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Ram Charan: Um mestre da liderança e estratégia empresarial

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No mundo dos negócios e da liderança, há figuras que se destacam como verdadeiros luminares, e Ram Charan é, sem dúvida, uma delas. Com uma carreira recheada de sucessos e uma abordagem única para liderança e estratégia empresarial, ele é uma referência incontestável para aqueles que buscam orientação e inspiração em suas carreiras.

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Neste artigo, vamos explorar quem é Ram Charan, seus pensamentos, sua Obra e como seus ensinamentos podem beneficiar a carreira das pessoas.

Quem é Ram Charan?

Nascido em Uttar Pradesh, na Índia, em 1939, Ram Charan é um autor best-seller, palestrante renomado e consultor de gestão. Ele é amplamente reconhecido como uma das maiores autoridades mundiais em liderança e estratégia empresarial. Sua educação inclui um mestrado em engenharia química pela Universidade de Banaras e um MBA e doutorado pela Universidade de Harvard.

Pensamentos de Ram Charan

O que torna Ram Charan tão notável é a clareza e a simplicidade de seus pensamentos sobre negócios. Ele acredita que a liderança eficaz e a estratégia sólida são cruciais para o sucesso de qualquer organização. Seus ensinamentos se concentram em três áreas fundamentais:

Foco nas Pessoas: Ram Charan enfatiza a importância de cultivar e desenvolver líderes eficazes. Ele argumenta que líderes fortes são essenciais para uma empresa prosperar e alcançar seus objetivos.

Rigidez na Estratégia: Ele acredita que uma estratégia de negócios sólida é fundamental para qualquer organização. Isso envolve identificar oportunidades, tomar decisões ousadas e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado.

Execução Disciplinada: Charan argumenta que a execução é muitas vezes negligenciada, mas é onde muitas estratégias falham. Ele promove a ideia de que a disciplina na execução é crucial para transformar planos em resultados tangíveis.

Obras de Ram Charan

Ram Charan é autor de diversos livros que se tornaram best-sellers e referências na área de negócios. Alguns de seus livros mais conhecidos incluem:

“Execution: The Discipline of Getting Things Done”

Este livro explora a importância da execução na concretização de estratégias empresariais e fornece insights valiosos sobre como tornar a execução uma parte integral da cultura organizacional.

“Leadership in the Era of Economic Uncertainty”

Neste livro, Charan discute como líderes podem navegar com sucesso em tempos de incerteza econômica, oferecendo conselhos práticos para tomar decisões informadas.

“The Attacker’s Advantage”

Aqui, ele aborda a necessidade de empresas serem proativas e ágeis em vez de reativas, a fim de ganhar uma vantagem competitiva no mercado.

Como os ensinamentos de Ram Charan podem beneficiar sua carreira

Os ensinamentos de Ram Charan podem ser inestimáveis para profissionais de todas as áreas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais seus princípios podem impulsionar sua carreira:

#1. Desenvolvimento de Liderança

Ao adotar sua ênfase na liderança eficaz, você pode desenvolver suas habilidades de liderança e se tornar um ativo valioso para qualquer organização.

#2. Melhoria da Estratégia

Aprender a criar e executar estratégias sólidas pode ajudá-lo a tomar decisões mais informadas e a contribuir para o crescimento e sucesso da sua empresa.

#3. Foco na Execução

Tornar-se disciplinado na execução de tarefas e estratégias pode garantir que você entregue resultados tangíveis e alcance seus objetivos de carreira.

Resumo

Ram Charan é um verdadeiro guru no mundo dos negócios e da liderança. Seus pensamentos e ensinamentos têm o poder de transformar a maneira como você aborda sua carreira e seus objetivos. Portanto, não hesite em mergulhar em seus livros e palestras para colher os benefícios de sua vasta experiência e sabedoria. Lembre-se de que, como ele mesmo diz, “a liderança eficaz é uma habilidade que pode ser aprendida”.

Daniel Goleman: Quem é o gênio da inteligência emocional?

Daniel Goleman em palestra
Daniel Goleman é um dos maiores expoentes na área de inteligência emocional em todo o mundo (Foto por Kris Krug via Flickr)

Daniel Goleman é um nome que ressoa profundamente no mundo da psicologia e do desenvolvimento pessoal. Renomado por seu trabalho pioneiro na área da inteligência emocional, Goleman tem sido um catalisador para mudanças significativas em como entendemos e valorizamos as emoções humanas.

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Neste artigo, mergulharemos na vida, na carreira e nas contribuições notáveis de Daniel Goleman, explorando o impacto duradouro que ele teve na sociedade contemporânea.

Quem é Daniel Goleman?

Daniel Goleman nasceu em 7 de março de 1946, em Stockton, Califórnia, EUA. Ele é um psicólogo, escritor e jornalista científico amplamente conhecido por seu trabalho na área da inteligência emocional. Goleman obteve seu diploma de graduação em Antropologia pela Universidade de Harvard e completou seu doutorado em Psicologia Clínica e de Desenvolvimento na Universidade de Harvard, bem como um mestrado em Educação na Universidade de Harvard. Seus anos de pesquisa e experiência o prepararam para abordar uma das áreas mais cruciais da psicologia humana: a inteligência emocional.

O Conceito de Inteligência Emocional

Daniel Goleman é mais conhecido por popularizar o conceito de inteligência emocional. Ele trouxe esse conceito para o público em geral com o lançamento de seu livro “Inteligência Emocional” (Emotional Intelligence) em 1995, que rapidamente se tornou um best-seller e teve um impacto profundo na educação, negócios e psicologia.

A inteligência emocional se refere à capacidade de reconhecer, entender, gerenciar e usar eficazmente as emoções, tanto em si mesmo quanto nos relacionamentos interpessoais. Goleman argumenta que a inteligência emocional é tão ou até mais importante do que a inteligência intelectual (QI) para o sucesso pessoal e profissional. Ele identificou cinco componentes principais da inteligência emocional:

  1. Autoconhecimento emocional: A capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções.
  2. Autorregulação emocional: A habilidade de controlar impulsos emocionais e lidar com o estresse de maneira construtiva.
  3. Motivação intrínseca: A capacidade de se motivar e perseguir objetivos com paixão.
  4. Empatia: A habilidade de entender e se conectar emocionalmente com os sentimentos e perspectivas dos outros.
  5. Habilidades sociais: A capacidade de se relacionar eficazmente com os outros, construir relacionamentos sólidos e comunicar-se de forma clara.

Leia nosso artigo completo sobre Inteligência Emocional

Contribuições e Impacto de Goleman

As contribuições de Daniel Goleman para a psicologia e a sociedade são vastas e significativas:

1. Educação:

Goleman destacou a importância da educação emocional nas escolas, argumentando que ensinar habilidades emocionais é tão crucial quanto ensinar habilidades acadêmicas. Sua influência levou a mudanças nas políticas educacionais em muitos países, com um foco crescente na educação emocional nas salas de aula.

2. Negócios:

O conceito de inteligência emocional também teve um grande impacto no mundo dos negócios. Goleman argumenta que líderes eficazes são aqueles que podem entender e gerenciar suas próprias emoções e as emoções de suas equipes. Essa perspectiva deu origem a programas de treinamento em inteligência emocional para líderes e gerentes em todo o mundo.

3. Saúde Mental:

Goleman escreveu extensivamente sobre o papel da inteligência emocional na saúde mental. Ele defende a ideia de que o autoconhecimento emocional e a autorregulação podem ajudar a prevenir problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão.

4. Livros de Sucesso:

Além de “Inteligência Emocional,” Daniel Goleman escreveu vários outros livros de sucesso, incluindo “Inteligência Social,” “Ecologia da Mente” e “Foco.” Esses livros continuam a influenciar leitores em todo o mundo, promovendo a compreensão e aprimoramento pessoal.

Dicas de Goleman para Desenvolver a Inteligência Emocional

Daniel Goleman oferece insights valiosos sobre como desenvolver a inteligência emocional:

  1. Pratique a autorreflexão: Tire um tempo para refletir sobre suas emoções, pensamentos e comportamentos. Isso pode ajudá-lo a desenvolver um maior autoconhecimento emocional.
  2. Cultive a empatia: Tente entender as emoções e perspectivas dos outros. Isso fortalece seus relacionamentos e sua capacidade de se conectar com as pessoas.
  3. Aprenda a autorregular: Desenvolva habilidades para lidar com o estresse e controlar impulsos emocionais. A meditação e a prática da atenção plena são técnicas eficazes.
  4. Defina metas com clareza: Ter metas claras e motivadoras pode aumentar sua motivação intrínseca.
  5. Trabalhe em suas habilidades sociais: Melhorar sua capacidade de se comunicar eficazmente e construir relacionamentos sólidos é fundamental para o sucesso pessoal e profissional.

O Legado Duradouro de Daniel Goleman

Daniel Goleman é um visionário que desafiou as concepções tradicionais de inteligência. Sua pesquisa e escritos continuam a inspirar indivíduos, educadores, líderes empresariais e profissionais de saúde em todo o mundo. Goleman mostrou que a inteligência emocional é uma habilidade vital que pode ser cultivada e aprimorada, e seu impacto perdurará por muitas gerações.

Em suma, Daniel Goleman é uma figura notável que nos ensinou que entender e gerenciar nossas emoções é fundamental para uma vida bem-sucedida e satisfatória. Seu trabalho continua a moldar nossa compreensão das complexidades humanas e a nos lembrar da importância da inteligência emocional em nossas vidas.

Conheça a carreira de Rodrigo Vella, Líder Estudar e um dos principais advogados de direito societário no Brasil

Rodrigo Vella é considerado um dos principais advogados de Direito Societário no Brasil por várias publicações e rankings locais e internacionais, como Chambers Latin America, Chambers Global, Legal 500 e Latin Lawyer. Com uma carreira de destaque potencializada por experiências internacionais, encontra motivação no desejo de “impactar mais pessoas, deixar um legado no mercado jurídico e melhorar o Brasil.”

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Durante a trajetória, enfrentou diversos marcos que exigiram resiliência até se tornar um profissional reconhecido e com atuação relevante nas áreas de Fusões e Aquisições, Financiamentos, Infraestrutura e Direito Imobiliário, para além do Direito Societário.

Dentre os maiores obstáculos e conquistas até então, ele destaca seu mestrado nos Estados Unidos, a admissão ao New York State Bar Association (equivalente à OAB no Brasil, mas com caráter estadual), a fundação do Vella Pugliese Buosi Guidoni (VPBG) e a fusão do escritório com o Dentons, maior escritório de advocacia do mundo. 

