar ser o perfil adequado desde o currículo até a entrevista de emprego. Por isso, destacamos algumas dicas que vão te ajudar a conseguir o primeiro emprego.
Existem vagas em que a experiência profissional relacionada é, de fato, imprescindível – nessas, isso costuma estar destacado nos requisitos. Porém, nem sempre a falta de experiência profissional é uma barreira na conquista do primeiro emprego.
Muitas empresas preferem jovens que nunca tenham trabalhado. Isso oferece, para a companhia, vantagens como a oportunidade de moldá-los de acordo com seus interesses e perfil da vaga.
Para quem ainda está no Ensino Médio, o ideal são as oportunidades de Jovem Aprendiz, destinadas para esse público. Depois da faculdade, no entanto, procure por vagas de “analista”, que costumam ser destinadas a quem é recém-formado ou tem pouco tempo de formação.
Programa de trainee
Os programas de trainee são exemplos disso – tanto que a maioria tem previsto ações de desenvolvimento, como treinamentos e job rotation (rotação pelas áreas). Porém, neles, a concorrência pode ser bem acirrada por conta das condições frequentemente atrativas desses programas, como salário e oportunidades de aprendizado. Profissionais com atitude, comprometimento e habilidades técnicas e sociais desenvolvidas costumam ter vantagem.
Instituições ou sites especializados
Outra opção de caminho para quem está em busca do primeiro emprego são os sites e as instituições especializados. Neles, é possível encontrar estágios e oportunidades de jovem aprendiz que normalmente não exigem experiência prévia.
O Centro de Integração Escola-Empresa (CIEE) é um dos principais exemplos dessas organizações que criam pontes entre jovens trabalhadores e corporações de todo o Brasil.
Perfil profissional primeiro emprego: o que os recrutadores buscam?
Na hora da busca pelo primeiro emprego, recrutadores vão avaliar se a falta de experiências formais é compensada por outras atividades, que tenham ajudado o candidato a se desenvolver. Se a sua área requer habilidades técnicas, o ideal é que você busque formações que contemplem esses conhecimentos.
Isso vale para outros aspectos. Por exemplo, no processo seletivo para uma vaga que requer bastante trabalho em equipe, o avaliador pode tentar perceber seu nível de inteligência emocional. Estude e busque experiências alternativas relacionadas ao que é buscado no seu setor.
Para tanto, investigue oportunidades “ideias” para você abertas e anote os pontos em comum, que formam o perfil padrão que tem sido buscado. Aplicando-se para uma posição em específico, não esqueça de pesquisar a cultura da companhia e entender que tipo de profissionais preferem para compor o time. Eles prezam autonomia e flexibilidade? Ou facilidade em respeitar normas e estabilidade? De acordo com esse tipo de valor, dá para “desenhar” o candidato que buscam.
De forma geral, os recrutadores procuram por profissionais em início de carreira que tenham disposição e iniciativa para aprender, além de capacidade de aprendizado. Também são valiosos o envolvimento em atividades extracurriculares, articulação para se comunicar e cuidados na escrita.
Currículo para primeiro emprego
O currículo é o primeiro contato do recrutador com o candidato. Ao mesmo tempo, dependendo do volume que tenha recebido, o recrutador gasta apenas alguns segundos para avaliá-lo. Por isso, o documento deve ser elaborado com muita clareza e objetividade.
Além disso, cuidado com os erros de português: eles são responsáveis por eliminar muitos candidatos. Afinal, as empresas não querem contratar alguém que faça um relatório, memorando, ou escreva um e-mail repleto de problemas de gramática.
Para evitá-los, sempre peça para alguém revisar seu CV antes de encaminhá-lo e sempre pesquise as palavras em que estiver com dúvida sobre a grafia. Na seção de objetivo, logo após seus contatos pessoais, descreva seu objetivo em uma ou duas frases.
No caso do primeiro emprego, é interessante deixar claro que você está a procura de uma oportunidade para se desenvolver. Exemplo:
“Recém-formada em Direito com interesse na área de propriedade intelectual em busca de uma posição inicial no escritório X.”
