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Especial Na Prática: tudo sobre consultoria estratégica – parte 2

Homens fecham negócio com aperto de mão em sala de vidro com vista para Nova York

Muitos jovens sonham em entrar para o time das grandes consultorias estratégicas internacionais. Mas será que você sabe realmente como é o trabalho de um consultor? Quais são as possibilidades de carreira e crescimento que a área oferece? No nosso Especial Consultoria Estratégica #2, organizamos todas essas informações para você:

Possuir no currículo o nome de alguma consultoria estratégica internacional é tido como uma espécie de cartão de visitas, reconhecido por qualquer outro setor. Esse prestígio está, em grande parte, relacionado ao rigoroso processo seletivo, aos altos salários e aos clientes importantes que costumam atender.

Contudo, esses não devem ser os únicos fatores considerados pelos jovens que sonham em trabalhar numa empresa do grupo apelidado de big three, que reúne as maiores consultorias estratégicas do mundo: McKinsey & Company, Bain & Company e Boston Consulting Group (BCG) – todas elas com escritório no Brasil.

“Mais importante do que buscar prestígio é entender a rotina de trabalho dos consultores estratégicos e o que você vai fazer durante as horas que passa dentro e fora do escritório”, destaca o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcelo Binder.

No Especial Consultoria Estratégica #2, você vai encontrar informações sobre o volume de trabalho dos consultores, as etapas de crescimento nas principais empresas da área e as possibilidades para quem cogita seguir carreira em outro setor.

Você também viu o Especial Consultoria Estratégica #1? Nele, falamos sobre como funcionam as empresas do setor, como é o dia a dia dos consultores e como se preparar para fazer parte do seu time. Confira aqui!

Perspectiva e controle: dois conceitos para definir o rumo da sua carreira (e chegar lá!)

homem segurando luneta

Não é exagero afirmar que o autor norte-americano David Allen é um especialista na arte tirar planos do papel e fazer as coisas acontecerem. Esse, inclusive, é o título de seu bestseller Getting Things Done, traduzido como A Arte de Fazer Acontecer. No livro, ele propõe um sistema de gestão de tarefas inovador que vale tanto para a vida pessoal como profissional. E ele pode te ajudar.   

O getting thing done (GTD) é uma técnica eficaz de organização e produtividade pessoal capaz de melhorar sua motivação e seus resultados. O método é baseado na ideia de “esvaziar a mente”. Em resumo, diz que você precisa desocupar sua mente da lista de tarefas que deve realizar e colocá-las no papel. A ideia é que você se concentre em uma tarefa por vez, e não gaste energia pensando nas demais atividades pendentes.

Para David Allen, esse é o primeiro e mais importante passo para fazer com que você obtenha total controle sobre o seu fluxo de trabalho, e depois ganhe uma perspectiva ampla sobre os seus objetivos a curto, médio e longo prazo.

Guarde bem esses dois conceitos; para o autor, Controle e Perspectiva são os dois elementos mais importantes para uma gestão pessoal eficiente. Ficou perdido? Então vamos por partes:

Obtenho o controle

Quem nunca teve a sensação de não estar 100% no comando da sua rotina? Ou já teve uma tarefa super importante que acabou se perdendo no meio de várias tarefas menores? Não pense que você é o único. Muita gente reclama de um dia-a-dia fora de controle, o que impossibilita pensar estrategicamente ou planejar com eficácia.

Tudo isso é sinal de que você não está no controle do seu fluxo de trabalho. A boa notícia é que é possível retomar esse controle por meio de cinco passos:

1. Anote tudo que está em sua cabeça

Coloque no papel tudo que ocupa sua cabeça e está tirando sua atenção. Não pense em priorizações. Esse é o momento de anotar tudo que está na sua mente para posterior análise. Vale todo tipo de input: recursos, tarefas, ideias, metas… O objetivo desse passo é liberar sua energia mental para aquilo que é realmente importante. Dica: usar post-its pode ajudar muito!

2. Esclareça o que você anotou e foque sua atenção

Olhe para todas as coisas que você tirou da cabeça e colocou no papel, e entenda o significado e a importância de cada uma delas. Tome um tempo para realmente processar o significado das suas anotações. Qual o objetivo por trás de cada um desses inputs? Com base nessa reflexão, decida qual o compromisso que você quer estabelecer com cada um desses inputs e foque sua atenção naquilo que é mais importante para você.  

3. Organize suas ideias

Pegue todos os resultados da sua reflexão e classifique-os em um sistema que faça sentido para você. A ideia é que você saiba onde encontrá-los quando precisar, assim não precisa se preocupar em lembrar de tudo isso. Por exemplo: as tarefas podem ir para uma pasta de tarefas, os projetos ficam em uma pasta de projetos, e assim por diante com os planos futuros, aspirações, ideias abstratas, referências bacanas… Outras formas de organizar são: urgência, impacto, prioridade, etc. Você pode usar tanto agendas e arquivos como pastas no computador ou no Google Drive, por exemplo.

4. Reveja e atualize sempre

Faça a primeira revisão do que você tem em mãos, e em seguida parta para o próximo passo: fazer. O importante aqui é garantir que você vai incorporar em sua rotina o hábito de olhar constantemente para o “sistema” que você montou, garantindo que ele está atualizado e de acordo com os seus objetivos atuais. Revisões e mudanças de prioridade são sempre possíveis!

5. Faça o que precisa ser feito

Já entendeu o que é mais importante e prioritário? Então comece a executar as tarefas, o que pode também se desdobrar em delegá-la, planejar, estabelecer prazos ou simplesmente adiá-la. No entanto, não perca de vista que o importante é FAZER. Uma dica, por exemplo, é já fazer na hora tudo que leva menos de dois minutos.    

Agora que você já sabe identificar e seguir os cinco passos do fluxo de trabalho, com certeza vai conseguir executá-lo com muito mais segurança e controle.

Ganhando perspectiva

A perspectiva é um elemento tão importante quanto o controle. Depois de se livrar do excesso de preocupações, ocupando sua cabeça apenas com a tarefa atual, você consegue liberar espaço na sua mente para adotar uma perspectiva mais ampla e menos imediatista sobre a sua vida e sua carreira.

Em outras palavras, você deve começar a refletir frequentemente sobre os seus objetivos em diversos níveis. Allen chama esses níveis de horizonte, e para explicá-los usa a metáfora de um avião e as diversas altitudes em que ele precisa voar:

0 feet – Próximas ações: Esta é a pista de decolagem. Aqui, estamos falando das suas próximas ações para fazer o seu dia a dia funcionar. Emails, ligações, relatórios para fazer, textos para ler, reuniões para marcar… É importante ter essas ações em mente e focar em executá-las.

10,000 feet – Projetos: Neste nível estão todas os projetos que você assumiu o compromisso de terminar, e que levarão mais de uma ação para serem concluídos. A maior parte das ações do nível anterior vão surgir daqui. Esses projetos vão desde organizar uma festa de aniversário para a sua namorada até fechar o negócio de compra de uma empresa.

20,000 feet – Áreas de foco: Quais são suas áreas de responsabilidade? No seu trabalho, você deve ter entre 5 a 7 áreas ou metas que deve garantir estarem indo bem. Por exemplo: margem de lucro, pagamento da equipe, entrega de resultados, etc. A mesma coisa vale para a vida pessoal: saúde, amizade, família, espiritualidade, e por aí vai.   

30,000 feet – Objetivos: Neste nível, normalmente o horizonte é de médio prazo. Nesse período, quais são os seus objetivos? Onde você quer chegar? Em que posição ou área você gostaria de estar nos próximos dois anos? O que você quer mudar na sua vida? Qual habilidade precisa aprimorar?  