Seu principal objetivo para o futuro é conduzir o VPBG, do qual também é sócio, à uma posição de liderança na indústria, enquanto lida com desafios de gestão e da perpetuidade do negócio. Para tanto, se apoia no aprendizado e foco em desenvolvimento pessoal, temas pelos quais se considera “absolutamente aficionado”. 

Experiência internacional que potencializa e empreendedorismo 

Graduado pela faculdade Mackenzie, com especialização em Direito Tributário pela PUC-SP e em Direito no setor de Energia pela FGV, Rodrigo tem passagem pelos escritórios TozziniFreire, onde fez seu primeiro estágio e retornou posteriormente, FreitasLeite, assim como no banco BBA Creditanstalt (hoje parte do Itaú BBA). 

Com oito anos de carreira, decidiu fazer seu LL.M (Master in Laws, em português, “mestrado em Direito”), na Universidade Georgetown, em Washington, D.C., nos EUA. “Foi um período longo e difícil. Lembro que muitas pessoas próximas chegaram a me desestimular pelo grau de dificuldade do processo. Mas ao fim tive certeza de que foi muito bem montado. O saldo não poderia ter sido melhor, foi extremamente compensador e faria tudo novamente”, relata. 

Nessa época, Rodrigo entrou para a rede do Programa Líderes Estudar e conquistou uma bolsa de estudos para o mestrado em Georgetown. “Sou muito grato pela oportunidade que tive e acredito muito no potencial da Fundação e de seus líderes para transformar o Brasil.”

Concluindo o LL.M, Rodrigo prestou o New York State Bar e foi admitido. Nos EUA, atuou em dois dos melhores escritórios de advocacia do mundo: Cleary Gottlieb Steen & Hamilton e Proskauer Rose. “O fato de eu ter trabalhado e estudado no exterior, em uma universidade muito reconhecida, serviu como um grande diferencial na minha carreira e imagem.”

Em 2006, de volta ao Brasil, investiu na abertura do Vella Buosi Advogados, seu próprio escritório especializado em fusões e aquisições, mercado de capitais e direito internacional, que em 2009 foi fundido com um escritório de advocacia de contencioso para formar o VPBG. “Me deparei com vários desafios, pois montei o escritório muito cedo e sempre concorri com as maiores e mais tradicionais bancas do mercado”, conta ele. “Tive que aprender muita coisa sozinho no tocante ao empreendedorismo.” 

“Em 2017, fiz a fusão do escritório com o maior escritório de advocacia do mundo, Dentons. Hoje sou conselheiro global do Dentons e líder global de Private Equity e Venture Capital.” Além disso, faz parte do conselho de ex-alunos da Universidade Georgetown. 

Desenvolvimento contínuo como lema 

Desenvolvimento, aprendizagem contínua, resiliência e soft skills. Estes são assuntos que guiam a jornada de Rodrigo e se refletem, inclusive, em seu mote pessoal: “1% better every day” (em português, “1% melhor todo dia”). Ele se interessa especialmente pela importância e impacto desses temas no longo prazo.  

“Não era um excelente aluno no colégio e demorei para perceber a importância dos estudos e da busca por conhecimento e aprendizagem. A sensação de estar atrás de muitos me incentivou a desenvolver uma cultura de aprendizagem contínua”, reflete.

Ainda no campo de crescimento e aprendizagem, o advogado se apoia em diversos mentores – “um ou mais para cada área da vida” – e se inspira em grandes nomes do empreendedorismo e Direito, como Jorge Paulo Lemann, Pinheiro Neto e José Luis de Salles Freire. 

Assim como Rodrigo, faça parte da rede Líderes Estudar

A experiência internacional com a bolsa da Fundação Estudar transformou a carreira de Rodrigo. Que tal fazer parte dessa rede de líderes de impacto e ter acesso à diversos benefícios? Inscreva-se no Processo Seletivo do Programa Líderes Estudar, que está com inscrições abertas!

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Premiado internacionalmente, Wilian Cortopassi se dedica à pesquisa de soluções para doenças desafiadoras como câncer e malária

Ainda adolescente, Wilian Cortopassi decidiu que seu objetivo seria contribuir cientificamente para o tratamento do câncer. A motivação veio de experiências próprias, já que aos 14 anos viu seu tio paterno falecer e também seu pai, pouco tempo depois; ambos pela doença. “Meu pai sempre estava ao lado da gente, eu e minhas irmãs. Era ele quem fazia o café da manhã, acordava a gente, levava pra escola porque minha mãe trabalhava em dois empregos”, lembra ele.

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As doenças na família e as inúmeras visitas a hospitais tiveram um papel decisivo na forma com que Wilian, ainda muito jovem, passou a ver suas aptidões – e sua relação com seus objetivos. “Odiava ir ao hospital. Mas sempre gostei de Química, Matemática e Física.” No ensino médio, enquanto ainda acompanhava o tratamento do seu pai, escolheu se dedicar à Química Medicinal, começando com um estágio focado em malária realizado na Fiocruz, sendo parte do grupo de Antoniana Krettli, professora que considera sua primeira de diversos mentores com quem conta até hoje.

Wilian, em sua infância, rodeado pelos pais (Imagem: Acervo Pessoal)

Enquanto fazia um curso preparatório para entrar no Instituto Militar de Engenharia (IME), seu pai faleceu. “Uma semana depois do velório, fiz a prova, e fui aprovado no IME”, conta. “Me lembro de minha mãe falando que meu pai pedia pra ela não compartilhar detalhes [da doença] comigo, pois o sonho dele era me ver aprovado lá e seguir meu sonho.”

Aos 33 anos, Wilian já desenvolveu diversas pesquisas em Química Medicinal, ciência multidisciplinar, recebeu prêmios e publicou artigos em revistas renomadas. No entanto, destaca os desafios da trajetória que escolheu. “Ser pesquisador não é uma carreira fácil. Você provavelmente só vai ver resultados da sua pesquisa quando tiver seus 50-60 anos. E algumas vezes pode demorar gerações”, e acrescenta: “no final, o caminho é gratificante, pois sabemos que estamos construindo um mundo melhor”. “A gente tem que amar o que a gente faz, olhar no espelho todo dia e estar feliz com a gente mesmo. Isso é o mais importante. Os momentos difíceis vão nos acompanhar a vida toda.”

Desbravando incertezas à atuação científica internacionalmente reconhecida

No IME, conheceu a Fundação Estudar. Na época, conta que estava em um momento complicado da carreira, marcados por dúvidas relacionadas a seu objetivo de ser um pesquisador. “Nas minhas interações com as palestras da Estudar, percebi que se me juntasse a um time de líderes que provavelmente passaram por desafios parecidos, poderia aprender muito, e tomar decisões mais conscientes.”

Por não querer seguir carreira militar, Wilian saiu do IME para a PUC-Rio, onde estudou Química. Fez seu doutorado na Universidade de Oxford com bolsa e lá pôde aperfeiçoar seu inglês. Foi o primeiro da família a viajar para fora do país. “Estar longe de tudo e todos foram desafios diários”, relata.

 Durante o doutorado, recebeu dois prêmios pela American Chemical Society, uma das maiores sociedades científicas do mundo, com foco em Química: “Excelência Científica” e “Futuros Líderes em Química”. 

Já no pós-doutorado, na Universidade da Califórnia, foi escolhido para participar de uma competição internacional organizada pela farmacêutica Merck KGAA, na Alemanha. O projeto em química medicinal do seu time, com foco em “bibliotecas codificadas por DNA”, conquistou o segundo lugar. 

Em uma de suas pesquisas na Universidade da Califórnia, Wilian usou química computacional e realidade virtual para estudar o motivo de alguns pacientes pediátricos com leucemia não responderem aos tratamentos – estudo publicado em uma das revistas mais renomadas do mundo em oncologia, “Cancer Discovery”. “Foi um time multidisciplinar, mas nossa contribuição usando química computacional ajudou a fornecer hipóteses sobre como outros tratamentos mais personalizados podem ajudar em futuros tratamentos pediátricos”, explica. 

Com uma trajetória de alto impacto na Ciência, Wilian considera que uma de suas maiores conquistas profissionais seja o desenvolvimento de tratamentos para malária através de um projeto com a Fiocruz, realizado com a professora Antoniana Krettli, em colaboração com pesquisadores da Universidade da Califórnia, PUC-Rio e Universidade Federal de Alagoas.

“Desenvolvemos um fármaco que chamamos de DAQ. Esse composto tem se mostrado eficaz em testes pré-clínicos de malária resistente à cloroquina, e pretendemos avançar com estudos de toxicidade em breve”, relata Wilian. O projeto, a que dedica seus finais de semana, está em avaliação quanto a um pedido de patente internacional. O DAQ, por sua vez, já foi tema de dois artigos de revistas científicas internacionalmente conhecidas no ramo de parasitologia.

Na empresa farmacêutica Novartis, onde ficou por quatro anos e teve sua primeira experiência fora do ambiente acadêmico, desenvolveu pesquisas na área de novos tratamentos para Saúde Global, em malária e outras doenças de relevância para o Brasil, como a doença de Chagas. Posteriormente, teve alguns dos resultados desse trabalho divulgado na revista “Science”, uma das mais renomadas publicações do tipo no mundo. 

Ainda na Novartis, também utilizou realidade virtual para aprimorar discussões científicas entre químicos computacionais e químicos experimentais. Pelo seu destaque na organização, recebeu o prêmio “The Dorothy Crowfoot Hodgkin”, concedido a exemplos em excelência acadêmica e cultural. 

Mais recentemente, recebeu uma proposta para trabalhar como Pesquisador Científico Sênior na Gilead Sciences, onde estuda novos tratamentos na área de oncologia.  

Um propósito nítido, não sem desafios, e muito apoio na jornada

Sobre o que mais o motiva em sua jornada, Wilian destaca “o potencial em ajudar pessoas a passarem mais tempo com outras pessoas que elas amam”. “Serem felizes, longe de hospitais.”

“Aos 40 anos, espero ter contribuído para pelo menos um tratamento de malária, Chagas ou câncer, que tenha avançado para a fase clínica. Aos 50/60 anos, ficaria feliz ao saber se alguns desses fármacos chegaram a pacientes, tendo sido aprovados por agências reguladoras depois das fases clínicas.” Para que um fármaco avance para as fases clínicas, é necessário ter investimento, alinhamento estratégico e sorte, de acordo com o pesquisador. 

Hoje, relata que seu maior desafio é continuar acreditando e se preparando para lidar com as adversidades enquanto tenta atingir seu objetivo. Por isso, busca se desenvolver tecnicamente e interagir com outros pesquisadores com trajetórias parecidas. Também conta com pessoas queridas como suporte. “Ter o amor da família ajuda muito. Recentemente, me abri sobre ser homossexual, o que é grande parte da minha identidade. Fiquei muito feliz pelo acolhimento, foi um peso a menos a ser carregado.”

