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São os negócios que vão salvar o mundo, defende especialista em sustentabilidade

geradores de energia eólica

Vivemos um tempo de grandes mudanças no modo como vivemos e consumimos. Essas mudanças demandam novas formas de produzir e de consumir, ante a escassez dos recursos naturais disponíveis e do crescimento da base de consumidores, em especial nos países emergentes.

Influenciar os consumidores a fazer escolhas e ter estilos de vida sustentáveis ​​é um dos grandes desafios atuais para governos e empresas em todo o mundo. Esse é um terreno repleto de oportunidades para a realização de negócios, ao tornar possíveis mudanças significativas nos estilos de vida e hábitos de consumo da população.

Esse esforço não se restringe a buscar o aumento da percepção do consumidor de sua responsabilidade. Obviamente, conscientização e educação desempenham papéis fundamentais nesse percurso, mas, sozinhas, não resolvem a questão – não na escala e na velocidade necessárias.

Assista ao bate-papo do Na Prática com o navegador e empreendedor Amyr Klink

No Brasil, por exemplo, as pesquisas mostram um aumento de consciência em relação às questões ambientais nos últimos 20 anos. Mas esse aumento de consciência não tem levado, necessariamente, pelo menos não no mesmo ritmo, a mudanças significativas nos hábitos e nas escolhas dos consumidores.

Qual seria então a saída para a construção de modos de produção e de consumo, e de estilos de vida e de comportamentos mais sustentáveis?

A resposta não é simples. Nós propomos três pontos: moldar a oferta, criar o desejo e encurtar o caminho da escolha.

Moldar a oferta Em primeiro lugar, precisamos de melhores ofertas: produtos e serviços mais limpos, mais saudáveis, mais econômicos e convenientes. As marcas só irão fazê-lo, de verdade, se isso fizer sentido econômico, em termos de negócio. (Já passamos do limite da perfumaria que não leva a lugar algum).

É entrar para ganhar: criar e vender produtos e serviços e que sejam benéficos para o consumidor – e não apenas para a “sociedade em geral”. Repare em negócios relativamente recentes, bastante rentáveis e inovadores, que mudaram radicalmente os hábitos de consumidores – sem precisar apelar para a “consciência planetária” de ninguém: a OLX é uma plataforma que deu à compra e venda de bens usados uma escala e um status nunca antes visto; o Easy Taxi e os demais aplicativos que o seguiram mudaram radicalmente a forma como pegamos táxi diariamente, tornando essa tarefa mais cômoda, rápida e mais segura para motoristas e passageiros (e menos poluente, já que as corridas e as chamadas são otimizadas). Na mesma linha, o Airbnb está reconfigurando a indústria do turismo, tornando qualquer pessoa um possível locatário de quartos, apartamentos e casas, gerando renda e aproximando pessoas.

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Para não ficarmos restritos ao setor de serviços e de negócios relativamente recentes, podemos citar o caso de empresas que se reinventam: a Nike, boicotada massivamente por muitos anos, devido a problemas sérios em sua cadeia de produção na Ásia, não somente se reinventou nesse sentido, mas colocou sua força de marca para apoiar e propagar a prática do esporte.

A Nike não quer somente vender artigos esportivos, mas busca também influenciar positivamente seus consumidores no que se refere ao bem-estar, à saúde e ao combate à obesidade, por exemplo. Trata-se de um posicionamento bem-sucedido em termos de negócios – e que traz benefícios reais para seus consumidores e para a sociedade.

Criar o desejo O segundo aspecto é a criação do desejo. Várias vezes escutei em grandes multinacionais de bens de consumo: “O pessoal da área de marketing acha que esse apelo ’sustentável‘ não vende”. Ora, não vende o quê? E de que apelo se está falando? E para qual consumidor? Não que cuidado com o ambiente e a preocupação com o todo não sejam fundamentais, mas não têm importância para todos, não da mesma maneira. Para a grande maioria das pessoas, o vizinho que tem dificuldades para descer as escadas é muito mais importante que o último incêndio nas fábricas de roupas de Bangladesh que suprem grandes marcas de fast fashion que tanto consumimos. Para muitos, a segurança dos filhos no playground é muito mais relevante do que as árvores que caem na Amazônia. E a grande maioria das campanhas de organizações e empresas que buscam pautar posturas mais sustentáveis olham ao longe e esquecem de falar sobre o que está acontecendo aqui perto.

O todo é de extrema importância, claro. Mas o consumidor acaba se importando primeiro com aquilo que tem conexão direta com a sua vida. Se nós, que trabalhamos com sustentabilidade, não quisermos ficar falando para nós mesmos, de convertidos para convertidos, temos que adaptar o discurso e a mensagem para aqueles com quem queremos conversar.

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As marcas têm um papel fundamental na construção dessa conversa – afinal, quem entende mais do que elas de criação de desejo e de convencimento de pessoas? Se o marketing tem o poder de influenciar, porque não usá-lo a favor de negócios que transformem a sociedade por meio de produtos e serviços que gerem mudança de comportamento nos consumidores?

Precisamos melhorar as ofertas – e torná-las acessíveis e desejadas. Isso passa muito longe da maioria das campanhas “salve o planeta, seja consciente” que ainda vemos tanto por aí. Sejamos claros, honestos e humildes: o consumo, de modo geral, está muito longe de ser consciente.

Somos movidos por instintos muito menos racionais do que gostaríamos de admitir. E desde sempre o marketing usa elementos de sedução associados às necessidades e aos desejos básicos do comportamento humano: status e interação social, identificação com o grupo, segurança, liberdade, conexão, reconhecimento, relevância, auto-aperfeiçoamento, entre tantos outros. Teria sentido não dispor dessas mesmas armas para se criar uma influência positiva?

Não podemos combater aviões com estilingues. Os desafios sociais e ambientais que enfrentamos são gigantescos e seria inocência acharmos que podemos vencê-los sem a ação efetiva das empresas e das marcas.

Encurtar o caminho O terceiro ponto, talvez o menos difundido no Brasil, é um dos motivos fundamentais de estarmos realizando o Fórum Novas Fronteiras e o Consumer Behavior Change Framework: encurtar o caminho da escolha para os consumidores.

Quando falamos em influenciar o comportamento, tão ou mais relevantes do que as ofertas e a criação do desejo é aumentar os incentivos e reduzir as barreiras para o comportamento a ser incentivado e – e dificultar a consecução dos hábitos que queremos ver desincentivados.

Muitas vezes, intervenções simples na estrutura podem ter grande eficácia. E essas intervenções podem estar muito além da cognição e da consciência – somos muito menos “racionais” do que imaginamos. O aspecto irracional de muitas de nossas decisões cotidianas tem sido apontado por inúmeros autores. Em seu livro Predictably Irrational (algo como “Previsivelmente Irracional”), o pesquisador Dan Ariely aponta como nossas escolhas são originadas a partir de valores fortuitos e casuísticos, e não em valores absolutos e estruturais. O autor e seu trabalho integram uma corrente de estudo chamada Behavioral Economics, ou Economia Comportamental, uma interseção entre estudos de psicologia e economia que busca investigar o processo de julgamento e de tomada de decisão.

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Segundo Dan, não somos somente irracionais em muitas de nossas escolhas, mas o somos de forma sistemática e repetitiva – a ponto de nossa irracionalidade se tornar previsível. Essa previsibilidade, que choca nossa noção de controle e racionalidade, abre também portas para a eficácia de algumas das intervenções de que falamos aqui. Bem-vindo ao mundo da economia comportamental!