40,000 feet – Visão: Agora, estamos falando sobre o que você imagina a longo prazo. Em cinco anos, como gostaria que as coisas estivessem? Como estará o mercado em que sua empresa atua? Ter alguma clareza sobre esse cenário é importante para definir e priorizar os seus objetivos.

50,000 feet – Propósito: Desta altitude já é possível ter uma visão de toda a sua vida. As reflexões aqui são profundas: Qual o meu papel no planeta? Como o meu trabalho contribui para isso? Quais são os meus valores? Será que minha carreira está alinhada a esses valores?

Segundo Allen, é a partir desses seis horizontes você define onde quer chegar e quais as ações prioritárias para isso. O segredo é não perder de vista nenhum desses níveis, ou seja, não esquecer do seu propósito, ao mesmo em que garante que os seus emails são respondido.

De tempos em tempos você deve refletir sobre as suas ações olhando para esses objetivos em todos os níveis, e não apenas no nível mais baixo. Equilibrar todos esses horizontes leva a uma perspectiva equilibrada em sua vida nos mais diversos aspectos.

Matriz Autogestao

Matriz de Autogestão  Com base nesses dois conceitos importantes, Francisco Saez, fundador e CEO da FacileThing, desenvolveu a chamada ‘Matriz da Autogestão’, uma ferramenta que permite refletir sobre o tipo de profissional que você é no momento, e, se for o caso, como mudar isso.

Nessa matriz, a linha do controle e a da perspectiva são cruzadas em um gráfico que nos fornece quatro quadrantes: comandante (perspectiva e controle altos), maluco/visionário (alta perspectiva e baixo controle), microgestor/implementador (baixa perspectiva e controle alto) e vítima (tanto perspectiva quanto controle baixos). Para entender onde você se encaixa, pense “Minha perspectiva é bastante ampla?” e “Eu estou realmente no controle das minhas ações?”.

Exemplos de uso

Agora que você adquiriu conhecimento sobre perspectiva e controle, deve aplicar essas duas ferramentas na sua vida pessoal e na sua carreira. A seguir, veja alguns exemplos de uso:

1. Mestrado ou doutorado: Meu trabalho está alinhado com o que penso? Não estou ampliando demais o tema? Meu orientador possui a mesma orientação doutrinária do trabalho que proponho?

2. Lançamento de um novo produto na empresa: Esse produto possui um público-alvo específico e já estudado? O produto traduz os princípios e visões da minha empresa ou contradiz tudo isso?

3. Elaboração de um plano de carreira: O que quero da minha carreira? Ela está alinhada com o estilo de vida que pretendo? A minha remuneração é suficiente para levar o estilo de vida que pretendo?

4. Planejamento familiar: O número de filhos cabe no meu orçamento e tempo disponíveis? Educação que estou oferecendo a eles condiz com o que eu acredito do mundo

5. Gestão do tempo: Organizo meu tempo para equilibrar lazer e trabalho? Minha rotina é planejada ou apenas vivo “apagando incêndios”?

Consulting clubs ajudam na preparação para recrutamento de consultorias

“Você precisa se informar e se preparar muito”, diz Armando Zurzolo, pragmático em relação às dicas para quem quer passar no processo seletivo de uma grande consultoria. Para ele, dedicação é essencial.

Enquanto cursava Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Armando foi aprovado em 2014 no programa de estágio do The Boston Consulting Group (BCG), uma das mais tradicionais consultorias internacionais, ao lado da McKinsey, Bain, A. T. Kearney, Kaiser Associates, das brasileiras Integration e FALCONI, entre outras. Em comum, todas elas são conhecidas por recrutamentos rigorosos e disputados.

“É um processo seletivo bastante peculiar, baseado em case interviews [resolução de cases de negócios] e testes similares ao GMAT [exame de lógica utilizado na admissão em pós-graduação], o que justifica essa preparação intensa do candidato”, explica Armando.

“Sou um ponto fora da curva, fiz mais de 1500 exercícios de GMAT e resolvi mais de 100 cases com os amigos no consulting club antes do recrutamento”, ele admite. Vale lembrar que os processos seletivos normalmente ocorrem no começo de cada semestre.

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Clubes de consultoria

Como parte de sua preparação, Armando também foi coordenador do consulting club de sua cidade. Os consulting clubs, ou clubes de consultoria, são grupos de estudo formados pelos próprios alunos que têm interesse em seguir carreira nessa área e se propõem a treinar em equipe a resolução de cases.

“Os consulting clubs são muito importantes em toda preparação para entrar em uma consultoria. Por meio deles, os alunos que estão passando por um mesmo momento conseguem trocar informações sobre os processos seletivos e se ajudam no treino de casos”, explica Bárbara Borges, aluna de Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Ela participou do consulting club de sua faculdade e hoje é estagiária na Integration.

“O que eu mais percebi é que surge um clima bem legal de colaboração entre as pessoas que fazem parte desses grupos, o que é importante, já que no ambiente de consultoria as pessoas têm que trabalhar mais em conjunto umas com as outras do que em competição”, completa Bárbara.

“O clube acaba assumindo a missão de qualificar os alunos para a área de consultorias utilizando-se de projetos e debates pouco explorados em salas de aula”, opina Lucas Eduardo Assis, diretor de relações institucionais do consulting club da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

De fato, nem sempre a faculdade prepara o aluno para a resolução de casos. “No consulting club, o primeiro caso que eu fiz foi um desastre”, reconhece Lucas. “Para mim, resolver cases também é uma questão de hábito, de se forçar a pensar daquela maneira, de se acostumar a estruturar um problema”, ele completa.

Leia também: Presidente da TAM fala sobre experiência em consultoria e por que deixou a área

Processo seletivo

Por outro lado, em algumas instituições, os clubes já são mais estruturados e vão além da resolução conjunta de cases. É o caso da FEA, por exemplo, onde o clube de consultoria também promove eventos públicos com consultores, para apresentar tanto a carreira, como a expertise de cada consultoria, e até simulações de todas as etapas do processo seletivo com recrutadores das próprias empresas. “Convidamos as grandes consultorias estratégicas para que cada uma delas aplique uma etapa dessa simulação, permitindo que verdadeiros avaliadores de diferentes instituições examinem os participantes”, explica Lucas.

No consulting club da FEA, os grupos de estudo também são abertos ao público, mas existem atividades exclusivas para membros do clube, que passam por um processo seletivo. É o caso dos case dives, resoluções de casos que ocorrem com a participação de profissionais do mercado. “Nosso objetivo é reproduzir, ainda que em pequena escala, os métodos utilizados em projetos originais de consultorias”, esclarece Lucas.

Leia também: Entenda o sistema de promoção ‘up-or-out’ das consultorias estratégicas

Alternativas

Se a sua faculdade ainda não possui um consulting club, por que não começar um? “Junte os seus amigos ou conhecidos que também estão interessados em consultoria, e vocês já podem começar a se preparar juntos, buscando informações, tentando entrar em contato com veteranos que são consultores, pesquisando sobre cada empresa”, recomenda Lucas.

Segundo ele, também vale também entrar em contato com algum clube de consultoria mais tradicional e pedir para ser adicionado à lista de emails, para poder acompanhar o conteúdo que circula por lá e ter acesso a materiais muito úteis.

Para treinar para os testes do GMAT, existem diversas apostilas disponíveis no mercado e nas bibliotecas das faculdades. Jun Tomida, associate no BCG, chama atenção para a importância de praticar essa etapa.