Para além do apoio, Wilian destaca a importância de se cercar de pessoas que inspiram (e trabalhar o amor próprio). “Preocupe-se menos pelo que os outros pensam de você. Mas, ao mesmo tempo, escute o que pessoas mais experientes têm a te dizer. Isso não significa que você necessariamente vai seguir os passos de outros, mas há muito a aprender”, finaliza.

Assim como Wilian, faça parte da rede Líderes Estudar

Wilian faz parte da rede do Programa de Bolsas Líderes Estudar, onde histórias inspiradoras e de impacto são comuns e se destrincham por muitos campos de atuação. 

Se você se identifica com a vontade do pesquisador de contribuir para um mundo melhor, conheça mais sobre o programa e realize sua pré-inscrição para o processo seletivo da Fundação Estudar.

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Procrastinar: o que é, causas e como parar definitivamente

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A procrastinação pode ser uma inimiga da rotina para quem não consegue fugir dela. Adiar as tarefas é contraprodutivo quando se quer otimizar o tempo e tirar o máximo de um dia. Mas é um problema tão enraizado no ser humano, que pesquisadores conseguiram compilar uma coletânea de filósofos que estudaram o tema ao longo da história. E como parar de procrastinar?  

Tratar uma questão praticamente intrínseca às pessoas (salvo exceções) com técnicas ditas “fáceis”, como hacks, então, tem uma eficiência limitada. Por isso, o site Quartz criou um guia, que combina hacks com táticas pessoais para você examinar seus processos internos. E, assim, criar uma “própria abordagem holística” para entender como parar de procrastinar – de uma vez por todas.

 

Procrastinação: o que é?

Por que a procrastinação acontece?

Embora pareça um mal da vida moderna, procrastinar é uma realidade desde as civilizações antigas. O poeta grego Hesíodo, por exemplo, escreveu, por volta de 800 a.C., “deixar seu trabalho até amanhã e no dia seguinte”.

De forma geral, o cérebro humano “se rende” à procrastinação porque tem preferência pela recompensa imediata. Por isso, tende a lutar com tarefas que prometem vantagens futuras em troca de esforços no presente.

“Isso porque é mais fácil para nossos cérebros processarem coisas concretas em vez de abstratas, e o incômodo imediato é muito tangível em comparação com aqueles irreconhecíveis e incertos benefícios futuros”, explica a especialista Caroline Webb em artigo da Harvard Business Review.

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Alguns lidam mais frequentemente com a procrastinação porque ela é influenciada por fatores genéticos. Além disso, as circunstâncias “negativas” de uma tarefa também podem contribuir. Se algo é desagradável de fazer, ou mais complexo, por exemplo.

Como parar de procrastinar: 7 passos que vão te ajudar definitivamente

#1 Dê o primeiro (micro)passo para deixar de procrastinar

Fazer um pequeno primeiro movimento é uma estratégia apoiada pela ciência para vencer a procrastinação. O truque é definir uma meta baixa, “tão baixa que o hedonista em você, que prefere se sentir bem agora e lidar com coisas reais depois, não vai se negar”, resume o Quartz.

O psicólogo e diretor do Centro de Pesquisa sobre Procrastinação da Universidade de Carleton, no Canadá, Tim Pychyl, testou essa abordagem. As descobertas confirmaram sua eficácia: “uma vez que os alunos começaram, eles avaliaram as tarefas como menos difíceis e menos estressantes, e ainda mais agradáveis do que pensavam”, diz Tim.

#2 Gerencie suas emoções, não apenas seu tempo

Acreditar que você deve esperar estar com bom humor para fazer algo é uma armadilha que pode levar à procrastinação. Joseph Ferrari, um professor de psicologia na Universidade DePaul, nos Estados Unidos, descobriu que o pensamento “não estou com humor para cumprir X tarefa” pode levar a um ciclo vicioso.

De acordo com Fuschia Sirois, professora e psicóloga na Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirma que se esquivar de uma atividade com a desculpa “do humor” é um jeito de regular externamente as emoções. Sejam elas, medo de falhar, de decepcionar os outros, de perder autoestima, de não se sair perfeitamente, etc. “É apenas uma forma de lidar com emoções com as quais você está mal preparado para lidar”, explica Fuschia.

Isso pode ser o suficiente para paralisar e impulsionar a pessoa a procurar qualquer outra coisa para fazer além do que ela precisa – uma reação muitas vezes instintiva. Uma pesquisa corroborou a explicação da especialista e determinou que as pessoas que tem habilidade de regular as emoções mais desenvolvida, e os que aguentam mais as emoções desagradáveis, são menos propensos a procrastinar.

Para parar de procrastinar, a psicóloga recomenda refletir sobre a razão real do adiamento das tarefas, e recorrer a táticas de regulação emocional. Entre as sugeridas, estão reformular o modo como você vê uma situação (os psicólogos chamam de “reavaliação cognitiva”) ou nomear a emoção que você está experimentando (“rotular”) – que ajudam a lidar com os sentimentos estão desencadeando a procrastinação.

#3 Nomeie o problema: é mesmo procrastinação?

Clarificar o que são casos de procrastinação e o que são apenas atrasos, que têm outro sentido, facilita o processo de visualizar a prática e gerenciá-la. “Rotular corretamente um atraso é importante, porque você não pode derrotar um inimigo se sua imagem dele for vaga ou estiver turva”, resume o Quartz.

Os atrasos podem ter diversos fins, e alguns necessários para aumentar a produtividade. É o caso de quando alguém demora para cumprir uma tarefa a fim de coletar mais informações, ou descansar e refrescar a cabeça, por exemplo. Também existem outros que são inevitáveis e derivados de circunstâncias externas. 

Categorizar os tipos de atraso é um das formas de como parar de procrastinar, segundo estudiosos. Siga a seguinte classificação de especialistas de “atrasos”. 

1. Inevitáveis

Quando o cronograma de uma pessoa está sobrecarregado ou uma crise relacionada a uma obrigação a tira dos eixos em questão de produtividade.

2. De adrenalina

Quando uma pessoa atrasa uma tarefa porque gosta da pressão de fazer no último minuto.

3. Hedonísticos

Quando uma pessoa escolhe fazer algo instantaneamente gratificante e prazeroso ao invés da tarefa que precisa cumprir.

4. Devido a problemas psicológicos

Como o luto ou outro estado de humor ou estado mental, seja crônico ou agudo.

5. Propositais

Quando uma pessoa precisa fazer uma coisa antes de cumprir a tarefa.

6. Irracionais

Que são inexplicáveis ​​para o procrastinador e muitas vezes alimentados pelo medo e pela ansiedade.

#4 Pratique a procrastinação “estruturada”

Em 1996, o professor de filosofia de Stanford John Perry apresentou o conceito de “procrastinação estruturada” – sobre o qual também escreveu um livro. Procrastinar com estrutura envolve colocar a tarefa mais urgente e assustadora no topo da lista e acrescentar outras atividades igualmente valiosas, mas que são menos amedrontadoras.

Segundo John, como os procrastinadores evitam tudo o que está no topo da lista, o ideal é colocar a tarefa mais importante e aproveitar sua vontade de evitá-la para resolver todas as outras.

O especialista também recomenda preencher a lista de tarefas com atividades que você cumpriria de qualquer forma – como fazer café e carregar o celular. Assim, você aumenta o sentimento de realização e de motivação, que te ajudam a realizar tudo o que precisa.

#5 Visualize o seu futuro “eu”

“Acreditamos que o ‘eu’ de amanhã ou da próxima semana terá mais energia, mais força de vontade para seguir adiante em alguma tarefa que parece ameaçadora”, diz Fuschia. “Mas nós realmente não mudamos muito nesse período de tempo”.

Reforçar o senso de continuidade. Ou seja: entender que o futuro só vai trazer melhorias a sua produtividade, se o comportamento mudar pode levar a menos procrastinação. Essa é a opinião de estudiosos. Entre eles, Eve-Marie Blouin-Hudon, uma psicóloga pesquisadora que desenvolveu um exercício de visualização guiada.

Com duração de 10 minutos, e devendo ser praticado diariamente, pode ajudar na visualização do “eu” do futuro – “para ver que eles [‘eu’ do presente e ‘eu’ do futuro] são em grande parte um e o mesmo, e assim ser mais gentil com si mesmo”.

Para começar, escolha a área em que você mais precisa entender como parar de procrastinar. Então, imagine a si mesmo em uma certa “data limite”. Onde você está? O que vê? Como se sente? Que palavras você lê em um e-mail sobre essa tarefa? Pense sobre essas perguntas e tente se colocar no futuro. Ouça o exercício guiado completo aqui – embora seja direcionado para estudantes, pode te inspirar a criar o seu próprio.

#6 Faça planos que incluam os imprevistos

Ainda que você se comprometa a não procrastinar, os imprevistos podem acabar com seus planos. No entanto, uma mudança de comportamento pode ser o bastante para prevenir essa situação.

É o que defende Thomas Webb, psicólogo da Universidade de Sheffield. Em específico, Thomas considera que adquirir uma atitude baseada na estratégia “se-então” pode ser a melhor saída.

Criada pelo psicólogo Peter Gollwitzer, a técnica “se-então” (em inglês, if-then) consiste em identificar antecipadamente fatos externos e internos que podem te atrapalhar no cumprimento da tarefa. O segundo passo é pensar, também antecipadamente, na resposta ao “imprevisto”. A reação pode envolver uma ação ou um pensamento.

Por exemplo: alguém que planeja caminhar até o trabalho pode prever como reagiria se chovesse. Com a chuva, prevê que surgirá a vontade de ir de carro e pode se lembrar de pensar no quanto se sentirá bem depois do exercício para se motivar. Assim, com o se-então, você se prepara e evita a autossabotagem.

Como parar de procrastinar depende de, muitas vezes, planejamento. Por isso, tente cuidar do seu ambiente físico e mental para minimizar o número de situações críticas. Desligue as notificações eletrônicas, se acha que vão te distrair em algum momento, por exemplo.

#7 Para parar de procrastinar de vez, evite se repreender 

No fim das contas, os sentimentos negativos funcionam como desmotivadores e impedem que você veja com clareza a situação. “Quando os procrastinadores se sentem mal, eles não se sentem mal não apenas com as coisas que estão adiando, mas sim porque lembram de todas as vezes em que procrastinaram no passado”, explica Fuschia.

“Então isso alimenta de volta os sentimentos negativos, que contribuem para querer evitar a tarefa”, completa. Existem vários exercícios que podem ajudar no reconhecimento e no controle das emoções autodestrutivas, seja pelo perdão, ou compaixão consigo mesmo, diz a especialista.

