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O cavaleiro Rodrigo Pessoa e a arte de liderar equipes em grandes saltos

homem sobre cavalo na prova de hipismo rodrigo pessoa

Credenciais não faltam a Rodrigo Pessoa. Em 25 anos de carreira, ele construiu uma das histórias de maior sucesso do hipismo internacional. Foi três vezes campeão mundial e medalhista olímpico (ganhou duas de bronze por equipe e uma individual de ouro).

Além dos títulos, surpreende pela linhagem. O primeiro Pessoa do qual se tem notícia, Affonso, lidava com cavalos. Era o domador oficial dos animais de Dom João I, no século 14, em Portugal. Rodrigo, para completar, é filho de Nelson Pessoa, o Neco, um dos cavaleiros mais importantes de sua geração. Levantou dezenas de canecos na Europa e ajudou a treinar diversos campeões.

Esse currículo todo, no entanto, não é de grande serventia na hora de transpor um dos mais complexos obstáculos na vida de um cavaleiro – conquistar a confiança do cavalo escolhido para competir. O animal e o homem precisam agir em perfeita sinergia. Isso para que ambos atinjam um ponto no qual é possível cavalgar com balanço, equilíbrio, elegância e, ao mesmo tempo, transpor barreiras que se sucedem, com saltos de quase 2 metros de altura. “A autoridade, por si só, não conta muito”, diz Pessoa. “Se você não é capaz de conquistar o respeito do animal e criar alguma afinidade, será impossível estabelecer qualquer tipo de comando”.

Em uma prova de saltos, a liderança é exercida de maneira sutil, embora os comandos não possam ser menos do que claros. O cavalo tem de identificá-los imediatamente. Contam, por exemplo, a posição do joelho do cavaleiro, um pouco mais para frente ou para trás, a pressão que faz com as pernas na barriga do animal e a inclinação do corpo. Essas são referências para a velocidade que o cavalo deve imprimir até o próximo salto.

“É preciso ser capaz de sentir o que o cavalo está pedindo”, afirma Pessoa. “Depois, entregamos as respostas a ele rapidamente.” Parece simples? Pois se trata de um exercício dificílimo. Cavalos não aceitam ser domados com docilidade. Principalmente, em se tratando de garanhões ariscos. “O desejo deles é outro”, diz Pessoa. “Eles querem ser orientados e participar de forma igualitária das provas e das conquistas.”

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A relação do cavaleiro para com o cavalo é de uma liderança exercida por meio de perspicácia mútua. Tanto é assim que instituições como a London Business School recorrem a centros de equoterapia para formação de executivos. O objetivo? Ajudar os participantes a perceber os sinais inconscientes que recebem de suas equipes e também os sinais que enviam, mesmo sem notar. “Para comandar um cavalo, é necessário ser firme e objetivo, mas sem agressividade”, diz Eduardo Moreira, autor do best-seller Encantadores de Vidas, no qual descreve os métodos de Monty Roberts, um dos mais famosos domadores de cavalos do mundo.

Um teste importante para perceber como se dará a relação entre cavalo e cavaleiro acontece no redondel. Trata-se de um espaço circular, como o picadeiro de um circo. O homem posta-se no centro, como se fosse a base de um compasso. O animal, preso por uma corda, gira pelo perímetro da área. A pessoa emite comandos para que, por exemplo, o cavalo se aproxime ou caminhe (com variações na velocidade). Quando o líder excede no quesito agressividade, é comum que o animal dispare abruptamente. Ou então, sem uma orientação clara, o bicho balança a cabeça e não dá a menor bola para os comandos. “A relação entre cavalos e cavaleiros é uma das mais honestas e transparentes do esporte”, diz Moreira. “Se não há respeito, não há relação.”

rodrigo pessoa hipismo
Rodrigo Pessoa durante prova de hipismo [Clément Bucco-Lechat]

No caminho, um obstáculo 

O bom cavaleiro precisa ainda aprender a se concentrar no presente, adotando a filosofia do “um obstáculo de cada vez”. Não pode lamentar as dificuldades anteriores, nem mesmo ficar ruminando sobre como será difícil ultrapassar as próximas barreiras. O olho no retrovisor (observando o passado) ou na lupa (mirando o futuro) obscurece o momento de decisão. E liderar é, afinal, decidir. Para um atleta, poucas atitudes podem ser tão devastadoras como a incapacidade de enfrentar situações adversas com a serenidade e a firmeza necessárias a esse tipo de situação. “As dificuldades devem ser encaradas como passagens necessárias”, diz Pessoa. “Tem gente que passa por fracassos e não se levanta, mas eu, ao contrário, sempre escolhi levantar.”

Leia também: O que o tenista Guga Kuerten pode ensinar aos empreendedores

O maior baque de Pessoa aconteceu na Olimpíada de Sydney, em 2000, com o refugo de seu cavalo Baloubet du Rouet, na prova que poderia garantir o ouro. A pressão era grande, mas o atleta entrou na pista certo de sua vitória. Era o cavaleiro favorito – não havia cometido uma única falta no torneio todo – e montava o melhor animal daquele momento nas competições. Da raçã sela francês, cruzamento entre garanhões puro-sangue inglês com éguas sela anglo-normandas, Baloubet era o craque do hipismo. Circulava com charme e saltava com exatidão e maestria. Mas na hora H, na prova decisiva, amarelou (refugou, como se diz no jargão). Parou por três vezes, diante de diferentes obstáculos. “Para mim, foi uma porrada, uma derrota brutal”, diz Pessoa. “Passei muitas noites sem dormir, fiquei abalado.” Na ocasião, foram muitas as hipóteses levantadas sobre o refugo de Baloubet – culpou-se o vento (que teria estressado o cavalo), o esforço desmedido no obstáculo anterior e, claro, o próprio Pessoa.

Em vez de buscar respostas, o atleta encarou o episódio de outra maneira: voltou a competir o mais rápido possível – e com Baloubet, sem mudar o seu método. “Ficar pensando que as coisas poderiam ter sido diferentes só aumentaria o peso da situação”, diz Pessoa. “Uma vez que você tomou uma decisão e não é possível revertê-la, é melhor acreditar que ela estava correta e seguir em frente.”

A tática funcionou. Quatro anos depois, ele e Baloubet ficaram em segundo lugar na prova de saltos individuais em Atenas – mas levaram o ouro, depois que o irlandês campeão foi desclassificado por doping. Ao longo de sua vida como atleta, Baloubet foi o único cavalo a levar três títulos mundiais – todos sob a liderança de Pessoa. Propriedade do português Dom Diogo Pereira Coutinho, hoje Baloubet está aposentado. Vive em um haras em Portugal, como reprodutor. A história de superação da dupla foi retratada no curta-metragem No Meio do Caminho Tinha um Obstáculo, do cineasta Cacá Diegues.

Esforço animal 

Hoje, o principal cavalo de competição de Pessoa chama-se Status, da raça hanoveriana. “Ele é bastante ciumento e odeia ser deixado de lado”, diz Pessoa. Status é tratado com absoluto esmero, mas disputa a atenção do chefe com outros concorrentes. O atleta também treina outros cavalos, incluindo Jordan II, recém-adquirido por Pessoa. Casado pela segunda vez com a amazona Alexa Weeks, Pessoa vive em Bruxelas, na Bélgica, em uma propriedade a meia hora do haras onde faz seus treinamentos, em expedientes de quase dez horas por dia.

Nos fins de semana, se não está competindo, Pessoa viaja por países europeus para observar cavalos. Ele busca oportunidades para uma boa aquisição. Esse é um mercado disputadíssimo. Os campeões são cotados em até 4 milhões de euros (mais de 16 milhões de reais). Agora, o atleta prepara-se para o seu próximo grande desafio – a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Será a sétima participação de Pessoa em jogos olímpicos. Desta vez, porém, há um ingrediente adicional. “Esperei a vida toda para poder concorrer em um campeonato como esse no meu país”, diz. “Vai ser um páreo duro porque a emoção é enorme, mas não vou tirar o corpo fora de jeito nenhum.”