“É uma prova de lógica bem diferente da que estamos acostumados a ver na faculdade. No curso de engenharia, eu gastava horas com cada questão, mas nesse exame é exatamente o oposto. São menos de dois minutos para cada pergunta”, explica Jun. Para ele, o sucesso na prova também envolve a habilidade de entender quais perguntas você vai conseguir responder em tempo hábil, e quais faz sentido pular. “São questões que exigem raciocínio lógico, e não contas pesadas”, ele adianta.

Leia também: Consultores da Bain dão dicas sobre como ingressar na empresa

Já na parte de resolução de cases, também existem alguns livros que podem ajudar, como o Case in Point: Complete Case Interview Preparation, e materiais de MBA – mas que não substituem a mão na massa. “O mais importante não é ler, é resolver mesmo, praticar várias vezes para ganhar experiência”, explica Armando.

Se participar de um consulting club ou reunir os amigos não está entre as opções, ainda existem outras saídas, como resoluções por Skype ou Google Hangout com pessoas que moram longe, ou até mesmo o Prep Lounge, um site que promove a conexão entre estudantes de todo o mundo que estão se preparando para consultoria.

“Uma pessoa que te acompanha durante esse processo é capaz de te passar feedbacks sobre onde melhorar, coisas que você não seria capaz de perceber sozinho. Ao mesmo tempo, ao assistir você desenvolver um caso, ela também consegue absorver boas práticas e perceber erros que não deveria cometer”, explica Bárbara. “Acredito que treinar cases com alguém seja proveitoso para as duas partes. Foram longas tardes e noites treinando para as case interviews para que eu tivesse um bom desempenho nos processos seletivos”, conclui.

Leia também: Como o MBA pode alavancar a carreira em uma grande consultoria?

Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

Jovens trainees de sete empresas contam como se destacar nos processos seletivos

Jovem mulher grifa textos ao ar livre

Eles venceram uma disputa acirrada. Com dedicação, preparação e fôlego para encarar os processos seletivos para trainee, sete jovens de diferentes formações acadêmicas contam como fizeram para se destacar em meio a milhares de candidatos e fisgar os recrutadores de grandes empresas.

Trabalhando hoje nas companhias que sempre sonharam, eles revelam quais foram as principais dificuldades enfrentadas – que, diga-se de passagem, não são poucas – e também dão dicas valiosas para quem vai encarar os processos seletivos nesse ano. Confira a seguir o que eles disseram:

 

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1.Totvs

Taís Silva Oliveira, formada em Economia, passou pelo processo seletivo de trainee na Totvs em 2011 e depois foi trabalhar na área de fusões e aquisições da empresa.

Como se preparou: Ela buscou informações sobre a empresa, que é do ramo de TI. “Quanto mais informação você tem, mais seguro você vai para as dinâmicas do processo seletivo. Tentar controlar o nervosismo também foi importante”.

O que é mais difícil: Ela aponta a fase de painel como a mais difícil. “Temos que preparar um case sobre um tema específico . No ano em que fiz o tema era ‘os desafios da integração em um processo de fusão e aquisição’. Era um tema muito abrangente, o que, por um lado, foi bom porque tinha liberdade mas, não deram um roteiro para gente. Tínhamos que decidir qual a linha de raciocínio lógico a seguir.”

A dica para os candidatos: Estudar a cultura da empresa é essencial, na opinião dela. “Isso porque acabamos nos se inscrevendo em um monte de processos e não temos tempo de pesquisar sobre todas as empresas. A minha dica é pesquisar a fundo e ver com qual empresa você se identifica, porque quando faz isso você tem mais foco.”

 

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2. Whirlpool

Edil Amorim, formado em administração de empresas, participou do processo seleitvo para trainee na Whirlpool em 2012 e hoje, está em fase de integração.

Como se preparou: Estudou a realidade companhia e seus valores e o funcionamento do processo seletivo. “Pesquisei em sites e portais, li matérias sobre inovação e sobre o crescimento da empresa.”

O que é mais difícil: Controlar a ansiedade e manter a calma, segundo ele. Além do próprio processo, a dificuldade está em se destacar, diz.”Na dinâmica são 15 pessoas participando e você tem que mostrar qualidade e o que vai agregar de valor à companhia. É difícil falar com conteúdo e se destacar.”

A dica para os candidatos: A primeira dica é priorizar processos, diz Edil. “Você recebe uma enxurrada de oportunidades e deve concentrar esforços naquilo com o qual você se identifica. A segunda dica que eu dou, foi um conselho que recebi de um trainee do ano anterior ao meu e que me ajudou muito: é deixar de lado a carga pesada que é ser avaliado e lidar com naturalidade, como se fosse um dia normal de trabalho. Durante a etapa de Painel, por exemplo, eram 10 candidatos avaliados por 12 executivos, o que é muita pressão para quem está em início de carreira.”.

3. Unilever

Fernanda Negreiros, formada em administração de empresas, passou pela seleção de trainees da Unilever, em 2011 e está hoje trabalhando na área de recursos humanos.

Como se preparou: Fernanda identificou seu próprio objetivo profissional e seus valores para saber em qual seria a melhor empresa para ela. “Não adianta fingir ser quem você não é. Também é preciso pensar nos seus pontos fortes e ter em mente pontos de desenvolvimento e o que está sendo feito para desenvolvê-los. Conhecer a empresa é fundamental para saber colocar os pontos que agreguem valore se destacar durante a etapa de discussões”.

O que é mais difícil: Para Fernanda, a primeira etapa presencial (assessment) foi a mais puxada.“ A gente recebe um case robusto e bastante profundo em termos de discussões e é uma etapa que dura o dia inteiro e o candidato tem que estar preparado para mostrar o seu potencial e dar o seu melhor.”

A dica para os candidatos: “Além de saber seus pontos fortes e conhecer a empresa, é importante participar. Você tem que mostrar o seu potencial, que é verificado através dos comportamentos, na maneira como você age durante as entrevistas, como toma decisões e se é proativo.Para a fase das entrevistas geralmente há perguntas sobre situações difíceis que você gerenciou, então é bom ter mente e lembrar-se de exemplos vivenciados no passado.”

Leia também: O que fazer e não fazer nos processos seletivos para trainee.

4. Nestlé

Marcelo Salcas Pepe, formado em administração de empresas, participou do processo seletivo de trainee da Nestlé em 2011. Está hoje alocado na parte de vendas e trade marketing da empresa.

Como se preparou: o ponto de partida foi conhecer a empresa, lendo matérias para entender o momento em que ela se encontrava. “É importante estar atualizado. Parece básico, mas muitos não fazem”. Como os processos seletivos exigem pré-tarefas, geralmente apresentações com tempo limitado, Marcelo treinou antes. “É fundamental treinar a apresentação para falar com tranquilidade e segurança, ser objetivo e não ultrapassar o tempo determinado”, diz. Após cada etapa ele fazia uma autoanálise do seu desempenho. “Esse exercício resulta em crescimento pessoal e ajuda a encarar os próximos desafios”, explica.

O que é mais difícil: Controlar a ansiedade. “A cada etapa, o nível de dificuldade fica maior e você se envolve cada vez mais com o processo. A vontade de entrar na empresa aumenta e as expectativas também. Consequentemente você fica mais ansioso até receber a resposta. Se positiva, inicia-se um novo “ciclo de ansiedade”. Atualizava o meu e-mail diversas vezes ao dia e não tirava o celular da mão esperando uma resposta.”

A dica para os candidatos: “Minha dica é se preparar para todas as etapas, pois um candidato mais preparado transmite confiança. Nas dinâmicas e painéis, é importante saber ouvir e ao falar seja direto e objetivo. Muitos candidatos querem falar muito e, pelo nervosismo, são repetitivos. Nas entrevistas, valorize seus diferenciais e experiências profissionais. Para concluir, tenha foco e determinação. Você tem que colocar na cabeça que só depende de você. Se realmente quiser, você vai conseguir.”.