Um dos caminhos de como parar de procrastinar que ela recomenda é sempre que lembrar de algum momento em que procrastinou, ou quando acabar de passar por isso, escrever um bilhete, como se fosse a um amigo, assegurando de que não há nada de errado ou imoral no que “ele” (o “amigo”) fez. “Somos muito mais gentis com outras pessoas que estão lutando do que com nós mesmos”, diz Fuschia.

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Normalizar os seus erros ajuda a controlar as emoções, para que você consiga seguir em frente com suas atividades, e não ficar paralisado pelos sentimentos negativos. Diga a si mesmo: “você não foi a primeira pessoa a procrastinar e você não será a última”, brinca a psicóloga.

Como parar de procrastinar com aplicativos: os melhores ligados à produtividade

Para parar de procrastinar, a tecnologia pode ser uma aliada. Confira alguns aplicativos que ajudam a quebra esse hábito. Primeiro, que te ajudam a seguir a técnica de produtividade Pomodoro. Basicamente, ela estipula definir um tempo para o trabalho focado e utilizar um timer.

Com foco no método Pomodoro, alguns exemplos de apps:

  • Be Focused (iOS)
  • Meu Pomodoro (iOS e Android)
  • Flat Tomato (iOS)
  • Cuckoo (iOS e Android)
  • Focus Timer Reborn (Android)

Outros, para bloquear distrações:

  • Freedom (iOS)
  • AppBlobk (Android)
  • SimplyNoise (iOS e Android)

Para organizar e acompanhar tarefas:

  • Todoist (iOS e Android)
  • Priority Matrix Manager (iOS e Android)
  • Evernote (iOS e Android)

Livros que te ensinam como parar de procrastinar

“Como vencer o medo, deixar de procrastinar e se tornar uma pessoa de ação”, de Steve Allen

 

O autor apresenta um método prático de como parar de procrastinar e de mudar qualquer hábito que seja prejudicial à sua rotina.

“A equação de deixar para depois”, de Piers Steel

Piers Steel usa uma mistura de psicologia, pesquisa, biologia e ferramentas de auto-ajuda. Seu método testado e comprovado de como parar de procrastinar ajuda seus leitores a identificar e compreender hábitos autodestrutivos e, enfim, levar uma vida mais produtiva.

“Trabalho focado: como ter sucesso em um mundo distraído”, de Cal Newport

O objetivo de “Trabalho focado: como ter sucesso em um mundo distraído” é ensinar ao leitor como dominar a arte do “Trabalho Profundo” para se concentrar, acabando com a procrastinação, e alcançando ótimos resultados em relação à sua produtividade.

“A arte de fazer acontecer”, de David Allen

Esse livro de David Allen não é estritamente sobre como parar de procrastinar, mas sim sobre produtividade de forma geral. Trata, principalmente, sobre sistematizar a vida e realizar o máximo possível a partir do esforço.

O que significa procrastinar?

Procrastinar é a ação de postergar ou atrasar algo, como uma tarefa, compromisso ou atividade. Isso é feito principalmente se dedicando a outras tarefas – muitas vezes, de menor importância e mais prazerosa.

O que é não procrastinar?

Não procrastinar é cumprir uma tarefa, compromisso, atividades de forma geral, sem atrasar ou postergar.

O que causa a procrastinação?

Pode ser algo consciente ou feito inconscientemente. Em ambos os casos, inclui uma decisão de “empurrar” a atividade. De forma geral, o cérebro humano “se rende” à procrastinação porque tem preferência pela recompensa imediata.

Por isso, tende a lutar com tarefas que prometem vantagens futuras em troca de esforços no presente. Isso ocorre principalmente quando a atividade em questão aciona sentimentos negativos como insegurança ou tédio.

O que é procrastinação ativa?

Procrastinação ativa é postergar ou atrasar o cumprimento de uma atividade em detrimento de outra, mais urgente ou importante.

Como quebrar o ciclo da procrastinação?

  1. Nomeie o problema: é mesmo procrastinação?
  2. Comece dando um passo pequeno da atividade em questão
  3. Gerencie suas emoções, não apenas seu tempo
  4. Pratique a procrastinação ativa, dando preferência por atividades mais urgentes ou importantes
  5. Visualize o seu futuro “eu”
  6. Faça planos que incluam possíveis imprevistos
  7. Evite se repreender

Inteligência Artificial pode deixar advogados qualificados de fora do mercado, diz Ana Paula Martinez

Ana Paula Martinez

Ana Paula Martinez, sócia do Levy & Salomão Advogados e ex-Diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica da SDE/Ministério da Justiça, é uma figura destacada no cenário jurídico e social brasileiro. Bacharel, mestra e doutora pela USP, com uma pós-graduação na Harvard University, ela é reconhecida por suas contribuições notáveis no campo do Direito, e já foi considerada a melhor advogada do mundo.

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Líder Estudar desde 2005, Ana Paula falou nesta semana com o Na Prática para discutir os desafios que enfrentou para ser reconhecida e os que ela compreende mais urgentes na sociedade a partir de sua visão de mundo como profissional do Direito. Confira.

Desafios pessoais

Do ponto de vista pessoal, Ana Paula sempre precisou enfrentar desafios particulares por ser mulher e pessoa jovem em ambientes de Poder. Como no Congresso, por exemplo, onde a desconfiança era recorrente nos corredores. “Nunca me deixei intimidar por ambientes masculinos, o que me levava a ignorar as ‘atropeladas’ e ‘falar mais alto’, mas com jeito, para ser ouvida”, revela ela.

Sua abordagem destemida se tornou uma marca registrada que a ajudou a superar preconceitos e construir uma carreira sólida. Em sua trajetória, ela foi responsável por investigações de condutas anticompetitivas no Brasil de 2007 a 2010, obtendo reconhecimento internacional, incluindo da OCDE. Na iniciativa privada, destacou-se na aprovação de grandes operações no CADE, como Disney/Fox e Lafarge/Holcim, além de sua atuação em casos desafiadores durante a Lava Jato. Seu sucesso resultou em prêmios internacionais em 2014 e 2016, solidificando sua reputação como uma líder influente na área.

E os desafios no Direito (e adjacências) dos próximos anos?

Para Ana Paula, um dos desafios mais prementes é a introdução crescente de ferramentas de inteligência artificial (IA) no campo jurídico. Ela ressalta, com base em relatório de 2023 publicado pela Goldman Sachs, que aproximadamente 44% dos serviços jurídicos atuais podem ser substituídos por IA. “Seria o setor mais afetado pela introdução da inteligência artificial, depois de serviços de secretariado e back office. Isso representa uma mudança significativa na forma como o trabalho jurídico é realizado, com implicações diretas para os profissionais da área.

Para os quase 800 mil de alunos de graduação em Direito no Brasil espalhados por quase 1.800 faculdades (o maior corpo estudantil do país, muito maior que o de Medicina, por exemplo, que tem pouco mais de 40 mil alunos), essa transformação significa a necessidade de uma adaptação constante. 

“Procuro orientar jovens, inclusive no momento da escolha da carreira”, diz ela. “Direito é uma área linda, mas não é para todos e há uma sobrecarga no sistema. No país, já temos hoje 1 advogado para cada 164 habitantes, recorde global. A título comparativo, no Reino Unido há 1 advogado para cada 471 habitantes e em Portugal a proporção é de 1 advogado para cada 625 habitantes. Sempre haverá espaço para gente muito boa, mas precisamos ficar atentos para uma massa bem preparada que não encontrará espaço no mercado de trabalho e irá se frustrar. Por outro lado, é uma formação que acaba servindo para outras carreiras também, para além das carreiras jurídicas propriamente ditas”

Outro desafio mencionado por Ana Paula é a necessidade de renovação política. Ela destaca seu envolvimento em apoiar candidatos, estabelecer conexões necessárias e propor políticas públicas sólidas. “No Brasil, tipicamente há uma distância entre os candidatos, os governantes e os eleitores. Precisamos entender que a construção de um país melhor, com políticas públicas eficientes, depende de todos nós. Precisamos nos interessar pela política, apoiando os bons nomes para que cheguem em cargos relevantes”. 

Além disso, Ana Paula destaca a importância da Lei de Cotas para avanços importantes na promoção da inclusão social. Dito isso, a advogada ressalta a necessidade de implementação de políticas públicas que promovam a permanência na universidade, como moradia, alimentação e ajudas de custo.

“A inclusão social não se limita à entrada na universidade, mas também engloba a criação de condições para a permanência e o sucesso acadêmico. Dados recentes do Inep mostram uma queda percentual no número de cotistas ao longo dos últimos anos. Este tema tende a ter mais importância com o corte da nova Lei de Cotas, sancionada em 13 de novembro pelo Presidente Lula. Antes, a renda per capita para se qualificar era de 1,5 salário mínimo per capita. Agora passa a ser de 1 salário mínimo. No papel, força a inclusão de classes ainda mais marginalizadas. Na prática, para ter sucesso, depende ainda mais de políticas ativas de permanência”. 

Nesse sentido, Ana Paula traz como exemplos o Programa de Bolsas do Insper, que conta com mais de 300 bolsistas, e o Fundo Patrimonial Sempre Sanfran, da Faculdade de Direito da USP, dois projetos em que ela está diretamente envolvida.

A advogada ressalta, por fim, a importância de os operadores do Direito entenderem as consequências econômico-sociais de suas decisões e normas. 

“Procuro contribuir nesse tema criando e apoiando a Cátedra de Law & Economics no Insper (Análise Econômica do Direito), sob a titularidade do Professor Furquim. O  Ministro Barroso, Presidente do STF, e o Ministro do STJ Cueva estiveram no lançamento do projeto, sendo grandes defensores da disseminação do conceito no Judiciário.”

Uma conversa entre lideranças de diferentes gerações 

Ana Paula Martinez é host do Podcast Friday Talks, da Harvard Law School Association do Brasil, que apresenta um bate-papo descontraído e inspirador com convidados excepcionais e temas que convidam à reflexão e à ação.

Recentemente, ela conversou com o empresário e investidor Jorge Paulo Lemann, um dos fundadores da Fundação Estudar. Confira na íntegra:

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Fundador da Polo Capital, Cláudio Andrade quer criar “fábrica de casas” para revolucionar mercado de moradias populares

Claudio Andrade quer utilizar expertises de sua companhia de investimentos para revolucionar mercado de construção de casas populares (Imagem: Divulgação)

Quando Cláudio Andrade decidiu que seu sonho era sair da Salvador, na Bahia, para estudar Administração de Empresas em São Paulo, ele não sabia que fundaria uma empresa de renome no mercado financeiro nem que sua influência seria tão importante para o segmento algumas décadas depois. O que ele tinha, na verdade, e muito devido à influência familiar no início dos anos 90, era apenas um desejo curioso de se aventurar.