 

Este artigo foi originalmente publicado em Época Negócios

Aprovada no trainee da Arpex dá dicas para ir bem nos processos seletivos

pessoas sentadas aguardando em fila

Hoje com 24 anos, Lívia Kuga faz parte da equipe de Gestão de Pessoas da Arpex Capital — fundo de investimentos brasileiro que possui no portfolio empresas como Stone, Pagar.me, Mundipagg  e Cappta. Formada em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), ela foi aprovada ano passado no Recruta Arpex, um dos concorridos processos de trainee que buscam selecionar jovens talentosos todo ano. As inscrições, incluive, estão abertas até o dia 6 de novembro, por aqui.

“Quando entrei, o time de pessoas tinha seis membros. Hoje, somos em vinte e seis!”, ela conta. A seguir, Lívia compartilha um pouco de sua experiência ao enfrentar os — muita vezes exaustivos — processos seletivos para trainee, e ainda aposta que essa experiência pode sim ser divertida e render bons aprendizados:

1. Explique como foi a decisão de participar de um programa de trainee, como o RecrutaArpex. O que você levou em consideração?

Quando estava buscando algum trainee, escolhi participar do Recruta Arpex por conta da cultura da empresa. Inclusive, conheci a empresa na Conferência ENE. A Fundação Estudar que me indicou esta empresa! Vocês me indicaram esta empresa! Lendo mais sobre o pouco de informação que encontrei na internet, me identifiquei demais com os valores da empresa. A Arpex tinha um ar desafiador e divertido ao mesmo tempo.

2. Na sua opinião, como o jovem pode escolher a empresa e o processo seletivo certo para ele? Tem alguma dica?

Tenho duas dicas: Autoconhecimento e estudar sobre a empresa. A primeira coisa que deve ser levada em consideração é o autoconhecimento. É extremamente importante que a pessoa pare para pensar, reflita e busque responder a si mesma algumas questões. Isso vai auxiliar muito durante a escolha profissional. Eu fiz uma tabela de coisas que eu “gosto e faço bem”, “gosto e não faço”, “não gosto e faço”, “não gosto e não faço”. Isso, por exemplo, já me ajudou a pensar sobre que caminhos seguir em termos de empresa e área de interesse.

Fora isso, recomendaria não prestar um trilhão de processos seletivos… É extremamente cansativo ficar indo em mil dinâmicas, fazendo mil provas. Sugiro ler sobre a empresa, olhar se eles tem Facebook, Instagram, como se comunicam com todo mundo, e saber exatamente porque você está prestando determinado processo seletivo. Isso com certeza lhe dará mais confiança e convicção para prestar qualquer processo. E você perderá menos tempo “patinando” em mil empresas que não fazem sentido para você. É uma fase profunda de transição. É uma escolha de vida que irá mudar seu rumo completamente. Escolha com sabedoria e não no modo random!

Eu aprendi muito sobre mim mesma nessa fase: questionei várias pessoas sobre meus “pontos fortes” e “pontos fracos” e escrevi num papel porque estava prestando cada processo e porque achava que deveria estar em cada uma das empresas que prestei programas de trainee. Estudei muito sobre todas as empresas que eu prestei processo.

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3. Como você se preparou para o processo seletivo do RecrutaArpex? Com quanta antecedência?

Então, essa pergunta é um pouco complicada. De maneira geral, me preparei muito para todos os processos que estava prestando. Investi em autoconhecimento e em estudar as empresas. Mas sobre o Recruta Arpex em específico, nas primeiras etapas online, eu não estava nada preparada. Estava prestando mais alguns outros processos de trainee, conseguia ver que o processo era legal, mas ainda não estava 100% focada nele. Porém, quando fui aprovada para a dinâmica de grupo, foi incrível a comunicação que eles fizeram. Eles foram me conquistando aos poucos, mostrando um pouco mais sobre o grupo e isso foi me apaixonando. Me preparei durante o processo mesmo. Não teve antecedência. E você também pode se preparar com as próprias dicas que a Arpex te dá.

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Lívia Kuga, aprovada no Recruta Arpex

4. Conte um pouco sobre como foram as etapas do processo seletivo.

As etapas online já eram um pouco diferente dos demais processos seletivos. Em geral, na maioria das seleções, tudo o que você faz é preencher seu currículo e depois aguardar para ser chamado para fazer prova de lógica e de conhecimentos gerais. O Recruta Arpex foi diferente. Em primeiro lugar, eles querem saber sobre sua vida pessoal: do que você se orgulha, os livros que leu, a influência da sua família. Achei muito legal. Parecia que eles se preocupavam conosco, com as pessoas com quem iriam trabalhar.

Tivemos que realizar uma prova de lógica também, que inclusive era mais difícil que as outras que eu conhecia. Fizemos um teste chamado OCP, de estilos de trabalho… A minha impressão é de que contava muito para eles a pessoa que eu era mesmo, e não só meu currículo. Isso me deu muita motivação para continuar no processo! Odiava ser vista apenas como um “cardápio de pizza”.

Depois vieram as etapas presenciais: dinâmica de grupo, duas entrevistas diferentes e a fase final, conhecida como “a viagem”. Não quero contar muito sobre esta última fase para não estragar a surpresa de quem for participar do programa, mas toda etapa você fica cada vez mais próximo das pessoas com que vai a trabalhar. E no final, se for aprovada, você escolhe a área e a empresa do grupo que pretende trabalhar.

5. Qual foi a fase mais difícil? E a mais curiosa?

Para mim, a etapa mais difícil foi a dinâmica de grupo. Com certeza não estava preparada para ser recepcionada e avaliada por pessoas da própria Arpex e não esperava que os sócios e diretores estivessem lá. Então, foi um grande choque de realidade para mim. Foi a fase mais difícil. Já a mais curiosa foi, sem dúvida, a fase final. Você literalmente vai viajar com um monte de pessoas do grupo Arpex e é surpreendido de inúmeras formas.

6. Quais são suas dicas para quem está participando de um processo de trainee concorrido?

Seja você mesmo, não tente usar máscaras porque não vai dar certo. A verdade é que você só vai chegar a algum lugar se souber porque quer chegar lá. Em vários momentos vão te testar e é melhor você ser autêntico. Se a empresa não gostar de alguma coisa em você, pense que é melhor eles terem te cortado antes do que você sofrer lá dentro. Outra dica é estudar. Estude sobre a empresa, converse com quem trabalha lá ou com alguém que prestou o processo seletivo para ver se você se identifica de verdade. Tempo é uma coisa preciosa, não desperdice o seu com empresas que você não quer trabalhar.

Fora isso, não desista. Em alguns momentos você irá se cansar, mas lembre-se das suas justificativas e convicções e vá até o fim. Além disso, aproveite para aprender e se divertir durante o processo. Parece mentira, mas conheci muita gente interessante e legal durante as dinâmicas, pessoas que mantenho contato até hoje.

Conheça a trajetória do CEO mais jovem do Brasil

pedro godoy dasa

Formado em Economia, Pedro de Godoy Bueno iniciou sua trajetória como muitos jovens egressos de uma boa faculdade da área: trabalhou por alguns anos no negócio familiar, e depois passou pelos bancos Credit Suisse e pelo BTG Pactual. Em janeiro deste ano, no entanto, sua carreira deu uma guinada. Aos 24 anos, Pedro assumiu um cargo com o qual gente da sua idade jamais poderia sonhar: virou presidente da maior rede de laboratórios do Brasil, a Dasa.

Com isso, tornou-se o executivo mais jovem a ocupar esse cargo numa empresa de capital aberto no país. A decisão não deixou se ser polêmica, dada a idade de Pedro e o fato de que seu pai, Edson de Godoy Bueno, é um dos controladores da rede de laboratórios. No entanto, com um discurso recheado de meritocracia e valorização de gente boa, ele diz dar conta do desafio de comandar uma empresa do porte da Dasa — uma de sua misssões é exatamente melhorar os número da companhia.

