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9 blogs brasileiros que todo empreendedor deveria ler

Homem usando tablet em mesa de café

Quando bate aquela dúvida na sua cabeça de empreendedor, para quem você pergunta? O Google é um salvador, sem dúvidas, mas ele nos dá tantas fontes diferentes que nem sempre aquele primeiro resultado é o de maior relevância ou credibilidade. Então em um mundo lotado de informação, onde somos soterrados de blogs de conteúdo sobre empreendedorismo, a quais recorrer?

Nós separamos nossos favoritos:

1. Endeavor Brasil

Sem muita modéstia, vai… o Portal Endeavor é uma das fontes mais completas sobre empreendedorismo do Brasil. No menu superior, você encontra seus principais desafios categorizados, que se desdobram em desafios mais específicos. Deixando o mouse sob “Pessoas”, por exemplo, você pode conferir artigos e vídeos sobre Sócios, Liderança, Cultura Organizacional, Contratação e Desenvolvimento. Na área de downloads, você encontra ainda vários e-books e ferramentas para complementar seu aprendizado, fora a seção de Pesquisas, com estudos e provocações sobre o ambiente de negócios.

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2. Sebrae

Que o Sebrae é o maior articulador de micro e pequenas empresas, não há dúvidas. Mas você já deu uma olhada nos conteúdos deles? Lá no site há artigos, notícias, vídeos, áudios e soluções sobre os mais diversos assuntos para empreendedores individuais e à frente de pequenos negócios, além de serem direcionados por setor. A categoria de “Leis e Normas” é um diferencial a mais, para quem quer se formalizar ou até evitar problemas legais e técnicos no futuro.

3. Astella Invest

Que tal eleger como principal meta ano que vem superar você mesmo e ser o melhor de que é capaz? Essa foi a provocação que Edson Rigonatti, sócio da Astella, fez para empreendedores em seu blog, no início de 2015. Ao longo dos últimos meses, compartilhou melhores práticas dos elementos e habilidades necessárias a um CEO, resultando em um compilado de lições e casos valiosíssimos para seu desenvolvimento e jornada à frente de um negócio.

4. Romero Rodrigues

Ele já esteve dos dois lados do balcão: primeiro fundando a Buscapé Company e, agora, como sócio da Redpoint Ventures. No blog, Romero traz lições do ponto de vista de um empreendedor investidor, tratando principalmente sobre liderança, acesso a capital e sobre o ambiente de tecnologia.

5. Agendor

Aqui o domíinio é o trio do marketing, vendas e CRM. O blog da Agendor fala bastante da arte de vendar, desde como fazer uma ligação para um contato novo, até como reter a confiança do seu cliente no atendimento.

6. Nomus

Se você empreende no setor industrial, o blog da Nomus é uma das melhores referências para se capacitar. Lá você encontra conteúdo sobre temas de planejamento, gestão e metodologias, para acompanhar sua produção e desembaraçar toda a complexidade que é tocar sua indústria.

7. Conta Azul

Amortização, precificação, relatórios? O blog da Conta Azul é bem diversificado, mas se você tem uma dúvida mais específica de finanças, é bem provável que você encontra um bom conteúdo relacionado por lá. E as ferramentas são muito úteis! Tem planilha de centro de custos, template de orçamento, planilha de fluxo de caixa, entre vários outros para ajudar na sua gestão financeira.

8. Resultados Digitais

Precisa aprender um pouco mais sobre formatar suas estratégias e métricas inbound, criar posts patrocinados em redes sociais, montar uma área de sucesso do cliente? Bom, a Resultados Digitais é uma das maiores especialistas em marketing digital do país. Lá no blog eles disponibilizam artigos, ebooks, webinars e kits de conteúdo gratuitamente.

9. Project Builder

Reunindo artigos que vão das características essenciais de um gerente de projetos até o passo-a-passo para implementar um sistema de automatização de serviços, a Project Builder tem um dos maiores blogs de gestão de projetos que conhecemos. Além dos artigos, há ebooks, webinários e ferramentas disponíveis – uma delas, inclusive, que promete diagnosticar a saúde do seu projeto.

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

Prêmio WISE identifica soluções criativas para desafios da educação

Jovens estudantes em mesa de estudos em escola

Ser reconhecido mundialmente por seu projeto inovador em educação. Essa oportunidade é oferecida pelo WISE Awards, prêmio que dá visibilidade a práticas inovadoras desenvolvidas no mundo inteiro e que está com inscrições abertas. O WISE (World Innovation Summit for Education) é uma iniciativa da Fundação Qatar e, todos os anos, questiona como os processos de aprendizagem podem ser mais engajadores e relevantes, a fim de identificar seis projetos com soluções criativas para os desafios da educação.

As seis propostas com abordagem mais inovadora e um grande potencial de adaptação e reprodução em larga escala são contempladas com US$ 20.000. As inscrições podem ser realizadas pelos representantes dos projetos, que podem ser de qualquer região e de qualquer setor ou nível educacional. Os líderes de cada grupo devem apresentar o funcionamento e alcance das atividades desenvolvidas. O requisito é que o compromisso com a educação de qualidade seja verificável para que, a partir disso, o WISE consiga construir uma rede de agentes de mudança na educação.