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“Eu tinha uma avó que contava como seus irmãos tinham se aventurado pelo mundo e papai ocasionalmente voltava com jornais de negócios que eu adorava ler e cujas histórias me fascinavam”, relembrou ele em entrevista ao Na Prática.

Para Cláudio, os negócios, o mercado financeiro e as empresas eram temas que importavam muito àquela altura. Ele sabia, no fundo, que tinha talento para esse segmento. E embora a família quisesse que o garoto estudasse engenharia, por conta de sua habilidade com matemática, ele sabia que seu destino reservava outras equações.

“O custo de morar fora era relevante pra minha família e eu economizava muito pra isso”, conta o empresário.”O fato de aquela ter sido minha decisão e eu ter lutado pra que ela acontecesse, fez com que eu estivesse disposto a qualquer coisa pra fazer aquilo dar certo. O processo fez com que eu aprendesse sobre obstinação, resiliência e a me virar”.

E assim começava, mesmo que sem muitos objetivos definidos, a carreira de Cláudio Andrade, que mais tarde seria pautada pelos mesmos valores aprendidos no fim do adolescência.

Da formação à fundação do seu negócio de sucesso

Anos mais tarde, Cláudio realizou o sonho de estudar administração e se formou na Fundação Getúlio Vargas, uma das instituições de ensino mais prestigiadas no setor. 

Durante sua formação, ele chegou a fazer um intercâmbio na Ecole de Commerce de Montpellier, na França, e logo em seguida obteve sua certificação para atuar como analista de investimentos (CFA) no mercado financeiro.

“A graduação foi um marco porque além do que se aprende objetivamente, fiz muitos amigos, conexões que tenho até hoje, e aprendi como aprender o que não sei. Isso abriu portas para minhas primeiras entrevistas de trabalho”, relembra Cláudio. 

Depois disso, tornou-se bolsista do Banco Garantia, o que mais tarde se converteria numa bolsa do Programa de Bolsas Líderes Estudar, e acabou trabalhando na instituição financeira.

Foi a partir dali que ele começou a semear seu sonho de cofundar a gestora de investimentos que gere hoje, a Polo Capital, mas, antes, Cláudio conta que precisou refletir por um tempo sobre suas escolhas de vida enquanto viajava do sul ao norte do continente africano.

“Esse período foi relevante porque foi um momento em que, ao sair do dia a dia de trabalho, foi possível olhar as coisas de fora. Pensar sobre o por que as coisas que fazia funcionavam, quais eram meus diferenciais, qual era a melhor oportunidade pro futuro. Acho que é fundamental em certos momentos fazermos um “zoom out” da nossa vida e refletir com distanciamento sobre os nossos porquês, e o que realmente queremos pro futuro”

A criação da Polo Capital e seu início desafiador

Polo Capital enfrentou desafios no início até se consolidar por um modelo que visou investimentos pouco convencionais (Imagem: Polo Capital/Divulgação)

Referência no mercado de capitais por sua originalidade de operações e por sua defesa ferrenha dos direitos de investidores minoritários, a Polo Capital, fundada por Cláudio, conseguiu multiplicar em 30 vezes o capital inicial de seus investidores.

Na visão de Cláudio, o sucesso do negócio se deu devido ao olhar diferenciado dele e de sua equipe para títulos valiosos que por anos ficaram fora do radar de investidores regulares por serem considerados “inseguros”.

“Nossa contribuição foi em fazer o dever de casa e encontrar estruturas que os tornaram oportunidades de investimento”, ressalta ele. “A partir daí, começamos a investir regularmente em empresas listadas nos demais países da América Latina em 2004.”

O início da Polo, porém, foi bem menos animador do que Cláudio imaginava. O sumiço de clientes em potencial e um desempenho abaixo do esperado fizeram com que a gestora não começasse do tamanho que a equipe esperava. Mas Cláudio, nessa fase, resolveu manter o mesmo padrão de conduta – como quando estudar em São Paulo parecia um objetivo impossível.

“Lembro que conversamos que o melhor a fazer era focar no trabalho e entregar retornos. Se fôssemos bem sucedidos em fazê-lo, inexoravelmente a captação viria. E assim aconteceu. Depois disso passamos também por vários momentos de baixa performance e seguimos com a mesma abordagem: trabalho duro, não mudar o que fazemos (o processo) com o vento ou com modismos, comunicar os clientes sempre sobre o que está sendo feito e agir com integridade.”

Sonho agora é utilizar negócio para ajudar a sociedade

Em um processo natural, contou Cláudio, a Polo acaba tendo envolvimento maior em alguns negócios nos quais aloca investimentos. Em especial, a empresa foca em negócios cujos produtos e serviços são voltados para as classes de menor renda.

“Somos controladores de uma varejista e acionistas de referência de uma incorporadora. Quando logramos melhorar a nossa eficiência distributiva e operacional, isso se traduz em preços menores para os nossos clientes, o que aumenta o quanto conseguem consumir.”

Nesse caminho, a incorporadora Tenda, sob influência da Polo há 10 anos, conseguiu reduzir seu custo de construção de moradias populares em cerca de 30% em pouco menos de uma década. Essa melhora na eficiência, segundo Cláudio, reduziu preços e ampliou a capacidade de compra de pessoas com menor renda.

Agora, segundo o empresário, o objetivo é ampliar o impacto dessa eficiência de custos.

“Temos em andamento um projeto de uma “fábrica de casas” que representa um grande salto de produtividade na construção e pode reduzir substancialmente os custos de residências e melhorar sua qualidade usando tecnologia”, conta ele. “Transformar isso em realidade teria a nosso ver um impacto muito substancial na sociedade.”

Para isso, porém, Cláudio explica que precisará criar doses extras de motivação, que, segundo ele, são construídas internamente.

“Eu amo o que eu faço, gosto do desafio intelectual. Quanto a ajudar outras pessoas, creio que poucas coisas trazem tanta satisfação quanto fazer a diferença pra outras pessoas. Às vezes é uma pergunta, uma oportunidade, uma conexão, importa menos a forma; o crucial é ser parte de um processo que melhora o mundo e impacta positivamente a vida de outros.”

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Quem é Gabriel Liguori, brasileiro que quer ser primeira pessoa a imprimir um coração

Aos dois anos, Gabriel Liguori teve o pequeno coração operado no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, para tratar uma cardiopatia congênita. As idas e vindas ao hospital forjaram sua paixão pela medicina, em especial pela cirurgia cardíaca pediátrica, e ele se formou médico na Universidade de São Paulo.

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Hoje, aos 26 anos e bolsista da Fundação Estudar (que está com inscrições abertas para seu Programa de Bolsas 2017), ele é doutorando na Universidade de Groningen e quer fazer da vida o que salvou a sua. “O que poderia ser um trauma acabou virando uma paixão”, resume.

A ligação com as ciências se fortaleceu na infância. Sem poder praticar esportes, Gabriel passava o tempo lendo de tudo, de Charles Darwin à mecânica quântica. Nas férias, chegava a terminar dez livros por mês. “Também sempre gostei de colocar meus aprendizados em prática e não foram poucas as vezes em que quase botei fogo em casa ou enchi o banheiro com larvas de drosófila”, lembra.

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Os laços com o InCor, que faz parte do complexo do Hospital das Clínicas operado pela USP, também se mantiveram ao longo dos anos. Gabriel era figura tão frequente pelos corredores – as visitas eram uma atividade extracurricular para ele – que foi convidado a acompanhar um transplante de coração ainda no terceiro ano de faculdade.

A ligação, que pode vir a qualquer hora, veio em 7 de setembro de 2011. “Lembro-me de ser chamado para acompanhar a retirada do coração do doador – essa também foi a primeira vez que entrei numa ambulância – e seguimos até o local onde seria realizada a coleta. Acompanhei toda essa cirurgia e corremos de volta para o InCor”, conta.

Gabriel acompanhou então o transplante em si. Quando estava tudo quase concluído, foi convidado a chegar mais perto. “Foi primeira vez que toquei num coração batendo, recém transplantado no peito daquela criança”, diz. “Sentir esse coração na minha mão foi, com certeza, uma das melhores sensações até hoje e o momento que me fez ter certeza que era isso que eu queria.”

Águas internacionais

Durante sua carreira acadêmica, Gabriel trabalhou em diversas instituições no exterior, incluindo a Harvard Medical School, a Universidade de Maastricht e o Imperial College London

Antes de se tornar bolsista da Fundação Estudar e começar seu doutorado, Gabriel passou um período em Harvard fazendo o curso “Principles and Practice of Clinical Research” e estagiando no Children’s Hospital Boston, onde acompanhou cirurgias cardíacas. O Hospital é considerado em diversos rankings o melhor dos Estados Unidos na área pediátrica. 

“O período que passei em Harvard foi um grande catalizador da minha vontade de fazer pesquisa científica inovadora e de qualidade”, resume ele, que se encantou com o ambiente universitário. “Boston e Cambridge respiram ensino e pesquisa, e espero que eu e meus colegas da Fundação Estudar, ao voltarmos, possamos criar uma rede de desenvolvimento acadêmico e trazer essa realidade das universidades americanas e europeias para o país.”

Gabriel também estagiou em Londres, onde analisou dezenas de corações da coleção do Royal Bromptom Hospital para estudar uma doença chamada Tronco Arterial Comum, e na cidade holandesa de Maastrich, que suscitou seu interesse pelo país.

“Às vezes, quando pensamos em estudar no exterior, enxergamos apenas EUA ou Inglaterra”, diz. “A verdade é que existem muitas outras oportunidades e a Holanda, como terceiro maior produtor de conhecimento do mundo e com quase 90% da população falante do inglês, é uma excelente opção.”

Em 2015, fez as malas e mudou-se com a namorada para a Universidade de Groningen, onde se dedicou a pesquisar engenharia de tecidos e o desenvolvimento de próteses cardiovasculares. “Meu objetivo é construir tecidos para serem utilizados durante a cirurgia cardíaca, como vasos e valvas, com as células-tronco do próprio paciente.”

Já em 2019, Gabriel defendeu a versão brasileira de sua tese de doutorado, “Desenvolvimento e Avaliação de Vasos Sanguíneos Engenheirados: Uma Abordagem da Medicina Regenerativa para Substituição Vascular”.

“A a defesa da tese final, na Holanda, deve ocorrer em 2024”, conta. “Pelo meu trabalho de doutorado, recebi o ‘Prêmio CAPES de Tese’, uma honraria pela melhor tese de doutorado no Brasil.”

Futuro no 3D

Parece futurista, mas ele garante que não é. Gabriel também tem interesse especial pela promessa da impressão 3D, tanto objetos de plástico quanto aqueles feitos com biomaterial, e inclui a tecnologia em suas pesquisas.