Leia também: 4 dicas de carreira de Claudia Sender, CEO da Latam no Brasil

Apesar da pouca idade, transmite a imagem de um líder focado e engajado para quem conversa com ele. Bastante pontual, foi sereno e objetivo no depoimento exclusivo que deu ao Na Prática. Falou sobre as noites que virava durante os anos em que trabalhou no mercado financeiro e como, diante de clientes desavidados, já foi confundido com um estagiário durante uma reunião. Nos vídeos a seguir, ele comenta questões importantes sobre sua trajetória e explica sua visão de liderança. Assista:

A faculdade de economia Durante a graduação, focou mais na experiência profissional do que acadêmica. “Só na prática você vai descobrir o que gosta de fazer”, diz. A escolha pela faculdade no Brasil, inclusive, veio pela possibilidade de ter uma vivência profissional aqui enquanto estudava.

Mercado Financeiro Nos bancos em que trabalhou, diz ter encontrado somente pessoas de alto nível e que gostam de dar o sangue pela empresa. “O mercado financeiro tem a cultura de trazer gente jovem, que não tem muita experiência, e dar um desafio para essas pessoas”, conta. Para ele, essa é uma das razões da acentuada curva de aprendizado de quem passa por um banco de investimentos.

Liderança no início da carreira Para lidar com a falta de experiência, Pedro recomenda “dar duro” – essa é a melhor forma de se destacar no início da carreira. “Eu sempre quis fazer mais, pegar mais coisa, e me destacava pela vontade de fazer”.

Desafios de um jovem CEO “Pronto, pronto… A gente nunca está”, ele brinca. Ser confundido com o estagiário em uma reunião pode parecer brincadeira, mas já ocorreu. “Eu nunca deixei isso me afetar ou me deixar hesitante. As pessoas subestimam, então você sempre tem que dar um duro danado para mostrar que pode desempenhar esse papel”. O segredo, para ele, está em montar um time altamente capacitado e ter humildade para diferenciar o que você sabe e o que você não sabe.

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Visão do mercado de saúde O mercado de saúde privada no Brasil, ele explica, está estruturado sobre a atuação dos planos de saúde – e é daí que surgem . Ele vê mais investimento e profissionalização das empresas na área de saúde, e o surgimento de grandes players, o que acaba trazendo muitas oportunidades de carreira. Entre os desafios, está lidar com a velocidade do avanço tecnológico e melhorar a eficiência desse mercado.

Fundação Lemann e Elos Educacional oferecem formação de professores e gestores

professor em frente à sala de aula com lousa no fundo

A Fundação Lemann e a Elos Educacional anunciam para 2016 dois programas de formação para ajudar as redes e escolas a promoverem o aprendizado efetivo dos alunos.

O primeiro deles, Gestão de Sala de Aula tem como objetivo promover uma cultura escolar de altas expectativas e uma gestão eficiente e democrática que tenha como foco o trabalho pedagógico para garantir que todos os alunos aprendam. Para professores, o curso é 100% online e envolve videoaulas, leituras conceituais, fóruns de discussão e exercícios. A parte prática, que acontece dentro da escola, demanda a elaboração de quatro planos de aula e a realização de três filmagens da aplicação das técnicas estudadas.

Na versão desenhada para gestores, o curso é semipresencial, com dois encontros no início de cada semestre com carga horária de seis horas e atividades pela internet. Ao longo do programa, cursistas deverão realizar seis reuniões pedagógicas e participar de atividades que incluem também a observação de sala de aula.

Leia também: “Primeiro Livro” e o desafio de empreender um projeto em educação

No Gestão para Aprendizagem, é incentivada a cultura escolar de planejamento e observação das classes, com altas expectativas de aprendizagem e um melhor uso do tempo, apoiada na gestão de sala de aula e no importante papel multiplicador dos gestores escolares na atuação direta com os professores. O programa é formado por dois módulos temáticos e por um módulo de acompanhamento para implementação do plano de ação. O primeiro é comum a todos os cursistas e vai abordar o tema gestão estratégica.Ao final do primeiro módulo, a dupla gestora deverá escolher entre os temas: gestão pedagógica e formação de professores, gestão pedagógica e planejamento, gestão de pessoas e clima escolar, gestão de pessoas e liderança, gestão de resultados.

No encontro presencial, que acontecerá no início do curso, serão abordados os temas de liderança e gestão estratégica, com apresentação de casos e oficinas práticas. Ao final do semestre, a dupla gestora desenvolverá um plano de ação como atividade final. Este será implementado na escola pela equipe gestora ao longo do semestre seguinte e acompanhado pelos formadores.

As inscrições para participar das formações no ano letivo de 2016 para professores, diretores escolares, coordenadores pedagógicos da educação básica da rede pública de ensino e secretários de educação vãoa até o dia 19 de novembro. Acesse o edital e conheça os benefícios, os requisitos e as contrapartidas necessárias para a seleção de participantes e o estabelecimento de parcerias para o ano letivo de 2016. Para obtenção de certificado, os cursistas devem completarem no mínimo 75% das atividades.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Porvir

Afinal de contas, o que é inovação social?

jovens discutindo projeto com postit e canetas

O Portal Draft continua a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber, seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é… inovação social:

O que acham que é: Uma versão acadêmica de caridade ou assistencialismo.

O que realmente é: Segundo a Stanford Social Innovation Review, respeitada publicação sobre o tema, Inovação Social é uma nova solução para um problema social; uma solução mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa do que as soluções já existentes e cujo valor gerado beneficia, prioritariamente, a sociedade como um todo e não apenas alguns indivíduos. O texto em que essa definição foi publicada, em 2008, chama-se Rediscovering Social Innovation. Isso porque, logo que foi lançada, em 2003, publicação definia Inovação Social como “processo de inventar, garantir apoio e implementar de soluções inovadoras para necessidades e problemas sociais”. A mudança, chamada de “redescobrimento”, deve-se ao fato de que nos últimos 20 anos houve uma explosão de negócios, iniciativas e ideias no âmbito da Inovação Social (embora nem todos sejam chamados assim e existam vários termos, que se justapõem) e, por isso, eles sentiam necessidade de maior precisão na definição de seu termo predileto, Social Innovation.

Leia também: O que faz um intraempreendedor social?

Quem inventou: Peter Drucker, teórico e consultor da área de administração e Michael Young, empreendedor social e fundador da Open University são considerados os responsáveis pela disseminação do termo que surgiu nos anos 1960, embora só tenha decolado na última década. Diversas fontes relatam isso, entre elas o texto Is social innovation the future of the economy?, publicado em 2011, na ParisTech Review.

Quando foi inventado: Henrique Bussacos, co-fundador do Impact Hub São Paulo e Floripa e responsável pela expansão da rede na América Latina, diz que o termo Inovação Social foi amplamente difundido pela Stanford Social Innovation Review, em 2008, embora as inovações sociais em si datem de muito antes. “Elas acontecem desde sempre, pessoas criando soluções para melhorar a vida da sociedade e do planeta. No entanto, a definição acadêmica ajudou o campo a se formalizar, reconheceu a ação de vários inovadores sociais e potencializou a replicação de inovações reconhecidas”, afirma.

Para que serve: “As inovações sociais buscam trazer soluções mais justas e eficientes para desafios socioambientais. E os benefícios são diversos dependendo do problema que é solucionado por cada inovação social. O microcrédito, por exemplo, passou a dar acesso a crédito para milhares de pessoas antes desatendidas”, diz Bussacos. Diretor do SENAI/SC e professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense, Silvio Bitencourt da Silva acrescenta que a Inovação Social contempla o desenvolvimento de soluções para desafios sociais complexos e crescentes. “São problemas como desemprego, pobreza extrema, exclusão social, maus tratos a crianças e jovens, o isolamento dos idosos e vulnerabilidade de territórios. Mas a inovação social também atua em esferas como segurança nacional, as alterações climáticas ou a gestão das cidades”, afirma Silva.

