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Um pequeno guia para ser bem-sucedido no trabalho

how to be a success at everything fast company

A Fast Company, fundada em 1995 por dois ex-editores da prestigiosa revista Harvard Business Review, foi criada para inspirar líderes empresariais a quebrarem os moldes e fazer negócios de uma maneira inovadora e eficaz. A linha editorial, que foca em tecnologia, economia, liderança e design, segue a mesma vinte anos depois.

Prova disso é a versão online da publicação, que inclui a seção “How to be a success at everything”, ou “Como ser bem sucedido em tudo”. Entre dicas de como conseguir respostas para seus e-mails aos hábitos mentais de grandes líderes, há uma série de lições rápidas sobre avanços profissionais, neurociência e autodesenvolvimento, por exemplo.

Confira algumas selecionadas pelo Na Prática abaixo, e veja o material completo aqui. Boa leitura!

Dois itens que deveriam estar na sua agenda em reuniões

1. Reserve os primeiros cinco minutos para bate-papos informais. Isso evita que eles aconteçam no meio da reunião, por exemplo.

2. Faça uma análise rápida do que deu certo e o que não deu nos minutos finais. Este feedback instantâneo faz toda a diferença nas reuniões seguintes.

Como salvar um dia desperdiçado

1. Marque sete minutos num cronômetro no fim do dia.

2. Ponha cinco objetivos curtos no papel nesse meio tempo.

3. No dia seguinte, priorize concluí-los acima de tudo – nem abra sua caixa de emails antes!

4. Siga criando micro-ações como essas diariamente.

Cinco maneiras de lidar com quem resiste a mudanças na empresa

1. Não leve para o lado pessoal.

2. Realmente escute a outra pessoa e demonstre que escutou.

3. Seja compreensivo.

4. Mantenha sua posição, mas pacientemente.

5. Faça um plano de ação que cubra todas as possibilidades, incluindo a saída da pessoa da equipe. Deixe claro para ela quais são os valores e comportamentos fundamentais que você espera e explique a motivação por trás de cada um daqueles passos. A ideia é ser sincero e direto.

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Prêmio Empreendedor Social, da Folha de SP, está com inscrições abertas

pessoa escrevendo com lapiseira

Em parceria com a Fundação Schwab, o jornal A Folha de São Paulo está com inscrições abertas para a 12ª edição do Prêmio Empreendedor Social e para a 8ª edição do Prêmio Empreendedor Social de Futuro.

Os interessados devem ser empreendedores com mais de 18 anos, que morem no Brasil e tenham iniciativas de impacto socioambiental com potencial para serem replicadas e influenciarem políticas públicas. Também é necessário que os projetos já tenham pelo menos três anos, no caso do prêmio principal. No caso da segunda modalidade, que inclui startups, a iniciativa precisa ter no mínimo um ano.

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Entre as recompensas estão bolsas de estudos em três instituições – Fundação Dom Cabral, ESPM e a Harvard University –, consultoria jurídica, auxílio de aceleradoras e participação em fóruns dentro e fora do país. Os vencedores também são avaliados por uma equipe do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, e podem vir a integrar uma rede internacional com mais de 300 outras organizações.

Quem levou o primeiro lugar em 2015 foi o cientista político Sergio Andrade, criador da Agenda Pública. A organização busca aprimorar a gestão pública e ajuda governos locais a criarem planos de ação para lidar com grandes empreendimentos, que trazem consigo novos investimentos e também novas demandas.

Ao todo, mais de 60 iniciativas já foram impactadas e muitas outras estamparam os cadernos especiais do jornal. As inscrições podem ser feitas até 1º de maio, por aqui.

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Como é trabalhar na gestão pública, segundo quatro jovens

estátua de gestão pública
[photoarts/BentoViana]

O mito de que a máquina pública está sempre emperrada é algo que iniciativas como o programa de trainees Vetor Brasil, que conecta jovens talentosos com postos em órgãos governamentais, estão constantemente desconstruindo. A verdade é que se seu sonho é ter um impacto social grande, ajuda se seu local de escolha tiver um alcance igualmente vasto. E não há nada maior no país, nesse caso, que o governo em si.

Um outro mito, e que se esconde dentro do primeiro, é que a gestão pública não tem gente talentosa ou com vontade de mudar as coisas. Elas não só existem como existem aos montes, e é uma das coisas que saltam aos olhos dos participantes do Vetor, que está com inscrições abertas até 9/4. Em apenas alguns meses de programa, que os espalha pelo país, os trainees já citam o profissionalismo e a motivação dos colegas como pontos positivos.

Rotina O economista João Moraes Abreu, que trabalha na SP Negócios, parte da administração indireta da Prefeitura de São Paulo, sabia que encontraria pessoas de alto calibre. “No entanto, mesmo minhas expectativas positivas foram superadas”, resume ele, que participa de reuniões quase diárias com diretores e presidente do órgão e às vezes até com o próprio prefeito.

Entre os pontos de destaque do ambiente, ele cita a equipe altamente qualificada, o número reduzido de integrantes (cerca de 30) e a preocupação com a satisfação profissional de cada um dos membros da equipe. Em conjunto, tais fatores facilitam a inovação constante e lhe dão espaço e exposição total aos projetos em curso. “São tantas as oportunidades de melhorar o que já existe e criar novas e melhores formas de gestão que mesmo um time reduzido pode fazer muita diferença”, diz.

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A economista Flavia Passos Cardillo, alocada na Secretaria de Educação do Ceará, ecoa a surpresa com o número de gente boa. “O maior aprendizado foi perceber que tem muita gente com vontade de fazer a mudança e que nosso papel é fundamental para dar um gás motivacional, tanto com a capacidade técnica que muitas vezes é necessária quanto com a garra e a vontade de fazer acontecer”, diz.

Vetor Brasil - Gestão pública
[FláviaCardillo/acervopessoal]

Ela passa os dias articulando seu projeto, que envolve implementar escolas em tempo integral na rede estadual e pode impactar milhares de jovens, além de realizar análises e estudos técnicos que embasarão estratégias de curto, médio e longo prazo – outra coisa que existe, sim, no setor público.