Leia também: Fab Lab: o laboratório de criação que qualquer um pode usar

“Basicamente, a engenharia de tecidos procura organizar polímeros, células e biomoléculas de maneira a construir tecidos vivos para a reposição e regeneração de órgãos ou parte deles”, explica. 

E enquanto o método tradicional de engenharia falha na hora de criar as microestrutura de tecidos mais complexos ou órgãos inteiros, uma bioimpressora pode mudar este quadro. “Ela surge como uma solução, uma vez que possibilita a alocação de maneira pré-definida e organizada.”

A criação artificial de órgãos é uma frente promissora na ciência médica, já que pode diminuir significativamente o número de pacientes esperando por um doador na fila de transplantes. Para se ter uma ideia, em 2023, para acabar com a fila de transplante de órgãos no Brasil são necessários 60 mil doações.

Coração bioartificial

Desde 2019, com a fundação da TisueLabs, sua empresa de criação de órgãos e tecidos em laboratórios, Gabriel persegue de perto seu sonho de ser a primeira pessoa no mundo a imprimir um coração transplantável. Por conta desse trabalho, Gabriel foi destacado recentemente como Forbes Under 30 e MIT Innovator Under 35.

“Essas honrarias não foram apenas reconhecimentos, mas também um voto de confiança na missão disruptiva da TissueLabs. O desenvolvimento de nossa plataforma, que capacita pesquisadores ao redor do mundo na engenharia de tecidos, é um passo transformador na realização do meu sonho de criar o primeiro coração bioartificial transplantável”

A empresa de Gabriel foi destacada como 𝗧𝗢𝗣 𝟭𝟬𝟬 𝗦𝘄𝗶𝘀𝘀 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘁𝘂𝗽𝘀 𝟮𝟬𝟮𝟮 (Imagem: Divulgação)

Atualmente, a plataforma oferecida pela TissueLabs para a fabricação de órgãos e tecidos em laboratório já é utilizada por centenas de pesquisadores em mais de 130 instituições espalhadas por 25 países ao redor do mundo

O desafio de se tornar empreendedor, além de pesquisador, também é citado por Gabriel como complexo em sua carreira.

“Cada um desses papéis demanda um conjunto diferente de habilidades e uma mentalidade distinta”, explica. “A superação desse desafio envolveu aprender a gerir uma equipe, a entender de negócios e a navegar no ecossistema de startups, sempre mantendo o foco na visão de aplicar a engenharia de tecidos para salvar vidas.”

A fundação da TissueLabs apresentou desafios inerentes ao empreendedorismo: captação de recursos, desenvolvimento de produtos, patenteamento de tecnologias e entrada no mercado. Enfrentar esses obstáculos, na visão do jovem, só foi possível ao formar uma equipe talentosa e buscando mentoria e parcerias estratégicas.

“Há um século, as pessoas morriam devido a infecções que agora são facilmente tratadas com antibióticos”, destaca o doutorando. “Hoje, o câncer e as doenças cardiovasculares são o grande desafio, mas, daqui cem anos, acredito que poderemos ser imortais.”

Escola de Liderança abre suas portas virtuais: Acesso gratuito a cursos e masterclasses nos dias 18 e 19 de Novembro

Nos dias 18 e 19 de novembro, a Escola de Liderança da Fundação Estudar disponibilizará acesso gratuito a sua plataforma, oferecendo a todos a oportunidade de participar de seus cursos e masterclasses de alto nível sem nenhum custo.

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Este evento especial é um presente da Fundação Estudar para todos aqueles que buscam aprimorar suas habilidades de liderança, comunicação e empreendedorismo. Os cursos e masterclasses oferecidos na plataforma cobrem uma ampla gama de tópicos relevantes para o mundo atual e futuro, ministrados por especialistas renomados.

Os interessados em aproveitar esta oportunidade única de aprendizado podem se inscrever até o dia 16 de Novembro. Isso não apenas proporcionará uma experiência valiosa de aprendizado, mas também permitirá que os participantes se conectem com uma rede de colegas dedicados e ex-alunos excepcionais.

Acesse aqui e faça sua inscrição até o dia 16 de Novembro

O que é a Escola de Liderança?

A Escola de Liderança foi criada a partir da experiência de 30 anos da Fundação Estudar selecionando e desenvolvendo Líderes que transformam o Brasil, e contribuindo para a formação de jovens com os seus cursos. 

Ela oferece tudo o que o jovem em início de carreira precisa para conseguir ampliar a sua visão sobre as possibilidades e as oportunidades do mercado, desenvolver as habilidades essenciais para se destacar e ganhar clareza sobre os seus próximos passos.

Para isso, a organização utiliza uma metodologia exclusiva e de impacto salarial comprovado, conexão com empresas e com profissionais que se tornaram inspirações por já terem grandes conquistas no currículo. A Escola de Liderança:

  • Disponibiliza uma jornada de autoconhecimento, inteligência emocional, sonhos grandes e liderança; 
  • Utiliza uma metodologia baseada em Harvard, Stanford e outras das melhores universidades do mundo 
  • Compreende conceitos baseados na crença de ir além do conteúdo – e realmente colocar em prática desde o primeiro momento, instigando o jovem a executar, colocar a mão na massa, e tirar as ideias do papel. 

FAÇA SUA INSCRIÇÃO ATÉ O DIA 16/11/23

Serasa Experian oferece estágio com benefícios e trilha de desenvolvimento personalizados

Programa de Estágio da Serasa Experian com inscrições abertas
Inscrições para o programa de estágio da Serasa Experian vão até 7 de Novembro

Está em busca de uma oportunidade de estágio que atenda às suas preferências em benefícios e desenvolvimento de carreira? A Serasa Experian acaba de abrir inscrições para o seu Programa de Estágio, e o destaque vai para a flexibilidade e adequação dos benefícios oferecidos aos estagiários.

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O Programa de Estágio da Serasa Experian

A Serasa Experian, líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, está oferecendo 40 vagas em seu Programa de Estágio. 

As oportunidades são voltadas para estudantes de diversas áreas, incluindo Dados e Tecnologia, Finanças, Marketing, Direito, Economia, e Gestão de Produtos. 

Para se candidatar, é necessário ter a graduação prevista entre junho de 2025 e junho de 2026. As inscrições podem ser feitas no site do programa.

Os estagiários da Serasa Experian têm a oportunidade de participar de uma trilha de desenvolvimento completa, com a remuneração inicial de R$ 2.150, podendo chegar a R$ 2.850 no 13º mês de atuação, sujeita à avaliação individual de peformance. 

Além disso, existe a possibilidade de efetivação a partir do 9º mês, dependendo do desempenho do estagiário.

“Nosso objetivo consiste em criar um ambiente propício para que os estudantes possam moldar os primeiros anos de suas carreiras, recebendo todo o apoio e formação necessários para uma progressão profissional. Estamos à procura de pessoas talentosas, ávidas por aprender e crescer, apaixonadas por tecnologia e dados e que queiram aproveitar ao máximo a jornada de desenvolvimento gradual oferecida pela companhia”, diz a Diretora de Gestão de Talentos e Diversidade da Serasa Experian, Gabriela Ferreira.

Benefícios personalizados

Uma das grandes vantagens do Programa de Estágio da Serasa Experian é a flexibilidade na oferta de benefícios, que são personalizados de acordo com a preferência do mercado de trabalho obtidos em pesquisa feita pela própria empresa.

Os resultados, segundo os recrutadores, mostraram que 46% dos participantes apontaram “plano de saúde e vales alimentação/refeição/transporte” como benefícios essenciais, seguidos de “práticas que promovam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional” e “estabilidade/plano de carreira sólido,” ambos com 35%. 

Esses dados, informou a equipe de seleção, refletem o compromisso da Serasa Experian em atender às expectativas e necessidades do mercado e de seus colaboradores.

Por essa razão, além da remuneração, a empresa oferece benefícios como:

  • Vale-transporte
  • Vale-refeição
  • Assistência médica e odontológica
  • Seguro de vida
  • Gympass e Total Pass
  • Canal de suporte 24 horas para apoio em questões sociais, de saúde, financeiras e jurídicas
  • Horário flexível
  • Parcerias com cursos de idiomas.

Locais e modalidades de trabalho

A maioria das vagas oferecidas pelo programa é para atuação no formato híbrido, com algumas opções de home office e presencial (2%). As posições estão distribuídas entre as cidades de São Paulo e  São Carlos (interior de São Paulo).

Se você está em busca de uma oportunidade de estágio que leve em consideração as suas preferências e necessidades, o Programa de Estágio da Serasa Experian pode ser a escolha ideal. Não perca a chance de se desenvolver profissionalmente em uma empresa que valoriza o seu potencial e está disposta a adequar os benefícios de acordo com as suas preferências.

Para saber mais e se inscrever no Programa de Estágio da Serasa Experian, acesse o site oficial. A empresa, que já foi reconhecida como uma das melhores para estagiar e trabalhar, continua a demonstrar seu compromisso com seus colaboradores e a inovação.

Acesse o site aqui para fazer sua inscrição

Serasa Experian

A Serasa Experian é uma Datatech, líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude. Por meio de tecnologia, de inovação e dos melhores talentos, oferece um portfólio completo para a melhor tomada de decisão, ajudando pessoas a realizarem seus sonhos e empresas a prosperarem.

Criada em 1968, a Serasa se uniu à Experian Company em 2007. Atualmente, é responsável por mais de 6,5 milhões de consultas diárias sobre empresas e consumidores e protege mais de 2,2 bilhões de transações comerciais todos os anos.

Empodera consumidores com educação financeira, facilitando o acesso a crédito justo. Ajuda empresas de todos os portes e segmentos a encontrar novos clientes, autenticar pessoas e se prevenir de fraudes, dar crédito ou vender a prazo com mais segurança, fazer gestão de carteira, cumprir normas ESG ou até fazer cobranças sem impactar o relacionamento. Capacita pessoas na área de tecnologia e impulsiona pequenos negócios e startups de impacto social por meio de programas próprios e gratuitos. É considerada uma Top Company do LinkedIn e uma das melhores empresas para trabalhar, reconhecida pelo GPTW. Também é a empresa de serviços mais inovadora do país, certificada pelo Prêmio Valor Inovação Brasil.

Para mais informações, visite www.serasaexperian.com.br

Experian

A Experian é líder mundial em serviços de informação. Nos grandes momentos da vida – desde comprar uma casa ou um carro, passando por mandar seu filho para a faculdade, até a crescer o negócio se conectando com novos clientes – nós empoderamos consumidores e nossos clientes a gerenciarem seus dados com confiança. Nós ajudamos as pessoas a tomarem o controle financeiro e acessarem serviços financeiros, os negócios a tomarem decisões mais inteligentes e prosperarem, os credores a emprestarem de forma mais responsável e as organizações a prevenirem fraude de identidade e crime.