Quem usa: A inovação social pode estar associada a ações da iniciativa privada, organizações não governamentais e sem fins lucrativos, governo, e sociedade civil organizada. “No Brasil, entretanto, é no campo do empreendedorismo social que há esforços voltados para a redução das desigualdades de renda e inclusão dos menos favorecidos ou marginalizados. Há também, no Brasil, alguns Living Labs que emergem como um meio para a inovação social”, diz Silva. No exterior, alguns exemplos de universidades de destaque são o Centre de recherche sur les innovations sociales – CRISES, rede formada por universidades de Quebec, no Canadá, e o Center for Social Innovation at the Stanford Graduate School of Business, nos Estados Unidos. Henrique Bussacos cita, além do microcrédito de Muhammed Yunus, a metodologia de educação inovadora da Kahn Academy e os geradores de energia renovável acessíveis de Fábio Rosa, no Sul do Brasil, entre outros.

Efeitos colaterais: Bussacos afirma que os efeitos gerados pelas inovações sociais são majoritariamente positivos. “Quando negativos, são menores do que os efeitos negativos da solução anterior para que essa nova solução seja caracterizada como uma inovação social”, diz.

Quem é contra: “Alguns estudos e discussões recentes consideram a inovação social como um modismo, algo vago e que não pode ser aplicado com proveito para acadêmicos e práticos. Entretanto, quando seu conteúdo é compreendido e explorado em profundidade, é capaz de mobilizar organizações e cidadãos para projetar soluções conjuntas e resolver problemas sociais e ambientais em que modelos tradicionais já se mostraram ineficazes”, diz Silva.

Para saber mais: Assista ao TEDx The Power of Social Innovation, de Jeff Snell, fundador da Midwest Social Innovation LLC e CEO da International Folk Art Alliance; navegue no site do Social Innovation Summit 2015 e veja quem vai participar da edição deste ano que acontece nos dias 17 e 18 de novembro, no Vale do Silício, na Califórnia (ainda dá tempo de se inscrever e ir); assista ao professor Muhammad Yunus no vídeo Social Innovation and Business Desing, da TiE Silicon Valley (cerca de duas horas) e no TEDx A History of Microfinance (cerca de 25 minutos); conheça (e faça parte) da Horyou, rede social beta para ações sociais “onde você pode promover ações positivas, compartilhar conteúdo de qualidade e participar de interações significativas”; participe do Social Good Brasil, um programa dissemina o conceito do uso de tecnologias para o bem social, identifica e apoia experiências inovadoras e oferece ferramentas e capacitações para os interessados.

 

 

Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT

Especial Na Prática: tudo sobre como começar a empreender

Homem fechando bilhetinho

Você teve a grande ideia, decidiu empreender! E agora, quais os próximos passos? Como validar seu projeto e tirá-lo do papel? Como conseguir o dinheiro necessário? Descubra nos textos a seguir.

No Especial Empreendedorismo #1, você conheceu um pouco mais de perto os dilemas e os desafios da carreira empreendedora. Se chegou a conclusão de que essa é realmente a trilha profissional que quer seguir, então é agora que o desafio realmente começa! Nós entendemos como você se sente… A ideia não sai da cabeça. Você vai montar um negócio. E agora, como começar? Descubra no Especial Empreendedorismo #2:

O passo a passo para se candidatar a um MBA no exterior

executivo com mala de rodinhas andando

Candidatar-se a um programa de MBA fora do Brasil não é tarefa fácil, já que demanda muito planejamento, estudo e organização. Quando, como e por onde começar?

Primeiro, é claro, você precisa se perguntar se preenche os pré-requisitos básicos dos programas, como ter o mínimo de dois anos de experiência de trabalho; se está no momento de carreira e de vida adequado; e se suas ambições futuras são compatíveis com os objetivos do curso. É preciso saber se, de fato, um MBA no exterior é o programa certo para você.

Depois, você precisa de um mínimo de planejamento para dar conta do processo de application (candidatura). Para cumprir todos os passos necessários com calma, o adequado para começar a se preparar é de seis meses a um ano antes da data limite de entrega (deadlines) da sua candidatura. Por quê? Vejamos:

Leia também: Veja as dez melhores escolas de MBA da América Latina

Rounds de deadlines Há uma certa variação de acordo com o programa, mas em geral, as deadlines de escolas americanas se concentram em 3 rounds: o primeiro (R1) entre setembro e outubro; o segundo (R2) no começo de janeiro e o terceiro (R3), entre março e abril. Qual a diferença de aplicar no R1 versus o R2?

Os candidatos brasileiros mais bem preparados normalmente se organizam para focar no R1, enquanto que o R2 é comumente inundado com aplicantes dos mais diversos níveis.

Podemos dizer que no R1 se tem mais qualidade, e no R2, mais quantidade, mas as chances de entrar são praticamente as mesmas.

E o R3? Com aproximadamente 90% das vagas preenchidas no primeiro e no segundo rounds, conquistar uma vaga no R3 torna-se mais difícil.

Lembre-se também de que você só pode aplicar uma vez para determinada escola em cada ciclo (ou seja, em um dos rounds). Se não for aprovado, pode tentar novamente no ano seguinte.

Testes (GMAT / GRE e TOEFL / IELTS) Pré-requisitos para praticamente todos os programas de MBA no exterior, GMAT ou GRE e TOEFL ou IELTS são provas que demandam grande preparação.

Muitas vezes, o maior desafio não está no conteúdo, mas sim no controle emocional para responder a questões de nível variado em pouquíssimo tempo.

Na jornada para chegar a uma nota competitiva, contar com o apoio de materiais de qualidade que incluam simulados e de professores especialistas nos testes pode fazer a diferença.

Um bom conselho é começar a preparação com seis meses de antecedência. De acordo com o GMAC, instituição que administra o teste do GMAT, candidatos que obtêm notas acima de 600 estudam, em média, 107 horas.

Avalie sua história e pesquise sobre as escolas Se começar cedo, você terá tempo de analisar sua experiência internacional e de liderança, e engajamento com a comunidade. Caso identifique pontos fracos em algum desses quesitos, ainda terá alguns meses para aprimorá-los ou reforçá-los.

Já para conhecer melhor as opções de escolas e programas, vale ir além da pesquisa básica no google e dos rankings. Encontre alunos e ex-alunos em redes profissionais como o LinkedIn, conte a eles sobre seus planos e agende uma conversa para tirar dúvidas e reunir ideias.

Participe de feiras de MBA e sessões informativas e busque demonstrar o seu interesse de forma ativa. Isso certamente se refletirá na qualidade da sua candidatura.

CV, redações, cartas de recomendação, formulário online, traduções A escrita das redações (essays) é provavelmente a parte que consome mais tempo do candidato. Para muitos, é também a mais prazerosa.

Enquanto o CV e as cartas de recomendação mostram ao comitê de admissões a sua trajetória e impacto profissional, nas redações você pode deixar sua autenticidade fluir.

Essa é a chance de mostrar seus valores e contar histórias pessoais que influenciaram seu caráter e os porquês de cada escolha profissional.Também espera-se que você tenha refletido profundamente sobre suas ambições futuras, e em como o programa em questão se encaixa no seu momento de carreira e de vida.

Questões como: “Por que um MBA? Por que agora? Por que essa escola?”, devem ser respondidas de maneira clara, interligando-se com a sua história. Por isso, é fundamental que você tenha uma boa estratégia de storytelling.

Outro aspecto relevante é a escolha dos recomendadores, que devem ter convivido substancialmente com o candidato no ambiente de trabalho para ter “autoridade” suficiente para falar sobre ele. Em geral, um deles deve ser o seu supervisor atual. Coordenar o envio das cartas – que depende de outras pessoas – no tempo certo também mostra a maturidade e a capacidade de organização do candidato.