“Meu nível de exposição a figuras de liderança é alto porque este é um projeto prioritário do governo, que envolve diretamente grandes tomadores de decisão”, conta. Entre eles estão o Secretário de Educação do estado e o Chefe de Gabinete, além de coordenadores da própria secretaria e uma “possibilidade riquíssima” de articulação.

Currículos diversos Formada em Ciências Biológicas e hoje na Secretaria de Governo de São Paulo, Aline Feistler explica que sua experiência acadêmica tem se mostrado útil no trabalho. “As contribuições positivas incluem ouvir e valorizar a opinião das demais pessoas envolvidas nos projetos, trabalhar de forma estruturada e ter disponibilidade para correr atrás de soluções quando algo não está caminhando tão bem”, diz.

O interesse pela gestão pública surgiu quando ela era mestranda em sustentabilidade, na Suécia. Hoje acompanha projetos em áreas diversas, como meio ambiente, segurança no trânsito e racionalização de gastos. E pôs em prática seus conhecimentos científicos em iniciativas como o Programa Nascentes, que tem entre os objetivos a recuperação de matas ciliares do estado, “essenciais para o cuidado com os recursos hídricos”.

Leia também: O sonho de desenvolver novas lideranças públicas para transformar o país

Numa rotina que envolve a articulação entre secretarias com projetos estratégicos em comum e auxílio na hora de desenvolver e executar projetos internos, ela aprendeu a respeitar mais o tempo de outros e a diversidade de pensamento. “É um grande campo de aprendizado”, resume.

A história de Marcus Ganter, engenheiro por formação, é similar. “Aprendi a resolver problemas e a desenvolver um raciocínio lógico estruturado e pensamento analítico que são fundamentais para qualquer política pública”, diz sobre seus estudos no ITA.

Encarregado de analisar projetos e escrever os documentos que compõe licitações na Secretaria de Planejamento do Paraná, ele diz que a experiência tem complementado as competências adquiridas na graduação.

Além de entender melhor como funcionam as relações e negociações  dentro da esfera pública – conhecimento transferível para qualquer outra área, destaca –, expandiu sua visão de mundo. No setor público lidamos com todos os tipos de pessoas, várias entidades, variados negócios e oportunidades de investimento”, explica. “E lidamos com culturas diferentes, pois cada secretaria ou grupo técnico tem características próprias.”

Para quem gosta de desafios – e resultados –, experimentar a gestão pública acaba sendo uma ótima pedida. “Na Secretaria de Educação estou mais próxima do meu propósito, que é igualar o acesso e oportunidades para a maioria desses jovens hoje em escolas públicas”, finaliza Flavia. “Em pouco tempo, tive uma oportunidade gigante nas mãos de enxergar o impacto que posso ter.”

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Como as competições universitárias podem melhorar a sua formação profissional

pessoas sentadas criando robos

Marcus Verrius Flaccus foi um ótimo professor na antiga Roma. Ele se tornou conhecido, no século I antes de Cristo, por introduzir a competição intelectual entre os alunos. Os melhores ganhavam livros antigos, belos ou raros.

Impressionado com o método de Flaccus, o imperador Augusto confiou a ele a educação de seus netos, Caio César e Lúcio César. Graças à experiência romana, educação e competição têm uma relação íntima que dura até hoje. Flaccus reconheceria facilmente ecos de seu trabalho nas atuais olimpíadas de matemática.

Nos últimos anos, outro tipo de disputa educativa ganhou enorme espaço. São competições universitárias de cursos de engenharia, ciências e tecnologia. Elas exigem que os alunos construam equipamentos em equipe, a fim de vencer algum desafio. Nos Estados Unidos e na Europa, o modelo de competições é muito comum e há um calendário anual recheado delas. No Brasil, aos poucos, as competições se multiplicam e chamam a atenção dos estudantes. Atualmente, passam de 30.

Leia também: Competição premia estudantes que resolvem problemas de grandes empresas

Algumas delas já são tradicionais. É o caso do arremesso de ovo na Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG). Em abril, a prova chegará à décima edição (desafio: arremessar um ovo cru o mais longe possível, sem que ele se quebre na aterrissagem). Ou a construção de pontes de espaguete, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Em novembro, ela chegou ao oitavo ano (desafio: construir uma estrutura de espaguete cru que resista ao maior peso possível).

A elas, unem-se novidades, como a competição de pontes de palitos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG), nascida no ano passado (desafio: s construir uma estrutura de palito, epóxi e cola branca que resista ao maior peso possível), e a corrida de carrinhos elétricos da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (desafio: construir modelos de carros elétricos velozes, dirigidos por controle remoto, que enviem dados de desempenho ao controlador).

Parece tudo muito divertido. Mas o que, exatamente, um concurso de arremesso de ovo propicia aos alunos e à sociedade que, paga pelo funcionamento de universidades públicas?

“Essas competições tornam o ensino interessante, desafiador, divertido e mostram os cantos mais escondidos do campo estudado, aonde os alunos normalmente não iriam”, diz Tom Verhoeff, professor de ciência da computação na Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda. Verhoeff é um entusiasta desse recurso de ensino e lançou em 2011 o artigo científico Beyond the competitive aspect of the IOI: it is all about caring for talent (em tradução livre, Além da competição na Olimpíada Internacional de Informática: o que importa é nutrir o talento).

No Brasil, o professor Ricardo Capúcio, do Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica da UFV, é um fã e adepto desse tipo de experiência desde 2003. Capúcio usa as competições de arremesso de ovo para mostrar o lado prático de uma disciplina de projeto de máquinas. Passaram por ela cerca de 400 estudantes. Em suas aulas, ovos já foram arremessados com estilingues, catapultas, foguetes de ar comprimido e bombinhas (proibidas recentemente, por questão de segurança). Como proteções para a aterrissagem, foram usadas combinações variadas de plásticos, colas, isopor e camadas de ar. O atual recorde de arremesso de ovo de seu curso é 102 metros.