Diferentes fatores de motivação têm diferentes pesos em nossas escolhas, sem que essas sejam racionalmente calculadas. Em várias situações, normas sociais tendem a ser fatores motivadores muito mais efetivos (e, em geral, mais baratos) do que recompensas financeiras. De fato, em algumas situações, incentivos financeiros podem exercer um efeito contrário àquele que você busca criar.

Atrelar-se a normas sociais é uma das formas de “encurtar o caminho” para que a modelagem da oferta e a criação do desejo sejam potencializadas. Em boa parte dos casos, a solução está na “arquitetura da escolha”, nos nudges, em pré-escolhas, na própria forma como a oferta é apresentada.

Muitas vezes soluções simples podem encurtar o caminho da escolha. Pense em quantas vezes por dia você diz: “não preciso da minha via” e a maquininha já imprimiu sua via do cartão, a qual você certamente irá jogar fora em algum momento. E se a máquina só imprimisse a via se você pedisse? Isso pode parecer simples, mas não é. O impacto econômico e ambiental e de pequenas ações, em escala, se torna enorme.

A lógica inversa também funciona: a “arquitetura da escolha” foi usada, por exemplo, para aumentar o número de doadores de órgãos: em formulários online para esse fim, a taxa de pessoas que optam por se tornarem doadoras, se a opção for default (opt out), é muito maior do que a taxa numa transação em que teriam de marcar essa opção (opt in).

O caso dos aplicativos de táxi também demonstra como a “arquitetura da escolha” é poderosa: chamar o taxi pelo aplicativo é mais rápido e eficaz. E nós tendemos sempre a buscar a simplicidade, por questões muito anteriores ao nosso tempo – herdamos essa conta inconsciente de esforço e de tempo dos nossos ancestrais, numa época em que economizar recursos significava viver – e desperdiçá-los, morrer.

As possibilidades trazidas por abordagens de Economia Comportamental e de pesquisas em Neurociência do Consumo são infinitas. Até mesmo governos começam a perceber a importância de interferências dessa natureza. Um exemplo é o trabalho realizado pelo Behavioural Insights Team, ligado diretamente ao governo inglês, que desenvolve abordagens com base em Economia Comportamental para aplicação em políticas públicas, como álcool e direção, gravidez na adolescência, prevenção e saúde, entre outros.

O caminho é vasto. E absolutamente factível. Cada um de nós pode se tornar um catalisador de tendências de consumo, uma antena que capta e decodifica o comportamento do consumidor. Esse é o melhor caminho – o mais sustentável – para gerarmos bons resultados para as marcas que administramos, para os consumidores que atendemos e para a sociedade em que vivemos.

Pablo Barros é fundador e diretor da plataforma de sustentabilidade Eight Sustainability Platform, organizadora do Fórum Novas Fronteiras do Comportamento Consumidor, que ocorreu em maio, em São Paulo.

Este artigo, escrito em colaboração com a consultora Alessandra Pereira, foi originalmente publicado em DRAFT

Quinze livros para (re)descobrir a sua vocação profissional

homem lendo sentado sobre estante em biblioteca

O que você nasceu para fazer? Descobrir a sua vocação profissional não é das tarefas mais simples. Principalmente porque ela não se limita ao momento do vestibular: a questão se estende por toda a vida e coloca dúvidas até na cabeça dos mais experientes.

Faça aqui seu Teste Vocacional!

Aqui, reunimos quinze livros que ajudam a orientar a busca pela profissão ideal. Os temas abordados vão da identificação dos seus pontos fortes e fracos às melhores táticas para abandonar uma carreira infeliz. Veja a seguir os títulos indicados por quatro especialistas em carreira:

A Arte da Imperfeição

de Brené Brown

Escolher uma nova profissão exige coragem. Neste livro, o leitor é convidado a questionar seus próprios medos e inseguranças diante das expectativas da sociedade.

“Por que não podemos redescobrir nossa carreira aos 50 ou 60 anos? Por que às vezes sentimos vergonha do que realmente gostamos de fazer?”, questiona a coach Cristina Gomes, diretora da empresa de treinamento Asas. “O livro mostra como é simples assumir o que você realmente quer ser no mundo”..

Descubra Seus Pontos Fortes

de Marcus Buckingham e Donald O. Clifton

Na busca pela profissão ideal, autoconhecimento é tudo. Segundo a coach Marie-Josette Brauer, este livro pode ser um bom ponto de partida para descobrir os seus talentos.

A obra inclui um teste para identificar a fonte dos seus pontos fortes e ensina a explorá-los ao máximo.

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Seus Pontos Fracos

do Dr. Wayne W. Dyer

Saber quais são as suas fraquezas é tão importante quanto conhecer os seus talentos. Para Brauer, esta obra é uma boa pedida para quem quer encarar as suas próprias fragilidades.

O livro também aborda a necessidade de superar a culpa, o negativismo e a busca pela aprovação alheia para alcançar o sucesso..

True North: Discover Your Authentic Leadership

de Bill George e Peter Sims

O livro traz reflexões extraídas de entrevistas com 125 diretores de grandes empresas, como Goldman-Sachs, Starbucks, Time e Warner Brothers.

“Os autores falam muito sobre buscar um estilo autêntico de liderança, o que serve como um ótimo material de reflexão sobre que tipo de profissional você quer ser”, diz Fernando Jucá, sócio da empresa de treinamento Atingire.

Inscreva-se no Autoconhecimento Na Prática, programa de autoconhecimento da Fundação Estudar

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Saia da Estagnação, de Jay Abraham

Empresas estacionadas não dão lucro – assim como carreiras. Neste livro, o autor mostra como proteger um negócio do perigo da estagnação.

O paralelo com a vida profissional é muito claro para Marie-Josette Brauer. “É só pensar em si e fazer o percurso indicado”, explica a coach.

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Foco, de Daniel Goleman

Escrito pelo guru da inteligência emocional, Daniel Goleman, o livro propõe que o sucesso chega para aqueles que conseguem se concentrar – uma tarefa difícil num mundo cada vez mais cheio de distrações e interrupções.

De acordo com a coach Cristina Gomes, o conselho do autor vale para quem deseja repensar a carreira. “É mais fácil encontrar o foco e fazer um bom plano profissional quando se deixa a mente vazia”, afirma.

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Destaque-se: Descubra sua vantagem competitiva no trabalho e aprenda a colocá-la em prática, de Marcus Buckingham

O caminho para a descoberta da sua vocação profissional passa, necessariamente, pela investigação dos seus talentos. Neste livro, o autor apresenta um teste para reconhecer as suas habilidades.

Também são abordadas formas de aprimorar os seus pontos fortes e ‘vendê-los’ a chefes e colegas sem parecer arrogante. A recomendação é da coach Marie-Josette Brauer..

Coloque Um Ponto Final

de Henry Cloud

Seguir a sua verdadeira vocação significa, muitas vezes, abandonar um caminho profissional já iniciado.

Segundo Marie-Josette, este livro é um ótimo aliado para quem precisa deixar uma carreira infeliz para trás. “Ele ensina como largar o que não serve mais para dar lugar a coisas novas”, explica..

Tô Perdido!

Mudança e gestão da carreira, de Adriana Gomes

A partir de sua experiência como psicóloga e orientadora de carreira, Adriana Gomes reúne conselhos para quem quer mudar de emprego ou área de atuação.

O título não veio à toa: segundo a autora, “Tô perdido!” é a frase que mais escuta em seu consultório.

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Talento Não É Tudo

de John C. Maxwell

Você ama uma profissão, mas não se sente preparado para abraçá-la? Um sopro de otimismo está neste livro, indicado pela coach Marie-Josette Brauer.