Detalhes como o preenchimento do formulário online sem os comuns erros de digitação; um currículo conciso (toda a sua vida profissional deve ser resumida em apenas uma página!) e ao mesmo tempo impactante; e traduções do diploma e do histórico escolar da graduação (e também pós-graduação, se houver), completam o pacote da application. Com tantas etapas, convém se planejar ao máximo para evitar que o processo seja mais estressante que o necessário. Veja aqui uma sugestão de mapa de ação para aproveitar ao máximo essa jornada.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, portal de estudos no exterior da Fundação Estudar 

Quatro formas para desenvolver sua liderança

varias lampadas e uma lampada acesa

Muito se fala sobre novas formas de liderança e a importância da sucessão nas organizações. Afinal, uma empresa que tem um bom gestor no topo, mas um líder que deixa a desejar, provavelmente ficará carente de boa gerência depois que o atual se for. Alguém que inspira e motiva os colaboradores é tão importante quanto um profissional focado em traçar e alcançar metas – ambos ajudam para o crescimento da corporação, estimulando as áreas de maneiras diversas, mas igualmente importantes.

Não seria ideal, então, que as lideranças executivas conseguissem incorporar esses dois lados – do gestor obstinado e do líder que esbanja empatia?

É o que se tenta ensinar hoje a altos executivos e diretores de organizações das mais diferentes áreas e tamanhos – e o que temos tentado passar com o novo método de trabalhar que o Runrun.it inaugurou no Brasil, a partir de pilha de tarefas e priorização, com foco no que tem mais impacto e na transparência das relações. E as formas de desenvolvimento dessas novas lideranças também são bem distintas, de cursos tradicionais a imersões em atividades ao ar livre. Confira:

Participe do Liderança Na Prática 32h, o programa de formação de lideranças da Fundação Estudar

1. Cursos online: O Coursera tem vários cursos sobre liderança (em inglês), organizados pelas melhores universidades do mundo, incluindo os dois famosos cursos de especialização: Shape Your Life With Leadership, da HEC Paris (École des hautes études commerciales de Paris), e Leading Effectively, da Universidade de Michigan.

2. Cursos presenciais: Se você tem a oportunidade de viajar para desenvolver sua liderança, a Harvard Business School oferece cursos de variadas durações, em vários países. No Brasil, o Na Prática também oferece o Laboratório, curso focado em desenvolver nos participantes os valores de liderança que norteiam a atuação da Fundação Estudar.

3. Outdoor/Aventura: Esqueça a tradicional sala de aula! A NOLS (National Outdoor Leadership School) é uma escola americana que acredita que grandes líderes também saem de experiências na natureza por conta de toda a responsabilidade que ela nos cerca. Os alunos aprendem habilidades e técnicas para serem usadas ao ar livre, liderança e ética ambiental. Os cursos vão de uma semana a seis meses. Os locais são os mais diversos, da Patagônia ao Himalaya, da Escandinávia à Austrália.

Aqui no Brasil, a OBB (Outward Bound Brasil) faz parte de uma instituição mundial de experiências ao ar livre. Fornece práticas desafiadoras desenvolvidas na natureza, visando fortalecer potencialidades pessoais e qualidades de liderança nos participantes. O curso para o desenvolvimento de líderes é focado em empresas e tem duração sugerida de dois a 10 dias.

4. Coaching: A forma mais personalizada de desenvolver técnicas e habilidades de liderança é através de um serviço de coaching. Se este for o método que mais te agrada, a Sociedade Brasileira de Coaching pode te ajudar e encontrar o profissional mais adequado às suas necessidades. Também com o objetivo de atingir o autoconhecimento e autodesenvolvimento, o Na Prática possui o programa presencial Autoconhecimento Na Prática.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

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Marketing de A a Z: veja lista dos principais termos que você precisa saber

várias letrinhas espalhadas na mesa

Quando o quesito é vocabulário, toda profissão tem suas peculiaridades. No marketing não é diferente, e os profissionais da área costumam usar um jargão recheado de siglas e termos em inglês. Para ajudar quem é iniciante nesse mundo, o Na Prática preparou um dicionário com as expressões mais utilizadas pelos profissionais da área e seus respectivos significados. Confira a seguir:

AIDA: cada letra significa uma das etapas de um modelo de conversão: Atenção, Interesse, Desejo e Ação. Ele é baseado no comportamento humano para tomada de decisão e utilizado para direcionar as ações do marketing de maneira mais focada em resultado.

B2B: a expressão business-to-business é a denominação do serviço ou comércio trocado entre empresas, de empresa para empresa.

 

Leia também: Tudo sobre inovação disruptiva!

 

B2C: a expressão business-to-consumer é a denominação do serviço ou comércio estabelecido entre uma empresa e um consumidor.

Benchmarking: este processo se dá pelo estudo da concorrência e do mercado para incorporação de boas práticas ou aperfeiçoamento dos métodos que são utilizados pela empresa. Você avalia o que está sendo feito de melhor no mercado, tanto pelos seus concorrentes como por empresas de outro setor, como forma de melhorar os seus próprios processos.  

Brainstorming: a “tempestade de ideias” é uma dinâmica de grupo que visa explorar a potencialidade criativa dos indivíduos envolvidos para a resolução de um problema pré-determinado, para a criação de um planejamento ou para o desenvolvimento de novas ideias e projetos, por exemplo. A técnica propõe que as pessoas reunidas exponham seus pensamentos para que possam chegar a um denominador comum. Nenhuma ideia deve ser descartada ou julgada como errada ou absurda e todas devem estar na compilação do processo, para que a solução final seja escolhida.

Branding: é o conjunto de ações estratégicas que contribuem para o posicionamento e percepção de valor da marca de uma empresa perante aos seus consumidores.

Briefing: é o conjunto de informações, dados e instruções necessários para que uma tarefa seja executada. Dentro de uma agência de publicidade, por exemplo, é comum vermos a área de Atendimento, responsável pelo contato com os clientes, enviando briefings para a Criação, que irá desenvolver as peças gráficas da campanha.

Budget: na tradução, o termo significa orçamento. Budget da campanha, da área de marketing ou do cliente são algumas das aplicações que ele pode ter no dia a dia.

Case: é a descrição de um trabalho realizado nas áreas de relações públicas, propaganda, marketing e marketing digital, durante ou após a sua execução. 
É uma análise que inclui pontos positivos, ações feitas, resultados atingidos e avaliação da eficácia das operações.

Co-Branding: é o nome dado para a estratégia de associação de duas grandes marcas para que elas se diferenciem ainda mais frente à concorrência. Um exemplo é a união do Bobs e do Ovomaltine para a produção de um milk shake de leite, cacau e malte.

CRM: é a sigla para Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente), que é o conjunto de programas e ferramentas que permitem que uma empresa acompanhe de forma organizada todas ações que fez com cada um de seus clientes e potenciais consumidores. De modo mais simples, uma CRM permite que todos os contatos feitos com determinada pessoa sejam visualizados de uma vez só.

Deadline: é o prazo para entrega ou conclusão de determinada tarefa ou projeto.

Design Thinking: Abordagem que propõe aplicar ferramentas típicas da criação em design para criação de novos produtos e inovações. Entenda melhor no vídeo abaixo.

Fee:  trata-se de um valor fixo mensal, pré-negociado como pagamento do cliente à agência pelo fornecimento de um pacote mensal de serviços.  

Follow-up: expressão em inglês que significa fazer o acompanhamento de um processo após a execução de uma etapa inicial.  

KPI: o Key Performance Indicator (Indicador Chave de Performance) é usado para medir os resultados e o progresso com base nas metas determinadas. Os KPIs devem ser definidos de acordo com os objetivos finais do negócio, são métricas de controle.

 

O que é liderança e por que ela é tão importante para uma carreira?

 

Market Growth Rate: é a Taxa de Crescimento de Mercado que uma empresa teve em um período de tempo.

Market Share: é o grau de participação de uma marca dentro de um mercado específico em termos de vendas de um produto ou serviço. Em ouras palavras, é a fração de mercado controlada por ela.

Proposta de valor: é conjunto de benefícios, tangíveis e intangíveis, que as empresas oferecem aos clientes para satisfazer suas necessidades. É a razão pela qual os consumidores escolhem as suas marcas favoritas.

Prospect: é um possível cliente, que de alguma forma, já demonstrou interesse em determinado produto ou serviço.

ROI: a sigla para Return on Investment (Retorno sobre investimento) é a relação entre o dinheiro ganho ou perdido e o que foi investido nos esforços de marketing.