“Fui motivo de chacota de outros professores. Diziam que isso não era engenharia”, diz Capúcio. “Mas as competições servem para que meus alunos constatem a existência de várias soluções para o mesmo problema.” Os estudantes também logo percebem o valor da brincadeira. “Começamos a disciplina com uma folha de papel em branco e terminamos construindo uma máquina completa”, diz Gustavo Veloso, mestrando em engenharia agrícola e vencedor da competição em 2010. Ele alcançou a glória ao lançar um ovo cru a 74 metros de distância. A carga chegou intacta ao solo.

Capúcio se inspirou numa competição semelhante, com alunos que largavam ovos do alto de uma torre, observada em 2002 durante seu doutorado na Inglaterra. Esse tem sido o roteiro mais comum das competições – professores fazem pós-graduação no exterior e voltam com uma ideia na bagagem. O holandês Verhoeff diz que isso se repete mundo afora. Um organizador entusiasmado é o mais importante ingrediente para o sucesso desse tipo de projeto. Esse personagem costuma ser um professor. Mas outros tipos de patrono das competições começam a aparecer.

Leia também: O que o aluno ganha com uma universidade mais próxima do mercado?  

Quando era aluno, Felipe Quevedo, engenheiro civil formado pela UFRGS, participou da disputa de pontes de macarrão organizada pelo professor Luis Segovia (o docente se inspirara numa disputa semelhante, da Universidade de Okanagan, no Canadá). Depois de se formar, Quevedo continuou a tratar o assunto a sério. Conseguiu que a empresa onde trabalha como projetista estrutural, a Estádio 3 Engenharia, patrocinasse a competição de pontes de macarrão em sua antiga escola.

Já passaram pela disciplina mais de 1.800 alunos, entre estudantes de arquitetura, engenharia civil, elétrica, química e de alimentos.

As pontes de espaguete cru são submetidas a testes de peso. O recorde da competição, estabelecido em 2011, é de 234 quilos. Segundo Quevedo, a empresa tem interesse na formação dos alunos e acredita que a disputa ajudará a torná-los profissionais melhores. “Durante as competições, os alunos exercitam a capacidade de trabalho em grupo, comunicação, justificativa dos projetos e administração de prazos e recursos – tudo igual a um trabalho real de um engenheiro que lida com cliente e chefes”, diz o professor Segovia.

Para os alunos, esses são todos benefícios palpáveis. Essas experiências tendem também a melhorar quem ensina, desde que o professor que orienta a disputa se disponha a lidar com variáveis mais selvagens que aquelas bem domadas na lousa e nas páginas dos livros. Fora da sala de aula, os imprevistos dominam. Nem sempre é simples transformar a teoria em prática ou conciliar o que ocorre na prática com os ensinamentos teóricos.

O professor Demetrio Zachariadis orienta os alunos da equipe Poli Milhagem, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Eles disputam a Maratona Universitária de Eficiência Energética, cuja edição mais recente ocorreu em julho (desafio: construir carrinhos capazes de carregar uma pessoa e percorrer a maior distância possível, à velocidade média de 25 quilômetros por hora, com o menor consumo de combustível).

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Entre os grandes ensinamentos desse tipo de competição, Zachariadis destaca a capacidade de lidar com os imprevistos. “Isso só se aprende na prática”, diz. “Tenho orgulho de oferecer uma estrutura teórica muito forte. Os projetos permitem ao aluno exercitar de formas novas o que eles aprendem.” Em 2012, o carrinho da Poli percorreu 160 quilômetros com 1 litro de gasolina. Um resultado impressionante, mas ainda distante do vencedor, do Colégio Técnico de Santa Maria, Rio Grande do Sul, que percorreu 280 quilômetros. A Poli Milhagem trabalha para surpreender em 2013. Eles pretendem reduzir o atrito dos pneus com o solo e melhorar a lubrificação do motor.

Nada disso significa que as competições possam ser adotadas de forma apressada. Elas são úteis, mas, em excesso, podem atrapalhar a educação, diz Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP. Segundo ele, o desafio é incluir as competições no aprendizado, sem deixar arestas. “Se a disputa for o elemento central, pode deixar um clima ruim e desanimar os estudantes”, afirma. Vencer é sempre bom. Mas, para os professores, os alunos e a sociedade, que paga a conta, o que importa mesmo é formar profissionais melhores e com ideias mais arejadas.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Época Negócios

4 competências-chave para se tornar um grande líder

jovem com gorro escrevendo na lousa

Como headhunter da célebre firma suíça Egon Zenhder, André Abram já viu sua cota de grandes lideranças. Afinal, desde 2008 sua missão inclui encontrar os melhores executivos disponíveis para cargos de diretoria e acima no Brasil (os chamados C-Level).

Mas não só de MBAs no exterior vive um líder, tanto dentro quanto fora do mercado financeiro, área em que André se especializou. E para quem está no começo da carreira, sua mensagem é clara: é hora de ter pouco orgulho e muita entrega.

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Afinal, é nesse momento que se formam as bases fundamentais de uma trajetória profissional – e é bom que sejam firmes. Para ele, é possível preparar o terreno para uma carreira de sucesso assumindo desde cedo quatro grandes desafios de autodesenvolvimento. Ele garante que vale a pena!

1. Curiosidade
“A melhor maneira de desenvolver curiosidade é tentar se provar errado.” Não tenha medo de se envolver profundamente com um tema e nem de pedir feedbacks críticos. Humildade e vontade de aprender (às vezes tudo de novo) são determinantes na hora de assumir uma posição de ponta.

2. Determinação
“Um bom exercício para isso é pegando um ‘osso’”, resume. Qual estágio? Aquele que vai te fazer suar a camisa. Qual empresa? Aquela que vai te fazer acordar meia hora mais cedo para pensar no melhor caminho. “Nessa época da vida, achar um desconforto é fundamental.”

3. Engajamento
Para André, há um elemento grande de influência em qualquer trabalho, e ele aposta que tal habilidade será cada vez mais buscada. “O jornalista vende uma proposta de entrevista para um entrevistado e eu vendo meu projeto para um cliente”, exemplifica. Para desenvolvê-la, treine falar em público, debata, exponha-se e aprenda a trazer os outros para o seu lado. “Coloque-se em situações que você tem que convencer outros de alguma coisa.”