Com base em sua experiência como coach de líderes empresariais, o autor sustenta a tese de que profissionais bem-sucedidos devem seu êxito às suas escolhas, e não tanto às suas habilidades naturais.

Um Lugar Chamado Liberdade

de Ken Follet

Única obra de ficção da lista, o livro conta a história de Mack e Lizzie, dois jovens escoceses que buscam se libertar das amarras da sociedade retrógrada em que vivem.

Para Cristina Gomes, a saga dos personagens é uma metáfora poderosa para a busca pela vocação profissional. “O livro mostra que é possível superar o julgamento da sociedade e se redescobrir continuamente”, afirma a especialista..

Desperte Seu Gigante Interior

de Anthony Robbins

O leitor é convidado a pensar sobre a complexidade das decisões. Com testes e estudos de caso, o livro ensina a subverter padrões de comportamento e se preparar para mudanças profissionais ou pessoais.

“É um clássico muito agradável de ler, repleto de exercícios e treinamentos fáceis e simpáticos”, diz a coach Marie-Josette Brauer.

A Decisão de Percorrer Novos Caminhos

de Barbara Schott

Em suas poucas páginas, este livro apresenta uma espécie de bússola para quem quer mudar de direção profissional.

“É uma obra simples e extremamente clara, repleta de ‘sacadas’ muito úteis”, resume Marie-Josette.

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Comece por Você

de Reid Hoffman e Ben Casnocha

Segundo a coach Cristina Gomes, os autores têm o mérito de demonstrar que, ao contrário do que se pode imaginar, a reciclagem profissional é um processo simples.

“O livro traz diversos exemplos de recursos naturais e gratuitos, como disciplina, força de vontade e bom networking, que ajudam um profissional a redescobrir sua vocação“, explica..

Sua Vida Em Primeiro Lugar

de Cheryl Richardson

Segundo Marie-Josette Brauer, este é um dos primeiros livros de coaching pessoal traduzidos para o português.

Entre outros temas, a autora aborda os obstáculos mais comuns à realização profissional e pessoal. “É um roteiro de vida”, resume a coach.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

As características que André Esteves, do banco BTG Pactual, busca em um jovem profissional

André Esteves

O BTG Pactual, o principal banco de investimentos da América Latina, está com diversas posições abertas para analistas em operations, em São Paulo e no Rio de Janeiro. André Esteves tem preferências claras sobre o perfil de candidato a uma vaga no banco que fundou e preside. “Queremos rapazes e moças que queiram virar os donos deste lugar”, disse um dos homens mais ricos do Brasil. Quem ficou interessado, é só se inscrever aqui.

Em bate-papo promovido pelo Na Prática, Esteves deu conselhos de carreira para jovens profissionais que ambicionam um lugar no mercado de finanças.

O banqueiro contou que nunca teve um mentor fixo, com quem se comunicasse nos fins de semana ou fizesse “reuniões toda quinta-feira à noite”, mas que contou durante toda a carreira com as lições de sócios e clientes mais experientes.

Sua experiência pessoal se traduz, hoje, em conselho. “Todo jovem deveria aprender com a experiência das gerações anteriores”, afirmou Esteves no bate-papo.

Leia também: Entenda a indústria de private equity no Brasil

Veja abaixo algumas das características procuradas num jovem profissional pelo presidente do BTG Pactual:

Personalidade construtiva Para começar, André Esteves não quer trabalhar com pessimistas. “Queremos pessoas com alto astral, que acreditam que as coisas podem dar certo”, afirmou o banqueiro. Otimismo e entusiasmo são características imprescindíveis para “fazer a viagem”, segundo ele. “Se você acha que tudo vai dar errado, não vai nem ligar o carro”, disse Esteves.

Ambição Esteves contou que uma das perguntas feitas no processo seletivo do BTG Pactual é se o candidato quer ser funcionário ou dono do banco. A resposta esperada é a segunda. “Somos, promovemos e contratamos empreendedores”, disse ele.

Ser ambicioso é fundamental para Esteves, que se tornou o mais jovem bilionário brasileiro em 2006, aos 37 anos. “Se você for um ótimo executor mas não tiver muitas aspirações, terá apenas um ‘pequeno bom negócio’ para o resto da vida”, disse.

Leia também: Como se destacar na carreira de analista financeiro?

Aptidão para o trabalho e “juízo” Capacidade técnica e vocação também são parte do perfil procurado pelo banqueiro. “Não adianta ser ambicioso se você não souber como executar seus projetos”, afirmou Esteves. Ter “juízo” é outra expectativa do fundador do BTG Pactual para os jovens. Demonstrar bom senso e capacidade de planejamento conta muitos pontos para ele.

Ética e capacidade de trabalhar em equipe Saber lidar com gente e agir com ética também são requisitos básicos de um candidato a uma vaga no BTG Pactual, segundo o banqueiro. “Queremos pessoas que saibam trabalhar em time e ajudem umas as outras no dia a dia”, disse Esteves.

Capacidade para lidar com riscos e erros Para ele, erro ruim é erro antigo. Os “erros novos” são completamente aceitáveis, e até desejáveis para quem está começando. “Nós queremos que o jovem erre, justamente pelas lições que isso pode trazer a ele”, declarou.

Para gerir os riscos inevitáveis no mundo dos negócios, a capacidade de aprender com os erros é fundamental. Isso porque, para Esteves, a experiência com os equívocos é o melhor treinamento para lidar com o futuro incerto.

Veja a seguir o trecho em que Esteves fala sobre o que procura num jovem profissional. A íntegra do bate-papo está disponível aqui.

Itaú na prática: diversas possibilidades de carreira na mesma empresa

silhueta de homens conversando em pé

Como para muitos que se interessam pela carreira em mercado financeiro, o programa de trainee foi a porta de entrada de Rodolpho Farinacio nesse setor. Engenheiro químico graduado pela Universidade Estadual de Maringá, ele começou a trabalhar no Itaú como trainee em 2010, dois anos após ter se formado. Hoje, aos 29 anos, é Coordenador da Gestão de Perdas e Riscos Operacionais, área responsável por combater fraudes.

Participe do Carreira Na Prática Mercado Financeiro, programa de preparação e decisão de carreira do Na Prática

Mas o que faz um engenheiro químico trabalhando com isso? A graduação estimulou a facilidade que ele já tinha para o raciocínio lógico e análise de variáveis. “Num banco é importante conseguir interpretar dados e transformar isso em melhores resultados”, ele explica. Por isso, o esforço de como fazer mais com menos por meio de melhorias de processo sempre o interessou.

Também foi o gosto pelo raciocínio matemático que o levou à engenharia. Durante a faculdade, Rodolpho só fez estágios de férias, todos na indústria e sempre com o interesse voltado para a melhoria de processos. Quando se formou, no final de 2008, o mercado vivia uma época de crise. “Então resolvi vender o carro e ir pro Canadá, fiquei lá por sete meses estudando inglês e foi uma experiência incrível”, ele conta.

Na volta, viu que os programas de trainee estavam fazendo grande sucesso, se inscreveu e passou no do Itaú, que dura 16 meses. É um programa concorrido: em 2015, havia 167 candidatos por vaga e, dos mais de 18 mil inscritos, apenas 109 foram aprovados pelo banco em diversas áreas. O salário costuma ficar na faixa dos R$ 5 mil, com bônus anual que pode até dobrar esse valor.