O Prêmio foi elaborado em 2009 e, desde então, recebeu 2850 inscrições de 150 países. Os 42 vencedores conseguiram, de alguma forma, revolucionar o sistema e a metodologia de ensino com os alunos.

As inscrições vão até o dia 15 de janeiro de 2016. O formulário deve ser preenchido em inglês e, de todos os inscritos, a Fundação Qatar irá selecionar 15 finalistas. Os seis vencedores serão escolhidos por um júri formado por lideranças da educação mundial e o resultado será divulgado em setembro. Além do prêmio de US$ 20.000, os vencedores serão reconhecidos durante o WISE Summit, evento realizado anualmente.

Vencedores de 2014 Australia, Egito, Finlândia, Índia, Jordânia e Peru foram os países onde seis projetos inovadores de educação foram originados e premiados. Na Austrália, o “The song room” usa arte e música para melhorar o bem estar social de crianças de baixa renda, além de ajuda-las a desenvolver habilidades socioemocionais e melhorar o desempenho escolar.

No Egito, o vencedor foi o programa “Street Children: Re-integration through Education” (do inglês, Crianças da rua: Reintegração através da educação), que tira as crianças da rua ao reconectá-las com suas famílias e com o sistema público de ensino. Tanto o projeto Me & MyCity, da Finlândia, quanto o Alternate Education for Rural Development in Peru (do inglês, Educação alternativa para o desenvolvimento rural no Peru) treinam os alunos a partir de atividades mão na massa para que eles adquiram habilidades úteis para o mercado local.

Na Índia, o projeto Educate Girls luta contra a desigualdade de acesso a educação entre gêneros, encorajando pais a mandarem suas filhas para a escola. Seguindo a linha de empoderar meninas e mulheres, o programa “We love Reading”, da Jordânia, capacita mulheres para que elas levem o amor pela leitura a crianças, promovendo aprendizagem também fora da sala de aula.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Porvir

João Cristofolini: ‘O fracasso, e não a escola, me ensinou o que sei sobre empreendedorismo’

autor joao cristofolini na biblioteca cumprimentando outra pessoa

Desde pequeno, cresci ouvindo que deveria estudar muito para entrar em uma boa universidade, conseguir um bom emprego (preferencialmente em um grande banco ou concurso), alcançar a tão almejada estabilidade e contar os dias para chegar a aposentadoria. Lá seria quando poderia desfrutar de tudo o que a vida tinha a oferecer.

Ao mesmo tempo em que, quando ainda jovem, olhava para os “adultos” da época que haviam escolhido este caminho tradicional e via pessoas infelizes, trabalhando no que não gostavam, contando os dias para o final de semana e próximo feriado.

Fazia sentido uma vida assim? Isso de fato me intrigou e me fez buscar cada vez mais informação sobre biografias e histórias de pessoas que buscaram caminhos diferentes destes.

Aqui comecei a enfrentar o primeiro e grande dilema, motivo de constantes discussões familiares. Não queria mais estudar (dentro da sala de aula tradicional), quanto mais eu aprendia sobre pessoas e empreendedores de sucesso que buscaram caminhos alternativos de vida, menos interesse tinha pelo modelo e conteúdo da educação tradicional, afinal, ele preparava e formava para um único caminho, aquele que não queria seguir. Aos 21, resolvi abandonar a faculdade e me dedicar aos negócios, conciliando sempre leitura e caminhos alternativos de aprendizagem

Muitas pessoas na época (e até hoje) me perguntam se não pretendo voltar a estudar, como se estudar estivesse relacionado com estar dentro de uma sala de aula. Aprendemos em todos os lugares!

Se pudesse voltar atrás, teria tomado essa decisão ainda antes. Não que recomendo que todas as pessoas devam fazer o mesmo, mas sim, que se façam um questionamento saudável, sincero, a respeito disso. Antes de escolher o caminho, você precisa identificar o seu propósito de vida, o que você quer de fato. Decisão nada fácil, ainda mais na idade de incertezas que exige tais definições.

Este talvez seja o ponto principal da mensagem, no momento que estamos vivendo hoje, existem diferentes caminhos, tanto em relação a educação como trabalho, não apenas um único ou melhor caminho como nos foi ensinado desde pequeno. Nem melhor nem pior, apenas diferentes. Quando você descobre o seu propósito de vida, você tem condições de escolher os caminhos necessários para realização desse propósito e não do que a sociedade imprime como correto.

No meu caso, o caminho que escolhi para empreender, não exigia o modelo de educação tradicional, muito pelo contrário, existiam outros mais eficientes e baratos a seguir. O caminho que ainda sigo e não tem ponto de chegada, é um processo que chamo de educação autodidata. Estudo e prática em sintonia sempre, até o último dia de sua vida

Vamos viver por 80 ou 100 anos, não é mais possível achar que cinco anos dentro de uma sala de aula seriam suficientes para te preparar durante todo esse caminho.

Os últimos dez anos mudaram de forma assustadora diversos negócios, trabalhos, produtos e modelos tradicionais, mas nossa educação continua a mesma de 100 anos atrás.