4. Insight
Traduzir temas complexos de forma simples é uma habilidade muito valiosa. “É algo que possível de desenvolver ao não se ter receio de lidar com assuntos com alto grau de complexidade, como supply chain”, fala. Para simplificar sua leitura de mundo, encontre projetos que exijam muita abstração e poder de síntese (de preferência multidisciplinares) e esforce-se para explicá-los – de novo e de novo.

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7 erros para evitar durante o estágio

alunos de mãos levantadas

A figura do estagiário nas empresas é cercada por um imenso folclore. Quem nunca ouviu a piada de que ele só cumpre funções como “tirar xerox” ou “trazer o cafezinho”? Ou de que a culpa por qualquer erro cometido pela equipe pode ser atribuída a ele? Essas são só algumas das tiradas humorísticas mais comuns sobre os jovens no ambiente de trabalho.

Mas, para além das brincadeiras, o fato é que o estágio cumpre uma função muito valiosa para a carreira de qualquer pessoa.

Leia também: Confira os programas abertos de estágio e trainee

De acordo com Felipe Maluf, sócio da YCoach, empresa especializada em coaching para jovens, a experiência serve como um importante laboratório para a vida profissional.

“Você vai poder errar, até uma certa medida, por ser estagiário”, diz ele. “Ao mesmo tempo, terá a oportunidade de ver como funciona o mercado de trabalho e como se articulam as relações de poder numa organização”.

Greta Munhoz, gerente da consultoria Companhia de Estágios, diz que um estágio bem aproveitado é aquele em que o estudante tem o máximo de contato possível com diferentes departamentos e projetos de uma empresa.

Quanto maior essa exposição, continua ela, mais fácil será testar sua própria satisfação com sua escolha de curso universitário – e direcionar a sua carreira para a área com a qual você descobriu ter mais afinidade. Desperdiçar o potencial de aprendizado dessa fase é, portanto, um erro grave.

O problema é que, por causa da remuneração e da carga horária reduzidas, alguns estudantes acreditam que o estágio é um vínculo menos importante do que um emprego registrado.

Assim, diz Greta, muitos demonstram falta de compromisso com a empresa. Esquivar-se de um problema com desculpas como “Eu sou só o estagiário” é um tiro no pé. “Você não pode agir como se estivesse fora do barco, a não ser que não queira continuar no barco, isto é, ser efetivado”, afirma a psicóloga.

Quer aproveitar ao máximo a sua experiência de estágio? Veja a seguir os 7 “pecados capitais” a evitar, segundo os especialistas consultados por EXAME.com:

1. Aguardar instruções para tudo

Segundo a psicóloga Greta Munhoz, gerente da consultoria Companhia de Estágios, a acomodação é uma das piores posturas que um estagiário pode adotar no trabalho.

“Ele não pode ficar sempre aguardando ordens, ou achando que a sua função é só operacional”, diz ela. “É importante que ele tome iniciativa às vezes, traga ideias, proponha mudanças, e não apenas responda ao que lhe é solicitado”.

2. Ter medo de fazer perguntas

O receio de parecer inexperiente ou despreparado nunca pode ser maior do que a curiosidade de aprender, diz Felipe Maluf, sócio da YCoach, empresa de coaching para jovens.

É comum o medo de “incomodar” os superiores com questionamentos, mas em geral esse temor é infundado: a curiosidade costuma ser uma qualidade bem-vinda em um estagiário e é esperado que ele tenha dúvidas, justamente por estar chegando agora ao mercado de trabalho.

3. Manter uma relação distante com o gestor

O mesmo acanhamento que impede muitos estagiários de expor suas dúvidas também leva ao empobrecimento da relação travada com seu superior. De acordo com Felipe, o gestor está ali justamente para desenvolver o jovem.

Mesmo que pareça difícil, fazer um exercício de aproximação é fundamental – até porque saber construir um bom relacionamento com o chefe será importante para o resto da sua vida profissional.

4. Esquecer que ainda é um aprendiz

Lembrar que você está numa posição iniciante na empresa também é fundamental para calibrar a sua postura diante da equipe. Segundo Greta, muitos jovens acham que “sabem tudo” sobre suas profissões, justamente por ainda estarem muito próximos dos livros da faculdade.

Mas estar com a matéria fresca na cabeça não lhe dá permissão para ser arrogante. “Por mais confiante que se sinta sobre a teoria, ele precisa lembrar que está no estágio para aprender um pouco sobre a prática”, afirma a gerente da Companhia de Estágios.

5. Não se integrar à equipe

Em função de sua idade e posição hierárquica, não é raro que o estagiário se sinta um “cidadão de segunda classe” em relação aos demais. Essa visão está totalmente equivocada, diz Greta.

O jovem pode e deve participar de reuniões, almoços e até happy hours. O único cuidado necessário, segundo a especialista, é evitar rodas de conversa em que que haja excesso de fofocas, comentários maldosos ou brincadeiras que possam comprometer a sua imagem profissional perante a empresa.

6. Não largar o smartphone

Felipe diz que as gerações mais novas têm desenvolvido um apego com os celulares que se aproxima do vício. “Muitas empresas se queixam de estagiários que não conseguem parar de checar o aparelho durante o trabalho e até deixam de cumprir suas atividades por causa disso”, conta o sócio da YCoach.

Acessar o smartphone no trabalho não é um problema em si, mas a relação com a tecnologia precisa ser saudável. Se não for, a sua experiência de estágio provavelmente sofrerá – assim como as suas chances de efetivação.

7. Preocupar-se apenas com as tarefas em si

Todo estagiário será cobrado pelas suas entregas, mas as funções operacionais não podem ser sua única preocupação. De acordo com Felipe, o estagiário que se preocupa apenas em mostrar excelência técnica em suas tarefas perde a oportunidade de expor também as suas qualidades do ponto de vista comportamental – que são as mais críticas para uma potencial efetivação.

