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Como os recrutadores analisam o seu currículo e seu comportamento na entrevista?

homem e mulher analisam documentos

Você já se perguntou o que estava se passando pela cabeça do seu avaliador durante um processo seletivo? Nós também. Por isso, perguntamos a 10 recrutadores de diversas áreas, como engenharia, TI, marketing, vendas e finanças, quais são os erros mais terríveis e os acertos mais brilhantes de um candidato a uma vaga. Confira a seguir:

Alexandre Kalman, sócio da Hound Consultoria

Área: Finanças
A maior virtude de um candidato: Demonstrar visão estratégica e mostrar os resultados palpáveis de suas experiências anteriores.
O maior pecado de um candidato: “Vender” qualidades que sabe não ter, como uma suposta fluência em inglês, por exemplo.

Daniela Ribeiro, gerente da Robert Half

Área: Marketing e vendas
A maior virtude de um candidato: Ter uma comunicação clara, sincera, direta com o recrutador, sabendo transmitir o que é relevante sobre sua carreira.
O maior pecado de um candidato: Demonstrar falta de segurança, concisão ou clareza na hora de se apresentar.

Lucas Wilson, vice presidente regional da Asap Recruiters

Área: Engenharia
A maior virtude de um candidato: Saber explicar para o recrutador, com exemplos práticos, como seu trabalho contribuiu para os resultados dos ex-empregadores.
O maior pecado de um candidato: Falar de forma muito técnica e ser superficial ao falar de seu perfil comportamental durante a entrevista.

Leia também: Veja vagas abertas para estágio e trainee

 

Fábio Salomon, sócio da Salomon e Azzi

Área: Jurídica
A maior virtude de um candidato: Demonstrar maturidade, profissionalismo e transparência sobre suas intenções com a vaga.
O maior pecado de um candidato: Não dar retorno para o recrutador e faltar em etapas do processo seletivo.

Rodrigo Soares, diretor comercial na Hays

Área: Marketing e vendas
A maior virtude de um candidato: Fazer perguntas durante o processo seletivo e ter um discurso estruturado.
O maior pecado de um candidato: Não ter informações básicas sobre a empresa, demonstrando falta de preparação para a entrevista.

Guilherme Petreche, gerente executivo da Michael Page

Área: TI (Tecnologia da Informação)
A maior virtude de um candidato: Ir preparado para a entrevista, cuidando inclusive da apresentação pessoal.
O maior pecado de um candidato: Ser pouco transparente quanto às suas intenções com a vaga.

Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos

Áreas: Finanças, Logística, TI e RH.
A maior virtude de um candidato: Falar com a mesma naturalidade sobre seus pontos fortes e fracos, demonstrando que aceita bem seus fracassos.
O maior pecado de um candidato: Usar o processo seletivo para barganhar salários com seus atuais empregadores.

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Rodrigo Maranini, head de engenharia da Talenses

Área: Engenharia
A maior virtude de um candidato: Saber ouvir, se colocar no lugar do outro e entender as expectativas do cliente a respeito da vaga.
O maior pecado de um candidato: Ter uma comunicação fria e arrogante.

Maria Beatriz Henning, sócia da Exceed

Área: Finanças
A maior virtude de um candidato: Ser sincero sobre suas motivações e valores no trabalho.
O maior pecado de um candidato: Usar o processo seletivo para negociar salário maior no emprego atual.

Teresa Gama, diretora da Projeto RH

Área: Setor bancário
A maior virtude de um candidato: Ser transparente em suas posições e expressar pontos de vista com clareza.
O maior pecado de um candidato: Mentir e demonstrar falta de educação.
Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

Mudança de carreira: o jornalista que aproveitou uma demissão em massa para se dedicar ao empreendedorismo

homem em barbearia

As demissões são um verdadeiro tormento para a maioria dos empregados. Receber a notícia de que você não trabalha mais naquela empresa pode ser complicado as contas para pagar não esperam no fim do mês mas também pode ser a hora da virada. Esse é o caso de Mauricio Nadal, 28 anos, que aproveitou a saída forçada do seu emprego como jornalista para se tornar um empreendedor. E ele está fazendo barba, cabelo e bigode nessa nova carreira!

Nadal formou-se em jornalismo pelo Mackenzie em 2009 e logo começou a se envolver com a área esportiva.  “Aceitei e realizei vários sonhos no jornalismo esportivo. Cobri eventos de vários esportes, entrevistei ídolos, viajei, entre outras coisas bem legais. Virei jornalista pela paixão por esportes e pelo gosto de conhecer e escrever histórias. A decisão foi mais que certa”, conta.

Mas o atual momento do jornalismo, com seguidas demissões e projetos descontinuados, começou a incomodá-lo.  “Ver as decisões e caminhos dos caciques dessa área me desanimava. Precisava passar por tudo aquilo para crescer e almejar algo a mais para a minha vida. Mas a ausência de plano de carreira, a clara crise na profissão e o fator financeiro também contaram demais para mudar de área. A sensação de impotência, das mãos atadas, me consumia. Era um sinal”, relata.

barbearia jornalista empreendedor

A partir desse cenário, ele passou a pesquisar mais sobre o empreendedorismo. “Participei de reuniões de empresas nas áreas alimentícia, serviços e pets e chegamos muito perto de colocar uma grana imensa em algo que não acreditávamos. Foi aí que veio a grande ideia. Eu já frequentava e sabia da tendência das barbearias. Pensei: ‘por que não fazer algo no estilo esportivo?”.

E o incentivo decisivo para abrir sua própria barbearia foi a demissão do portal de notícias em que trabalhava. “Estava no fim das férias e recebi uma ligação de um editor dizendo que eu estava demitido, em mais um corte trivial no jornalismo. Era para apenas passar lá e pegar as minhas coisas. No primeiro momento, foi um espanto, mas no mesmo dia já estava tranquilo em casa e sabia bem o que deveria começar a fazer”, lembra. Era o marco para a criação da Barbearia Campeã, inaugurada em São Caetano (SP) com estilo esportivo e novos conceitos.