O mais bacana do processo de educação autodidata é que você descobre que a escola da vida é seu maior professor, que você não tem e nunca terá todas as respostas e a melhor forma de aprender é fazendo.

Aos 21 anos de idade, reprovado no ensino médio, eu não tinha terminado a faculdade, não tinha dinheiro, nem contatos, foi a primeira grande experiência nesse sentido.

Havia acabado de entrar como trainee em uma corretora de investimentos e minha função inicial se concentrava na área educacional. Na prática, significava trazer pessoas para palestras e cursos, com objetivo final de tornarem-se clientes da corretora.

Depois de três meses na função, recebi o convite para me tornar sócio desta empresa de educação. Como não concordava com muito da metodologia de ensino empregada, senti que esse seria o momento de montar minha própria empresa de educação, independente e desvinculada da corretora, não precisava mais estar lá dentro.

Aqui estava o primeiro problema. Como um rapaz naquela idade e condições poderia ensinar alguém sobre educação financeira e investimento? Não ia rolar.

Pensando em abandonar a ideia, fui a uma palestra do que era considerado o maior especialidade em educação financeira do País, com vários livros publicados. Três minutos antes de iniciar sua palestra, consegui conversar rapidamente com ele e contar sobre meu projeto.

Passada a palestra e algumas trocas de e-mails, não é que o cara aceitou? Surgia ali a primeira franquia de educação financeira do Brasil. Em menos de um ano, abrimos mais de 30 franquias de norte a sul e tivemos uma grande repercussão na mídia. Tudo parecia bem mas, como história de empreendedor nunca é em linha reta, sempre tem um monte de problemas durante o caminho

O sócio resolveu sair do negócio, por diferença de objetivos. Como a empresa era grande parte baseada em sua pessoa, seria ali o fim. Em uma ação beirando o desespero, comecei a entrar em contato com outros autores e nomes consagrados do mercado, não só de educação financeira, mas de vendas, liderança, empreendedorismo e outros temas relacionados.

Esse grande problema, que me tirou muitas noites de sono, me fez entender que desafios são indispensáveis justamente para mudarmos o rumo dos negócios e despertarmos para novos caminhos.

Hoje este negócio está baseado totalmente na internet, com uma proposta de se tornar um MBA Empreendedor, com cursos de diferentes nomes e empreendedores consagrados. E, mais importante do que isso, abriu portas para outros novos negócios e me possibilitou publicar um livro.

Vejo muitas pessoas hoje com medo de tentar empreender ou começar um novo projeto, achando sempre que são despreparadas, que não é o momento, que estão novas ou velhas, que não têm o conhecimento necessário ou recurso financeiro. Mas o grande problema na verdade está na inércia em começar e dar o primeiro passo.

Quando você sai dos bastidores e entra em campo, indiferente do resultado alcançado, você além de aprender o que nenhum MBA seria capaz de proporcionar, abre portas para novos contatos, novas experiências e oportunidades, que não aconteceriam se você não estive lá naquele momento.

Depois de dez anos empreendendo, errando e estudando empreendedores de sucesso, resolvi compartilhar um pouco disso no livro O que a escola não nos ensina, publicado pela Alta Books no início deste ano e que conta com a participação de mais de 30 empreendedores e autores de sucesso. Meu objetivo foi condensar habilidades que não aprendemos na sala de aula e que precisamos desenvolver, bem como desmistificar os diferentes caminhos de educação.

Hoje tenho quatro negócios nas áreas de educação, tecnologia, saúde e social, escrevo em vários canais e ministro palestras em diversos eventos pelo Brasil. Mas esse é o lado “bom”, o que a mídia tradicional mostra. Tem muito problema durante o caminho e faço questão de mostrar o processo de construção de cada negócio em minhas palestras. Todos os meus negócios nasceram de problemas, mudaram muito durante o caminho, continuam mudando, tiveram altos e baixos, sócios que entraram e saíram

Alguns deles naturalmente vão desaparecer nos próximos anos e outros novos vão surgir.

Costumo dizer que a função do empreendedor é resolver problemas. O que faço na prática é isso, identifico problemas e conecto as pessoas certas para ajudarem a resolvê-lo. Isso por ventura pode se tornar um negócio ou o processo pode abrir porta para outros negócios, que nem imaginava ou simplesmente uma grande fonte de aprendizado.

O fracasso é um processo natural no desenvolvimento, principalmente no empreendedorismo. Infelizmente no Brasil, ainda temos uma imagem equivocada daquele cara que tentou e não conseguiu. O próprio modelo de educação atual repele o erro, já que somos reprimidos quando tiramos notas baixas ou não acertamos determinada questão.

Quando entendemos, internamente, que os fracassos são etapas naturais na vida de qualquer empreendedor, aceitamos que não existem super-heróis ou fórmula mágica para o sucesso. O sucesso inspira, mas somente o fracasso ensina de fato.

João Cristofolini, 25, é autor de O que a escola não nos ensina, no qual propõe um método de aprendizado alternativo orientado por mentores para seguir no mundo business.