Se você não tiver exercido nenhuma atividade profissional, mesmo que informalmente, reserve o espaço de “experiência” para suas vivências acadêmicas e extracurriculares. Ao invés de apenas descrever as atividades realizadas, valorize os resultados alcançados ou competências e habilidades desenvolvidas. Quem está contratando quer saber o que você oferecerá à empresa e dispor as informações dessa forma deixará tudo mais claro.
O que fazer para enriquecer o currículo?
Ok, você não tem experiências de trabalho formais e full time, mas, como mencionamos acima, é possível utilizar a seção para destacar outras realizações. Aqui entram projetos extracurriculares, trabalhos voluntários, grupos de estudo, cursos – e, principalmente, a iniciativa por parte do candidato de buscar experiências. Viaje e capacite-se sempre que puder, com treinamentos online ou não.
Os alunos que buscam por atividades extracurriculares costumam saber mais sobre o mercado de trabalho e procuram vagas de forma mais assertiva. Ao mesmo tempo, são mais valorizados pelos recrutadores, que os enxergam como profissionais comprometidos, proativos e autônomos.
Você pode se inscrever em estágios oferecidos pela universidade, fazer iniciação cientifica, entrar para o grêmio estudantil, entre outras. No nosso Guia para saber como aproveitar melhor a faculdade, você aprende a explorar outras possibilidades.
Prestar serviço voluntário na sua área de atuação é uma forma solidária de obter experiência. E essa iniciativa, ainda, é também é muito bem vista pelos recrutadores. Quando você disponibiliza seu tempo para ajudar quem precisa, demonstra comprometimento, proatividade e liderança.
Dicas para conseguir um bom primeiro emprego
#1 Network em dia
A indicação pode ter um grande papel na hora de conseguir um primeiro emprego. Por isso, é tão recomendado investir em network. Você pode começar a montar sua rede de relacionamentos logo na faculdade, com professores e colegas. Também capriche no seu LinkedIn, a maior rede social voltada para o âmbito profissional.
Além de conhecer mais sobre a carreira e obter orientações sobre como alcançar sucesso na área, eles podem lembrar de você quando souberem de alguma oportunidade.
#2 Invista no autoconhecimento
O autoconhecimento permite descobrir quais são os seus valores, traços de personalidade mais marcantes, pontos fortes e fracos e estilo de trabalho. Investir nesse tipo de análise o prepara para diversos desafios da busca pelo primeiro emprego. Você terá melhor desempenho ao falar sobre si mesmo durante entrevistas e melhorará seu controle emocional.
Outra vantagem do autoconhecimento é a possibilidade de investir em melhoria contínua. Você identifica seus pontos fracos e busca alternativas para melhorá-los.
#3 Mande bem na entrevista
Com seu autoconhecimento desenvolvido, você vai saber falar muito melhor sobre suas qualidades e defeitos na entrevista do primeiro emprego. Tenha eles na ponta da língua e destaque como está trabalhando para melhorar o que precisa. Cuidado: sem clichês como dizer que é perfeccionista ou proativo. Essas duas coisas, por exemplo, podem ser vistas como “positivas” em alguns contextos e, por isso, pode parecer insinceridade apontá-las como pontos fracos.
Um outro ponto que você pode treinar é na hora de retratar a trajetória. Para compensar a falta de experiências em outros empregos, tenha no repertório alguns dos seus feitos que mais te orgulham (claro, relacionados à área ou à função). Traga resultados – como você melhorou tal coisa, ou o que conseguiu fazer com o trabalho voluntário, por exemplo. Sempre com humildade e abordando assuntos mais profundamente do que no currículo, afinal, o recrutador já o leu.
#4 Prepare-se para as etapas de dinâmicas em grupo
As dinâmicas em grupo são realizadas para o recrutador saber como os candidatos trabalham em equipe. Destacam-se aqui profissionais que tenham liderança, iniciativa, confiança e espírito coletivo. Ao mesmo tempo em que é importante se expressar bem e fazer as suas opiniões e ideias serem ouvidas, o participante deve saber valorizar os outros e demonstrar que os resultados alcançados são critérios de todos e não somente a ele.