Leia também: Coach dá três dicas para quem quer mudar de carreira ou profissão

Tratamento diferenciado Após definir a área em que iria empreender, Nadal precisava conhecer a fundo o universo das barbearias.  “Pesquisei muito sobre o mercado, comecei a frequentar ainda mais as barbearias, para ver acertos e erros deles. Matriculei-me no curso de barbeiro, não para trabalhar no dia a dia com o ofício, mas para entender do assunto. Não só de máquinas, tesouras, pentes e acessórios em geral, mas também do panorama de mercado, produtos e profissionais. Essa foi a grande sacada, pois pude entrar no mundo dos caras e ver como é difícil cortar um cabelo ou fazer uma barba. Fica mais fácil de falar a língua deles e entender dos problemas”, revela.

Quem frequenta a Barbearia Campeã encontra muito mais do que um corte de cabelo ou da barba. Com um investimento de R$ 110 mil, o espaço conta com uma área para a interação entre os clientes, com mesa de sinuca, bar e televisão. Tudo isso com muito papo sobre futebol, é claro! “Fico no bar da barbearia conversando com os clientes ou com os acompanhantes deles. Esse atendimento é muito importante e a pessoa se sente respeitada e mais bem atendida ainda”, afirma ele, que tenta sempre memorizar o nome e o time do coração dos frequentadores. “Sou muito mais feliz atualmente. Sinto-me bem naquele ambiente. Ficaria o dia inteiro lá dentro, sem problemas. É muito cansativo, é claro. Mas a satisfação dos clientes da barbearia é a certeza de um trabalho bem feito, mesmo que ainda engatinhando”, afirma.

Sobre o futuro, Nadal espera que sua barbearia receba ainda mais movimento com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Quando perguntado se voltaria ao jornalismo, ele é enfático. “Voltar ao jornalismo, da forma como ele se apresentava, seria um retrocesso. A veia empreendedora está pulsando em mim. A noção de responsabilidade, em tomar decisões, é algo fantástico. Quero arriscar, apostar, porque gera mais alegria quando se conquista um objetivo. Reclamar da vida é a pura bengala da preguiça ou falta de ânimo. Todos nós somos protagonistas de nossas vidas e caminhos profissionais e pessoais”, finaliza.

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Em tempos de crise, programas de trainee se tornam mais concorridos (e desejados!)

Programa de Trainees Votorantim

Tornar-se trainee é uma das opções mais cobiçadas na hora de entrar no mercado de trabalho. O programa, que é voltado para jovens recém-formados ou em vias de se formar, representa um investimento duplo: o trainee investe tempo e esforço, enquanto a empresa investe financeiramente em um treinamento pesado para esse profissional, para prepará-lo para assumir cargos de liderança e com a intenção de que ele permaneça a longo prazo na organização.

A Seja Trainee estima que sejam abertas três mil vagas do tipo ao longo de 2016. E a concorrência deve ser ainda mais acirrada que o normal, já que algumas empresas diminuíram o tamanho de seus programas – sempre bastante despendiosos – devido à crise econômica. Para outros, no entanto, esse é o momento certo para investir em talentos (o Santander, por exemplo, abriu esse ano a primeira turma de trainee desde 2009). 

Na Votorantim, por exemplo, que está com inscrições abertas até 22 de agosto e já formou cerca de 600 trainees, serão 13 vagas para 2017, divididas entre as três companhias: Votorantim Cimentos, Votorantim Energia e Votorantin SA. O número é mais restrito do que no ano anterior, que teve 31 vagas, o que já indica que o processo será concorrido. 

“Investimos porque acreditamos na assertividade da seleção de jovens com potencial por essa porta”, diz Manuela Landi Franco da Silva, analista de recursos humanos da Votorantim SA e que atua no processo seletivo. “O programa de trainee permite muita aprendizagem e isso se reflete em pessoas provocativas, que vão propor mudanças positivas à organização.”

Da mesma forma, os programas tornam-se ainda mais cobiçados pelos jovens, devido às vantagens que oferecem em relação às demais portas de entrada em uma empresa: aprendizagem acelerada, treinamento estruturado, rotação de funções, crescimento rápido e exposição frequente à alta liderança – além do salário, que costuma ficar acima da média do mercado para recém-formados.  

A possibilidade de aprendizagem acelerada e crescimento rápido dentro da empresa é um benefício dos programas de trainee. “Temos encontros trimestrais de formação com cursos e workshops de diversos assuntos tais como finanças, autoconhecimento, gestão do tempo, gestão de projetos, comunicação e inovação”, explica Manuela. A alocação de um mentor para cada trainee também entra como diferencial. Para Manuela, essa é uma forma de proporcionar um exercício de autoconhecimento para os jovens. 

Leia também: Confira vagas abertas para estágio e trainee

Dicas e Conselhos As etapas de um processo seletivo podem mudar de programa para programa, mas as dicas são sempre parecidas. Há itens básicos, como vestir roupas confortáveis para não ser surpreendido por dinâmicas em grupo, e a importância de pesquisar a fundo a empresa e o setor em questão para estar totalmente preparado na hora da entrevista.

A seleção, vale lembrar, é criteriosa e envolve os mais altos executivos. “São filtros rígidos de crenças, lógica, comportamento, competências, capacidade analítica, repertório, potencial e inteligência emocional”, diz Manuela. “Formar gente de casa é um indicador importantíssimo e acreditamos que ajuda na perpetuidade dos valores da organização.”

No longo prazo, a adequação a cultura e valores da empresa também é importante para quem contrata e para quem é contratado, e em um processo seletivo de trainee o olhar sobre esse aspecto da seleção é ainda mais apurado. Não surpreende, então, que o erro mais comum cometido na hora da seleção seja tentar se adequar a todo custo. “É fingir ser o que não é”, resume Manuela. “É muito importante que a pessoa aja da maneira mais natural possível. Queremos conhecê-la como ela é de fato e daí analisar se há matching ou não. Essa transparência garante justiça para o processo, para a pessoa e para a empresa.”

“Desde o processo seletivo vi na Votorantim um match de valores e cultura e, além disso, enxerguei nas pessoas da empresa um perfil muito parecido com o meu, o que me deixou confortável em assumir esse compromisso”, explica a trainee Nathalia Andrade Castro. 

Leia também: Como ser aprovado no processo seletivo do Google?