“Vá além das tarefas, mostre talento e comprometimento também na sua atitude diante de problemas e na relação com seus colegas”, diz o especialista. “São essas as variáveis que a empresa levará em conta para decidir se deve apostar ou não em você”.

 

Este artigo foi orinalmente publicado em EXAME.com

Mudança de carreira: de consultoria estratégica ao setor público

Joyce Toyota

Criticar o governo e os órgãos públicos é rotina para muitos. Mas será que essas pessoas já pensaram que poderiam contribuir para melhorar a realidade do setor público do país? Esse foi o caminho escolhido por Joice Toyota, bolsista da Fundação Estudar e uma das criadoras do Vetor Brasil, que recruta e seleciona trainees para trabalhar no governo. Depois de estudar em escola pública, ela resolveu colocar seu talento para transformar a educação (e muitos outros setores) no país.

Formada em Engenharia Elétrica na Escola Politécnica da USP, Joice escolheu a área de exatas pela facilidade em lidar com os números. “Desde muito pequena tinha facilidade em matemática e lógica e também tive um professor que me incentivou a cursar Engenharia. Fiz esse curso muito pela curiosidade por saber como as coisas funcionavam. Conhecia muito pouco o mercado de trabalho quando fiz essa opção”, lembra-se.

Inscreva-se no trainee do Vetor Brasil e faça a diferença que você quer ver no governo

Na universidade teve contato com o universo das empresas juniores e viu que, além dos números, também tinha talento para lidar com pessoas. “Trabalhei e fui presidente da federação estadual de empresas juniores e ajudei a criar a Brasil Junior, entidade nacional. Percebi que gostava muito mais do lado de gerenciar pessoas e projetos do que apenas números e isso foi me chamando a atenção aos poucos”, afirma ela.

No momento em que pegou o seu diploma, já sabia que não queria trabalhar com Engenharia e optou por ajudar a mudar uma realidade que fazia parte de sua história. “Estudei em escola pública no ensino fundamental e via as dificuldades do ensino público no país. Sempre tive vontade de trabalhar com educação para ajudar a transformar isso”, explica.

Assim como acontece com muitos engenheiros formados, Joice acabou passando por duas consultorias, onde foi possível se aproximar do sonho de trabalhar com educação em um projeto no Estado do Amazonas. “A consultoria em que eu estava trabalhando estava fazendo um projeto de educação no Amazonas. Seria confortável, estaria com a estrutura da consultoria e desenvolvendo um projeto nos moldes como eu estava querendo, com educação. Passei um ano e meio morando e trabalhando em Manaus e percebi que eu não sonhava em trabalhar com consultoria, não era aquilo que eu queria”, lembra.

Setor público Depois de retornar do Norte do país, Joice recebeu uma proposta de trabalho na Secretaria de Educação do Estado de Goiás. “Conhecia o Secretário de Educação, Thiago Peixoto, e ele me fez uma proposta para trabalhar lá, com um salário bem abaixo do que eu ganhava na consultoria. Aceitei e não me arrependo. Trabalhar no Estado foi uma das decisões mais acertadas na minha carreira. No setor público o seu trabalho impacta muita gente, a responsabilidade é enorme. Tive a oportunidade de fazer parte de uma grande reforma educacional no Estado (entre 2012 a 2014), considerada uma das mais bem-sucedidas do país”, afirma.

Mas esse período no setor público não se estenderia muito, pois Joice foi aprovada para fazer mestrado na concorrida Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com bolsa da Fundação Estudar. “Aprendi muitas coisas morando fora do país. Estava estudando no Vale do Silício, convivendo diariamente com toda aquela cultura empreendedora e aquilo me empolgava. Percebi que havia uma oportunidade no mercado na qual eu podia trabalhar: de um lado, havia muitas pessoas que queriam trabalhar com impacto social em grande escala e, do outro, havia muitas equipes no setor púbico que precisavam desses profissionais e tinham dificuldades de encontrar. Havia uma lacuna entre esses dois grupos e eu poderia ajudar a aproximá-los com minha experiência profissional”.

Leia também: ‘Minha vontade é impactar muita gente’, diz Marcela Trópia, que planeja ser a vereadora mais nova de Belo Horizonte

Nesse momento, ao lado de José Frederico (que também estudava fora do país), Joice participou da criação da Vetor Brasil, com o objetivo de selecionar jovens talentos e alocá-los em governos, de forma a criar uma experiência única de implementação de políticas públicas e de desenvolvimento profissional e pessoal.

Nessa fase empreendedora, Joice diz estar realizada com o trabalho no Vetor Brasil. “Sou muito mais feliz atualmente. Adorava consultoria, conheci pessoas incríveis e gostava do trabalho. Mas trabalhar com propósito é diferente. Agora, quando saio às duas da manhã de uma reunião, acho o máximo, pois estou resolvendo algo importante e que eu me propus a fazer. Antes não era bem assim. Também trabalho muito com jovens e a energia deles acaba me contagiando”, afirma.

Quem pensa que as mudanças profissionais na vida de Joice são pautadas pelo dinheiro se engana. “Tenho um salário que corresponde a cerca de um quarto do que eu ganharia na consultoria agora. Na verdade, não tenho muita perspectiva de aumentar o meu salário nesse momento. Não faço isso pela questão financeira, mas por tentar criar algo importante, fazer contatos e desenvolver habilidades. Essa é uma decisão que se toma em família. Meu marido topou essa decisão, resolvemos viver de um jeito mais simples e somos felizes dessa forma”.

Para aqueles que possuem medo de arriscar e mudar seus ares profissionais, ela aconselha. “Acho um grande desperdício ver pessoas infelizes no trabalho e, ao mesmo tempo, capacitadas. Procuro sempre ser otimista. Digo para elas: ‘se der errado, você começa novamente, tem um currículo legal e vai ser aceita no mercado. Mas, pelo menos tente. Corra o risco de dar certo, não de dar errado”, finaliza.

Conheça o trabalho na FALCONI, que está com processo seletivo aberto!