Segmentação: é a separação de uma base de contatos ou perfis levando em conta um critério pré-definido, por exemplo, a idade ou a profissão.

Target: expressão utilizada para se referir a um público alvo.

Vantagem competitiva: é um conjunto de características que permitem que uma empresa se diferencie da concorrência por entregar mais valor no ponto de vista dos clientes.

Viralizar: termo usado para definir ações de marketing que se espalham rapidamente, geralmente na internet, e caem no gosto popular.

 

O vocabulário do Marketing Digital

O mundo online tem suas especificidades e por isso, os profissionais do marketing digital tem um vocabulário próprio:

Leia também: Como os profissionais de marketing digital podem se reinventar

Adwords: é o serviço de publicidade do Google, onde as empresas podem fazer anúncios que aparecem nas páginas de resultados de busca.

Automação: acontece quando as ações do marketing digital são feitas de forma automática para otimizar o trabalho e permitir maiores resultados em um curto espaço de tempo. O termo é muito utilizado para definir o contexto do disparo de uma sequência de e-mails para um público específico, dependendo do comportamento de cada um.

Black hat: são práticas antiéticas de SEO usadas para melhorar o posicionamento de determinado site dentro de buscadores como o Google.

Conversão: é a realização da ação desejada pela empresa por parte do usuário. Pode ser preencher um formulário, realizar uma compra, curtir uma página ou fazer um teste, por exemplo.

CPC: o custo por clique é uma forma de cobrança de anúncios pagos que são feitos no Google ou no Facebook, por exemplo. Ele é realizado com base no número de cliques efetuados.

CPA: o custo por aquisição também é uma forma de cobrança, porém, é baseada nas conversões realizadas.

CRO: é a sigla para Conversion Rate Optimization (Otimização da taxa de conversão). As estratégias CRO são focadas em aumentar a conversão dentro do site de uma empresa para que os visitantes se tornem clientes.

CTA: a Call To Action, que na tradução literal significaria “chamada para ação”, é um comando passado que leva o usuário a executar determinada ação. Ela pode ser apresentada em botões, links ou banners. Geralmente são usados termos no imperativo como “Curta essa página”, “Clique aqui” ou “Baixe este especial”.

Edge Rank: é um algoritmo do Facebook que determina a relevância das postagens das páginas e consequentemente, o que aparece ou não no feed de notícias de cada usuário da rede. Sua classificação é feita com base em três fatores: formato do post (link, vídeo, imagem ou texto), afinidade (número de interações anteriores com a página), tempo da publicação (quando mais antigos menores são as chances de aparecer).  

Funil de vendas: é representado por uma pirâmide invertida que mostra os diferentes estágios em que os potenciais clientes podem se encontrar durante o processo de venda. Até chegar ao processo de compra, os clientes podem passar pelas seguintes fases do funil: Descoberta, Interesse, Reconhecimento do Problema, Busca da Solução, Avaliação e Compra.

Growth Hacking: ações coordenadas como parte de um esforço coletivo em direção a um único objetivo: crescer — ou, em outras palavras, aumentar números. Isso abre espaço para novas estratégias, metodologias e técnicas. Elas não necessariamente fogem do marketing, mas podem (devem) fugir do tradicionalismo. Assim, consequentemente, growth hacker é o cargo totalmente focado em gerar crescimento rápido na aquisição de clientes. Ele interage com diferentes setores da empresa e faz muitos testes para conseguir aumentar a base de clientes da forma mais efetiva possível.

Inbound Marketing: também conhecido como “o novo marketing”, ele é focado em atrair potenciais clientes, conquistar a sua confiança e direcioná-los para o memento da venda. Para isso são usadas estratégias de criação de conteúdo relevante e de relacionamento. A ideia é conseguir fazer com que o cliente vá até a empresa e não o contrário.

Landing Page: a “página de aterrisagem” pode ser qualquer porta de entrada de um site. No entanto, o termo é geralmente utilizado para definir uma página criada com um propósito específico, como por exemplo, fazer com que o usuário preencha um formulário para ganhar uma recompensa.

Lead: é a pessoa que deixou as suas informações em um formulário de contato, demonstrando interesse em determinada empresa. É considerado um potencial cliente, na etapa inicial do funil de vendas.  

Marketing de conteúdo: é baseado em atrair o interesse dos consumidores por meio da produção de conteúdo relevante e customizado para um determinado público-alvo. É uma das estratégias utilizadas para fazer com que um potencial cliente caminhe pelo funil de vendas até, de fato, concretizar a compra.

Nutrição de Leads: é uma automação que permite o disparo de uma sequência de e-mails depois que o usuário executa determinada ação. Por exemplo, caso ele baixe um Ebook sobre Intercâmbio, irá receber automaticamente uma série de e-mails com conteúdos relacionados ao tema.

Pageviews: é o número de visualizações das páginas de um site.

Remarketing ou retargeting: é a exibição de anúncios em diferentes páginas da web após a visita do usuário a um determinado site. Ao ler a sinopse de um livro, por exemplo, pode ser que depois ele apareça em forma de anúncio no seu Feed de notícias do Facebook.

SEM: sigla para Search Engine Marketing (Marketing para ferramentas de busca), que engloba uma série de estratégias de marketing feitas com o objetivo de promover um site nas páginas de resultados de buscadores como Google e Yahoo.

SEO: sigla para Search Engine Optimization (Otimização para buscadores), é o conjunto de técnicas e métodos que fazem com que um site melhore o seu posicionamento em mecanismos de busca para que alcance a primeira posição nos resultados quando determinada palavra chave é procurada. É uma das estratégias usadas no SEM.

Taxa de conversão: é a porcentagem de clientes que realiza a conversão desejada. Se a taxa de conversão de uma Landing Page for de 80%, significa que de cada 100 pessoas que visitaram a página 80 viraram Leads.

Teste A/B: acontece quando são feitas duas versões diferentes de uma página com o mesmo objetivo para avaliar qual têm um resultado melhor diante dos usuários.

Web Analytics: é a coleta, análise e mensuração dos dados disponibilizados na Internet que tem como objetivo entender e melhorar a usabilidade do usuário e os resultados das ações feitas no site e em outros canais digitais.

18 aplicativos gratuitos e essenciais para qualquer empreendedor

homem mexendo no tablet

Poder acessar tarefas, documentos, contatos e contas sem precisar estar no escritório é uma mão na roda para qualquer empreendedor. A forma mais fácil de ver essas informações é por meio de aplicativos do smartphone – afinal, ele já é usado várias vezes ao dia.

Por isso, EXAME.com selecionou dezoito aplicativos gratuitos que são essenciais para qualquer empreendedor: desde aqueles que querem cuidar das finanças até os que buscam uma motivação a mais para enfrentar os obstáculos do dia a dia:

1. Agendor

O aplicativo paulista ajuda os empreendedores a organizarem suas vendas. Algumas funções do app são centralizar o cadastro de clientes, controlar entradas e saídas de produtos e analisar o desempenho da equipe comercial da empresa.
*Disponível para Android e iOS.

2. Asana

O objetivo do aplicativo é ajudar times a organizarem seus projetos, do começo ao fim. Nele, é possível adicionar, editar e comentar tarefas, abrindo conversas com a equipe. O aplicativo é grátis para grupos com até 15 membros. Há uma versão premium para empresas maiores, com outros recursos.
*Disponível para Android e iOS.

3. Bills Reminder

Você é um empreendedor que costuma esquecer as contas? Esse é um aplicativo que manda lembretes no seu celular quando a hora de pagar se aproxima. Com base nos prazos, a ferramenta organiza as contas em Próximas, Atrasadas, Quitadas ou Não-quitadas.
*Disponível para Android.

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4. CamCard

Com o aplicativo, aquela pilha de cartões de visitas acumuladas pode ser salva no celular. É possível adicionar, gerenciar, salvar e compartilhar os cartões, mantendo seu networking na palma de mão de forma organizada.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone.