Cotidiano dos trainees Formada em administração pelo Insper, Nathalia ficou atraída pela visibilidade proporcionada por esse tipo de programa. Antes disso, já tinha feito estágio na consultoria FALCONI e na Nestlé, e também empreendeu com o Brechó da Vila, um comércio de roupas usadas em São Paulo. “Para quem acredita ser capaz de entregar resultados, é uma ótima oportunidade”, diz ela, hoje na Votorantim SA. “Além disso, a carreira de trainee tende a ser mais acelerada devido à exposição, à visão geral da empresa que você cria em pouco tempo e aos treinamentos.” 

A visibilidade começa cedo. No caso da engenheira Daniela Freitas Lage Santos, veio ainda no processo seletivo, num painel com o presidente da Votorantim Energia, onde trabalha hoje. “Todos eram muito bons e mostrar meu diferencial não foi fácil”, lembra. “Minha dica para interessados é conhecer seus pontos fortes e fracos, saber usá-los a seu favor – e ser autêntico. Se você se encaixar no perfil procurado, ser aprovado é inevitável.”

Trainees do Grupo Votorantim
[Trainees da Votorantim/divulgação]

Job rotation O sistema de rodízio de funções, o chamado job rotation (sobre o qual é possível saber mais aqui), existe na maior parte dos programas de trainee, e serve para que os jovens testem as águas e descubram no que se destacam, além de dar uma compreensão do negócio como um todo. No caso da Votorantim, são três rotações em um ano. Cada uma inclui a entrega de um projeto e o acompanhamento de um gestor, e as áreas são diferentes de acordo com as preferências de cada um.

Esse foi o ponto principal que fez Daniela optar pelo programa. “Eu escolhi o trainee pela oportunidade de uma formação mais completa como profissional, já que temos uma exposição à empresa como um todo, possibilitando uma visão macro e não apenas da área que irei atuar”, ela explica. 

“Logo que entramos, nossa área final está definida de acordo com nosso perfil”, complementa Nathalia. “As outras são decididas pelo seu gestor, de acordo com as habilidades que ele queira desenvolver em você e que sejam importantes para sua alocação final.”

Para recém-formados, o cenário dos últimos anos pode ser quase desesperador. Mas há oportunidades. “Eu me formei num dos piores momentos do Brasil”, resume a administradora. “Ter conseguido uma vaga de trainee é um sentimento não apenas de tranquilidade, mas também de orgulho por saber que, nesse período de crise, a empresa está investindo fortemente no meu desenvolvimento.”

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O lado da carreira esportiva que ninguém vê, segundo ídolos

atletas brasileiros

Quatro atletas brasileiros – Marta, Maurren Maggi, Daniel Dias e Kaká – que aceitaram o convite para ser influenciadores do LinkedIn dão uma boa ideia de um lado pouco conhecido de suas carreiras.

Em momentos em que a atenção se volta para o esporte – o que segue pelos próximos 17 dias na Olimpíada e também em setembro com a Paraolimpíada – o público vê apenas fragmentos (ainda que os mais cruciais) de longas histórias de dedicação, preparo, obstáculos transpostos.

O que está por trás do suor no rosto, no entanto, é o que de mais inspirador há na trajetória destas pessoas. “Quem olha de fora não consegue perceber o quão doloroso é ser um jogador profissional”, escreveu Kaká. Desde 14 de julho, seu texto conta mais de 20 mil visualizações. Confira alguns trechos do que ele e os outros três craques do esporte contaram na seção de esportes da plataforma Pulse do LinkedIn:

1. Kaká

Kaka

Último brasileiro a conquistar o título de melhor jogador de futebol do mundo, ele começa seu texto falando sobre um momento em que sua promissora carreira ficou por um triz, após fraturar a 6ª vértebra quando tinha só 18 anos. “Eu não sabia na época, mas estava prestes a aprender uma das maiores lições da vida”, escreveu.

Dos quatro influencers é único a não ter conquistado medalha olímpica. Atual jogador do Orlando City, Kaká dá a ideia do quanto a carreira de jogador de futebol profissional é exigente. “Precisamos nos afastar da família, nos privar da nossa liberdade, dos nossos finais de semana, da nossa liberdade”, contou.

A lição que o jogador cita no começo do texto só parece ter ficado clara com os (muitos) altos e (alguns) baixos da sua vida de atleta. “Não existem derrotas definitivas na nossa carreira. Cada tombo é uma grande lição a ser tomada”, disse. Leia o texto completo aqui.

2. Maurren Maggi

maurren

A última competição oficial da carreira de Maurren Maggi no salto em distância foi em fevereiro deste ano. “O primeiro sentimento é de um pequeno desespero. Natural, claro: de uma hora para outra, sem muito aviso prévio, a sofrida e regrada rotina que levamos desde muito cedo é interrompida”, contou.

Mas o sinal, escreveu, já vinha sendo dado pelo seu corpo. Um lado ruim da carreira de atleta é a sua brevidade: após o auge aos 32 anos e com o ouro na Olimpíada de 2008 em Pequim, a aposentadoria aos 39 anos.

“Felicidade, orgulho, sentimento de superação, tristeza… São muitas as emoções que cercam a carreira de um atleta”, escreveu. A vergonha pela suspensão ao ser pega no antidoping também marcou emocionalmente a sua carreira, ainda que a culpa não tenha sido sua, defendeu-se no texto.

Por isso a gestão adequada da emoção é posta por ela em pé de igualdade com o desempenho físico. Chegar ao topo, escreveu, só é possível a partir da combinação da excelente performance física e melhor preparo emocional. Leia o texto completo aqui.

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3. Marta

marta atletismo

Dificuldades e obstáculos não foram poucos na vida da maior jogadora de futebol de todos os tempos. Mas ela soube driblá-los porque foi persistente, ou como preferiu se autoqualificar: teimosa. “Não fosse eu teimosa, minha carreira não teria nem começo”, escreveu.

O esforço que fez para conquistar tantos prêmios e o melhor currículo possível para uma jogadora de futebol passa longe da vida de sonhos que muitos acham que ela tem agora, disse.

“As dificuldades foram tremendas. No nosso país, o ‘País do Futebol’, veja você, a minha modalidade ainda é vista como amadora”, disse. Em meio aos obstáculos, o que importou foi sua persistência em prestar atenção aos caminhos que se abriam em vez das barreiras.