Este artigo foi originalmente publicado no DRAFT

Como ser aprovado em uma das 10 melhores universidades do mundo?

predio da universidade de yale

Pedro Mendonça, de 26 anos, formou-se em Economia e Relações Internacionais pela Universidade Yale, em 2012. A instituição, localizada nos EUA, é considerada uma das 10 melhores universidades do mundo pelos principais rankings acadêmicos, como o da publicação britânica Times Higher Education (THE) 2015.

Em bate-papo exclusivo com o Estudar Fora, Pedro relembra o seu processo de application (candidatura) e conta que lutou para se manter entre os melhores da classe. Ao mesmo em que mantinha ntoas altas, continuou com suas atividades extras, como basquete, aulas de bateria e trabalho voluntário na favela de Paraisópolis. “Tomei a decisão de estudar fora aos 15 anos e sabia que não podia deixar a peteca cair”, lembra. “É bem corrido e talvez você não durma tanto quanto gostaria, mas vale a pena.”

Aceito em cinco universidades americanas, entre elas Universidade de Chiago e Universidade da Pensilvânia (Upenn), acabou se decidindo por Yale. “Eu conseguia dizer sim para todas, mas não conseguia dizer não para Yale”, ri. A excelência da universidade em todos os campos também foi um atrativo: uma garantia de que, mesmo se mudasse de ideia sobre a especialização, só teria boas opções. “Yale abriu minha cabeça”, diz ele, que foi bolsista da Fundação Estudar.

Quando olha para trás, Pedro é categórico em seu conselho para quem contempla uma graduação fora do país: “Para fazer alguma coisa, tem que ralar. Não tem meio termo”. Para assistir ao bate-papo completo com Pedro Mendonça, acesse o site do Estudar Fora.

O que preciso avaliar antes de decidir por uma carreira?

Ailton Cunha

Escolher o que cursar na faculdade aos 17 anos não é nada fácil. Muitas vezes nos sentimos frustrados e até arrependidos da escolha. Mas e a decisão de onde trabalhar? Precisa ser tão difícil quanto?

Para Aílton Cunha, responsável pelo Imersão, programa de decisão de carreira do Na Prática, o importante é refletir sobre a trilha profissional que você quer seguir. Você já pensou em todas as possibilidades de carreira da sua área? Será que já cogitou trabalhar em algo fora da área que voce se formou?

O próprio Aílton, que hoje trabalha com educação no terceiro setor, é formado em Química. “O grande perigo é se deixar levar pelo achismo e senso comum sobre o que é cada tipo de carreira”, ele explica. São mitos como “Gestão pública é ineficiente” ou “Mercado financeiro é para estressados” – e que atrapalham mais do que ajudam.

Mas então, como encontrar o seu lugar no mercado de trabalho? O ideal é não esperar estar dentro de uma organização para ver se é ou não o que você queria, e buscar entrar em contato com profissionais da área. No vídeo a seguir, Aílton dá dicas sobre como decidir que carreira seguir:

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Como usar o networking a seu favor?

Ryochi Penna

Todo mundo fala sobre a importância de ter uma boa rede de contatos, mas pouca gente sabe como trabalhar essa rede da melhor forma possível. Imagine que você participará de um evento de relacionamento em breve. Como se preparar? Basta levar um bolo de cartões para distribuir por lá, certo? Não é bem assim…

O verdadeiro networking está baseado em relações de troca, onde você não pode pensar apenas no benefícios que você ganha, mas também no que você tem a oferecer.

Assista também: Como tomar melhores decisões de carreira?

Para aproveitar sua rede da melhor maneira, confira as dicas de Ryoichi Penna, ex-presidente do responsável pelo Laboratório, programa de formação de lideranças do Na Prática:

Quer encontrar um trabalho voluntário? Esse site pode ajudá-lo!

jovem fazendo trabalho voluntario

Criada por cinco estudantes de administração da Universidade de São Paulo (USP), a rede social Atados conecta pessoas que querem engajar-se como voluntárias em projetos e organizações sociais.

Por enquanto, a plataforma oferece oportunidades de voluntariado em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba, embora muitas vagas sejam para trabalho remoto.

Ao todo, a Atados já conta com o envolvimento de 40 mil pessoas, 400 ONGs e 30 empresas, oferecendo cerca de 800 oportunidades de voluntariado em áreas que vão de comunicação visual à gestão estratégica.

Além da oportunidade de botar em práticas suas habilidades em função de um objetivo social, o trabalho voluntário também é uma chance para jovens profissionais em início de carreira enriquecerem o currículo e aprenderem sobre a vida profissional. É possível saber mais sobre a organização e buscar as vagas para voluntários no site oficial.

Concorra a bolsa de estudos para evento na Índia sobre sustentabilidade

predio historico na india

Estão abertas até o dia 20 de dezembro as inscrições para o Euro Brics Young Leaders Summit, evento que reunirá jovens líderes dos BRICs (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O encontro acontecerá entre os dias 24 e 29 de março de 2016, em Nova Déli, na Índia. Dez brasileiros serão selecionados para representar o país, sendo que pelo menos cinco receberão bolsa integral, que cobrirá os custos com passagens aéreas, alimentação e acomodação.

O objetivo do evento é fortalecer os laços entre a juventude das cinco nações que formam o BRICs e discutir propostas e projetos que visem atacar desafios comuns das nações em áreas como democracia, paz, mobilidade e diversidade. Em 2016, o tema principal de discussão é “Sustentabilidade em um Mundo Multipolar”.