5. GE

Pedro Vitor de Melo Alves, formado em relações públicas, passou pelo seleção de trainee da GE em 2011 e hoje atua na área de comunicação corporativa.

Como se preparou: A preparação veio desde a faculdade porque já tinha objetivo de ser trainee.”Busquei diversificar meus conhecimentos e passar por diferentes funções na minha área de atuação, tais como eventos, relacionamento com a imprensa e governo, comunicação com empregados e mídias digitais”.

O que é mais difícil: Para ele, foi identificar rapidamente valores e o perfil que a companhia buscava para perceber se estava alinhado com seu objetivo de carreira. “Outro ponto importante é controlar a ansiedade para aguardar as respostas de cada uma das etapas da seleção”, destaca.

A dica para os candidatos: “O mais importante é escolher uma empresa que o candidato goste e se identifique com os valores, encontre sinergia com seus valores pessoais para trilhar uma carreira de sucesso. Além disso, o trabalho como trainee exige ampla dedicação, assim é aconselhável que o candidato tenha certeza de escolher a área de atuação pela qual realmente é apaixonado.”.

6. Bosch

Marcos Nam é engenheiro mecânico, e foi aprovado no processo seletivo da Bosch para trainees em 2012. Atualmente está na área responsável por aplicar melhorias aos processos fabris (Bosch Products System.)

Como se preparou: Ele divide em três fases a sua preparação. A primeira aconteceu ainda na faculdade, com atividades extracurriculares e estudo de línguas.“Na etapas finais de seleção percebi que todos tinham intercâmbio, tinham inglês avançado e uma terceira ou quarta língua”, diz. A segunda fase do preparo para ser trainee foi estudar a empresa, conhecer valores. A terceira fase foi adquirir experiência. “Eu me inscrevi em 40 processos e fui adquirindo experiência o que me ajudou a criar tranquilidade.”

O que é mais difícil: Para ele foi a etapa de painel de negócios com os gestores.”Os candidatos tinham perfil parecido com o meu e a dificuldade foi conseguir me destacar, expor minhas opiniões, sem passar por cima de ninguém. Os gestores e a equipe de RH analisam cada detalhe, já que as qualidades dos candidatos são muito similares.”

A dica para os candidatos: “Minha dica é se preparar durante a faculdade, aprender inglês e também novas línguas. Aprendi alemão que é a língua matriz da Bosch. Também é preciso paciência e energia porque você tem que estar muito bem disposto. Uma das coisas que eu percebi com os trainees dos anos anteriores na Bosch é que todos têm brilho nos olhos e falam do trabalho com vontade, como se a empresa fosse a ‘casa’ da vida”, diz.

Leia também: O que dez trainees queriam ter descoberto antes dos programas

7. Natura

Carolina Ferrarezi da Fonseca é formada em Ciências Biológicas, e passou pelo processo seletivo da Natura em 2011. Hoje, trabalha na área de desenvolvimento de produtos na parte de perfumaria.

Como se preparou: Pesquisou a empresa e seus valores para ver se ela se encaixaria no seu plano de carreira. Na fase online de fóruns e discussão de temas, Carolina estudava bastante os assuntos propostos. Na fase de painel pesquisou bastante antes de fazer a sua apresentação.

O que é mais difícil: Para ela é a fase de painel. “Candidatos têm perfis parecidos. Fica mais difícil de se destacar na etapa avançada e há uma ansiedade maior em ser aprovado. É tudo mais elaborado, tema presença de diretores e a gente se sente mais pressionado.”

A dica para os candidatos: “Algo importante e que é difícil é estabelecer um equilíbrio entre falar demais e ficar calado. Tem que dosar porque eu via muita gente que passava por cima dos outros e via gente que ficava quieto o tempo todo e não expunha suas opiniões. É importante formar grupos e ter interação com os colegas porque eles trazem pontos de vista interessantes”, diz.

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Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com 

Conheça a Yunus & Youth, que ajuda jovens a se tornarem empreendedores sociais

Grupo da Yunus & Youth posa para foto

A Yunus & Youth, organização criada por jovens transformadores e inspirada no conceito de negócios sociais do economista Muhammad Yunus, está com inscrições abertas para o Fellowship Program – um programa que busca apoiar o desenvolvimento de jovens empreendedores sociais pelo mundo todo por meio de mentoria e treinamentos. Os interessados podem se candidatar até o dia 4 de abril.

O Na Prática conversou com Bozhanka Vitanova, uma das fundadoras da organização, para entender um pouco mais sobre a Yunus & Youth e o programa de fellowship.

Nascida na Macedônia, Bozhanka vivia como estudante na Alemanha quando teve o seu primeiro contato com negócios sociais, em uma palestra da Grameen Creative Lab – entidade ligada ao Yunus Centre, de Muhammad Yunus, considerado o pai do termo ‘negócio social’.

Alguns anos depois, em 2013, viajou para Kuala Lampur, na Malásia, para participar do principal evento organizado pelo Grameen Creative Lab: o Social Business Summit. Lá, encontrou diversos outros jovens em busca de uma carreira com impacto.

Leia também: Conheça a Artemisia, organização que investe alto em impacto social

“Percebemos que tinha muita gente nova com vontade de se envolver no mundo do empreendedorismo social, e no entanto quase não existiam oportunidades ou recursos para dar suporte a essas pessoas. Então tivemos a ideia de começar uma organização com esse objetivo: ajudar os jovens a se tornarem empreendedores sociais”, ela conta. Foi aí que surgiu a proposta de criação da Yunus & Youth, apresentada aos convidados da conferência a ao próprio professor Yunus.

Uma coisa interessante acontece quando jovens ambiciosos sobem em um palco e declaram que querem ajuda para moldar o futuro do planeta. Os quatro fundadores da organização logo perceberam que poderiam contar com o apoio de muita gente boa, de CEOs de empresas Fortune 500 a empreendedores de sucesso e até mesmo políticos, e que todas essas pessoas estavam dispostas a compartilhar suas experiências e expertise com a nova geração de empreendedores sociais.

O próprio Yunus ficou bastante interessado pelo projeto, e reuniu-se com os fundadores em Bangladesh algumas semanas depois da conferência. Ele ajudou na formulação de um plano de negócios para a Yunus & Youth (Y&Y), e foi assim que a organização começou a sair do papel.

Leia também: Veja a história do sócio de uma grande corretora de valores que criou um negócio social na área de finanças

Rede internacional O QG da Y&Y está no Brasil, para onde Bozhanka e outra fundadora se mudaram e deram início as atividades da organização, em parceria com a brasileira Maria Martinez e contando também com o apoio do Yunus Negócios Sociais, unidade brasileira ligada a empresa global Yunus Social Business initiatives (também fundada pelo economista que dá nome à organização). Hoje Bozhanka mora nos Estados Unidos, onde uma parte da equipe também está baseada. Há ainda escritórios locais em Marrocos, Malásia e Austrália.

O impacto, no entanto, é global. Isso porque o carro-chefe da organização, o Fellowship Program, consegue atingir jovens do mundo inteiro através do suporte oferecido de maneira virtual. “O programa acontece totalmente online, de forma que localização não é um problema”, explica Bozhanka. Ainda assim, a entidade também organiza eventos presenciais, a maioria em São Paulo, com a temática de negócios sociais.