“Penso que é assim quem devemos gerir nossa carreira profissional: com foco nas portas que se abrem; com atenção especial ao futuro que se desenha, tentando sempre antecipar as divididas; mas com a memória sempre ligada nas nossas raízes, para que a vida não nos deixe esquecer quem realmente somos”, escreveu. Leia o texto completo aqui.

4. Daniel Dias

daniel dias

Dez medalhas de ouro no currículo, e 15 no total somando-se conquistas nas Paraolimpíada de Pequim em 2008 e Londres em 2002. E muitos disseram que ele começou a nadar tarde, quando tinha 14 anos. “Para mim, tarde seria nunca. Além disso, sempre fiz as coisas no meu relógio”, escreveu.

Para ele, o mais importante do que as medalhas, os prêmios e os seis recordes mundiais alcançados na natação foi a primeira prótese. “Foi ali que comecei a gostar de esporte. Foi quando comecei a sentir vontade de praticar esportes. E a vontade é quase tudo que precisamos”, disse.

Para Daniel Dias, além da vontade, não faltaram nem fé nem determinação. Tudo, disse, é uma questão de escolha. “ Eu escolhi ser feliz”, disse. Leia o texto completo aqui.

Leia também: As lições de carreira que os atletas podem te ensinar

 

Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

Por que um consultor decidiu começar uma empresa de filosofia?

homem olhando para o horizonte

Através de coaching para executivos, desenvolvimento de equipes e um programa de certificação, a consultoria Strategy of Mind garante que desenvolve e aprimora o “coeficiente humano” – composto por habilidades como consciência, inteligência emocional e pensamento estratégico.

Por trás da ideia está a importância de áreas das humanidades, como a filosofia, na cultura corporativa. Para explicar um pouco mais a ideia, o cofundador Ryan Stelzer – que já trabalhou na Casa Branca e se formou na Universidade de Cambridge, enquanto o parceiro David Brendel é um médico formado em Harvard – publicou um post no LinkedIn.

Confira a seguir:

Quando eu estava na pós-graduação estudando filosofia, nossa livraria universitária mudou de lugar. No caos da mudança, a loja criou seções temporárias e empilhou livros como peças de Jenga entre prateleiras de madeira parcialmente construídas. Após navegar cuidadosamente rumo à seção de filosofia (geralmente fácil de identificar graças à ausência de outras almas), fui imediatamente apresentado a uma das frases mais profundas que já li. Sem dúvida escrita por algum atendente numa tentativa de trazer ordem ao caos, duas placas diziam: “Matemática termina “e “Filosofia começa”.

Imediatamente tirei uma foto da placa, que continua sendo meu papel de parede no celular mesmo anos depois, quando trabalhava como consultor de gestão. Um dia, no trabalho, a frase me fez pensar sobre a natureza da consultoria. Usamos matemática para ajudar negócios lidarem com problemas complexos. Negócios lutam todos os dias em meio a muita incerteza, conforme são rotineiramente confrontados com o desconhecido. Exigem cálculos difíceis para prever resultados finais. A história mostra que, no entanto, apenas a matemática não consegue prever o sucesso ou fracasso de empresas.

Quando alguém estuda cases de consultorias usados em entrevistas, inevitavelmente chega ao acidente de celulares da operadora AT&T. Os detalhes surgiram na minha mente. No começo dos anos 1980, a AT&T buscou o conselho de consultores de gestão para decidir se deveriam ou não entrar no mercado de celulares. Usando previsões matemáticas, os consultores anteciparam que os celulares eram um mercado de nicho e a AT&T não deveria perder seu tempo com eles.

Leia mais: Como resolver ‘cases’ em processos seletivos de consultorias

Como a Digital Equipment Corporation (DEC), outra corporação que previu erroneamente que não haveria demanda por computadores pessoais nos anos 1960, a AT&T calculou mal em relação a uma das maiores inovações comerciais e tecnológicas de nossos tempos.

Isso aconteceu devido à confiança exclusiva que deram à matemática. A matemática nos diz como construir um telefone, mas tem dificuldade em dizer o que é um telefone e por que alguém deveria pagar por ele. Em outras palavras, a matemática termina.

Eu então comecei a explorar abordagens alternativas para resolver desafios complexos de negócios e cheguei à mesma conclusão que o atendente da livraria: quando a matemática termina, a filosofia começa.

Há uma série de organizações que auxiliam negócios a responderem questões que começam com “como”, e eu fazia parte de uma delas. Mas tive dificuldade em encontrar uma organização que ajudasse as empresas a se engajarem com questões igualmente importantes e que iam além de logística.

Dadas as circunstâncias de aumento rápido da globalização e um desenvolvimento tecnológico exponencialmente veloz, empresas vão precisar de ambas, matemática e filosofia, para se adaptarem e prosperarem no século 21.

Se qualquer gerente da AT&T tivesse lido o estudo de case do DEC e alguns trabalhos de Julio Verne, por exemplo, talvez a AT&T pudesse ter antecipado nossa fascinação coletiva com a tecnologia futurista.

Então, armado com esse conhecimento, deixei a consultoria de gestão e fiz uma parceria com o Dr. David Brendel, um pioneiro no espaço de neurohumanidades. Juntos, criamos uma empresa que usa ciências humanas e ciência cognitiva para ajudar organizações a operarem de maneira mais eficaz. Usamos treinamento filosófico para criar culturas de alta performance e, com a ajuda do Dr. Paul Zak, usamos matemática para medir os verdadeiros efeitos do treinamento.

Nossa receita para criar e sustentar culturas de tamanha performance é a aprimorarão coletiva de habilidades que integram a Teoria da Mente.

A Teoria da Mente, de modo geral, é a capacidade de entender o que está acontecendo na cabeça de outras pessoas. Seus sinônimos são empatia e inteligência emocional. Possuir habilidades avançadas de Teoria da Mente significa ter capacidade de conceitualizar o que os outros pensam e sentem, formar hipóteses sobre por que outros agem como agem, e apreciar dinâmicas emocionais e comportamentais complexas e em grupo.

Frequentemente leva a níveis superiores de pensamento estratégico, liderança e confiança dentro das empresas. O mundo dos negócios está começando a reconhecer a incrível importância da Teoria da Mente no contexto profissional. Tanto que executivos recentemente concordaram globalmente que essas habilidades são críticas para o sucesso no trabalho.