Para Rodolpho, o primeiro desafio ao entrar no mercado de trabalho foi perceber que, diferente da vida acadêmica em que a maior parte do seu resultado dependia só de si, numa empresa o seu trabalho está ligado ao de outros profissionais e áreas. “Por isso a parceria tem que ser sustentável e logo entendi que era necessário me dar bem com as pessoas”, ele conta.

Leia também: Recrutadora do Itaú BBA fala sobre o programa de trainee

Como trainee, Rodolpho passou por um primeiro mês de cursos na FGV (Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo), cujo objetivo era apresentar aos ingressantes uma visão geral do funcionamento do banco. Segundo ele, isso foi de grande ajuda nos trabalhos futuros, pois ofereceu o conhecimento necessário para relacionar as macro-atividades do banco ao seu próprio trabalho diário. Para Rodolpho, ser trainee “significa que a empresa tem uma alta expectativa em relação a você”. Portanto, ao fim do programa é preciso se destacar dentre seus pares.

Pós-graduação e gestão de pessoas 

Depois do programa, o engenheiro percebeu a necessidade de buscar uma pós-graduação em Administração para obter conhecimentos que não fizeram parte do seu curso na faculdade. No Insper, em São Paulo, encontrou a formação que buscava: aprendeu a fazer um business plan, lidar com alguns conceitos mais específicos e ter uma boa visão sobre economia. Parte da pós foi custeada pelo Itaú, após um processo interno para aprovação do pedido.

Promovido a coordenador no ano passado, Rodolpho agora também tem a função de orientar as pessoas para atingir resultados pelo bem comum da área. “Recebo orientações e demandas e tenho que pensar para quem vou passar cada tarefa, buscando o melhor resultado para nós”, conta.

Há ainda uma característica conciliadora necessária enquanto coordenador: ouvir os funcionários e gerir as pessoas da equipe. Uma vez por ano acontece uma avaliação oficial, mas durante esse período os gestores também orientam suas equipes sobre como melhorar.

A evolução de cada funcionário depende das avaliações oficiais de entrega e comportamento, tudo previsto dentro da política meritocrática de crescimento do banco.

Leia também: 8 dicas para quem quer ser trainee em um banco

Porque está onde está e fazendo o que faz 

A meritocracia praticada na empresa agrada a Rodolpho: ganha-se mais ao entregar mais. Além disso, há muitas áreas no Itaú, o que permite aos funcionários uma mobilidade dentro do próprio banco. “Combater fraudes com cheques é legal hoje, mas se deixar de ser interessante mais para frente é possível ir para uma área de produtos ou planejamento comercial”. Outra vantagem é que o que Rodolpho aprende no Brasil pode ser aplicado em outros lugares do mundo.

A rotina de trabalho proporciona uma vida equilibrada. “Há épocas em que passo 12 horas lá, mas em outras consigo sair durante a tarde e viajar”. Tudo depende, é claro, de planejamento pessoal. Num futuro breve, o engenheiro planeja fazer um MBA fora do país, e o Itaú custeia inteiramente esse tipo de investimento em aprendizado. Como acontece em outras empresas, o patrocínio está atrelado a permanência do profissional no banco por mais alguns anos – caso contrário, é necessário reembolsar o banco pelo valor do curso.

Estas possibilidades, somadas ao respeito mútuo, fazem com que ele queira permanecer na empresa. “Há pressão por resultados no mercado financeiro, mas isso também pode ser muito bacana”, conclui.

Três conselhos para quem está começando a carreira

1. “Faça um intercâmbio, é uma das experiências mais valiosas que se pode ter. Viva a vida lá fora, more com gringos e volte com o inglês tinindo.”

2. “Nos dois primeiros anos da vida profissional, dedique-se ao máximo a aprender, depois disso pense numa pós-graduação que enriqueça o seu momento de carreira.”

3. “Espelhe-se em formadores de opinião da sua área, veja o que eles fizeram e filtre o que pode te servir.”

Quer ser trainee em um banco?

Cada programa de trainee têm suas peculiaridades, mas têm em comum a grande concorrência.

Para que você tenha mais chances no processo, o Na Prática separou algumas dicas básicas e preparou um curso por e-mail especificamente para isso, chamado Segredos para ser aprovado como trainee. Inscreva-se!

Aposte na pesquisa

Saiba o máximo que puder sobre a instituição e sua cultura de trabalho, negócios, oportunidades e desafios do setor e até mesmo seus concorrentes. Recrutadores percebem a preparação rapidamente.

Aprenda inglês 

Rodolpho afinou sua capacidade de falar inglês no Canadá e, se você tiver a chance de uma vivência no exterior, considere-a. Caso contrário, não se preocupe: apenas aprenda o idioma, algo fundamental no dia a dia de um grande banco, que envolve relatórios e diversos termos em inglês. O investimento vale a pena.

 

Invista em experiências profissionais

Isso não significa que é preciso ter um currículo cheio de ótimos empregos para conseguir uma vaga – afinal, você acabou de sair da faculdade! –, apenas que vale a pena testar as águas do mercado assim que possível para aprender como funciona um ambiente formal de trabalho, com suas responsabilidades e processos. Fazer iniciação científica, participar da organização de centros acadêmicos, atléticas e empresas juniores também contam como experiências profissionais.

Rodolpho Farinacio participou do Carreira Na Prática Mercado Financeiro, programa de preparação e decisão de carreira promovido pelo Na Prática. Quer conhecer melhor as oportunidades de carreira nesse mercado? Saiba mais aqui.

Veja o relato de quatro mães empreendedoras sobre como conciliar família e carreira

mulher e criança usando o computador

Empreender exige dedicação, brilho no olho e, principalmente, muita paixão para traçar suas metas e superá-las. Mas como fazer quando, além desses objetivos, o instinto materno pesa e ter filhos também faz parte de suas conquistas pessoais? Ser mãe e empreendedora ao mesmo tempo não é fácil, porém a satisfação de trabalho bem feito pode vir em dobro.

Quatro Empreendedoras Endeavor têm histórias que unem persistência, organização e amor pra deixar qualquer um com inveja. Neste Dia das Mães, confira as dificuldades e recompensas que elas dividiram em entrevista ao portal Endeavor:

Leia também: Mulheres da geração Y são mais confiantes e ambiciosas

Vanessa Vazquez, da Íntegra Medical

Vanessa teve três filhos. Mas o número de regras que impôs na casa e no trabalho foi muito maior. A metódica mãe conta que, das normas que regem sua vida pessoal e profissional, duas são importantíssimas para manter a harmonia no lar: sempre sair do trabalho no horário e jamais levar o computador para casa. “Lógico que, às vezes, é necessário. Mas faço o possível para cumprir essas regrinhas”.

As lições que ser mãe deram para a empreendedora são inúmeras. “Temos a empresa como filho também. São mais de 100 funcionários, uma grande responsabilidade. Um dia me perguntaram qual é diferença dos meus filhos para eles. Fiquei em dúvida”, confessa.

“Mas a gente não pode tirar nossa atenção da criação dos filhos. Eu vejo muitas mães dedicando tempo ao trabalho, às funcionárias, mas perdendo fases importantes na vida da família. Tem que se manter atenta à casa e, muitas vezes, abrir mão de algumas coisas na empresa”, finaliza a empreendedora, que passou no processo de seleção Endeavor no ano passado. A Íntegra Medical já impactou na vida de 60 mil pacientes com doenças crônicas ou de alta complexidade.

Sônia Alcântara, da Ângelus

Sônia também começou a empreender com três crianças em casa. Segundo ela mesma, teve sorte: morava do lado do consultório odontológico e a empresa ficava no andar de cima. “Consegui dar um pouco mais de atenção pra eles por causa disso”, conta.