Temos 22.000 pessoas operando em 32 países e a cada dia estamos investindo em novas tecnologias, profissionais talentosos e inovação para ajudar todos os clientes a maximizarem cada oportunidade. Com sede corporativa em Dublin, Irlanda, a Experian plc está listada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100.

Saiba mais em www.experianplc.com ou visite o nosso hub de conteúdo global para as últimas notícias sobre a empresa.

Pontos fracos e pontos negativos: 11 exemplos para explicar na entrevista

Em um processo seletivo, falar dos pontos fortes é fácil – provavelmente você até está pensando neles neste exato momento. Mas o que responder sobre pontos fracos? Afinal, esse é um momento em que você espera discutir habilidades, talentos e capacidades que te tornam mais forte para a vaga, e não menos.

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Porém, ainda que enquadrar possíveis fraquezas de maneira positiva seja desafiador, quando você combina o autoconhecimento com um plano de ação, pode rapidamente se diferenciar de outros candidatos. Por isso, a chave para se preparar para esta pergunta é identificar os pontos fracos que “comunicam força”.

Para quem ainda não sabe exatamente como fazer isso, o Indeed, um dos principais buscadores de vagas de emprego do mundo, reuniu 11 pontos fracos e exemplos de como abordá-los em um recrutamento.

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Pontos fracos, pontos negativos e pontos a desenvolver

Antes de mais nada, os exemplos que mostraremos a seguir visam ajudar a identificar suas áreas de melhoria. Seja sincero e, caso a sua característica a desenvolver não esteja na nossa lista, busque identificá-la e trabalhar para superá-la – e lembre-se sempre de explicar como você está trabalhando para superar suas deficiências.

Ver um ponto fraco como algo a se desenvolver, com base numa lógica de mentalidade de crescimento, pode ser algo muito positivo. Tanto para que esses pontos, no futuro, passem a ter menos proeminência no seu desempenho no trabalho, quanto para que você desenvolva e consiga demonstrar cada vez mais autoconhecimento.

Resumo em Stories

10 Pontos fracos para explicar na entrevista

11 exemplos de pontos fracos que você pode ter, para explicar nas entrevistas de empregos

Apresentando o problema e a solução, você pode transformar sua fraqueza em um ponto forte. Aqui estão alguns exemplos de pontos fracos a serem mencionados em uma entrevista, segundo o Indeed.

#1 Eu me concentro demais nos detalhes

Ser orientado aos detalhes normalmente é uma coisa boa, mas se você é alguém que tende a gastar muito tempo neles também pode ser considerado um ponto fraco. Apesar disso, ao compartilhar que se concentra muito nos detalhes, você mostra ao entrevistador que é capaz de ajudar a organização a evitar até mesmo pequenos erros.

Entretanto, certifique-se de explicar como você está fazendo melhorias nesta área, tendo em vista o quadro geral. Embora os empregadores possam não amar a ideia de ter um funcionário que se preocupa com os pontos mais delicados, um candidato que garanta qualidade e busca pelo equilíbrio pode ser um grande trunfo.

Exemplo:

“Minha maior fraqueza é que às vezes me concentro demais nos detalhes de um projeto e passo muito tempo analisando os pontos mais delicados. Tenho me esforçado para melhorar nessa área, verificando-me em intervalos regulares e dando a mim mesmo/a a chance de voltar a me concentrar no contexto geral. Dessa forma, ainda posso garantir a qualidade sem ficar tão preso aos detalhes, a ponto de afetar minha produtividade ou a capacidade da equipe de cumprir o prazo.”

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#2 Tenho dificuldade em abandonar um projeto

Quando você despende muito tempo e esforço em algo, é fácil ficar apreensivo em marcá-lo como concluído ou repassá-lo para outra equipe. Sempre há espaço para melhorias e algumas pessoas tendem a criticar demais seu próprio trabalho ou tentar mudanças de última hora – o que pode ameaçar o cronograma.

Ao mesmo tempo, no entanto, análises de última hora podem ajudar a eliminar erros e tornar o produto final mais refinado. Se este for o seu ponto fraco, compartilhe como você está se esforçando para melhorar, estabelecendo um prazo para todas as revisões e sendo proativo em relação às mudanças, de modo que não espere até o último minuto.

Exemplo:

“Minha maior fraqueza é que às vezes tenho dificuldade em abrir mão de um projeto. Sou o maior crítico do meu próprio trabalho. Sempre posso encontrar algo que precisa ser melhorado ou alterado. Para me ajudar a melhorar nessa área, estabeleço prazos para revisões. Isso ajuda a garantir que não vou fazer alterações de última hora.”

#3 Tenho dificuldade em dizer “não”

Ajudar colegas em projetos e gerenciar adequadamente sua carga de trabalho é um equilíbrio perfeito. Do ponto de vista do empregador, alguém que aceita todas as solicitações parece dedicado e ansioso – mas também pode ser alguém que não conhece seus limites e acaba precisando de ajuda ou de extensões de prazo para concluir o seu trabalho.

Se você está tão ansioso para assumir novos projetos que não consegue dizer “não”, compartilhe como está trabalhando para se autogerir melhor, organizando suas tarefas e definindo expectativas mais realistas consigo mesmo – bem como com aqueles ao seu redor.

Exemplo:

“Minha maior fraqueza é que às vezes tenho dificuldade em dizer ‘não’ às solicitações e acabo aceitando mais do que posso suportar. No passado, isso me fazia sentir estressado ou exausto. Para me ajudar a melhorar nessa área, uso um aplicativo de gerenciamento de projetos para visualizar quanto trabalho tenho em um determinado momento e saber se tenho ou não disposição para assumir mais.”

#4 Fico impaciente quando os projetos vão além do prazo

Embora expressar estresse ou frustração com prazos não-cumpridos possa ser considerado uma fraqueza, os empregadores valorizam os trabalhadores que dão importância a eles e se esforçam para manter os projetos dentro do cronograma planejado.

Se você está usando isso como seu ponto fraco na entrevista de emprego, estruture sua resposta para se concentrar em como você aprecia o trabalho concluído no prazo e em como está se aperfeiçoando para melhorar os processos a fim de realizar o trabalho com mais eficiência.

Exemplo:

“Minha maior fraqueza é que fico impaciente quando os projetos passam do prazo. Sou um defensor das datas de entrega e fico desconfortável quando o trabalho não é concluído a tempo. Para evitar isso, comecei a ser mais proativo e prestando atenção em como estou reagindo para ter certeza de que estou sendo motivador e ajudando a promover a eficiência”.

#5 Eu poderia ter mais habilidade com…

Cada candidato tem áreas para melhorar em sua especialização. Talvez seja algo específico, como criar tabelas dinâmicas no Excel. Talvez seja uma habilidade como matemática, redação ou falar em público.

Seja qual for o caso, compartilhar algo que você deseja melhorar mostra ao entrevistador que você está autoconsciente e gosta de se desafiar. Certifique-se, no entanto, de não responder com uma fraqueza que é essencial para a função.

Algumas áreas comuns nas quais as pessoas podem precisar ter experiência incluem:

  • Comunicação verbal
  • Comunicação escrita
  • Liderança de equipe
  • Análise e interpretação de dados
  • Delegar tarefas
  • Fornecer críticas construtivas
  • Programas específicos (por exemplo, “Gostaria de melhorar minhas habilidades de apresentação do PowerPoint”)

Leia também: Pontos fortes e pontos fracos: saiba como identificá-los e em quais focar seu desenvolvimento

#6 Às vezes me sinto inseguro

A falta de confiança é uma fraqueza comum, especialmente entre os colaboradores iniciantes. Porém, sentir insegurança às vezes pode causar ineficiências em seu trabalho. Por exemplo, você pode se sentir desqualificado para falar em uma reunião importante quando sua ideia poderia ajudar a equipe a atingir uma meta.

Por isso, embora ser humilde ao trabalhar com outras pessoas possa ser útil, também é necessário manter uma certa confiança para fazer seu trabalho em um nível ideal. Se esta for a fraqueza que você escolheu apresentar em sua entrevista, enfatize por que você valoriza a confiança – sua compreensão do valor que oferece e as maneiras como você tem praticado para demonstrar confiança no local de trabalho (mesmo quando nem sempre você pode sentir isso).

Exemplo:

“No passado, tive dificuldades para manter a minha autoconfiança. Hoje tenho um documento editável no qual faço anotações dos impactos que causei em minha equipe e na minha organização, para entender melhor por que devo confiar nas habilidades e talentos únicos ofereço.

Também fiz questão de expressar minhas ideias e opiniões durante as reuniões, quando acho que são apropriadas e agregam valor à conversa. Por conta disso, nossa equipe acabou adotando minha ideia para um novo processo de financiamento, o que resultou em uma redução de 10% no tempo de planejamento do nosso orçamento anual.”

#7 Posso ter problemas para pedir ajuda

Pedir ajuda é uma habilidade necessária quando você não tem experiência em uma determinada área, ou está se sentindo esgotado ou não consegue lidar com sua carga de trabalho. Saber quando e como pedir ajuda mostra um forte autoconhecimento e ajuda a organização a se antecipar a uma possível ineficiência.

Embora ser independente sejam qualidades positivas, a empresa deve saber quando você precisa de ajuda. Explique como e por que você sabe que é benéfico obter auxílio e as maneiras como você tem melhorado essa habilidade.

Exemplo:

“Porque sou independente e gosto de trabalhar rapidamente, tenho dificuldades para pedir ajuda quando preciso. Aprendi que é muito mais benéfico para mim e para a empresa entrar em contato quando não entendo algo ou me sinto esgotado com minha carga de trabalho.

Também entendo que muitos profissionais ao meu redor têm conhecimentos e habilidades específicas que podem tornar meu trabalho melhor. Agora que estou focando nisso, tenho conseguido produzir trabalhos de alta qualidade também como resultado da ajuda das pessoas ao meu redor.”

#8 Tenho dificuldades com alguns tipos de personalidades

Mesmo as pessoas mais flexíveis podem ter problemas para trabalhar com outras que têm certas características ou traços de personalidade. Ter boas habilidades de trabalho em equipe também significa ter uma forte consciência de como você trabalha com outras pessoas e de como é possível ajustar sua abordagem para melhor atuar na organização.

Se isso foi uma fraqueza sua no passado, explique os tipos de personalidade com os quais você teve dificuldade em trabalhar e identifique os motivos. Em seguida, discuta as maneiras pelas quais você ajustou sua comunicação ou estilo de trabalho para trabalhar melhor em prol de um objetivo comum.