Pesquisas recentes também sugerem que o jeito mais eficaz de desenvolver e aprimorar a Teoria da Mente é ler e discutir grandes obras das ciências humanas. (Agora, graças às pessoas que não estudaram filosofia, os neurocientistas, eu finalmente posso explicar para meus pais porque eu escolhi essa área.)

As humanidades – que incluem filosofia, assim como literatura, história, arte e música – são geralmente caracterizadas como estudo da experiência e da cultura humana. Servem de maneira eficaz como estudos de cases como aqueles que eu li quando passava pelo processo de entrevistas para me tornar um consultor.

No entanto, ao invés de avaliar a matemática do acidente da AT&T, as humanidades vão um pouco além e desenvolvem habilidades interpessoais e analíticas superiores no leitor – muito mais que os casos calculados das escolas de negócios

As humanidades nos ajudam a ver o quadro maior e frequentemente mais complexo. Como escreve a Harvard Business Review: “Conhecimento sobre negócios pode ser adquirido em duas semanas… As pessoas treinadas em humanidades aprenderam a usar grandes conceitos e aplicar novas maneiras de pensar sobre problemas difíceis, que não podem ser analisados do jeito convencional”.

Conforme mais e mais empresas reconheçam a prosperidade desfrutada pelas companhias que usam tanto matemática quanto filosofia, vão ver que possuir a habilidade de entender o que acontece na mente de outras pessoas as coloca num patamar único para o sucesso futuro.

Profissionais agora precisarão aumentar seus cálculos matemáticos com os cálculos cognitivos encontrados em Platão, Shakespeare, Austen, Verne e Sun Tzu. Alguns líderes estão à frente da curva.

Jack Bogle, fundador da Vanguard, frequentemente buscava poesias para guiá-lo enquanto construía a empresa. Ele me contou numa ligação recente que “Ozymandias”, de Percy Bysshe Shelley, segue em sua mesa até hoje.

E é por isso que deixei uma consultoria de gestão para fundar uma empresa de filosofia: para ajudar aqueles que ainda não alavancaram o poder das humanidades para assegurar o sucesso continuo de suas organizações em nossa economia globalizada e altamente técnica.

Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática.

O que Bill Gates aprendeu com Warren Buffett

Bill Gates e Warren Buffet

Quando Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft, em 1975, poucas pessoas acreditavam no projeto. Um computador pessoal em cada mesa, afinal, parecia um exagero futurista.

Dono da maior fortuna do mundo, avaliada em US$ 78,3 bilhões, ele hoje se dedica ao trabalho filantrópico da Bill & Melinda Gates Foundation, em parceria com a esposa. Tida como exemplo mundial de filantropia bem feita, a fundação busca impactar a saúde pública mundial, através de causas como a erradicação da malária, e a educação.

A dedicação do americano acabou contagiando um de seus melhores amigos, o megainvestidor Warren Buffett, do conglomerado Berkshire Hathaway. Juntos criaram a iniciativa The Giving Pledge, em que bilionários se comprometem a doar grandes parcelas de seu patrimônio.

Recentemente, para comemorar mais de duas décadas de amizade, Gates fez uma homenagem a Buffett. Confira o texto abaixo, traduzido pelo Na Prática:

Não me lembro da data exata em que conheci a maioria dos meus amigos, mas Warren Buffett, sim. Foi há exatos 25 anos, em 5 de julho de 1991.

Acho que a data tem tanto destaque para mim porque marca o começo de uma nova e inesperada amizade para Melinda [Gates, sua esposa] e eu – uma que mudou nossas vidas para melhor de todos os jeitos imagináveis.

Warren nos ajudou a fazer duas coisas que são impossíveis de exagerar: aprender mais e rir mais.

Ao longo do último quarto de século de amizade, fizemos muito dos dois. Melinda e eu frequentemente nos vemos relembrando alguma pérola de sabedoria que Warren compartilhou conosco, ou rindo ao lembrar de alguma coisa engraçada que ele fez ou disse.

Para marcar o aniversário de nossa amizade, pensei em compartilhar algumas das minhas memórias favoritas de nosso tempo juntos. Warren e eu também criamos um filme de realidade virtual juntos na Reunião Anual de Acionistas da Berkshire Hathaway, que você pode assistir no meu blog.

Bill Gates e Warren Buffett
[acervopessoal]

Um começo esquisito
À primeira vista, Warren e eu parecemos uma dupla mal feita. Sou um nerd de tecnologia. Ele é um investidor que não usa email. Na verdade, eu não esperava que fossemos ser amigos.

Em 1991, quando minha mãe me convidou para visitar nossa casa de férias em Hood Canal e encontrar um grupo de amigos incluindo Warren, eu não queria ir. Disse que estava muito ocupado no trabalho. Warren seria interessante, ela insistiu. Mas eu não estava convencido. “Olha, ele só compra e vende pedaços de papel. Isso não é gerar valor de verdade. Não acho que teríamos muito em comum”, respondi. Eventualmente, ela me persuadiu a ir. Concordei em não ficar mais que duas horas antes de voltar para a Microsoft.

E então conheci Warren. Ele começou a fazer perguntas sobre o negócio de software e por que uma empresa pequena como a Microsoft poderia esperar competir com a IBM e quais eram as habilidades e preços. Eram perguntas incrivelmente boas que ninguém tinha feito. De repente, estávamos mergulhados numa conversa e horas se passaram. Ele não parecia um grande investidor. Tinha esse jeito modesto de falar sobre o que faz. Era engraçado, mas o que me impressionou mesmo era quão claramente ele pensava sobre o mundo. Foi uma amizade profunda desde a primeira conversa.

Oreos no café da manhã
Uma coisa que me surpreendeu sobre Warren é que ele basicamente come aquilo que comia aos seis anos. Não come mais papinha, claro, mas suas refeições são basicamente hambúrgueres, sorvete e Coca Cola. (Essa é uma das razões que fazem um jantar tão divertido com ele.) Lembro-me da primeira vez que ele ficou em casa e abriu um pacote de bolachas Oreo no café da manhã. Nossos filhos imediatamente exigiram algumas. Pode dar exemplos ruins para os jovens, mas é uma dieta que de algum jeito funciona para ele.