A proximidade teve consequências diretas em sua forma de trabalhar. “Mais paciência, pegava na mão, ensinava, dava tempo pra que eles, funcionários e filhos, dessem as respostas que precisava. Mais organizada, colocava as coisas em cima da mesa, fazia tudo da forma mais correta possível. Você pode arriscar em muita coisa, mas não na educação de seus filhos. Na hora de implementar os valores da sua empresa é a mesma coisa”, completa.

Sônia também aprendeu a ouvir mais. “Na família ou na empresa. Porque quando você toma uma decisão, tem que estar muito confiante. Ouvir é essencial tanto na família quanto nos negócios”. Hoje, a Ângelus, empresa inovadora na área de produtos odontológicos, apoiada pela Endeavor desde 2008, coleciona nada menos do que dez prêmios de empreendedorismo desde sua criação.

Heloísa Helena (Zica), da Beleza Natural

Zica, por sua vez, garante que o princípio da criação do negócio e dos filhos é saber dosar. “Nunca faltou carinho e palavra bem colocada na hora certa. Meus filhos passaram a fazer parte do meu sonho de ser empreendedora. Quando você tem um sonho, eles te fazem ir cada vez mais adiante, ter força de vontade. São essas virtudes empreendedoras que tento passar”.

“Além disso, criei todos eles com o princípio da humildade, para que eles saibam de onde viemos e para que consigam lutar pelos seus sonhos, independentemente de termos uma situação bem mais favorável atualmente”, acrescenta.

Ela também acredita na importância de dar atenção aos filhos, mas alerta para o perigo de uma superproteção. “É muito importante enchê-los de amor e cuidado, mas sempre mostrando a realidade da vida. Só assim eles poderão ser mais conscientes e prontos para enfrentar o mundo. Você tem que ser exemplo em tudo”, conclui.

Mensalmente, o Beleza Natural, maior rede de salões de beleza especializados em cabelos crespos e ondulados do Brasil, recebe 80 mil clientes após 17 anos de fundação.

Leia também: Na Prática recomenda livro ‘Faça Acontecer’, sobre liderança feminina

Ilana Braun, da Dermage

Já Ilana, uma das fundadoras da Dermage, empresa pioneira e líder no mercado de dermocosméticos no país, acredita que um time competente é a chave para deixar qualquer mãe tranquila para se dedicar à família. Ao mesmo tempo, as coisas de casa não podem atrapalhar sua vida profissional. “Tem que ter muita gente boa do seu lado sempre”, diz.

Depois de se tornar mãe, a empreendedora passou a ter um olhar muito mais voltado para a gestão do seu tempo. “Mas o que mais aumentou mesmo foi a minha flexibilidade. Consegui entender a realidade dos outros”.

“Ao mesmo tempo, criei uma capacidade de ensinar e estar sempre aprendendo. Quando você tem filhos, cada dia é um dia novo em folha. Você vive de surpresas, exatamente como quando você empreende. Um desafio todo dia”, completa.

Nos dois caminhos, em casa ou no trabalho, a empreendedora reconhece que o coração é o motor de sua vida, seja como empreendedora ou como mãe. “Não temos que ser necessariamente racionais. Temos que deixar a nossa emoção fluir. Essa é a essência de tudo”.

Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

O dia a dia na Geekie, uma startup de tecnologia em educação

equipe da startup Geekie

Paulista de Araraquara, Paula Gonçalves, 24 anos, formou-se no curso de Relações Internacionais da Facamp, faculdade particular em Campinas localizada dentro do campus da UNICAMP, conhecido polo empreendedor.

Leia também: Veja as inovações que prometem remodelar o mercado de educação

Ao concluir o curso, há um ano e meio, e começar a buscar oportunidades de trabalho, Paula já estava ciente de seu desejo de atuar num negócio com impacto social. Entre um trainee bem estruturado e com boa remuneração numa grande empresa e a perspectiva de fazer diferença na educação do país através de uma startup com forte pegada de tecnologia, escolheu a segunda opção. Desde então, ela já passou por diferentes funções na Geekie.

Educação O interesse pela área de educação é coisa antiga. Desde os dez anos de idade, Paula é membro de uma ONG internacional chamada CISV (Children’s International Summer Villages), que promove atividades educacionais com crianças e jovens de diferentes culturas, brasileiras ou de outros países, com o objetivo de desenvolver o respeito às diferenças, a resolução pacífica de conflitos e habilidades de liderança. Já durante a faculdade, estudou diferentes modelos educacionais e seu impacto no desenvolvimento dos países.

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Na Geekie, ela começou trabalhando na equipe de suporte, responsável por fazer atendimento aos clientes. Com um colega, estruturou a área do zero, organizando canais específicos para cada tipo de demanda dos clientes, criando FAQ’s e tutoriais, estabelecendo critérios de prioridade para os atendimentos e dando visibilidade às questões mais importantes junto às áreas de desenvolvimento da empresa.

Paula Gonçalves [acervo pessoal]

Dia a dia Atualmente, Paula integra a frente de engajamento da startup. É responsável por medir o impacto das ferramentas inovadoras desenvolvidas pela Geekie no aprendizado dos estudantes, utilizando métricas como tempo de estudo na plataforma, número de pessoas que acessaram determinada aula, dentre outros dados que compõem relatórios para uso interno e também para alunos, professores e gestores, que podem, a partir dessas informações, fazer intervenções pedagógicas mais focadas.

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Além disso, Paula é responsável por visitar as escolas e identificar possíveis dificuldades no uso das plataformas, de forma a obter informações que permitam às equipes desenvolvedoras aprimorar os produtos e aumentar o engajamento dos alunos nas aulas online.

Para realizar as diferentes funções que já exerceu na Geekie, Paula considera que foram importantes algumas habilidades-chave desenvolvidas no curso de Relações Internacionais, como a capacidade de entender fenômenos de forma interligada e abrangente, enxergando causas e consequências de cada ação para além do campo de visão imediato. O exercício do olhar para pessoas de diferentes culturas e a comunicação também foram aptidões importantes aprimoradas no curso, ela diz.

Paula considera que trabalhar na Geekie foi a escolha mais acertada para sua fase de vida. Ela trabalha cerca de dez horas por dia e topou uma remuneração inicial abaixo do oferecido pelo mercado, por tratar-se de uma startup, mas o valor foi logo reajustado. Seu nível de motivação e seu senso de recompensa são altíssimos. Além disso, diz que o reconhecimento por seu trabalho vem acontecendo de maneira rápida e efetiva. Em um ano, ela foi promovida duas vezes (uma delas de forma individual e outra com toda a equipe).

“Eu sinto que estou trabalhando para mim, não para uma empresa. É a tão falada visão de dono: eu realmente me sinto responsável pelo aprendizado dos alunos, pela transformação de vida deles através da educação”, resume.

Paula Gonçalves participou do Imersão Educação, programa de preparação e decisão de carreira promovido pelo Na Prática. Quer conhecer melhor as oportunidades de carreira no mercado de educação que transforma o Brasil? Saiba mais aqui

Prêmio Empreendedor Social está com inscrições abertas

empreendedores em encontro de networking

Empreendedores sociais que buscam um salto de visibilidade e gestão para seus projetos têm até o dia 17 de maio para participar do concurso promovido pela Folha de São Paulo. Podem se inscrever negócios sociais, cooperativas e organizações da sociedade civil, como institutos, fundações, ONGs e Oscips (organizações da sociedade civil de interesse público).