A FALCONI, uma das mais respeitadas e maior consultoria de gestão do país, está com inscrições abertas para os programas de estágio e Jovem Consultor. Fundada pelo Professor Vicente Falconi, referência em eficiência e gestão (foi ele que trouxe para o Brasil o conceito da Qualidade Total), a empresa atua há mais de trinta anos nesse mercado, com clientes tanto na área pública como no setor privado.

Os interessados podem se inscrever por aqui até o dia 24 de abril, e começam a trabalhar no segundo semestre deste ano. As oportunidades são para as cidades de São Paulo (apenas no programa Jovem Consultor), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

Para o Jovem Consultor, os inscritos devem ter até dois anos e meio de formados ou estar no último ano da graduação dos seguintes cursos: Administração, Ciências Atuariais, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Sociais/Políticas, Comércio Exterior, Direito, Gestão de Políticas Públicas, Engenharias, Estatística, Matemática, Sistemas de Informação e Relações Internacionais. Já para o programa de estágio, os interessados devem estar cursando um dos quatro últimos semestres da graduação dos mesmos cursos. Em ambos é necessário que os interessados tenham inglês avançado.

Para falar sobre a oportunidade de atuar nos projetos de uma das consultorias mais desejadas pelos jovens, o portal My Trainee convidou Matheus Accioly, profissional recrutado pela empresa na edição de 2013 do programa. Confira, na entrevista abaixo, o que mais surpreendeu Matheus no programa:

O que te atraiu no programa Jovens Consultores?

Sempre fui motivado por assumir grandes desafios e responsabilidades. Procurava uma oportunidade em uma empresa com um plano de carreira rápido e estruturado, e decidi buscar uma vaga de trainee. No entanto, nunca fui muito interessado em criar raízes em uma única área, com uma mesma rotina de trabalho. Foi então que encontrei o programa Jovens Consultores da FALCONI.

Já conhecia o Prof. Vicente Falconi por meio de suas publicações, mas ainda não conhecia a consultoria que ele havia construído. Procurei saber mais sobre a empresa e o programa e acabei me identificando com a proposta.

Assista ao bate-papo do Na Prática com o Prof. Vicente Falconi

O que mais te surpreendeu depois da aprovação? Quais os diferenciais do programa?

Quando fui aprovado no Jovens Consultores 2013, fiquei surpreso com a estrutura de suporte aos consultores e projetos que a FALCONI possui. O programa oferece treinamentos sobre os conhecimentos e habilidades necessárias para a atuação do consultor. Além disso, ao longo dos projetos todos os profissionais recebem feedbacks periódicos baseados nas competências esperadas pela empresa. O plano de carreira está diretamente associado à meritocracia, um dos principais valores da FALCONI.

Fale um pouco sobre a sua rotina de trabalho na empresa.

Um dos grandes diferenciais do jovem consultor é justamente não possuir uma rotina de trabalho. Cada projeto tem seus objetivos, escopos e atividades específicas. A função de todos os projetos é a mesma: alcançar resultados a partir da implantação do método de gestão. Atuamos diretamente no cliente, em diferentes níveis (estratégico, tático e operacional), identificando oportunidades e auxiliando nas análises e tomada de decisões para a melhoria dos resultados.

Quais as características que você considera fundamentais para aproveitar todas as oportunidades na FALCONI durante o programa?

Para aproveitar o programa, é preciso saber trabalhar em equipe, com diferentes perfis de pessoas, e buscar antecipar necessidades. Ter proatividade. Também precisa ter visão crítica, interesse em assumir responsabilidades, atitude de dono e vontade de aprender.

Leia também: O começo de carreira em consultoria como estagiário

Você é capaz de apontar uma mudança significativa depois de ter participado do programa?

Após pouco mais de um ano e meio, vejo que tenho uma análise crítica mais desenvolvida, maior capacidade de absorção de conhecimento em pouco tempo, facilidade para me adaptar a diferentes ambientes e mais clareza e objetividade na comunicação.

Como foi a sua preparação para o processo seletivo? Qual etapa considerou a mais difícil?

Acredito que os processos seletivos de trainee são formas de recrutar as melhores pessoas, com perfil adequado à empresa. Ao me inscrever no programa fiz uma autoavaliação: Quem sou? O que desejo? Quais os meus valores? Em seguida, busquei mais informações sobre a empresa: Quem é a FALCONI? Como atua? Quais são seus valores?

Acredito que todas as etapas têm seus níveis de dificuldade e habilidades diferentes que devem ser demonstradas, como capacidade de trabalho em equipe, conhecimento sobre si mesmo, etc.

Quais as suas dicas aos potenciais candidatos que pretendem fazer parte do time de jovens consultores da FALCONI?

A primeira dica é que conheçam a si mesmos. Durante o processo, a empresa buscará saber quem vocês são e isso não deve deixá-los nervosos. Em seguida, procurem mais informações sobre a FALCONI, principalmente sobre seus valores. A base da companhia, durante o dia a dia de trabalho, são os valores. Por fim, seja sincero. Cada empresa busca um perfil diferente de trainee. Não tente ser aquele perfil que você acha que a empresa está procurando. Seja você mesmo.

Os programas de Estágio e Jovens Consultores recebem inscrições até o dia 24 de abril, por aqui. 31

Como é feito o marketing em negócios sociais?

grafico de marketing

“Na Faculdade, aprendemos muito sobre estratégia, mercado, eficiência, mas sempre com foco em consumo. Por que não aplicamos isso a organizações sociais que precisam ser mais conhecidas?”. Esse era um questionamento que Talita André se fazia enquanto cursava   Marketing na USP. Sem se identificar com carreiras tradicionais na área, ela se perguntava como poderia aplicar conhecimentos em business, planejamento, modelos de negócios a um trabalho que tivesse algum retorno positivo para a sociedade.

Envolvida com projetos de economia solidária e com a organização estudantil AIESEC, ela se encontrou ao entrar, ainda como estagiária, na Artemisia,  organização sem fins lucrativos pioneira na disseminação de negócios de impacto social no Brasil. “Descobri que tinha um nome para o que eu queria: negócios sociais.” Sofreu, porém, resistência  na faculdade. “Meus professores não entenderam, não consegui sequer fazer meu TCC sobre o assunto, porque até então era um tema pouco falado no Brasil”.