Bill Gates e Warren Buffet
[acervopessoal]

“Amamos o que você fez com a sala de jantar, Warren!”
Quando Warren convidou Melinda e eu para ficar em sua casa, em Omaha, pela primeira vez, nos deu uma tour do lugar. Quando chegamos na sala de jantar, vimos que não havia assento nas cadeiras. Warren estava tão surpreso quanto nós. “O que está acontecendo?”, ele perguntou, examinando as cadeiras. Eventualmente, descobriu que as almofadas tinham sido retiradas há meses para uma reforma e ele não tinha notado até aquele momento. (Devia estar comendo seu sorvete com Oreos na cozinha.) Rimos daquela visita até hoje.

Investimento emocional
Warren ganhou uma reputação como “Oráculo de Omaha” por sua abordagem perspicaz do mundo dos investimentos. Mas ele é igualmente bom em investir em pessoas. Sempre me surpreendo com como ele consegue atraí-las e fazer o aprendizado ser divertido para elas. Mesmo com uma agenda cheia, Warren encontra tempo para manter as amizades como poucas outras pessoas que conheço. Ele pega o telefone e liga para dizer oi e frequentemente manda artigos que acha que Melinda e eu acharemos interessantes pelo correio.

Aprendi muitas coisas com Warren ao longo dos últimos 25 anos, mas talvez a mais importante seja o significado da amizade. É sobre ser o tipo de amigo que você mesmo gostaria de ter. Todos deveriam ter a sorte de ter um amigo tão gentil e simpático como Warren. Ele vai além para fazer com que as pessoas se sintam bem e compartilha sua alegria de viver.

Até hoje, toda vez que vou a Omaha (e vou sempre que posso), Warren ainda vai me buscar no aeroporto.

É um gesto pequeno, mas significa muito para mim. Sempre fico impaciente esperando as portas do avião se abrirem porque sei que Warren estará esperando com uma nova história ou piada e vou aprender e rir com ele, tudo de novo.

Obrigada pela amizade, Warren. Foram 25 anos incríveis. Anseio por criar muitas outras memórias com você nos próximos anos.

Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática.

4 dicas de carreira de Chieko Aoki, presidente e fundadora do Blue Tree Hotels

“Quando você pensa diferente e busca a perfeição, cria um legado”, diz Chieko Aoki. Para a fundadora e presidente da rede Blue Tree Hotels, esse processo é difícil porque “você tem que lutar com você mesmo todos os dias”. Formada em Direito, ela começou sua carreira na rede hoteleira na década de 80 e, em 1992, resolveu empreender e fundou o grupo que depois seria renomeado para Blue Tree Hotels – rede que hoje conta com 24 hoteis nas cinco regiões do país e emprega milhares de pessoas. 

Pelas dimensões do grupo que criou, já foi considerada seguidas vezes uma das mulheres mais poderosas do país em listas elaboradas por publicações especializadas, como a Forbes. Chieko também fez pós-graduação em Administração na Universidade de Sofia, no Japão, e cursou Administração Hoteleira na Universidade Cornell, nos Estados Unidos. “Com os japoneses, pude desenvolver habilidades comportamentais, como paciência e visão de longo prazo. Com os americanos, aprendi com sua praticidade e técnica”, diz.

A seguir, veja quatro dicas que ela compartilhou com exclusividade com os leitores do Na Prática, e que fazem parte do minicurso por email Conselho de CEO – Aprenda sobre a carreira em gestão empresarial com grandes líderes.

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Dica 1: No fim, importa o que você faz (e não o que você sabe)

Chieko Aoki gosta da acróstico do CHÁ – conhecimento, habilidade e atitude – para se referir ao trio que compõe um bom profissional. No entanto, por mais que o conhecimento seja importante, a empreendedora reforça que no fim das contas o que interessa é o que você faz, e não o que você sabe. O conhecimento sem execução não gera valor para os clientes.

Dica 2: Mantenha aceso o espírito empreendedor

“Preencher a lacuna da oportunidade”. É assim que Chieko Aoki define a atitude empreendedora. Para ela, esse espírito é mais comum nos jovens, e começa a dar lugar a um comodismo conforme vamos crescendo na carreira – uma tendência que precisamos combater ativamente.

Dica 3: Não seja prisioneiro do hábito

Se você não questionar os seus hábitos, vai acabar caindo na armadilha do comodismo e, cedo ou tarde, estagnar na sua carreira. Quantas vezes você buscou novas formas de fazer as tarefas do seu dia a dia? É de perguntas assim que surge o legado.

Dica 4: Seja generoso

O ‘olhar da generosidade’ deve estar presente na visão do mundo do líder, para que ele consiga executar bem a sua tarefa de ajudar os clientes e facilitar a vida das pessoas.

Bônus: Como sobreviver às crises?

“Não adianta só ter competência”, alerta Chieko Aoki.

Assista à entrevista completa com Chieko Aoki

Stephanie Mayorkis: Determinação de atleta para o sucesso no mundo dos negócios

mulher sorrindo

Entre 1989 e 1993, Stephanie Mayorkis foi tenista profissional. Chegou a ser a segunda melhor do Brasil e uma das duzentas melhores do mundo. Não é pouca coisa, nem pouca dedicação envolvida. Apaixonada pelo esporte desde a infância, tinha a rotina pesada de treinamentos e viagens típica de uma atleta profissional. Quando precisou decidir se seguia em frente na carreira ou dava uma guinada, decidiu experimentar o mundo dos negócios – mas até hoje tenta encaixar um jogo por semana na agenda.

“Ter tido esta experiência foi algo incrível, porque além de ir atrás do meu sonho pude viajar o mundo, conhecer pessoas de diferentes culturas e aprender a ter foco, determinação e disciplina”, conta. Levou tudo para Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde estudou Administração. Formou-se em três anos e meio, tomou gosto e seguiu para o MBA em São Paulo, na EAESP/FGV. Desde a graduação, mas também na pós, Stephanie é bolsista da Fundação Estudar.

“Escolhi o curso por ser uma opção que me daria uma visão generalista de todas as áreas que compõe o funcionamento de uma empresa e também conhecimentos sobre como administrar um negócio”, explica ela, que se tornou referência na área de produção cultural na T4F e trouxe ao Brasil espetáculos como O Rei Leão, O Fantasma da Ópera e Cirque du Soleil. Hoje comanda sua própria empresa, a E.G.G. Entretenimento.