Serão dois dias (24 e 25/3) de palestras e debates com grandes referências na área. Depois, os participantes realizarão um intercâmbio cultural pela Índia para conhecer melhor o país e também os integrantes das outras delegações.

Quem pode participar

Os interessados em integrar a delegação brasileira do evento, com bolsa de estudos ou não, devem se inscrever pelo site do evento. O processo seletivo inclui o preenchimento de uma ficha online com dados pessoais e o envio de currículo e um vídeo de até dois minutos expressando sua motivação e paixão em participar do programa, além da escrita de duas pequenas redações explicando como você está envolvido com o tema sustentabilidade e por que quer participar doEuro BRICS Young Leaders Summit. Tudo deve ser feito em inglês, que será a língua oficial do evento.

Podem concorrer candidatos que tenham entre 18 e 35 anos de idade, e não há restrições em relação à área de formação ou estudo. Saiba mais no site do evento.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora

As vantagens e aprendizados de cursar engenharia no Brasil e na França

capacete de engenheiro

Quando estava prestes a escolher um curso de graduação, Adrian Moll ficou em dúvida. A aptidão para línguas cairia bem para um aluno de Relações Internacionais, mas não combinava tanto com a paixão pelas exatas – ou falta de entusiasmo pelas humanas. “Desde menino, sempre gostei muito de carros, abrir computador, trocar interruptor, tenho esse espírito curioso” resume. Acabou elegendo a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em que ingressou em 2007.

Os idiomas viriam a calhar no ano seguinte, realizando o sonho de Adrian de morar fora. Quando já era aluno de Engenharia de Produção, escolheu o programa de duplo diploma oferecido pela tradicional École Centrale de Nantes, na França. Fundada em 1919, a École Centrale oferece uma visão mais generalista da engenharia, um contraponto às especializações puras da USP. “No começo até achava os franceses muito prolixos, mas hoje em dia acho importante ter essa capacidade de pensamento abstrato e de dedução de fórmulas.”

adrian moll
Adrian Moll, bolsista da Fundação Estudar

Após garantir um financiamento duplo – com as bolsas Eiffel, do governo francês, e da Fundação Estudar –, fez as malas e passou dois anos estudando na França, com seis meses extras estagiando no Grupo Renault, em Paris, e outros seis na Henkel, na Alemanha dos avós.

“Foi uma imersão cultural intensa e fiz grandes amigos, como um russo e uma húngara, que tinham perspectivas de mundo totalmente diferentes”, conta. As experiências de trabalho lhe trouxeram também visões diferentes do mercado de trabalho corporativo. A França, mais conectada aos pontos fortes nacionais, despachava ordens para suas filiais, enquanto a Alemanha, mais aberta às contribuições de diferentes países, criava espaço para relações entre projetos.

“Quando pensei em voltar, era a Alemanha que eu tinha em mente, porque lá senti que eu agregava mais”, diz Adrian, que se envolveu com um projeto de uma fábrica francesa e outro nos EUA, comandando por um colega brasileiro. O retorno ao país, aliás, foi difícil: “Fiquei muito deslumbrado com como dava para ter uma vida com mais qualidade e menos custos na Europa, e quando cheguei aqui foi um choque”. Ele foi perdendo o espírito aos poucos, aplicando o que aprendeu fora, como se esforçar para ter uma vida com base no transporte público.

A coragem de experimentar adquirida no intercâmbio o levou a continuar testando caminhos profissionais no Brasil. Ele passou pela Ambev e pela empresa de consultoria estratégica BCG antes de se encontrar como gerente de purchasing na pequena startup Mens Market, onde afinou a convivência com pessoas diferentes e viu-se tomando gosto por estar fora de sua zona de conforto.

Feliz em estar de volta à engenharia e há um mês trabalhando na área de Operações e Tecnologia do Banco Itaú, Adrian carrega consigo as lições que aprendeu na Europa. “Se há algo que você quer mudar, tente mudá-lo pelo menos em sua vida”, diz. “É complicado, mas não é impossível.”

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora

Mudança de carreira: de administradora de empresas à terapeuta holística e professora de Reike

Mulher recebendo massagem facial

Imagine só a seguinte situação: você chega para trabalhar todos os dias desanimado e pede a Deus um novo emprego. Você acaba conseguindo trocar de emprego, ganha mais, mas aquela sensação não te abandona. No fundo, você sabe que não é aquilo que quer para a sua vida. Durante alguns anos, essa foi a rotina de Lu Oliva, que resolveu abandonar esse martírio matinal pelo qual passava em grandes empresas para ser feliz como terapeuta holística e professora de Reiki, técnica que consiste na captação e transmissão de energia através das mãos. De alguém que estava perdida profissionalmente no passado, hoje ela ajuda pessoas a se conhecerem melhor durante as sessões de terapia. Entenda como ocorreu essa mudança de carreira

Descubra o seu propósito no Autoconhecimento Na Prática, programa de autodesenvolvimento do Na Prática!