5. Coach.me

A ferramenta serve para aqueles empreendedores que precisaram de um empurrãozinho na hora de cumprir metas diárias. O usuário pode definir diversas tarefas para o dia (como estudar, zerar a caixa de e-mails ou perder peso) e receber alertas. Também há um fórum para cada compromisso, com dicas de diversos usuários.
*Disponível para Android e iOS.

6. Codeanywhere

É um editor leve, simplificado e adaptado para o mobile, destinado aos desenvolvedores que precisam acessar seus projetos de programação fora do próprio computador. É possível mover arquivos de sites como Dropbox e Google Drive para o Codeanywhere.
*Disponível para Android e iOS.

7. Evernote

O Evernote é um espaço de trabalho moderno que permite que você seja mais produtivo. Se você faz parte de uma equipe de profissionais que deseja trabalhar em conjunto de forma mais eficiente, o app vai ajudar a atingir seus objetivos.A principal função é ser um arquivo de diversas informações, sejam elas feitas em texto, áudio ou foto.
*Disponível para Android e iOS.

8. Expensify

O app organiza palestras online sobre como usar a ferramenta para gerir pequenos negócios. Além disso, permite que o usuário organize suas finanças, seja importando gastos registrados em sua conta bancária ou então cadastrando-os manualmente. A partir daí, é possível criar relatórios financeiros.
*Disponível para Android, Blackberry, iOS e Windows Phone.

9. LinkedIn

Networking é fundamental para todo empreendedor. Por isso, uma boa maneira de acessar sua rede profissional de forma remota é usando o aplicativo da rede social LinkedIn. Nele, também é possível postar novidades e conversar em grupos de interesses empresariais similares ao seu.
*Disponível para Android, Blackberry, iOS e Windows Phone.

10. Mint

O aplicativo controla quatro categorias de custo para as pequenas empresas: as despesas que só ocorrem uma vez , como o investimento inicial; as despesas fixas, como o aluguel; as despesas variáveis, como comissões para funcionários; e as despesas opcionais, como ter café para os clientes.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone.

11. Qipu

É resultado de uma parceria entre o Sebrae e o Buscapé. O app propõe não apenas acabar com a inadimplência, mas também permitir ao micro empreendedor individual (MEI) tenham condições de gerir seu negócio. Assim, a ferramenta manda alertas sobre contribuições fiscais, arrecadação do microempreendedor ou os benefícios a que ele tem direito.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone, além da versão web.

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12. Quip

O Quip é um editor de textos simples e que também funciona de forma offline. O app combina textos e mensagens em uma única tela de atualizações, facilitando a colaboração. Pode ser útil para quem deseja compartilhar documentos com a equipe e poder editá-los sem precisar de um sinal de internet.
*Disponível para Android e iOS.

13. TED

Aplicativo que reúne uma série de palestras, servindo como fonte de inspiração para empreendedores. Ao todo, são mais de 1.700 discursos de diversas áreas do conhecimento.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone.

14. Todoist

O aplicativo Todoist é um gerenciador de listas de tarefas, que funciona inclusive de forma offline. A ferramenta serve tanto para o empreendedor que quer controlar seus projetos pessoais quanto para o que quer acompanhar metas da sua empresa. Há tanto uma versão gratuita quanto uma paga, chamada Todoist Premium.
*Disponível para Android e iOS.

15. Trello

Aplicativo que permite organizar várias listas. O diferencial é que tudo isso é feito de uma forma organizada e estilosa: cada coluna é montada na forma de um cartão, que pode ser movido (de uma lista chamada “em progresso” para “concluído”, por exemplo). Cada conjunto de listas pode ser salvo para o próprio usuário ou compartilhado com um grupo (como os funcionários da sua empresa, por exemplo).
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone.

16. TripIt

Indicado para os empreendedores que têm de viajar muito. A ferramenta permite organizar os planos de viagem em um itinerário a partir de e-mails, como os de reserva de hotel e de aluguel de carro.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone.

17. Wunderlist

Outro aplicativo de produtividade. Por meio dele, o usuário cria listas de tarefas e recebe lembretes sobre esses compromissos. Também é possível compartilhar as listas, mandá-las por e-mail e fazer comentários, por exemplo.
*Disponível para Android, iOS e Windows Phone. 

18. WinStreak

Feito para os empreendedores que buscam motivação. Por meio dele, o empreendedor escreve no final do dia quais foram suas vitórias e os planos para amanhã. Assim, ele consegue ver sua rotina com positividade.
*Disponível para Android e iOS.

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Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

Executivo da WMcCann fala sobre carreira na publicidade

sede da wmccann

“Acredite fielmente em você”. Se pudesse dar um conselho para os jovens que estão começando agora sua carreira na publicidade, esse seria o escolhido por André Mansano. Formado em Publicidade e Propaganda pela USCP (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e pós-graduado em Comunicação Estratégica pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), ele construiu toda a sua vida profissional trabalhando em agências de publicidade. Entre as suas experiências, as de maior destaque foram como Produtor Digital e Gerente de Projetos da Africa, e como Gerente de Projetos Sênior da gigante WMcCann, uma das mais respeitadas agências de publicidade do mundo.

A vocação para seguir a área apareceu cedo, logo aos 15 anos, quando escolheu a faculdade que queria fazer: “Minha formação acadêmica foi ótima porque tive bons professores, bons colegas de classe e acima de tudo muita dedicação a minha escolha. Na faculdade vivi muitas situações simuladas onde exemplos reais eram debatidos e questionados, para que pudéssemos nos aproximar das exigências diárias que um profissional de propaganda tem que encarar. Naturalmente não haviam clientes ou produtos, verba ou salário, mas professores que aprovavam e desaprovavam. Estas analogias com certeza foram importantes para que no futuro as surpresas e novidades do mercado pudessem ser melhor compreendidas”, conta.

Trajetória da carreira na publicidade

Já depois de formando, André ingressou no mercado trabalhando em uma agência como Assistente de Atendimento, mas ainda no primeiro ano percebeu que tinha uma série de características pessoais que poderiam ser mais bem exploradas se trabalhasse na área de Projetos.

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Ele decidiu seguir a sua intuição e ainda hoje acredita que o ponto de partida para formação de um ótimo profissional é o autoconhecimento: “Precisamos conhecer nossas características humanas e aí identificar em qual área da profissão vamos trabalhar, e não o inverso. Um Gerente de Projetos precisa ser um cara organizado, com visão ampla, sensibilidade para o que pode dar certo e o que pode dar errado, o que fazer se a variável for A e o que fazer se a variável for B. Precisa ser um cara que tenha muito equilíbrio perante a pressão e a cobrança, ter total conhecimento sobre processos, sobre obrigações e responsabilidades de todas as áreas, inclusive a sua. Naturalmente sempre fui um ser humano comedido, precavido, organizado, mais racional do que emocional, com muita argumentação e logo vi que meu rumo seria me tornar Gerente de Projetos”, explica.

O dia a dia de trabalho

André explica que atualmente não existe um padrão operacional que defina completamente a função de um Gerente de Projetos até porque esta área surgiu há pouco tempo dentro das agências: “Dependendo do grupo de comunicação, ele pode ter contato com clientes diariamente se tornando um híbrido entre Atendimento e Projetos, mas também pode trabalhar somente internamente, tendo contato com todas as áreas e apenas esporadicamente com o cliente”, explica.

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André Mansano [AcervoPessoal]

Apesar das diferenças, no geral, o passo inicial de qualquer trabalho de um Gerente de Projetos é a entrada de uma nova demanda ou a manutenção das existentes, que sempre chegam através dos profissionais de Atendimento: “Na prática, o Atendimento trás as necessidades do cliente, se reúne com o Gerente de Projetos e a partir daí o Gerente de Projetos vai se esforçar ao máximo para entender o que precisa ser feito, tornando-se o elo entre todas as áreas dentro da agência. É assim que nasce o briefing de criação, com subsídios, dados, datas, números e valores para que as demais áreas possam ter ferramentas para construir”.