Rumo aos palcos O primeiro trabalho fora das quadras foi na área de compras das Lojas Americanas. Dinâmica e focada nos resultados como ela, a empresa era um lugar sob medida para Stephanie aprender na prática.

Ao se mudar para São Paulo, onde veio fazer o MBA, tornou-se gerente de marketing do Playcenter. Descobriu ali seu gosto pelo entretenimento. O lugar unia os dois pontos positivos de sua experiência no varejo, aliados a um elemento extra e lúdico. “Eram produtos que mexiam com os sonhos das pessoas”, explica.

O Rei Leão - Empreendedorismo
[divulgação – JoaoCaldas]

De lá Stephanie rumou para a Time4Fun, líder no segmento de entretenimento. “A T4F foi minha grande escola”, resume ela, que passou por diversas áreas. Foi diretora da Ticketmaster, criou a área de exposições e projetos especiais e tornou-se diretora de Teatro/Musicais, Exposições, Performances e Novos Negócios, sua especialidade atual.

Habilidades-chave Ela conheceu de primeira mão o trabalho da Fundação Estudar (entidade que apoiou seus estudos e desenvolvimento), apresentada por outro tenista ávido, Jorge Paulo Lemann. Os valores em comum já eram vários, muitos deles compartilhados por um atleta, como meritocracia e sonhar grande.

São características que ela manteve ao longo dos anos, enquanto se tornava referência de produção cultural no Brasil, que envolve uma administração diária intensa com desenvolvimento de produtos e conteúdos, marketing, vendas de patrocínio e correções de rota.

Veja também: O que Jorge Paulo Lemann aprendeu nas quadras de tênis

O maior inimigo da área, segundo ela, é o ego e a vontade de aumentar projetos além do que seria sensato. “É necessário ter muito pé no chão e controle de custos com foco em resultados”, fala. “Ser bom gestor, formador de pessoas e manter estruturas enxutas também são competências essenciais.”

Outra qualidade que ela gosta de destacar é a persistência, especialmente para quem se interessa pelo mundo corporativo como ela. “Você precisa se provar muito antes de conseguir subir os degraus da carreira”, fala.

Espírito empreendedor Após quatorze anos, Stephanie decidiu deixar a T4F para empreender. Montou a E.G.G. Entretenimento em 2008, atrás de liberdade para construir a própria história. “Foi um processo de decisão difícil e doloroso, mas mudanças grandes sempre passam por grandes reflexões”, fala.

Tem dado certo. Além de ter firmado parceria com a empresa estrangeira IMM Sports and Entertainment em setembro de 2015, a E.G.G. trouxe ao Brasil a exposição Cérebro: o Mundo Dentro da Sua Cabeça e está produzindo a versão brasileira do musical My Fair Lady, que envolve mais de 150 pessoas e tem estreia marcada para agosto de 2016, em São Paulo.

Stephanie Mayorkis - Empreendedorismo
[divulgação]

A correria do dia a dia hoje envolve levar o filho para a escola, exercitar-se – uma vez esportista, sempre esportista – e daí colocar a mão na massa, seja em projetos em andamento, reuniões de venda de patrocínio ou viagens para negociar direitos de conteúdos futuros.

Tudo gira em torno de seu objetivo profissional, que é não só poder realizar grandes projetos de qualidade que garantam a sustentabilidade a longo prazo da empresa, mas também equilibrar vida pessoal e profissional, sem deixar de lado a família.

É uma ideia que transparece até nas palavras que Stephanie escolhe para descrever sua paixão pela área. “No entretenimento, você trabalha no desenvolvimento constante de novos projetos e conteúdos, cada um com suas peculiaridades”, diz. “É como se fossem filhos diferentes. Ver um projeto sendo criado, depois produzido e apresentado ao público é algo muito intenso e gratificante.”

Este artigo foi originalmente publicado em 26/4/2016 e atualizado em 5/8/2016

Na busca contínua pela superação, atletas podem te ensinar muitas lições sobre carreira

atleta fazendo salto sobre vara

Você já parou para pensar como a vida dos atletas e empreendedores têm semelhanças? Além de suar a camisa e lutar dia a dia para superar desafios, há vários outros aspectos da rotina dos esportistas podem e devem ser aplicadas no empreendedorismo. Vale conferir e incorporá-lo na gestão do seu negócio!

1. Objetivos e metas bem definidos

Ter em mente onde se deseja chegar ajuda atletas e empreendedores a traçar estratégias e estipular os caminhos para tornarem-se bem sucedidos, cada um a sua maneira. Por exemplo: enquanto um corredor precisa diminuir 3 segundos do seu tempo para superar os adversários, o empreendedor deve reduzir custos para aumentar sua lucratividade.

2. Disciplina e determinação

Força de vontade, concentração, garra, persistência e resiliência são características essenciais, tanto para quem quer vencer no esporte, como para quem é dono do seu próprio negócio.

3. Desistir, jamais

Atletas e empreendedores sabem que é preciso seguir em frente mesmo diante das dificuldades e obstáculos, mantendo foco em suas metas e perseguindo-as, custe o que custar. Aliás, mais do que ser perseverante, eles sabem da importância de reavaliar seus desempenhos e aprender com seus fracassos, para traçar novas estratégias.

Leia também: O que o tenista Guga Kuerten pode ensinar aos empreendedores

4. Gestão de tempo

Ambos estabelecem prioridades, dia a dia, mês a mês, ano a ano. Se o atleta administra suas horas de treino, e tem como meta superar seu desempenho na próxima competição, o empreendedor também precisa organizar suas prioridades de acordo com o tempo disponível, para pensar estrategicamente no negócio.

5. Trabalho em equipe

Mesmo os atletas que não atuam em times, como nadadores e maratonistas, precisam estar em sintonia com treinadores, equipe médica e preparador físico. O mesmo acontece com o empreendedor, que deve procurar criar um ambiente saudável e motivador tanto para fornecedores como para funcionários. Vestir a camisa é essencial para o sucesso do negócio.