Primeiros passos

A vida profissional de Lu começou cedo, antes mesmo de entrar na faculdade. Ela foi aprovada em um concurso público e cursou Administração de Empresas simultaneamente. Assim que se graduou, veio a primeira grande mudança na sua carreira: abandonou a estabilidade e pediu demissão do cargo público. “Lembro-me bem da cara do meu superior quando pedi demissão. Ele achou muito estranho alguém sair de um emprego público”, relembra.

A partir daí, passou por vários empregos em grandes empresas privadas, e foi crescendo… Analista junior, analista pleno, analista senior, consultora de cargos e salário, dentre outros. Em comum, a mesma sensação: “O que eu mais me lembro era sentir um vazio, a sensação de não estar no caminho certo. Lembro que a volta de cada período de férias era uma tortura. As manhãs eram uma tortura. Eu sempre rezava e pedia a Deus um emprego que pudesse me fazer feliz.  Mudava de emprego, ganhava mais e a sensação desaparecia momentaneamente. Por um tempo eu me sentia estimulada, mas logo a frustação voltava ainda mais forte”, explica.

Quando o segundo filho nasceu, mais uma vez Lu resolveu pedir demissão e começou a pintar como hobby. “Comecei a pintar para aproveitar o tempo livre. Pintava camisetas e jeans. Eu usava, as pessoas gostavam e encomendavam. Tornei-me artesã e permaneci assim por três anos. Acho que a pintura foi a ponte que eu precisava para a verdadeira mudança profissional. Abriu a minha sensibilidade e aceitação para a chegada de algo totalmente novo e desconhecido para mim, a terapia holística”, ressalta.

Lu Oliva cita como grande marco para a mudança em sua vida uma conversa que teve com uma senhora humilde. “Um dia, uma senhora muito simples e sábia segurou a minha mão e disse que eu tinha mãos que curam… Não entendi isto na época e dentro da minha visão limitada resolvi fazer um curso de massagem relaxante. Acho que foi aí que o Universo resolveu me dar uma mãozinha (risos). Até hoje não entendo como, ao invés de me matricular em um curso de massagem, eu me matriculei em um curso de Reiki. Este foi o marco. O meu primeiro curso de Reiki”.

Leia também: Formado em Medicina, Fred Veloso encontrou sua vocação nos palcos

Autoconhecimento para mudança de carreira

O Reiki é um sistema natural de harmonização e reposição energética que mantém ou recupera a saúde, muito usado por pessoas estressadas com o dia a dia.  Com o Reiki, Lu Oliva passou a se conhecer melhor. “Depois do meu primeiro curso de Reiki comecei a me beneficiar da terapia vibracional. As sessões me ajudaram a conhecer o equilíbrio vibracional, eliminando os meus bloqueios e trazendo o autoconhecimento. A partir daí fiz vários cursos me tornando mestre em diversas modalidades de cura energética. E é este o meu trabalho atual. Sou terapeuta holística. Por meio de técnicas de cura vibracional ajudo as pessoas a promoverem o autoconhecimento e o equilíbrio emocional, mental e vibracional. De paciente me tornei terapeuta”, explica.

Já são nove anos atendendo profissionalmente como terapeuta holística e ela é responsável por quase tudo. “Não tenho secretária, eu mesma faço os agendamentos, a maioria solicitada por Whatsapp. Trabalho somente por indicação, não faço propagandas e não tenho vocação para a área de marketing. Um final de semana por mês, ministro cursos de Reiki. Como extensão do meu trabalho, faço limpeza energética em ambientes e pinto mandalas personalizadas sob encomendas. Atualmente voltei a pintar camisetas e jeans, depois de ter parado com a pintura por dez anos”, orgulha-se.

A nova rotina traz alguns benefícios difíceis de serem imaginados nos antigos empregos. “A minha qualidade de vida mudou muito. Hoje, eu faço os meus horários e isto para mim é qualidade de vida. Não tenho que lidar com a pressão do mundo corporativo. Não tenho que conviver com a competição e o estresse desses ambientes. Tenho tempo para meus filhos e para mim. Outra mudança valiosa  é a minha evolução pessoal. Tenho diariamente a oportunidade de aprender com cada pessoa que eu atendo. Isto não tem preço! Toda manhã sou grata ao meu dia de trabalho, bem ao contrário do que era antes”, afirma.

Sobre o aspecto financeiro, ela admite que ganhava mais nos antigos cargos, mas a independência parece compensar. “Esta estabilidade que o emprego oferece, considero ilusão. Você fica preso a um modelo trabalhista limitado. Este modelo te torna dependente, dificultando a descoberta de seus talentos mais profundos. Atualmente a minha remuneração não chega nem perto do salário que eu tinha no meu último emprego, mas hoje eu não dependo de uma empresa para ter um trabalho. Eu sou o meu trabalho… O meu talento é o meu trabalho. Sinto-me segura em saber que eu sou um ser produtivo e não preciso que alguém me diga o que fazer”, finaliza.