“Os workshops e outros projetos presenciais que organizamos têm a intenção de ajudar os jovens a aprender sobre negócios sociais e se engajar com o tema de maneira mais profunda, o que é o primeiro passo”, ela explica. “É para as pessoas que já estão iniciadas tema que existe o Fellowship Program, que ajuda a fortalecer uma ideia de negócio que já existe”, complementa. 

Workshop da Yunus & Youth em São Paulo [Yunus&Youth]

Leia também: O que fazem as empresas mais inovadoras da América Latina?

Ao selecionar os fellows, ou seja, os jovens que vão receber o apoio da organização, a Y&Y busca pessoas que já estão com algum projeto de negócio social operando há alguns anos, porém ainda em estágio de vulnerabilidade, em que ainda é necessário um apoio externo. “Normalmente temos pessoas que estão trabalhando em suas cidades ao redor de todo o mundo e fazendo um trabalho incrível, mas não recebem muito apoio, não encontram muitas pessoas que acreditam na sua visão. Então o que fazemos aqui é ajudá-los a aprender algumas habilidades de negócios cruciais, como marketing, finanças e operações, levando o negócio para uma fase mais estável de sobrevivência”, continua Bozhanka. “Fazemos isso proporcionando a esses empreendedores acesso a uma rede de suporte internacional, que conta com mentores de diversas áreas”, conclui.

Na última turma do programa, foram selecionados 17 fellows de dez países diferentes. Destes, seis eram brasileiros. Para 2015, este número crescerá para 25 jovens empreendedores. “Ao proporcionar todo o conhecimento, toda a experiência, e conectá-los com uma rede de pessoas incríveis, também mostramos para esses jovens que eles são capazes de encontrar as soluções para os seus próprios negócios”, diz Bozhanka. Ela conta que um dos feedbacks que mais recebeu foi em relação à autoestima dos participantes: “Eles percebem que não estão sozinhos”.

Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

Confira 6 dicas para otimizar o networking em eventos

Homens de camisa social fazendo networking em eventos

É cada vez mais comum a realização de eventos com foco na ampliação de networking pessoal. São meet-ups, happy hours e encontros que fazem bastante sucesso por facilitar o contato presencial com um grande número de pessoas de uma mesma área de atuação.

É possível fazer muitos contatos em apenas um evento. Por isso mesmo, são uma ótima oportunidade para conhecer pessoas interessantes, futuros parceiros de negócios e manter um relacionamento com o mercado.

MBA como porta de entrada para uma grande consultoria

Jovens formados jogam becas de formatura para o ar

Em um artigo recente, a revista britânica The Economist chamou atenção para uma mudança interessante no cenário da educação executiva norte-americana: entre os alunos de MBA das melhores escolas, o interesse por bancos diminuiu, e a vontade de seguir carreira em consultoria cresceu.

Segundo a publicação, cerca de 30% desses alunos decide trabalhar nesse mercado. Vale lembrar que, como estamos falando das escolas de negócios mais tradicionais do mundo, os egressos desses cursos não teriam dificuldades em encontrar emprego em outras áreas.

Em Booth, por exemplo, as quatro maiores consultorias estratégicas (The Boston Consulting Group, McKinsey, Bain e A. T. Kearney) recrutaram um quinto dos 472 alunos. A escola é considerada a melhor instituição de MBA pela mesma publicação.

No Brasil, as grandes consultorias têm poucas portas de entrada e costumam contratar novas pessoas para a equipe em três momentos: universitários, formados há no máximo dois anos, e egressos de cursos de MBA – o que faz com que muitos profissionais seniores acabem realizando o curso exatamente com a intenção de migrar para consultoria.

Baixe o Especial Na Prática sobre carreira em consultorias estratégicas

Carreira acelerada Foi enquanto cursava MBA em Kellogg, a famosa escola de negócios da Universidade Northwestern (EUA), que a brasileira Bruna Keiserman foi recrutada para o escritório de São Paulo do The Boston Consulting Group (BCG).

“Quando eu cheguei no MBA, não sabia exatamente em que indústria eu pretendia trabalhar, mas tinha na cabeça que consultoria não era uma opção”, ela comenta, explicando que no seu caso a principal motivação para realizar o curso era a vontade de impulsionar uma carreira internacional. Foi um colega na universidade, consultor do BCG, que percebeu o potencial de Bruna para a área e sugeriu que ela reconsiderasse essa possibilidade de carreira.

Bruna Keiserman [acervo pessoal]

Bruna seguiu o conselho do colega e decidiu conhecer melhor a profissão por meio de um summer internship, estágio de verão durante as férias do MBA. Os três meses que passou no BCG de São Paulo foram suficientes para que ela se apaixonasse por consultoria. A oferta para começar full time no mesmo escritório veio logo após a conclusão do estágio.

Assim, Bruna começou sua carreira como consultora em 2013, quase dez anos depois de ter se formado em Administração de Empresas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Dois lados Para ela, ingressar em uma consultoria após o MBA tem vantagens e desvantagens. Por um lado, a escalada na carreira começa inevitavelmente mais tarde: “Pessoas da minha idade que entraram no BCG logo depois da faculdade já estão dois níveis acima de mim”, ela conta.

Por outro, Bruna considera que os anos que passou trabalhando na indústria lhe renderam uma maturidade bem-vinda. “O sucesso de alguns projetos de consultoria também depende da nossa capacidade de convencer o cliente a sair de sua zona de conforto, e essa nem sempre é uma tarefa fácil”, ela conta. “Como eu estava lá do outro lado, eu entendo como o cliente se sente, quais os possíveis empecilhos ou desafios”, complementa.

Segundo ela, apesar de a maioria dos projetos da consultoria envolverem movimentar as diversas engrenagens da empresa cliente, “quem tem pouca experiência de trabalho em uma empresa nunca viveu na pele o desafio que é ser a força motriz dessas engrenagens”.

Em outras palavras, ela sabe melhor como o cliente funciona e quais desafios podem surgir na implementação de ações estratégicas propostas por uma consultoria, e esse é um conhecimento valioso.

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Day one Das ferramentas do dia-a-dia, no entanto, pouca coisa de suas experiências anteriores foi aproveitada – ela havia trabalhado nas áreas de marketing e planejamento estratégico de setores tão variados como telecomunicações e siderurgia.

Segundo Bruna, o mesmo treinamento inicial intenso oferecido para os recém-formados também ocorre com os egressos de cursos de MBA. No jargão da profissão, esse é o momento em que se aprende o tool kit de consultoria.

“Essa parte de aprender o modo de pensar de um consultor é até mais difícil para quem teve uma carreira anterior, porque você tem que se desprender da forma como estava acostumada a trabalhar”, ela explica.

“O consultor pós-MBA, quando pega o primeiro projeto se sente de novo no seu primeiro emprego”, acrescenta, admitindo que foi essa a sensação durante os seus três primeiros meses como consultora.

A profissão, no entanto, foi a conclusão de uma longa busca de Bruna pela carreira que mais se alinhava com sua personalidade. “Antes de entrar para consultoria, eu já tinha feito mestrado e trabalhado em três empresas diferentes, sou uma pessoa curiosa e motivada pela oportunidade de estar sempre aprendendo”, comenta. No BCG, a variedade de projetos com que trabalha torna esse aprendizado intenso e constante.

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Financiamento Se considerarmos que a maioria dos programas de MBA emprega fortemente o método de estudo de casos, não é de se surpreender que as consultorias busquem ativamente esses alunos para fazer parte de seus times. A resolução de cases, afinal de contas, está bastante relacionada ao trabalho do consultor.