Conheça o Imersão Impacto Social, veja as datas e participe!

Hoje, o cenário é diferente. “Não falta mais oportunidade para quem quer trabalhar com impacto social. Fala-se muito mais sobre o poder de transformação de negócios que são empresas mas geram retornos positivos para a sociedade”, observa. Tendo atuado por seis anos na Artemisia, atualmente ela presta consultoria em comunicação, branding e marketing     e considera que a comunicação para empresas de impacto social tem um desafio extra: é preciso ter cuidado para não se perder apenas no “marketing de causa”, que é mais usado quando empresas querem ter sua marca associada a uma causa. Ela explica: “O fim não é o marketing neste caso, não é a venda, e sim como usá-lo para transformar um produto, catalisar mudanças e mudar a cabeça das pessoas”.  Confira algumas das dicas que ela dá para quem se interessa pelo assunto:

1. Conheça seu produto para definir sua estratégia

A mesma estratégia de comunicação que traz resultados significativos para um produto pode ser ineficiente para outro. Em alguns casos, a divulgação funciona bem através de mobilização da rede; em outros, guerrilha ou redes sociais. “Trabalhei com produtos que tinham um core muito fácil e eram espalhados pelas próprias pessoas que se engajavam, mas que não tinham nenhum apelo para a imprensa”, exemplifica ela.

2. Tenha clareza sobre seu discurso

O departamento de Marketing deve estar envolvido em todas as entregas de produto – para consumidor, parceiros, investidores e público interno. “É preciso ter consistência no seu posicionamento para que a imagem passada aos seus diversos públicos seja uniforme e não gere confusão”, conclui.

3. Entenda o objetivo da assessoria de imprensa

“Foque a estratégia de imprensa onde seu público está”, aconselha ela. Há uma tendência para as assessorias de imprensa oferecerem pautas sobre negócios sociais apenas a cadernos especializados em terceiro setor – o que, segundo ela, seria vender conteúdo para quem já é adepto da causa. Isso não torna a organização ou o setor mais conhecidos. Ela propõe que o foco seja direcionado a áreas onde a empresa precisa aumentar sua visibilidade e reconhecimento e entender como chamar atenção ali. “Geralmente, o público de economia e negócios é pragmático, com muita expectativa de gestão produtiva e um pé atrás com o terceiro setor. Nestas editorias, não funciona fazer pautas institucionais, que têm pouco apelo, e sim focar em cases que, além de histórias, tragam números e resultados”, analisa.

4. Conteúdo é rei

Em tempos em que quase nenhuma decisão é tomada sem antes consultar o Google, é fundamental fortalecer a presença no meio digital. A empresa precisa estar facilmente disponível para quem busca ativamente informação online. Talita acredita que isso vai muito além de um site básico com informações institucionais: “é importante oferecer conteúdo exclusivo e atualizado – o que melhora seu resultado em sites de busca e cria vínculos com os leitores”, completa.

Empreendedorismo maker: encontro em São Paulo dissemina a “robótica para todos”

lampadas coloridas acesas

Um mundo em que todos saibam utilizar a robótica para solucionar problemas do dia a dia. A ambição é um dos idealismos por trás da cultura maker, movimento global que incentiva a atitude ‘mão na massa’ e promove a ideia de que todos podem (e devem!) criar e construir coisas. Com o Arduino, esse cenário fica muito mais próximo da realidade.

Trata-se de uma plataforma – grosso modo, uma placa, como a da imagem abaixo – que permite permite a automação de projetos eletrônicos e robóticos tanto por profissionais como por amadores, sejam eles artistas, estudantes ou entusiastas. Juntos, os usuários do Arduino somam uma comunidade global de milhares de usuários e que, no dia 2 de abril, vão se reunir em diversas cidades do mundo para trocar experiências e projetos baseados na plataforma. Trata-se do Arduino Day 2016; no Brasil, o evento acontecerá em São Paulo, no espaço Cubo.

O evento contará com a presença de Manoel Lemos, do Fazedores, entre diversas outras referências no assunto. As inscrições podem ser realizadas por aqui

A placa No fundo, a plataforma de prototipagem eletrônica resume-se a uma placa, mas que pode ser associada a outros dispositivos, dependendo do objetivo do criador. Iniciado na Itália, em 2005, o projeto surgiu com propósito educacional e voltado para aplicação em escolas. Não demorou muito para a tecnologia ganhar o mundo. A popularidade da plaquinha, inclusive, rendeu um documentário em 2010.

led cube arduino day sao paulo
[reprodução]

Algumas características do Arduino ajudam a explicar esse sucesso: a tecnologia é de baixo custo, flexível, fácil de usar e possui código aberto. Para construir o software do LED Cube acima, por exemplo, uma dupla de norugueses levou menos de cinco dias.

As possibilidades de aplicação da tecnologia, no entanto, vão bem além. Um dos principais usos está relacionado à automação de casas – desde identificar a aproximação de uma pessoa e acionar as luzes quando ela chegar, até graduar a abertura das janelas de um escritório de acordo com a intensidade da luz do sol e temperatura ambiente. Se você se empolgou com o assunto, não deixe de participar do Arduino Day:

Arduino Day SP 2016
02 de Abril de 2016
8h às 18h
CUBO
Rua Casa do Ator, 919
Vila Olímpia, São Paulo, SP
Ingressos aqui

 

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Quando nomes de peso como Citibank, Barclays e BlackRock usam o mesmo serviço – para não falar de universidades como Yale e Cambridge –, vale prestar atenção na oportunidade.

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Conheça os empreendedores por trás do premiado aplicativo Hand Talk

fundadores do aplicativo social hand talk

Em idos de 2008, ano em que surgiu o primeiro iPhone, Ronaldo Tenório engavetou uma boa ideia. Veio na primeira aula do curso de Comunicação Social na Faculdade Maurício de Nassau, em Maceió, que ele havia escolhido para substituir uma graduação em Ciência da Computação, e envolvia criar uma plataforma de tradução simultânea para Libras, a língua brasileira de sinais.