#5 Mantenha-se informado
Manter-se bem informado também é importante para garantir seu primeiro emprego. Alguns recrutadores costumam testar se o candidato tem senso crítico sobre a realidade à sua volta. Por isso, atualize-se por qualquer meio de comunicação e procure formar uma opinião sobre os temas em pauta na economia, política internacional e nacional, entre outros campos.
Como lidar: situações do primeiro emprego
Não importa quantas etapas um processo seletivo tem antes da contratação. Nem mesmo o quanto você busca saber, por conta própria, sobre a empresa. Nunca é possível ter certeza do que está por vir – ainda mais quando se trata do primeiro emprego.
Para trazer algumas dicas de como se preparar e lidar com as mais diversas situações da melhor forma possível, conversamos com Daniela Schiano, sócia na Weplace, consultoria que assessora na busca de profissionais e gestão de pessoas.
Situação #1: “Não sei o que esperam de mim”
Existem algumas situações que são comuns nos primeiros dias de um emprego novo e acabam gerando ansiedade. Entre elas, Daniela destaca a recepção do profissional e o alinhamento de expectativas entre ambas as partes.
“O jovem recém-contratado pensa muito em como será integrado ao novo local e como as pessoas irão se comportar em relação a ele. Também quer descobrir rápido o que esperam dele, quais serão as suas atividades e as expectativas por parte de superiores e pares”, diz ela.
Ao responder sobre qual é a melhor forma de lidar com cada uma dessas circunstâncias, Daniela é categórica ao afirmar que o principal é nunca agir de forma impulsiva. “É a premissa básica para lidar no ambiente de trabalho. Além disso, é muito importante ser observador, ler o espaço, procurar entender as dinâmicas de trabalho e as relações entre pessoas e áreas para tomar os caminhos”, comenta.
Situação #2: Conflitos internos na equipe
Quanto às situações de conflito interno no primeiro emprego, a consultora acredita que independentemente do cargo e do nível hierárquico, a falta de respeito e de bom senso são os fatores que, com mais frequência, originam os confrontos.
“Estes valores devem fazer parte da vida profissional desde o início! É importante ter um mentor que direcione o jovem em suas atitudes para que possa se aconselhar, tirar dúvidas e até ser alertado sobre possíveis falhas e erros no percurso“, diz.
Além disso, é interessante realizar uma autoavaliação do comportamento diante de situações de pressão. Assim, você adquire, aos poucos, a maturidade que o mercado exige nos posicionamentos e na postura cotidiana.
Situação #3: Choque entre gerações
De maneira geral, Daniela acredita que o choque entre gerações seja um conflito existente no primeiro emprego de muitos jovens. Isso porque, muitas vezes, os recém-formados são liderados por gestores mais velhos.
“Atualmente acredito que os superiores sintam dificuldade em liderar os jovens, pois a relação com o trabalho é vista de diferentes formas. Os mais novos buscam uma relação de equilíbrio, realizações mais imediatas e flexibilidade nas condições de trabalho. Em contrapartida, os gestores buscam uma relação de compromisso, dedicação integral e longos períodos de maturação.”
Para lidar com o choque com outras gerações e aliviar os conflitos resultantes, Daniela aconselha “buscar um meio termo na relação” para que os dois lados convivam de forma harmônica no ambiente de trabalho.
Situação #4: Dificuldade em trazer à tona assuntos sobre o futuro
Ainda que seja o início de um primeiro emprego, dúvidas quanto às possibilidades de crescimento e próximos passos são comuns.
Para conseguir saná-las, a melhor maneira é identificar, observando o ambiente, os momentos propícios para as conversas que esclareçam incertezas. Caso seja possível, o ideal é ter um papo aberto e honesto com o gestor, de maneira frequente.
O importante é buscar experiências que sejam coerentes com o próprio planejamento de carreira. Focar nos aprendizados necessários e procurar estar ao lado de pessoas que podem ajudar neste período de desenvolvimento.