A formação é tão valorizada que grande parte das consultorias incentiva que seus funcionários realizem um MBA, em alguns casos até mesmo financiando o curso, mesmo que isso signifique abrir mão do profissional durante um ou dois anos para que ele se dedique aos estudos. A oferta para voltar ao emprego é garantida, e normalmente marca a transição para o cargo de consultor.

No caso de quem entra em uma consultoria para o summer internship e recebe oferta de full time (oferta para trabalhar na empresa quando concluir o MBA), também existe a possibilidade de a empresa financiar parte do curso, além de oferecer um signing bonus – bonificação financeira concedida como prêmio pela contratação.

Foi o que ocorreu com Bruna. Para pagar o MBA em uma das dez melhores escolas dos Estados Unidos, com preços em torno de 60 mil dólares por ano, ela contou inicialmente com um financiamento realizado junto a própria universidade e, após sua contratação estar acertada, também teve apoio financeiro do BCG.

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Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

Avante: empresa que dá crédito e educação financeira para moradores da favela

Equipe uniformizada da Avante em local de trabalho

Juntas, elas formariam o quinto maior Estado do Brasil, com 11,7 milhões de pessoas e renda anual superior a 60 bilhões de reais. Apesar dos números expressivos, as favelas e seus moradores ainda são um mercado pouco desenvolvido. Diante do potencial inexplorado, a Avante decidiu levar microcrédito e outros serviços financeiros exclusivamente às favelas brasileiras. Com isso, Bernardo Bonjean, 37, fundador e CEO da empresa, quer também incentivar o empreendedorismo na base da pirâmide social.

A Avante nasceu em 2012 como uma plataforma de serviços financeiros 100% online. “Atuar nas favelas era uma ideia que tínhamos desde o início, mas não sabíamos como”, diz Bernardo. Com o tempo, ele percebeu que precisava estar mais perto de seu público-alvo. É aquela hora em que você pensa ter uma boa ideia mas, ao colocá-la na rua, percebe que falta algo. No caso da Avante, a solução estava em ir para a rua de verdade. Sair da bolha digital. Com essa aposta, eles acabam de inaugurar a primeira loja física, em Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo.

“Favelas são um território difícil de penetrar. Hoje, por exemplo, há mil favelas e apenas dez agências de banco. Para entrar, é preciso ter algum parceiro que entenda a linguagem adequada e a inteligência de canal”, conta o empreendedor. O mapa da mina, então, seria dado pela Favela Holding, o conjunto de empresas fundadas por Celso Athayde (também idealizador da CUFA) que fomenta novas oportunidades de negócios em favelas de todo o país.

Em 2014, a Avante passou a trabalhar com a holding fundada por Celso, e a parceria determinou uma revolução nos rumos da startup. “Quando conhecemos a Favela Holding, revisitamos e redesenhamos toda a estratégia da Avante, que culminou inclusive em uma mudança societária, na qual decidimos ser uma empresa de impacto”, conta Bernardo.

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Revendo o modelo

A Avante passa, então, a visar não apenas o lucro mas também a geração de impacto social positivo. Como fazer isso com um serviço financeiro? Buscando humanizar esses serviços financeiros e descomplicar a relação dos moradores das favelas com dinheiro, com a perspectiva de dar autonomia a estes cidadãos.

“Fazemos uma orientação imparcial, ou seja, recomendamos o que é melhor para o cliente e não para o acionista”, afima Bernardo. A empresa se esforça para que o aconselhamento seja feito em uma linguagem simples e acessível ao seu público. “Algumas pessoas têm muito medo de ir ao banco, porque às vezes não entendem nada do que o gerente fala”, conta.

Para ajudar seus clientes a lidar melhor com o próprio dinheiro, a Avante pretende promover a educação financeira nas favelas. Recentemente, colocou no ar uma série de perguntas e respostas bem “descomplicadas”, e planeja promover uma série de encontros presenciais gratuitos com empreendedores locais como forma de estimular novos negócios entre os moradores das comunidades.

Essa atuação, que visa o lucro mas não como a coisa mais importante da operação, rendeu à Avante a certificação do Sistema B, que reconhece empresas que geram benefícios sociais ou ambientais, e também o prêmio Isto É – As Empresas + conscientes, de melhor modelo de negócios na categoria Pequenas Empresas.

Agora, a empresa quer expandir sua presença física nas favelas. Com o apoio do fundo Vox Capital, prepara-se para abrir 29 lojas até 2018. A segunda deve ser inaugurada ainda este ano em Belo Horizonte, em parceria com o Uai Shopping, uma rede de shoppings populares. O plano é que todas as lojas sejam abertas em favelas ou em unidades do shopping popular.

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Multimeios

Bernardo explica o que mudou no modelo de negócios da empresa, que sempre teve como público-alvo a base da pirâmide que precisava de uma orientação financeira. “Achávamos que daria para fazer tudo online, mas vimos uma necessidade enorme de ter o conceito de omni-channel, off e online juntos. Numa favela, as pessoas pesquisam na internet mas, para fechar negócio, precisam olhar nos olhos de alguém.”

Ele conta que, na loja da Avante, tudo é feito por meio de tablets e laptops, mas dentro de um espaço físico. Para prestar consultoria financeira e ao mesmo tempo falar a língua do cliente, a Avante combina tecnologia com mão de obra local. A loja não tem portas giratórias, funciona à noite e aos sábados, e os funcionários não usam gravatas.

O fundador da empresa considera o time de funcionários um dos principais ativos da Avante. “Se a pessoa não tiver um propósito muito grande, não tiver uma vontade danada de trabalhar em um negócio de impacto, dificilmente, vai entrar na Avante.” Encontrar profissionais graduados e com vontade de trabalhar num banco que pode eventualmente não sugerir o crédito, no entanto, era super difícil. Isso só mudou quando a empresa reviu a sua missão.

“No momento em que nos tornamos uma empresa de impacto, passamos a ter outro problema: todo dia aparecem profissionais que querem trabalhar com propósito e que são muito inteligentes. Pena que não dá para contratar todos”, diz.

Assim como os funcionários da Avante, Bernardo buscava um sentido para o próprio trabalho, uma motivação maior do que apenas ganhar dinheiro, quando deixou a carreira de quinze anos no mercado financeiro para criar o negócio. Sócio de uma grande corretora de valores, a XP Investimentos, Bernardo sentia a lógica do money talks ser levada ao extremo.

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Empreendedorismo social

Uma imersão no terceiro setor e um curso de empreendedorismo na Universidade de Harvard lhe dariam a motivação necessária para criar a Avante. Os recursos iniciais para fundar a empresa viriam do patrimônio que acumulou no mercado financeiro, cerca de 1 milhão de dólares, de aportes dos então sócios e da ajuda de investidores-anjo (valores que Bernardo não revela).

Atualmente, a Avante oferece a seus clientes cartão pré-pago, microcrédito e consórcio. A empresa está iniciando a venda de um produto de saúde, de cartão de crédito e de micro-seguro. Todos os produtos levam a marca Avante e são oferecidos em parceria com outras instituições financeiras, como o Itaú e o Bonsucesso.

O modelo de receita da Avante vem da comissão paga pelos bancos sempre que um contrato é fechado, além de um bônus quando o cliente paga em dia – e isso é um ponto de honra para Bernardo. “Estamos alinhados em levar aos bancos os clientes bons pagadores. E, como a nossa missão é humanizar o serviço financeiro, queremos oferecer um negócio que o cliente possa pagar”, diz. A Avante quer mostrar que emprestar dinheiro para o cidadão de baixa renda é um negócio seguro.

Para diminuir as chances de inadimplência, a Avante tem um modelo de avaliação de risco de calote baseado na psicometria. Trata-se de um questionário computadorizado elaborado por uma empresa americana, o EFL Credit Score, que revela o modo de pensar do cliente em potencial por meio das respostas dele a perguntas não relacionadas ao empréstimo.