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Parceria da Folha com a Fundação Schwab, o Prêmio Empreendedor Social identifica e dá destaque a pessoas que estão mudando a realidade do Brasil com iniciativas inovadoras em áreas como educação, ambiente, acesso à saúde, inclusão, economia colaborativa e mobilização social. O vencedor e os finalistas terão a oportunidade de integrar a Rede Schwab de empreendedores socioambientais, que proporciona a interação com líderes de projetos inovadores em todo o mundo, além de ganharem acesso a reuniões regionais e mundiais do Fórum Econômico Mundial.

Os finalistas também recebem benefícios como bolsas de estudos em instituições renomadas, acesso a congressos e seminários e assessoria de imprensa, entre outros. Além de terem seus perfis publicados em um caderno especial do jornal.

Futuro Paralelamente, a Folha também realiza o prêmio Empreendedor Social de Futuro, uma iniciativa exclusiva do jornal que premia jovens líderes socioambientais. Podem participar empreendedores de 18 a 35 anos de idade e que estejam à frente de projetos com no máximo três e no mínimo um ano de existência.

Para ambas as premiações, as formulários de inscrições, regulamento e a lista completa de benefícios podem ser consultados na página oficial.

Irmãos criam aplicativo para aproximar alunos e professores

crianças usando o computador

Uma das receitas para o bom desempenho de um aluno está no apoio e no acompanhamento da vida escolar por parte dos pais. Porém, nesse sentido, as práticas atuais não têm se mostrado muito eficientes. De um lado, familiares e escola encontram pouco tempo em suas agendas para as reuniões presenciais, que não conseguem solucionar problemas imediatos. Por outro, as redes sociais até facilitam o contato com o professor, mas a falta de privacidade cria barreiras que acabam prejudicando a vida do próprio professor.

A divulgação de notas ou postagem de elogios em grupos do Facebook pode gerar uma crise de ciúmes e o uso do WhatsApp para mensagens rápidas implica tornar público o número de telefone e correr o risco de receber ligações em horários indesejados.

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Foi nesse ambiente novo e ao mesmo tempo confuso para as instituições de ensino que os irmãos Sávio Grossi, 35, e Bruno Grossi, 33, viram uma oportunidade. Eles criaram há menos de um ano o Pertoo, aplicativo que permite o envio de fotos, documentos e comunicados via tablet, celular ou mesmo pelo navegador de um computador desktop. Essa comunicação pode envolver simples mensagens com as atividades escolares e até relatórios detalhados sobre o comportamento dos alunos. “Por mais que as escolas digam que querem se aproximar dos pais, é preciso estabelecer um limite. Se deixar, tem pai que quer ficar dentro da sala de aula com o filho”, diz Sávio, o CEO da empresa.

No Pertoo, a escola consegue acompanhar todas as mensagens de pais e professores e receber alertas quando a temperatura da conversa sobe e surgem palavras de baixo calão, por exemplo. O aplicativo também pode ser configurado para dar diferentes níveis de autonomia ao familiar do aluno: ele pode iniciar o contato ou somente responder mensagens enviadas por professores.

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Modelo de negócio Atualmente, o Pertoo já tem cadastrados quase 50 mil estudantes de 30 escolas de todo o país. Ele é gratuito para os pais e alunos, enquanto as escolas pagam a partir de 199 reais por mês, dependendo do número de alunos. O aplicativo vai para as prateleiras das lojas virtuais App Store (iOS) e Google Play (Android) – a versão para o sistema operacional Windows Phone é prometida para este ano.

Segundo Sávio, todas as funções estão prontas para serem integradas ao fluxo de uma plataforma já existente na instituição de ensino. “Se a escola já possuir um sistema para o professor lançar notas, ela pode usar o Pertoo para divulgar automaticamente o resultado da prova para o aluno e seus pais”, diz. Essa filosofia de conversar abertamente com programas diferentes atende ao objetivo da empresa em manter o foco na comunicação. “A intenção não é torná-lo um aplicativo completo para gestão acadêmica e de sala de aula. Para isso, a gente entende que já existem outras ferramenta”, explica o empreendedor mineiro.

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Expansão Após receberem investimento do SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development, programa de incentivo a inovação criado pelo governo de Minas Gerais e que encerrou as atividades em março deste ano), os criadores do Pertoo planejam para o final de maio, mais precisamente durante a Bett Brasil e Educar, evento de educação que acontece em São Paulo, o lançamento de uma versão gratuita, porém mais básica também para escolas. “Ela terá um limite de alunos que podem ser cadastrados e não poderá ser personalizada. Mas com isso esperamos atrair escolas pequenas, médias e até públicas”, diz Sávio.

A estratégia de crescimento da startup inclui ainda a contratação de uma equipe comercial para atuar em São Paulo e conversas com institutos para realização conjunta de projetos.

Este artigo foi originalmente publicado em Porvir

Confira a história de sete grandes empreendedores brasileiros

Abílio Diniz

Nenhum empreendedor de sucesso esconde as dificuldades que encontrou e os erros que cometeu durante a sua trajetória. Estes são, aliás, combustíveis para manter firme e forte a vontade de trabalhar todos os dias.

Defensor do empreendedorismo como ponto-chave para sair da crise, o empresário Jorge Paulo Lemann foi conciso ao explicar: “Vocês não podem desanimar na primeira dificuldade, na primeira volta para trás. Vai se dar bem quem continuar”.

No vídeo abaixo, ele aconselha que empreendedores tomem riscos menores primeiro, uma maneira de testar as águas antes de arriscar-se um pouco mais – mas não deixe de tentar e aprender com cada resultado.

Ecoando essa ideia, o Portal Endeavor preparou uma lista com sete grandes histórias empreendedoras de sucesso, que também são exemplos de paixão, superação e persistência. Conhecê-las e, principalmente, se inspirar com elas é uma forma atiçar ainda mais essa chama.

1. Abilio Diniz, então presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar

Ele é uma referência no país. Depois de se formar em Administração, seu pai propôs abrir um novo tipo de negócio na época: um supermercado. O primeiro Pão de Açúcar continua na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, em São Paulo. Em 1968, já contava com 40 lojas e mais de 1.500 funcionários. Mas não foi tão simples, Abilio também enfrentou diversos problemas, como uma grande reestruturação administrativa nos anos 1990. Recentemente, vendeu 10,5 milhões de dólares em ações da rede ao grupo francês Casino. Assista ao vídeo.

2. Luiz Seabra, sócio-fundador da Natura

Uma das empresas mais conhecidas do país começou com uma fábrica, um Fusca e sete funcionários na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Depois, com a entrada de Guilherme Leal e Pedro Passos, a Natura passou a mirar cada vez mais alto, crescendo assim no mercado nacional de cosméticos. Eles inauguraram uma forma especial de falar com o consumidor e o vendedor, que fez surgir um “jeito Natura” de ser. Assista ao vídeo.

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3. Robinson Shiba, fundador do China in Box

O paranaense de Maringá abandonou a carreira, logo após se formar em Odontologia, para criar o primeiro delivery brasileiro de comida chinesa na caixinha. A ideia surgiu em uma viagem aos Estados Unidos e não foi muito bem recebida por sua família, com exceção de uma pessoa: seu pai, que nunca deixou de acreditar no potencial do filho e até hoje participa da administração da empresa. Assista ao vídeo.

4. Alexandre Costa, fundador da Cacau Show

A tradição empreendedora de sua família os levou a comprar e revender chocolates de um fornecedor. Com 14 anos, ele vendia de porta a porta, mas em um determinado feriado de Páscoa não recebeu o produto encomendado. A situação traumatizou sua mãe, que nunca mais quis tocar um negócio de chocolate. Aos 17, insistiu em recomeçar e criou a Cacau Show. “O que deu errado para vocês talvez não dê para mim agora”, assegurou. Assista ao vídeo.