Exemplo:

“No passado, achei difícil trabalhar com tipos de personalidades agressivos. Embora eu entenda que a diversidade de personalidades torna um negócio forte, tendo a silenciar minhas próprias ideias e opiniões em torno de colegas mais agitados.

Para combater isso, fiz questão de passar mais tempo com colegas com os quais me sinto desconfortável em trabalhar. Ao aprender mais sobre eles, seu estilo de comunicação e motivações, sou mais capaz de colaborar com esses tipos de personalidade para que ambos contribuamos igualmente com nossos pontos fortes e habilidades.”

#9 Pode ser difícil para mim manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal

Encontrar o equilíbrio entre trabalho/vida pessoal é importante para manter a motivação no trabalho. Embora seja certamente honroso e demonstre uma forte ética dedicar seu tempo e energia ao trabalho, também é necessário priorizar o descanso, as férias, a convivência com a família e os hobbies.

Isso pode ajudá-lo a se sentir renovado quando está no trabalho e pode aumentar a motivação, a criatividade e apoiar uma perspectiva positiva. Se esta é a fraqueza que você escolheu apresentar durante a entrevista, explique as maneiras que você aprendeu a equilibrar vida e trabalho e como você viu seu trabalho melhorar como resultado. Você também pode explicar que o equilíbrio entre vida e trabalho é algo que considera importante na função para a qual está se candidatando.

Antes de fornecer isso como um exemplo, você deve fazer uma longa pesquisa sobre a cultura da empresa em questão. Afinal, se você está entrevistando para uma posição em que é necessário ter o telefone ligado e disponível o tempo todo, talvez não seja a resposta que eles desejam ouvir se você disser que desliga o telefone à noite para ter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Exemplo:

“Como realmente amo meu trabalho e tenho metas profissionais ambiciosas, pode ser difícil para mim manter um equilíbrio saudável entre o trabalho e minha vida pessoal. Tenho visto um impacto negativo em minha motivação e foco quando ignoro minhas necessidades pessoais.

Como resultado, fiz questão de me concentrar em criar espaço em minha agenda para focar no voluntariado e em passar tempo com minha família. Realizar pequenas ações, como colocar meu telefone no modo silencioso durante o jantar, é útil. Quando mantenho um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, descobri que meu resultado é mais qualitativo, posso trabalhar mais e me sinto animado para ir trabalhar pela manhã.”

#10 Posso me sentir desconfortável trabalhando com ambiguidade

Muitos empregos exigem candidatos que se sintam confortáveis ​​para definir tarefas individualmente e trabalhar em prol de metas. Isso significa que eles devem ser experientes, atenciosos e responsáveis ​​com possíveis ambiguidades no trabalho. Embora seja certamente uma habilidade benéfica seguir de perto as instruções detalhadas, também é necessário ser capaz de determinar autonomamente o que é necessário para atingir o resultado desejado.

Se esse é o ponto fraco que você está apresentando em uma entrevista, explique algum sucesso que obteve seguindo instruções, mas também o seu potencial de carreira ao encontrar um equilíbrio com as inconstâncias. Você também deve explicar as etapas que está realizando para definir seu dia de trabalho ao receber tarefas ou objetivos indefinidos.

Exemplo:

“Em meu último cargo como estagiário de Marketing, meu supervisor deu instruções muito específicas sobre minhas responsabilidades. Como me familiarizei com uma direção forte, tendo a ficar inseguro ao abordar uma tarefa ou objetivo ambíguo.

Para lidar com isso, criei uma estrutura para momentos em que me sinto incapaz ou confuso por uma tarefa ambígua, incluindo a realização de pesquisas estruturadas e pedindo conselhos a especialistas no assunto. Fazer isso me ajudou a ter sucesso ao trabalhar em tarefas ambíguas ou em direção a metas menos específicas ou definidas.”

#11 Tenho dificuldade quando os planos precisam mudar

Às vezes, é possível que os nossos planos estabelecidos no início da semana ou no início do mês precisem ser alterados. Pode ser que surja uma nova demanda, pode ser que uma demanda inicial se atrase ou que uma série de outros empecilhos ocorram.

Nessas horas, existem pessoas que têm dificuldade para realocar as prioridades e que podem deixar entregas importantes de lado. Uma forma de explicar esse ponto a desenvolver em uma entrevista pode ser a partir da explicação do seu plano para priorizar melhor tarefas. Isso pode evidenciar como você é flexível.

Exemplo:

“Às vezes, quando uma nova demanda surgia no meio do processo que eu já havia planejado, eu tinha dificuldade para saber como decidir o que era mais importante pra ser focado e o que poderia ser adiado. Acabava deixando entregas importantes de lado.

Para resolver esse problema, tenho questionado melhor como cada tarefa impacta os meus resultados e avaliado o que pode absorver como demanda e o que não posso. Quando tenho dificuldade em decidir, costumo perguntar à minha liderança ou pessoas mais experientes, para que minha visão possa ser validada e respaldada.”

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Como mudar de carreira em 10 passos

passos para mudar de carreira

por Jessica Hyde

 

Lembro-me até hoje do dia em que meu chefe disse que eu nunca seria uma engenheira. Eu estava sentada em um sofá cinza de uma sala de reuniões toda envidraçada, com as mãos nos joelhos e olhando para o chão.

Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.

Fiquei assustada com aquelas palavras: “Você pretender se tornar engenheira, não é? Pois saiba que nunca conseguirá.”

Na verdade, eu nunca tinha pensado nessa possibilidade – o que tornou essa afirmação menos ofensiva para mim – e, então, apenas ri e desconsiderei o fato.

Hoje, revivendo aquela cena, vejo aquela menina sentada no sofá. E apesar de mal reconhecê-la, sei que ela é, sim, uma futura engenheira.

Até a faculdade, eu não sabia o que fazer da vida. Acabei me formando em artes liberais sem ter a menor ideia do que faria com isso.

Passei um tempo desempregada até começar a trabalhar em uma startup, mas passei a receber muitos feedbacks negativos, e isso me deixava triste. Eu achava que a culpa era, de fato, toda minha. Minha autoconfiança estava péssima.

 

Leia também: O que é liderança e por que ela é tão importante para uma carreira?

A guinada

Até que uma colega disse, em tom de brincadeira, que eu parecia uma daquelas crianças que está muito à frente do resto dos alunos da sala. Ela achava que eu precisaria ser desafiada e trabalhar com liberdade para desenvolver aquilo que eu fazia de melhor.

Isso mudou minha percepção sobre as coisas e passei a confiar muito mais em meu potencial. Sob o estímulo de alguns mentores, comecei a fazer vários cursos e outros projetos que ajudaram a aprimorar meus conhecimentos técnicos e solucionar problemas.

Desde o começo, ficou claro que não seria fácil. Meu empenho fez com que o crescimento acelerasse, mas, ainda assim, sentia que estava andando em círculos.

Claro que cada um sabe de suas limitações – e todos temos nossos medos e inseguranças.

Mas não há nada de tão sofrido no estudo de álgebra linear, então por que eu chorava tanto com isso? Eu pensava: “Por que eu ainda não aprendi isso? Por que estou demorando tanto para entender esses conceitos?”

Foi então que percebi que o orgulho e a frustração estavam atrapalhando meu caminho. Eu tinha que dedicar mais tempo, fazer mais perguntas, ensinar outras pessoas e curtir o processo todo, em vez de ficar sonhando com um momento em que tudo, milagrosamente, passaria a fazer sentido.

Foram três anos de trabalho duro, mas agora sou uma analista de dados. Lutei muito para chegar até aqui. E aqui estão os 10 passos que mudaram minha carreira e minha vida:

10 passos para mudar de carreira

1. Abandone seu escritório
Sente-se para trabalhar junto à equipe da qual você quer fazer parte. Por dois anos e meio!

2. Faça amigos
Dê brinquedinhos engraçados a TODOS os seus colegas de trabalho.

3. Veja as vagas disponíveis na empresa
Se encontrar alguma que te interessa, verifique os pré-requisitos e se candidate.

 

Plano de ação para realizar os seus objetivos

 

4. Priorize os estudos
Use seu tempo livre e seus finais de semana para aprender. É preciso investir muto tempo.

5. Não perca tempo com besteiras
Qualquer período, mesmo que sejam cinco minutos, é válido para aprender alguma coisa sobre álgebra linear ou machine learning.

6. Sempre haverá quem acredita em seu potencial
Talvez você mesmo seja uma dessas pessoas. Combata seus demônios internos.

7. Demonstre seu envolvimento e paixão pela empresa
Questione tudo e todos, incluindo seus chefes. Explore as novas possibilidades e leve sua equipe para além do lugar comum.

8. Utilize o método hot dog ou hamburguer
Quando for pedir algo a seu chefe, apresente apenas as opções de seu interesse. Não mencione nada além delas.

9. Faça as coisas impossíveis que seus mentores pedirem
Como falar em público, novos projetos de programação, interagir no Quora, etc. A utilidade dos mentores é tirá-lo da zona de conforto. Se não for o caso, mude de mentor. Eu não chegaria até aqui sem eles.

10. Peça o que você quer
De novo.

E-book gratuito: 14 Histórias de Mudança de Carreira

Acreditar em seu potencial abre portas

O que é mágico a respeito do item 6, em particular, é o seguinte: quando você passa a acreditar em si mesma, as outras pessoas também o fazem.

Após testemunhar meu crescimento e empenho, meu ex-chefe acabou se convertendo em dos meus principais defensores. Hoje, dois anos depois, damos risada ao lembrar daquela conversa no sofá cinza.

Sabemos que foi naquele momento que entendi que sou totalmente motivada por desafios, por adquirir novos conhecimentos e, por confiar em meus mentores, fazer o impossível.

Além dos cursos, sugiro que os interessados em mudar de profissão façam o seguinte: pesquisem o máximo que puderem, envolvam-se, escrevam e ensinem outras pessoas. Seu futuro agradece.

Todos nós podemos realizar coisas incríveis – mas é preciso muito esforço e por muito tempo.

A ideia de que “tudo aquilo que é valioso está fora de sua zona de conforto” (frase de Steli Efti, fundador e CEO da Close.io) mudou minha vida para sempre.

E anote: o aprendizado não para no dia em que você conseguir um emprego. É um processo contínuo.

 

Jessica Hyde é uma artista. Para ela, o melhor caminho é sempre o do meio. Uma mulher que trabalha no Vale do Silício construindo mudanças. Em sua opinião, todos deveriam, desde a infância, ser encorajados a usar sempre o máximo do potencial.

 

Este artigo foi originalmente publicado no blog da Udacity (em inglês). A versão traduzida foi produzida pela Udacity Brasil

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