Segundo Bernardo, o modelo, recomendado pelo Banco Mundial, vem sendo bastante utilizado em países da África e da América Central e alcança resultados surpreendentes. “Em alguns casos, a taxa de inadimplência caiu pela metade”, diz.

Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT 

Veja cinco tendências globais para a indústria do varejo

Carrinhos de supermercado coloridos em fila

Segundo relatório da Deloitte, apesar da desaceleração da economia global em 2014, o setor do varejo continuará apostando em inovações.

“A China, a zona do Euro e algumas economias emergentes importantes tiveram um ano particularmente difícil em 2014. Comparativamente, a economia americana e a britânica continuam fortes, com indicadores que apontam a chance de um crescimento robusto em 2015 e, possivelmente, nos anos seguintes”, comenta Ira Kalish, economista-chefe global da Deloitte.

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O estudo levou em consideração não só as inovações no varejo mas também as estratégias que as empresas vêm utilizando para abordar as mudanças disruptivas que impactam o setor. A seguir, veja as tendências apontadas pela pesquisa:

Turismo alavancando o varejo: O turismo internacional deve crescer além das expectativas, apesar de continuar a enfrentar desafios geopolíticos e econômicos. As classes médias de mercados emergentes estão em expansão e, como consequência, estão viajando para outros países e devem impulsionar as vendas do varejo. Os varejistas esperam atender a cada vez mais viajantes que tenham poder aquisitivo para compras, em especial, os turistas de mercados emergentes.

Varejo por smartphone: É esperado que o varejo via smartphone continue a crescer agressivamente. Os varejistas precisam atender à demanda crescente oferecendo em suas lojas Wi-Fi gratuito e sites customizados para diferentes tipos de dispositivos pessoais. Além disso, privacidade e segurança se tornarão cada vez mais importantes e a proteção das informações do cliente será fundamental para a retenção.

Rapidez para atender os consumidores: A velocidade continua uma tendência importante no varejo. Isto inclui o fast fashion, que envolve o lançamento de novas coleções de roupas de forma intensa e periódica, e os novos formatos de venda, como quiosques, que servem para reduzir ou eliminar a espera dos consumidores no momento de compra. A previsão é de que o varejo se torne ainda mais veloz, visando atender ao desejo dos consumidores. A geração Y deverá influenciar muito esse movimento, já que passará a ter cada vez mais um grande poder de compra.

Experiência de compra: A compra já não é mais apenas voltada para o produto, e sim para a experiência de compra como um todo. As empresas devem continuar a explorar formas inovadoras para melhorar a experiência de compra de seus clientes, por meio de campanhas de mídia social, atratividade nos pontos de vendas, festivais, desfiles de moda e exposições interativas.

Varejo tecnológico: A indústria continuará a desenvolver e buscar novas tecnologias. Os varejistas estão mais propensos a adotar práticas inovadoras e usá-las de maneiras criativas para estar cada vez mais próximos de seus clientes.

Para Vicky Eng, líder global da Deloitte para o atendimento às empresas do setor de bens de consumo e varejo, “o setor está passando por um período de mudanças significativas. A velocidade da inovação e a ruptura sentida em toda a indústria continuará, bem como as demandas dos clientes, que continuam a aumentar na maioria dos países. Para ter sucesso nesse ambiente, os varejistas precisarão atender rapidamente às oportunidades que aparecerem. Isto exigirá uma estratégia conectada, com capacidades e iniciativas específicas, guiadas por visões fornecidas a partir de dados de mercado.”

Além de explorar as tendências do setor, a pesquisa apontou as 250 maiores redes varejistas do mundo, com o Walmart em primeiro lugar e a presença das brasileiras Lojas Americanas e Magazine Luiza na lista. Também trouxe ranking dos 50 maiores e-commerces do mundo, com a Lojas Americanas na 15ª posição.

Entenda o trabalho em fundos de venture capital e private equity

Homem faz apresentação em reunião de trabalho

Carreira ideal para os criativos que adoram números e não fogem a uma boa negociação, a gestão de fundos de venture capital e private equity ainda é uma atividade relativamente nova por aqui – e promissora.

Isso porque apesar de existir há mais de 20 anos, este mercado no Brasil completa apenas uma década em “processo constante e com mais coerência”, segundo Miguel Perrotti, fundador da gestora de fundos de investimento Invest Tech, focada em venture capital e private equity para o mercado de tecnologia da informação e comunicações.

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“É uma área que tem mercado potencial e poucos gestores”, diz Guilherme Monteiro, gestor do Capital Tech II, um dos fundos da Invest Tech.

Falta de profissionais qualificados e as perspectivas do setor podem significar salários atrativos para quem colhe bons resultados. A média para alguém com certa experiência é de 300 mil reais a 400 mil reais por ano, sendo um terço do valor como remuneração fixa e o restante variável. Ou seja, meritocracia é palavra de ordem entre os gestores de fundo.

O que faz um gestor de fundos?

Guilherme Monteiro tem 31 anos e sob sua responsabilidade está o Capital Tech II, um fundo de investimentos milionário: 209 milhões de reais. Entre os investidores estão “nomes de peso” como Caixa Econômica Federal, Grupo Telefonica e BNDES.

“Eles nos confiaram este dinheiro para fazer a gestão, a partir da tese de investimento que apresentamos a eles”, diz Monteiro. Com o dinheiro, o gestor do fundo e sua equipe investem em empresas privadas do ramo de tecnologia da informação e comunicações, que são o foco da gestora.

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“Nosso objetivo é encontrar empresas alinhadas ao perfil do fundo, entrar em contato com elas e negociar investimento de dinheiro em troca de participação societária”, diz Monteiro.

Depois desta fase negocial, vem o que Monteiro descreve como a etapa de agregar valor. A meta é tornar a empresa mais rentável e, por isso, valiosa aos olhos do mercado. “Nós levamos para a gestão da empresa uma série de competências, fazendo plano estratégico de negócios e, inclusive, indicação de executivos”, diz.

Alcançada a meta de crescimento no valor de mercado da empresa chega-se à fase final, quando o fundo deixa de participar da estrutura societária da companhia. “Ou encontramos outro investidor que compre a participação na empresa ou uma empresa que tenha o entendimento de que existe valor nessa companhia em que investimos”, diz Monteiro.

Outra solução de saída possível é abrir o capital da empresa na Bolsa de Valores. “No Brasil, esta alternativa é a mais difícil, por conta das condições do mercado”, diz.

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Competências necessárias

O viés técnico financeiro deve ser bem forte no profissional que escolhe esta carreira. Por isso, formações em administração de empresas e economia se destacam na profissão. Conhecimentos de governança corporativa também são requeridos, já que é preciso apresentar regularmente relatórios sobre as empresas aos investidores do fundo.

Mas não basta adorar números e “devorar” balanços empresariais para se dar bem, afirmam Monteiro e Perrotti. “Eu brinco que é preciso ter um quê de artista e um quê de engenheiro”, diz Perrotti.

É que além do lado exato, matemático, a carreira pede habilidades mais ligadas às áreas de humanas, como liderança, criatividade e negociação, por exemplo, além de visão estratégica de negócios.

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No entanto, não espere aprender na faculdade estas duas últimas habilidades. “Até aprendi conceitos de negociação e de visão de negócio, mas estas são competências que dependem muito mais da experiência que o profissional adquire ao longo da trajetória”, diz Monteiro, formado em administração de empresas pelo Insper.