5. Daniel Mendez, fundador da Sapore

Natural do Uruguai, ele veio para o Brasil ainda jovem, disposto a batalhar por seu lugar ao sol. Começou como garçom, passou por hotéis e foi subindo na vida até conseguir abrir o próprio negócio. O crescimento veio e os problemas também: anos depois, a Sapore chegou muito perto de quebrar. Neste momento, Daniel teve de dar a resposta mais importante da sua vida para a pergunta: “E agora, Mendez?!”, feita pelos stakeholders da empresa. Assista ao vídeo.

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6. Edivan Costa, fundador da SEDI

A vida às vezes parece colocar obstáculos em nossa frente, mas ela não quer que desistamos. O ex-morador da favela de Belo Horizonte abandonou a carreira como jogador de futebol no Palmeiras para retornar à sua cidade para trabalhar como office-boy. Sua dedicação e excelência lhe renderam promoções e a confiança dos que estavam ao seu redor. Edivan viu uma oportunidade no setor de regularizações e, hoje, é o empreendedor por trás de uma gigante no ramo. Assista ao vídeo.

7. Pedro Chiamulera, fundador da ClearSale

Ele nunca deixou de acreditar em seus sonhos e de mirar alto. Ex-atleta olímpico, Pedro representou o Brasil em duas Olimpíadas. Depois de abandonar as pistas de atletismo, encontrou Bernardo Lustosa, um estudioso que complementava perfeitamente o seu perfil. Juntos criaram a ClearSale e tornaram-se uma referência na área digital com seu sistema de gestão de fraudes para grandes varejistas. Assista ao vídeo.

Para Yunus, jovens devem desafiar a teoria acadêmica e inovar

Muhammad Yunus

Em passagem pelo Brasil durante o mês de maio, o economista e banqueiro Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006, aproveitou para instigar os jovens universitários a desafiarem a teoria e pensarem em novas formas de fazer negócios.

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O comentário fez parte do discurso de lançamento da rede Yunus Universidades no país (até então, só existia na França), que contou com a presença de cerca de setenta representantes de universidades brasileiras. O objetivo é atrair instituições interessadas em aprofundar sua atuação em negócios sociais, uma nova categoria de empresas elaborada pelo próprio economista – onde o impacto social, e não o lucro, é a motivação do negócio.

Para ele, a concentração de capital intelectual nas universidades torna esse ambiente muito propício para a experimentação, porém a academia precisa aprender a ir além de seus próprios muros e promover ações com impacto na sociedade. Para essa mudança de atitude, ele conta com o apoio da nova geração!

“Os jovens querem aprender, mas também querem fazer coisas, e estão demandando isso das universidades”, diz. Citando a experiência da rede Yunus Universidades na França, ele explica que em vez de criarem um think tank (grupo de pessoas que se reúnem para pensar sobre um mesmo tema), os estudantes de lá criaram um action tank, que não corre o risco de perder de vista a ação.

Como exemplo de inovação partindo da academia, ele cita a sua própria experiência na época em que começou a elaborar o conceito de negócios sociais. “Ao contrário das universidades de São Paulo, localizadas em regiões mais centrais, a universidade que eu trabalhava em Bangladesh, embora muito estruturada, fica no meio das vilas bastante pobres”, ele conta. “Isso me fez pensar sobre o isolamento que é a academia.”

“Eu dava minha aula de economia na universidade, mas a alguns metros da minha sala tinham pessoas morrendo de fome. Como mudar isso?”, ele questiona.

Diante dessa situação, Yunus resolveu quebrar essas barreiras de sua própria maneira. Como? Emprestando dinheiro de seu próprio bolso para as famílias mais pobres, sob condições de pagamento mais justas do que as praticadas pelos agiotas da região; até então os bancos tradicionais não tinham demonstrado interesse nessa camada da população. Foi assim, empiricamente, que nasceu o conceito de negócios sociais.

Seu primeiro empréstimo foi de 27 dólares. Ele não sabia, mas essa seria a semente do que em alguns anos se tornaria o Grameen Bank, primeiro banco do mundo especializado em microcrédito para pessoas de baixa renda – iniciativa que também lhe renderia projeção internacional e o prêmio Nobel da Paz, em 2006.

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“Meus colegas na universidade debochavam de mim, achavam que aquilo era uma bobagem, que o que eu estava fazendo era muito pouco e não mudaria a vida de ninguém”, conta Yunus sobre o início do negócio, quando emprestava dinheiro informalmente para um número pequeno de pessoas.

O descrédito da comunidade acadêmica não poderia se provar mais equivocado. Hoje o Grameen já conta com 2185 agências e, desde sua fundação, em 1991, emprestou o equivalente a 5,72 bilhões de dólares para 6,61 milhões de clientes, 97% dos quais são mulheres. Sua taxa de inadimplência é baixíssima, de fazer inveja aos mais bem administrados bancos comerciais do mundo: apenas 1,15%, o que significa que o Grameen recebe de volta 98,85% dos empréstimos que concede.

“A teoria econômica é vazia se você não encontra uma aplicação prática para ela”, conta. Para ele, o trabalho de pesquisa e docência na universidade lhe garantiu um olhar de pássaro, que enxerga o todo, porém a uma grande distância. É importante, mas precisa ser complementado pelo que ele chama de olhar terrestre, que só é possível para quem transpõe os muros da universidade e vai falar com as comunidades, com a população.

Também é preciso tomar cuidado para que essa mesma teoria não seja um fator limitante. “Muitas pessoas falavam para mim que o que eu estava fazendo era impossível, que não era um negócio porque não tinha como objetivo ganhar dinheiro”, ele conta. De acordo com a teoria econômica ortodoxa, eles estavam certos, mas isso não preocupou o economista em nenhum momento.

“Se a teoria não se encaixa no que eu estou fazendo, é a teoria que está errada e não eu”, ele defende. Do mesmo modo que propôs uma nova forma de fazer negócios, Yunus estimula os jovens a empreenderem e não terem medo de ser protagonistas de inovações.

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“Do jeito que é ensinada, a teoria econômica, focada sempre na maximização dos lucros, força as pessoas a pensarem apenas dessa forma. Se a liberdade de inovar começar a fazer parte do processo de aprendizagem das pessoas, elas vão ser capazes de criar um mundo não só diferente, mas melhor”, acredita o economista.

Para ele, o empreendedorismo será a solução para grandes problemas globais, como pobreza, desemprego e mudanças climáticas. Ao final da palestra, o professor conclamou os brasileiros a sair de suas zonas de conforto para buscar soluções criativas para mudar e impactar a realidade. “Temos que incentivar os jovens na universidade a serem criativos. É esse o caminho para surgimento de empreendedores sociais”, concluiu.

Como os analistas de investimento avaliam uma ação?

homem asiático trabalhando no mercado financeiro

É inegável que ao pensar em mercado financeiro a imagem que vem a cabeça de muitas pessoas é a do antigo pregão onde os operadores ficavam gritando o mais alto possível e gesticulando para cumprirem o máximo de ordens possíveis nos melhores preços.

A bolsa de valores, no caso, é a materialização desse pensamento. Numa bolsa de valores mobiliários, de fato, são operados vários produtos diferentes, e dentre eles os mais conhecidos são as ações. Só que, hoje em dia essa imagem não passa de memória, já que as operações são majoritariamente eletrônicas.