Leia também: De executivo em multinacional ao trabalho com turismo comunitário na Bahia

‘Cada aula melhor conta’, diz co-fundador da Vetor Brasil sobre carreira em educação

José Frederico, cofundador do Vetor Brasil

José Frederico Lyra Netto, bolsista da Fundação Estudar, é goiano, e foi em Goiás que realizou um de seus maiores feitos. Ele fez parte do time que implementou uma série de melhorias na educação do estado, por meio do chamado Pacto pela Educação de Goiás, que impactou diretamente a atuação de 1100 escolas e 600 mil alunos da rede pública. O resultado foi animador mesmo para os mais céticos: em três anos, Goiás foi de 16º a 1º lugar no IDEB, índice que mede a qualidade da educação no país.

Mas, antes de integrar o time que construiu esses resultados, José Fred passou por muita coisa. Formado por engenharia mecatrônica na UNICAMP, encontrou no Movimento Empresa Júnior identificação com a postura de uma juventude que queria transformar o país através do empreendedorismo. Esse sonho grande despertou sua paixão pelo setor público, pois via nele a melhor maneira de conseguir produzir mudanças em escala. Ao se formar, fundou a primeira versão do Vetor Brasil. Hoje, esta organização – liderada pela também bolsista Joice Toyota – trabalha com o desenvolvimento de lideranças dentro de entidades do governo.

Seu primeiro projeto, um planejamento estratégico, foi apresentado para a prefeitura de Araguaçu, cidade de 10 mil habitantes no interior de Tocantins. Interessada pelo plano, a prefeita o convidou a assumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para colocá-lo em prática. Atraído pela oportunidade de ver como as coisas funcionavam “na ponta”, José Fred abriu mão de uma vaga de trainee e aceitou o desafio – ficou um ano como secretário municipal, até ser convidado pelo então Secretário da Educação de Goiás, Thiago Peixoto, para fazer a reforma educacional do Estado. Aí começa sua história com a educação.

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Chegando ao governo, o diagnóstico: Goiás era a nona economia do Brasil e o décimo-sexto desempenho educacional pelo IDEB. Além disso, seu desempenho relativo a outros estados vinha caindo de forma sistemática nos últimos cinco anos. O primeiro passo para a reforma: estudar. O time visitou o Chile e a Finlândia, referências em educação básica; os Estados Unidos, referência em inovação, e diversas cidades no Brasil (e do próprio Goiás) que apresentavam desempenho superior à média – os chamados cases internos.

Analisando a situação das escolas do estado, montaram dois gráficos: um para ambiente socioeconômico e outro para seu desempenho no IDEB. As escolas com bom desempenho, especialmente aquelas de regiões desafiadoras, foram analisadas como referências para outras em situação vulnerabilidade – o foco maior do projeto. A abordagem era simples: “Mapeamos essas escolas-referência e íamos visitar, perguntando: ‘O que você faz, diretor?’ Às vezes, nos deparávamos com atuações complexas, mas geralmente se tratavam de ações simples, como avaliação permanente e integração com os pais”, explica José Fred.

A partir deste diagnóstico e com o apoio de uma consultoria, montaram o Pacto pela Educação de Goiás – uma grande reforma em educação que compreendia 25 iniciativas distribuídas em 5 pilares de atuação. Naturalmente, uma proposta com tamanha complexidade e abrangência tornou-se um prato cheio para críticas. As ações de reconhecimento por mérito eram as mais polêmicas: existia uma resistência grande às políticas de incentivo para as escolas que batiam metas e aos prêmios para os estudantes de bom desempenho.

O programa de remuneração variável e bonificação dos professores foi alvo, ao mesmo tempo, de economistas e de sindicatos. Mas, para o time da secretaria o importante era que foram propostas simultaneamente ações de curto e longo prazo: “Quando se trabalha em uma rede tão extensa, é importante ter pequenas conquistas – como era o caso dos bônus. Os bônus só funcionam enquanto se está corrigindo um problema, não é uma proposta perene”, explica.

Terminado o ciclo de aplicação do Pacto, José Fred sentiu que precisava se aprofundar no tema educação. Aprovado para um mestrado na Harvard Kennedy School of Government, mudou-se para os Estados Unidos em 2013. Em 2015, concluído o curso, retomou sua atuação como diretor no Vetor Brasil e também na Falconi Educação, prestando consultoria em educação para ajudar outros governos a fazerem essas reformas.

José Fred respondeu algumas perguntas do Na Prática sobre sua experiência empreendendo grandes transformações no setor público. Confiram:

1. Como é pensar em um projeto de urgência mas que, ao mesmo tempo, tem uma repercussão tão grande no longo prazo?

A ideia de longo prazo sempre nos deixava agoniados, mas eu gosto de refutá-la, porque ela passa uma impressão errada, de que a urgência não é tão grande. É lógico que a educação tem resultados no longo prazo – seus reflexos no PIB e em indicadores sociais, por exemplo. Mas, para o aluno, cada aula melhor importa. As pessoas no Brasil acham que a educação é complicado e isso se torna uma desculpa para você demorar para fazer uma ação – e isso é mais um ano de pessoas evadindo, mais um ano de alunos sem aprender. Em três anos levamos Goiás de 16º a 1º IDEB do Brasil, e isso mostra que o senso de urgência deve ser levado a sério.