“Fiz o projeto, apresentei e acharam meio louco”, lembra. “Um dia eu consigo, pensei, mas não sabia quando nem como.” Quatro anos depois, já como app, surgia o Hand Talk.

Criar algo de impacto era importante para Ronaldo, hoje CEO da startup aos 31 anos. Ele não tem ninguém com deficiência na família, mas ficava tocado com a ideia de uma comunidade de 10 milhões de ‘estrangeiros’ vivendo em seu próprio país. “Surdos têm muita dificuldade de comunicação com ouvintes e 70% deles não conhecem o português perfeitamente”, explica.

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O alagoano co-fundou a Hand  Talk com outros dois sócios, o desenvolvedor Carlos Wanderlan e o arquiteto Tadeu Luz, especialista em efeitos especiais e criador do Hugo, o personagem em 3D que faz os sinais. A ferramenta gratuita é tanto dicionário quanto tradutor móvel e converte textos e áudios para Libras.

Desde sua criação, o aplicativo vem colecionando medalhas, como o prêmio de melhor app social do mundo segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Prêmio Empreendedor Social de Futuro da Folha de São Paulo e uma vaga na disputada aceleradora do Google, a Launchpad Accelerator.

Em 2016, ano em que a companhia viu um crescimento de 100% em relação a 2015, Ronaldo foi o único latino americano na lista dos 35 jovens mais inovadores do mundo do Massachussetts Institute of Technology (MIT).

Atualmente, a equipe soma 10 pessoas e contabiliza mais de 1 milhão de downloads.

Hand Talk - Empreendedorismo Social [Foto: AgênciaNaLata]

A história por trás do Hand Talk

Após ganharem uma competição de startups em Alagoas em 2012, a empreitada deixou de ser um projeto noturno paralelo e, aos poucos, o trio de fundadores foi se desligando de seus outros empregos para se dedicar integralmente à iniciativa.

“Antes do prêmio eu tinha minhas dúvidas, mas ele foi essencial”, lembra. “Esse primeiro investimento criou em nós a responsabilidade de tornar aquilo real: tínhamos uma pedra preciosa nas mãos e só faltava lapidar.”

Quando começaram a delinear os planos e validar a ideia com surdos e seus familiares, o grupo percebeu que montante de trabalho era muito maior do que imaginava. “Se nem a maior empresa de tecnologia do mundo estava fazendo isso com o Google Translate…”, ri.

Sempre estiveram atentos, no entanto, ao enorme potencial de impacto. O Hand Talk se encaixa no segmento de tecnologia assistiva, em que ficam as tecnologias que contribuem para oferecer ou ampliar as habilidades de pessoas com deficiência. Nesse caso, auxiliar com uma solução prática, fácil e gratuita os milhões de brasileiros que não escutam.

Um primeiro grande desafio foi alinhar uma língua visual ao software de tradução: gestos, expressões faciais e corporais são indissociáveis da comunicação eficaz em Libras. Outro foi a expectativa crescente da comunidade de surdos, que percebeu depressa que aquilo podia mudar a forma com que se relacionavam uns com os outros.

Além dos percalços habituais de programação e desenvolvimento de uma interface complexa, ainda havia a pressão para que o Hand Talk aparecesse logo e realmente cumprisse sua promessa.

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O primeiro ponto foi a escolha do Hugo, o intérprete visual. “Queríamos uma figura simpática, que ia passar o dia todo no bolso das pessoas”, resume Ronaldo. A partir daí, começaram a incluir o vocabulário, com três mil sinais iniciais. Hoje, o software se aprimora de maneira parecida com o Google Translate, usando como base as mais de 100 milhões de traduções que já foram feitas.

Em 2013, o Hand Talk foi selecionado para participar do programa de aceleração da Artemísia. Fizeram as malas em Alagoas e viajaram pelo país, entrando em contato com mentores e empreendedores e afinando o conceito de seu negócio social.

Quando o app finalmente chegou ao mercado, naquele mesmo ano, se tornou um sucesso de primeira. Com o tempo, acabou ganhando também uma função educativa, a Hugo Ensina, que ensina Libras aos ouvintes.

Ronaldo conta com gosto dos depoimentos diários de agradecimento: “Foi uma inovação disruptiva para eles, da simples ação de pedir uma água até algo envolvendo educação na sala de aula”.

Expansão internacional

Sempre gratuito para o usuário individual, faturamento da Hand Talk vem de trabalhos corporativos e para o setor público, como plugins de tradução que já são utilizados em mais de cinco mil sites e custam R$ 49 por mês – entre os clientes, há Avon, Natura, Magazine Luiza e o Comitê Olímpico Brasileiro – e a criação de totens acessíveis com a figura do Hugo, que hoje podem ser encontrados tanto em shopping centers brasileiros quanto em postos do Poupatempo no estado de São Paulo.

“Temos sorte de estar em um mercado em ascensão, tanto tecnologicamente quanto em relação às leis de acessibilidade”, fala o cofundador. “Essas empresas passam a falar com um público que queria se comunicar, que consome e que não tinha uma ferramenta para isso.”

Hand Talk - Empreendedorismo Social

E se a demanda por um produto inovador existe no Brasil, pode existir em outros lugares também. Como qualquer idioma, a língua de sinais não é universal – são cerca de 200 –, e há pelo mundo 360 milhões de surdos que poderiam se beneficiar de uma tecnologia como essa.

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Após conversas com partes interessadas de diversos outros países, a Hand Talk decidiu investir nos EUA, que conta com uma comunidade de quase 30 milhões de surdos e onde se pratica a American Sign Language (ASL). Agora, o grupo planeja uma nova rodada de investimentos para trabalhar a questão da internacionalização.

“O que me deixa mais feliz é que fomos lá e fizemos algo que achavam difícil, construímos um legado e uma solução global”, resume Ronaldo, que quer que outros empreendedores tirem suas ideias improváveis do armário. “Queremos servir de inspiração para que as pessoas criem algo relevante, porque a diferença entre ter a ideia e faze-la acontecer é grande.”

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