Participe do Imersão Mercado Financeiro, programa de preparação e decisão de carreira do Na Prática 

Mercado de ações

Uma ação é a menor parte do capital de uma empresa. Dessa forma, comprar ações é a maneira que os investidores – sejam uma pessoa física ou jurídica – têm de se tornarem sócios de uma companhia que eles acreditam vão lhe render bons dividendos ou uma grande apreciação de capital. No jargão do mercado financeiro, dividendo é distribuição aos acionistas dos lucros das empresas e apreciação de capital é a valorização do preço das ações.

O investimento em ações, seja como profissão ou apenas para administração do próprio patrimônio, quando realizado com diligência e competência no longo prazo, é uma tarefa muito enriquecedora não só no aspecto financeiro mas também do ponto de vista intelectual.

Comprar uma ação deve ser precedido de uma razão muito clara, uma série de motivos bem definidos para suportar a tese de compra de uma empresa específica atuando em um setor específico. Por que comprar uma ação de empresa do setor de educação e não do setor bancário?

Para responder a essa pergunta e todas as outras que podem ser feitas no mercado acionário sobre os setores da indústria e ações específicas, existem duas grandes vertentes de pensamento: a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista.

Leia também: Veja quais são as possibilidades de carreira para um analista financeiro

Análise Técnica

Muitas vezes confundida com análise gráfica, busca no passado a resposta para qual o melhor investimento que deve ser feito. Análise de volume de operações, preços onde esses volumes foram maiores, gráficos e uma série de indicadores criados com esses elementos são a base para tomada de decisões de quem segue essa linha de raciocínio. Na prática, os analistas técnicos estão em busca de padrões que se repitam no futuro.

Análise Fundamentalista

Busca onde fazer uma aquisição através da análise dos dados de uma empresa, como o balanço patrimonial e as estimativas que a empresa tem para seu próprio futuro. O analista fundamentalista deve saber ler com precisão o balanço de uma empresa e entender de finanças corporativas, mas isso ainda não é o suficiente. Uma decisão de investimento é baseada principalmente na expectativa sobre o rumo da economia e do setor dessa empresa. Só após esse checklist ter sido realizado o analista escolhe as melhores ações.

Mesmo que o profissional não atue como analista de investimento ou não emita opinião sobre uma empresa em um relatório para o público, os conceitos que suportam essas análises fundamentalistas são utilizados em grande parte das profissões no mercado financeiro e também auxiliam os profissionais a tomarem melhores decisões de investimento com seu próprio patrimônio.

Certificações

Uma maneira bem simples de aprender sobre análise técnica ou fundamentalista é realizar a prova para obter a certificação CNPI. Essa é uma certificação da APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).

O candidato deve escolher qual certificação deseja obter dentre as três disponíveis, Analista Fundamentalista CNPI, Analista Técnico CNPI-T ou Analista Pleno CNPI-P. Essa certificação é realizada por profissionais que fazem análise de investimentos e emitem relatórios de recomendações de compra e venda de empresas.

Para ser considerado um analista fundamentalista o candidato deve ser aprovado no exame do Conteúdo Brasileiro – CB onde são cobrados os conhecimentos acerca de Sistema Financeiro Nacional, Mercado de Capitais, Mercado de Renda Fixa, Mercado de Derivativos, Conceitos Econômicos, Ética e Relacionamento e Governança Corporativa.

Em uma prova de 60 questões com duas horas de duração, o candidato é considerado aprovado se obtiver uma nota superior a 70% de aproveitamento.

Leia também: Entenda as certificações para a área de finanças

O outro exame obrigatório para o analista fundamentalista é o Conteúdo Global 1 – CG1, onde são cobrados os conceitos de Análise de Ações e Finanças Corporativas, Contabilidade Financeira e Análise de Relatórios Financeiros. Novamente é uma prova de duas horas de duração com aproveitamento mínimo de 70% para ser considerado aprovado.

O analista técnico precisa ser aprovado no exame CB além do Conteúdo Técnico 1 – CT1 onde são cobrados também com 60 questões e duas horas de duração os Princípios de Análise Técnica, Dow, Elliott, Fibonacci e Candle Stick, Retas, Tendências e Médias móveis, Stop, Suporte e Resistência, Volume e Contratos em Aberto. Para ser considerado Analista Pleno o candidato deve ter sido aprovado nos três exames..

Pablo Camargo, CFA é sócio-gerente na FK Partners, empresa de treinamentos em certificações financeiras que oferece cursos presenciais e online, além de cursos customizados na área de finanças e apoio aos estudantes que desejam estudar no exterior. Trabalhou anteriormente como Portfolio Manager e Trader de grandes instituições brasileiras e estrangeiras.

‘Quando percebi meu propósito, encontrei sentido para encarar os desafios’, relata empreendedora

homem e mulher conversando

Milena Satyro Bertucci começou a trabalhar aos 14 anos com seu pai na área comercial. Aos 15, iniciou sua carreira em eventos de marketing e aos 18 abriu sua agência de promoção e eventos. Mais tarde, trabalhou no departamento de marketing e vendas de empresas de comunicação e produção de filmes publicitários. Em 2005 em busca pelo seu próprio negócio, conheceu Sergio Bertucci, e juntos fundaram a Star Think Uniforms. Aqui, ela escreve sobre como descobrir o seu propósito foi essencial em sua jornada empreendedora:

Conheça o Autoconhecimento Na Prática, novo programa de autodescoberta e desenvolvimento do Na Prática

Para empreender, é preciso ousadia e muita coragem. Estes são pontos que, de início, parecem natos. Com o passar do tempo, na experiência de empreendedor, percebemos que é preciso mais que isso. É preciso aprender de tudo um pouco: vender, mas entregar. Faturar, enquanto se controla as despesas… É aí que o fascínio começa a se desdobrar, e que percebemos a quantidade de desafios que nem sempre imaginávamos que teríamos.

Então você se pergunta: Pra quê? Por quê? Quando você consegue, depois de inúmeras tentativas, responder de dentro pra fora, tudo o que você realizou começa a fazer mais sentido. E a luta continua, mas com mais fervor, com mais direcionamento e, principalmente, com mais autoconfiança.

Para conseguir ultrapassar os limites do mundo dos negócios, primeiramente precisamos ultrapassar os nossos próprios limites. A única forma é através do autoconhecimento e de conseguir responder: porque estou fazendo isso?

Quando entendi, com a ajuda da Endeavor, que meu propósito de vida empreendedora era maior ainda do que eu imaginava e que estava alinhada à minha filosofia de vida, o sentido que encontrei para minhas ações passou a me amparar nas situações mais adversas do dia-a-dia, em cada difícil tomada de decisão. Meu “porquê” me ajudava até mesmo a não ficar vulnerável ao humor das outras pessoas, ao clima atmosférico e até mesmo ao saldo do caixa – ou quase sempre, porque ninguém é de ferro.

Este último é, de todos, a maior das provas de resistência… Resistir na falta de caixa e vencer as barreiras é possível somente com muito propósito. Com o tempo, percebi que, se passamos por situações desconfortáveis, é exatamente para aprender a sustentar o negócio e adquirir preparo. No dia-a-dia não é tão simples assim, mas se faz possível, porque quando bate o desespero e você tem a sensibilidade de perceber o mundo a sua volta, consegue virar a página daquele assunto naquele dia, tomar a melhor decisão e seguir em frente.

Acreditar em si, acreditar nas pessoas que estão com você, acreditar de verdade no sonho faz, de alguma forma, você se conectar a ele na vida real. Por isso, acredite!

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor 

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