A partir do momento em que o trabalho começa a caminhar o Gerente de Projetos tem que criar um planejamento, que especifica como serão as entregas; o cronograma macro e por tarefas, apontando responsáveis. Também deve levantar e relacionar todos os custos, mídia e produção; aprovar internamente os documentos finais e posteriormente solicitar ao Atendimento à aprovação por parte do cliente: “É preciso estar acessível a todas as áreas, alertar sobre riscos, se atentar a oportunidades e necessidades, sempre sinalizar e posicionar o Atendimento diariamente, cobrando quando preciso e dando suporte às áreas criativas e produtivas”.

Liderando em uma grande agência 

Atuando como Gerente Sênior de Projetos na WMcCann, André teve a oportunidade de liderar uma equipe responsável pelo atendimento de grandes contas como Nestlé, Garoto, Estadão e Globo.com: “Minha equipe era formada por mim, por uma Supervisora de Projetos e por dois Analistas. Meu papel era dar suporte a eles no dia a dia quando necessitassem, identificando falhas e possíveis melhorias, enaltecendo qualidades mas principalmente definindo processos, especialmente na entrada das demandas e no passo a passo, junto as demais áreas como Atendimento, Mídia, RTV, Financeiro e Criação”.

Leia também: Bob Wollheim, do Grupo ABC, fala sobre carreira e o futuro da publicidade

Entre as outras funções que faziam parte do seu cargo de liderança André também destaca a mensuração da rentabilidade (horas trabalhadas X horas vendidas), a avaliação dos perfis profissionais necessários e vendidos por conta e o controle de todas as datas-chave, custos e entregas: “Acredito que os maiores desafios foram conter pressão, evitar desgastes entre os profissionais das áreas, conciliar urgências e principalmente construir uma imagem de confiança e parceria”, avalia.

Orgulho publicitário 

Assistir a TV e ver um comercial, abrir o jornal e dar de cara com um anúncio, acessar a internet e perceber que aquela campanha feita para um cliente viralizou… O publicitário é um dos poucos profissionais que pode ter o reconhecimento quase instantâneo do público e se sentir grato pelo seu trabalho durante essas simples ações do dia a dia.

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André com o publicitário Washington Olivetto [AcervoPessoal] 

No caso de André, ele diz que também se sente muito orgulhoso por ter realizado os sonhos que o fizeram estudar propaganda: “Trabalhei e vi como trabalham ícones como Nizan Guanaes e Washington Olivetto. São lembranças e momentos que levarei pra vida toda, histórias para contar, para passar, experiências e privilégios de muito poucos. Há também outro grande orgulho que alcancei despretensiosamente durante minha carreira, que foi ter me tornado líder e principalmente ter tido reconhecimento dos meus liderados, mesmo após o fim da relação chefe e subordinado. Isso me faz crer que valeu a pena encarar, vestir a camisa, estar um passo adiante e me dedicar pra valer. Espero que isso possa servir de estímulo e inspiração para os jovens que estão apenas iniciando suas carreiras”, finaliza.

Dicas para ser aprovado nos concursos públicos mais concorridos

mulher fazendo prova

Conhecer o estilo dos examinadores é uma premissa básica para ser aprovado em concursos públicos. Mais ainda se a banca avaliadora for tão peculiar quanto o Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), ligado à Universidade de Brasília (UnB).

Nome por trás de processos seletivos importantes, como para cargos na Polícia Federal e no Tribunal de Contas da União, o Cespe/UnB tem fama de “bicho papão” entre os concurseiros.

O principal motivo para essa reputação está no fato de que a banca costuma adotar um método de pontuação bastante particular na maioria das provas: as questões aparecem na forma de frases que precisam ser julgadas, uma a uma, como certas ou erradas.

Enquanto numa prova de múltipla escolha você pode comparar 4 ou 5 itens de uma mesma questão para identificar a única correta, no Cespe cada item é uma questão a ser julgada do zero. “Essa característica da prova intimida muita gente”, diz Rodrigo Menezes, diretor do site Concurso Virtual.

O que mais assusta, porém, é que cada erro anula um acerto. Por exemplo, se o candidato acertar 75 e errar 75 questões numa prova que vale 150, sua pontuação será 0. Muitos concurseiros também se sentem inseguros diante do alto grau de dificuldade das provas elaboradas pela banca.

Segundo Menezes, as questões de Direito podem ser especialmente desafiadoras. “Elas vão além do texto das leis e cobram jurisprudências dos tribunais, o que exige um bom material de estudo”, explica.

Leia também: Dicas para escolher os concursos públicos certos para você

Como vencer o Cespe/UnB? Para o especialista, candidatos bem preparados não devem temer a banca. “Ela não premia a simples ‘decoreba’, mas sim o conhecimento e a capacidade de interpretação”, diz. “Quem estuda de verdade e sabe as técnicas de fazer provas do Cespe sai muito na frente”.

A seguir, veja oito conselhos para ter sucesso em provas organizadas pela banca:

1. Ganhe o máximo possível de familaridade com o formato da prova
É fundamental se acostumar ao característico modelo de questões com sentenças certas e erradas da banca. Além disso, o candidato deve fazer o máximo possível de exercícios de concursos parecidos já realizados pela banca. “Se você vai fazer a prova para o TJ-RJ, por exemplo, resolva questões de concursos para outros tribunais organizados pelo Cespe”, afirma Gladstone Felippo, professor do Universo do Concurso.

2. Não chute
Para Felippo, essa é a principal orientação para quem que tem o Cespe pela frente. “Se sabe a resposta, marque. Se não sabe ou está muito em dúvida, é preferível deixá-la em branco para não correr o risco de anular uma certa”, explica. Se você acertar 50 questões e deixar as outras 50 em branco, por exemplo, sua pontuação final será 50.

3. Se errar no cartão de respostas, marque as duas opções
Na hora de passar as suas respostas para o cartão, você terá duas alternativas: “C” (certo) e “E” (errado). Se você se enganou, o ideal é marcar as duas. “Isso significa que você não pontuará e nem perderá ponto, já que a questão será anulada”, diz Menezes.

4. Deixe questões com cálculo para o fim
Segundo Menezes, perguntas que envolvem contas costumam ser bastante exigentes em provas do Cespe. “É perigoso fazê-las antes das questões que exigem apenas leitura”, explica. “Você pode acabar não conseguindo fazer várias questões simples, já que perdeu tempo em questões complicadas”.

5. Numa prova de 120 questões, tente não deixar mais do que 10 em branco
Há duas razões principais que levam um candidato a deixar um número excessivo de questões em branco: ou ele não está bem preparado, ou está com muito medo de marcar. “O primeiro caso não tem jeito, mas o segundo caso não tem desculpa”, diz Menezes. “Se você deixar muitas questões em branco não terá pontos suficientes para passar”.

6. Não se desespere se não souber alguma resposta
Menezes é categórico: por mais que você estude, nunca conseguirá gabaritar uma prova do Cespe. “Normalmente o primeiro colocado nos concursos organizados por essa banca faz 80% dos pontos”, diz Menezes. Por isso, deparar-se com um grande ponto de interrogação no meio do exame não deve ser motivo para perder o equilíbrio.

7. Compare o número de respostas “C” e “E”
Imagine que a sua folha de respostas tem 100 itens respondidos e 20 em branco. Segundo Menezes, é recomendável contar a quantidade de itens “C” (certo) e “E” (errado) que você assinalou. Se o número é muito diferente, atenção. “A tendência é que, numa prova de 120 itens, o gabarito seja de 60 E e 60 C”, diz o especialista. “Se você tem 60 E e 40 C, por exemplo, vale a pena assinalar “C” em todas as alternativas que você deixou em branco”.

8. Conheça muito bem o edital
Além de exigente, a prova do Cespe costuma ser bastante disputada. Conhecer o edital em profundidade, portanto, é obrigatório para se diferenciar. “Na hora de elaborar o seu plano de estudos, analise o peso e o número de questões de cada matéria”, diz  Marcus Bittencourt, especialista em concursos.  ” Não menospreze nenhuma disciplina, porque você terá um grande número de concorrentes pela frente”.

 

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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