2. E como foi, para você, apresentar e implementar esses projetos no âmbito político?

Muita gente concorda que educação é importante, sabe que precisa mudar, mas pouca gente está disposta a fazer o necessário. O custo político de uma medida desse porte era muito grande. É curioso, por exemplo, notar que o secretário de educação, na época, levou Goiás para o primeiro lugar do Brasil e teve menos votos como candidato a deputado na eleição seguinte. Não é fácil, não acontece sem pessoas que assumam o risco. Pensar, planejar, é importante, mas a implementação é o mais difícil. Para mim, foi importante ter contato com a ponta – entender como era o dia a dia das escolas, se eu conseguiria aprender estando em um ambiente daqueles, entender questões de infraestrutura e administração… Fizemos muitos estudos, mas nada substitui ir lá, na escola, discutir e estudar, com eles, o que pode ser feito. E isso me dava uma segurança muito grande sobre o que eu estava propondo e fazendo.

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3. Qual o papel da sociedade e da opinião pública no sucesso de um Pacto como o que vocês fizeram?

Em geral, os sistemas que mudam a educação no mundo têm a sociedade abraçando o projeto. No Brasil, o que eu sentia era muito empurra-empurra, sendo que, na verdade, a culpa por um sistema falho é de todo mundo. Nós precisamos nos sentir responsáveis pela educação. O primeiro passo é levar a sociedade a assumir o problema e pensar em soluções. 

4. Como você vê o papel do setor privado na melhoria da qualidade do ensino?

Existe um papel de inovação – o setor privado tem mais agilidade, mais incentivos e mais facilidade para isso. Desde inovação em materiais, métodos de ensino, tecnologia. Existe o risco de ter um setor privado inovando, pensando em soluções, mas nunca se cruzando com o setor público, que anda em paralelo. Então o desafio é como cruzar essa ponte e influenciar, com a suas soluções, o setor público. Ter um bom ensino privado é excelente – e mesmo isso ainda não temos no Brasil,  então, mesmo que ele melhore por si só já é um alcance.

5. Como evitar que as mudanças no governo afetem as conquistas ou os projetos em andamento?

O grande desafio dessas conquistas é justamente a sustentabilidade. Principalmente quando foi muito desgastante para chegar ao resultado, é difícil que não aconteça um retrocesso. O que se pode fazer nesse sentido é deixar o máximo possível dessas medidas em forma de lei, para que se tornem medidas mais institucionais e não personalistas. E, vejam, não estou falando de partido A ou B, e sim da troca, da quebra do processo.

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Entenda melhor como funciona o financiamento por crowdfunding

Peças de quebra-cabeça

O crowdfunding funciona assim: alguém com uma ideia boa coloca seu projeto em uma plataforma de financiamento coletivo e estipula quanto dinheiro precisará para torná-lo realidade. Diferente do modelo de investimento já conhecido, em que poucas pessoas (físicas ou jurídicas) investem um alto montante em um projeto, no crowdfunding a captação de recursos vem através de um grande de número de investidores de valores menores. Em troca das contribuições, geralmente, o criador oferece recompensas diferentes de acordo com o valor investido.

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A grande maioria das plataformas oferece somente o modelo de campanha tradicional – “tudo ou nada” – em que se a meta for alcançada até o prazo estipulado, o criador recebe os fundos arrecadados, caso contrário o valor é devolvido integralmente aos contribuidores. Hoje, porém, já existem aquelas que permitem que o criador receba os fundos captados independentemente de a meta ser alcançada – através de uma campanha “flexível”, e que também tem suas próprias regras.

O atual cenário econômico e o aumento de desemprego colaboraram indiretamente para a popularidade das plataformas. “A crise na economia é algo muito positivo para a gente. Crescemos muito neste momento”, conta Tahiana D’Egmont, CEO da plataforma Kickante.

Os novos pequenos empresários vêem nos sites de financiamento coletivo uma forma de provar a demanda por seus produtos ou serviços, partindo de investimento e riscos muito baixos. São plataformas democráticas, que permitem que qualquer pessoa, de qualquer classe, com uma boa ideia chame atenção de um público maior.

O crowdfunding no Brasil Os brasileiros são muito generosos por natureza, mas poucos tinham o hábito de colaborar e investir em projetos novos. Por isso, os fundadores de plataformas de crowdfunding sentiram a necessidade de fomentar essa cultura de contribuição que ainda não era estabelecida.

Por enquanto, todas as plataformas brasileiras seguem o modelo tradicional de financiamento coletivo, porém, se esforçam para oferecer diferenciais e adaptações que tragam melhores resultados. Algumas plataformas, por exemplo, oferecem ferramentas voltadas para o aprendizado dos criadores de campanhas de crowdfunding, ajudando a profissionalizar o segmento de financiamento coletivo no Brasil. É possível encontrar conteúdo como dicas, vlogs e blogs para maximizar o conhecimento de quem busca financeimento.

Tahiana também explica que as plataformas tem investido cada vez mais em meios de atingir um público mais amplo – facilidades como diversos métodos de pagamento e contribuição, acompanhamento em tempo real do dinheiro arrecadado, entre outras.

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Tahiana D’Egmont é CEO da Kickante. Empreendedora digital de longa data, é especialista e marketing digital e community building e tem a missão de viralizar as campanhas de arrecadação digital na plataforma de crowdfunding. 

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