Segundo a Perrotti, é justamente essa combinação entre a criatividade empresarial e o viés financeiro que fez a Invest Tech decolar desde a sua fundação.

Ele era empresário da área de TI diz ter trazido para a gestora um pouco do lado emocional do empresário, um tomador de riscos, por excelência. Já Maurício Lima, que também é sócio-fundador da Invest Tech veio do mercado financeiro e tem perfil extremamente analítico.

“São dois perfis. É preciso ter essa visão de criar, desenvolver, montar o projeto e acreditar num sonho não dá certo. Se for muito analítico acaba não fazendo nada”, diz.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com 

BRMalls: seja estagiário na maior empresa de shoppings da Améria Latina

Fachada do Shopping Vila Velha

A BRMalls está com inscrições abertas para o Programa de Estágio 2015 até dia 5 de abril. As oportunidades são para alunos do penúltimo e último ano dos cursos de Administração, Arquitetura, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, Economia, Engenharia, Relações Internacionais e Psicologia. As vagas são para o Rio de Janeiro (RJ).

A BRMalls é a maior empresa integrada de shopping centers do América Latina, com participação em quase cinquenta shoppings espalhados pelas cinco regiões do Brasil. Desde que foi criada, em 2006, e depois de abrir capital em 2007, a empresa vem registrando um crescimento meteórico. Desbancou nomes tradicionais do setor e hoje é líder no mercado brasileiro. Em 2013, as unidades da rede somadas atenderam mais de 450 milhões de clientes.

Segundo Helena Coelho, responsável pelo recrutamento da BRMalls, a empresa tem um sonho grande bastante desafiador: tornar-se a melhor e maior companhia de shoppings do mundo. “Para alcançar esse objetivo, contamos com as melhores pessoas do mercado, gente que possui senso de urgência, persistência, entusiasmo, ousadia e inconformismo, e que valoriza o trabalho em equipe”, explica o CEO Carlos Medeiros.

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Gestão de talentos “O estágio é o primeiro passo na carreira do jovem. É o momento em que ele descobre se a sua afinidade por determinada área se concretiza na prática. É uma fase de descobertas, aprendizados e muito amadurecimento”, comenta Helena. “Na BRMalls, o estagiário será cobrado como dono do seu processo, mas entendemos que também é necessário um acompanhamento e suporte mais próximo. No entanto, para aqueles que têm vontade de crescer, desafios nunca faltarão”, conclui a recrutadora. Segundo ela, o estagiário encontrará um ambiente extremamente desafiador, em que irá interagir com diversas áreas e descobrirá coisas novas todos os dias.

A companhia busca jovens com energia, foco em resultados, brilho no olho e vontade de crescer. “Acreditamos que nossos jovens talentos serão os futuros líderes da empresa e proporcionamos um desenvolvimento completo segundo a metodologia 70/20/10”, explica Helena. O método parte do princípio de que 70% do aprendizado ocorre pelas experiências proporcionadas no dia a dia do trabalho, 20% através do contato com os outros talentos da empresa e 10% por meio de treinamento formal.

“Possuímos um programa integrado feito exclusivamente para os estagiários”, acrescenta Helena. O programa prevê um calendário anual de integração, treinamento e desenvolvimento, com convidados internos e externos, que complementa a aprendizagem on the job com ações de carreira e autoconhecimento.

Baixe o Especial Na Prática sobre processos seletivos e programas de trainee

Autonomia Além disso, o jovem tem a oportunidade de realizar um projeto ao longo do estágio, em que apresenta uma ideia própria para aperfeiçoar algum processo de sua área. A ideia é preparar os estagiários para serem efetivados ao final do programa.

“O estágio tem duração máxima de dois anos e, ao final do programa, avaliamos o desempenho dos nossos estagiários com o intuito de sempre aproveitá-los para o programa trainee ou para uma vaga efetiva como analista, por exemplo. Na BRMalls, a meritocracia é real!”, explica Helena.

“Em onze meses de estágio, posso afirmar que em nenhuma empresa eu teria me desenvolvido tanto quanto na BRMalls. A empresa dá ao estagiário autonomia na tomada de decisões estratégicas, responsabilidades profissionais desdobradas na forma de metas, liberdade para que as nossas opiniões sejam compartilhadas e reconhecimento para que elas sejam ouvidas”, conta Laís Oliveira, aprovada no programa do ano passado.

Eduardo Coutinho, que também foi estagiário em 2012 e hoje é especialista na área financeira, concorda: “Desde que entrei na empresa enfrento obstáculos e metas desafiadoras todos os dias. Trabalhar aqui significa nunca estar na zona de conforto.”

Processo seletivo Sobre o processo de seleção dos estagiários, Helena dá a dica: “Queremos saber suas maiores conquistas! Pense em grandes realizações e como elas exemplificam suas competências mais fortes”. A recrutadora recomenda que o candidato reflita sobre as seguintes questões: O que mais te motiva? Qual a sua maior ambição?

Curtiu o que leu e quer fazer parte desse time de talentos? Não perca tempo e inscreva-se no Programa de Estágioda BRMalls até dia 5 de abril por aqui.

Confira as datas dos programas de carreira do Na Prática em 2015

Jovens assistem a palestra de carreira

Com o propósito de ajudar o jovem a construir uma carreira de sucesso em uma área onde possa se realizar e deixar um legado, o Na Prática, braço de carreira da Fundação Estudar, realiza desde 2012 diversos programas presenciais de desenvolvimento por todo o Brasil.

“Nesse ano, nossa ambição é de tornar esses conteúdos transformadores ainda mais acessíveis em todos os cantos do país”, comenta Anamaíra Spaggiari, coordenadora de carreira.

As primeiras datas para o segundo semestre de 2015 já estão definidas. Vale lembrar que alguns programas já estão na reta final das inscrições, então é melhor se apressar!

“Cada programa entrega uma proposta de valor específica, e eles complementam uns aos outros”, completa Anamaíra. O Catálise, por exemplo, ajuda o jovem a se autoconhecer e se desenvolver rumo ao seu propósito.

Calendario Na Pratica

“Depois de olhar para dentro, acreditamos ser a hora de olhar para fora e identificar em que setor e organização atuar”, continua Anamaíra. Este é o objetivo do Imersão: mostrar para o jovem como funcionam diferentes indústrias e funções na prática, para que ele possa tomar a melhor decisão de carreira.

“Entendendo sobre si mesmo e sobre o lugar onde quer atuar, chega o momento de o jovem se empoderar com atitude que vai ajudá-lo a colocar seus sonhos em prática e criar grandes transformações”, ela acrescenta. Este é o objetivo do Laboratório e do LABx. Através do modelo de liderança da Fundação Estudar, busca-se empoderar o jovem para que ele consiga realizar seus sonhos e contribuir para transformar o Brasil.

“Os programas possuem de 16 a 32 horas de conteúdo e são recheados de motivação, reflexão, histórias e ferramentas que proporcionam uma experiência real de transformação pessoal para, enfim, gerar uma mudança no mundo”, conclui Anamaíra.

Esse ano, surgiu também a vontade de transformar essa jornada em um ambiente de aprendizado contínuo, onde o jovem pudesse manter uma rede de gente boa, engajada e focada para fazer ainda mais avanços na carreira.

Foi desta motivação que surgiu o Núcleo, um programa de alumni que acabou de ser lançado. Trata-se de uma comunidade de ex-participantes dos programas de carreira que vão experimentar metodologias exclusivas de autodescoberta, liderança e mercado conectados em rede. “Nosso objetivo é que esses jovens dêem passos ainda maiores juntos e consigam crescer de forma colaborativa”, finaliza Anamaíra.

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