6. Olhar atento ao concorrente

Os atletas informam-se constantemente sobre o desempenho de seus adversários e, baseando-se nestes resultados, treinam e lutam para superá-los.  O empreendedor também está sempre observando seus concorrentes para, diante de seus desempenhos, desenvolver estratégias para conquistar sua fatia no mercado.

7. Paixão pelo que faz

É fundamental sair da cama todos os dias com o desejo de fazer o melhor possível e superar-se dia a dia. Atletas e empreendedores perseguem continuamente seus sonhos e são extremamente comprometidos com sua missão.

Se você é um empreendedor comprometido com seus resultados, acredita no seu time e aposta em riscos calculados, provavelmente se destacará no mercado. Os obstáculos diários sempre podem ser ultrapassados com um bom planejamento e preparo técnico. Concorda?

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Este artigo foi originalmente publicado no portal DRAFT

Entrevistamos os brasileiros que criaram hino e bandeira para refugiados nas Olimpíadas

bandeira olimpica para refugiados do projeto the refugee nation

Mesmo de Nova York, Artur Lipori e Caroline Rebello estarão presentes durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Publicitários radicados na cidade, eles integram o grupo criativo responsável pelo projeto The Refugee Nation. Em pouco tempo, ganharam apoio da organização Anistia Internacional e, mais importante, dos atletas que competirão como refugiados no evento.

“Sempre nos interessamos pelo tema”, disse ele em entrevista ao portal Na Prática. “Quando vimos que haveria um time de refugiados competindo nos Jogos Olímpicos sem uma bandeira ou hino próprios, tivemos a ideia de fazer algo que os representasse verdadeiramente.”

Como profissionais da publicidade, também foram atraídos pelo potencial da mensagem. “Quanto maior o alcance e a relevância do assunto, mais interessante fica”, resumiu. A resposta imediata, que surge em posts e pedidos de bandeiras de diversos lugares do mundo, mostra que o trabalho ressoou.

Cenário É difícil encontrar alguém que não saiba do drama global enfrentado pelos refugiados, que morrem aos milhares em travessias perigosas e enfrentam preconceito, desespero e portas fechadas em muitas nações.

Em março de 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu tomar uma posição em relação ao tema. Ao todo, 10 atletas – os nadadores Yusra Mardini e Rami Anis, os judocas Popole Misenga, Yolande Bukasa Mabika e os velocistas Yonas Kinde, Paulo Amotun Lokoro, James Chiengjiek, Anjelina Nadai Lohalith, Yiech Pur Biel e Rose Nathike Lokonyen – foram selecionados para competir numa seleção inteiramente composta por refugiados.

A equipe terá lugar de honra na cerimônia de abertura dos Jogos. Será penúltima delegação a surgir, sob a bandeira olímpica e à frente apenas dos anfitriões. Para a dupla brasileira, no entanto, o gesto não estava completo. 

Mesmo com pouco tempo – o projeto todo começou há três meses –, decidiram que os atletas e a causa mereciam mais. Criariam um hino e uma bandeira para a nação refugiada, ou refugee nation, composta por 65 milhões de pessoas. (Hoje, uma em cada 113 pessoas do mundo é refugiada.)

Leia também: Com a ONG Renovatio, jovem quer ajudar brasileiros em situação de vulnerabilidade social

A jornada em busca de parceiros foi intensa e exigiu muita pesquisa. A bandeira, feita pela artista síria Yara Said, levou um mês para ficar pronta. O hino, feito pelo compositor sírio Moutaz Arian, levou outras três semanas. A comunicação entre todos se deu basicamente pela internet.

O grupo descobriu Moutaz em um artigo sobre um músico que buscava abrigo na Turquia. Uma frase sua lhes chamou a atenção. “Não quero fazer música apenas para árabes e curdos, quero fazer música para o mundo inteiro”, disse. “Sabíamos que ele era a pessoa certa”, lembrou Artur.

O projeto The Refugee Nation
[divulgação]

A liberdade de criação foi total. Na melodia, que tem toda a pompa de um hino nacional, Moutaz, que fugiu para não integrar o Exército de Bashar al-Assad, transmite a dor da condição de refugiado e ao mesmo tempo a esperança que uma seleção nas Olimpíadas representa.

A bandeira é, à primeira vista, minimalista. A história por trás do laranja e preto, no entanto, é lancinante. “Yara teve o insight das cores como maneira de mostrar solidariedade aos refugiados que precisam vestir os coletes salva-vidas para cruzar o oceano em busca de um país mais seguro para viver”, explicou o publicitário. “Ela própria precisou usar um quando foi obrigada a abandonar a Síria e aquilo nos arrepiou.” Hoje, Yara vive na Holanda.

Persistência As dificuldades foram tantas que o grupo pensou até em desistir do projeto, que agora busca expandir o leque de parcerias – uma delas, com a Asteróide Filmes, de Curitiba, deu origem ao filme de apresentação – e ampliar seu alcance.

“Se tem uma lição que dá para tirar é a persistência. Se você acredita em uma ideia, mova montanhas para fazê-la acontecer”, disse. “Ninguém vai fazer isso por você e, no final, vale a pena.”

Atualmente, a Refugee Nation busca permissão para que os atletas carreguem a nova bandeira através de uma petição online e de contato direto com o COI. Se depender dos esportistas, está tudo encaminhado.

“Tivemos a felicidade de entregar a bandeira para dois deles e a reação diz tudo”, resumiu Artur. “Yolande Mabika ficou com os olhos cheios d’água e se sentiu honrada. Popole Misenga ficou abraçado à bandeira e disse que nunca vai se esquecer dessa homenagem criada por um ‘irmão refugiado’. E disse que vai levá-la aos Jogos.”

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Confira tudo que rolou no encontro de 25 anos da Fundação Estudar!

maria silvia fabio barbosa jorge paulo lemann nizan guanaes e ministro barroso em reuniao anual da fundacao estudar

Em 2016, a Fundação Estudar chegou aos seus 25 anos com a missão de “criar oportunidades para gente boa agir grande e transformar o Brasil”. É um ‘sonho grande’ ambicioso e em constante construção…

Até hoje, mais de 600 jovens receberam bolsas de estudo para universidades de ponta, mais de 15 mil jovens participaram dos programas presenciais (que hoje já são vários: Liderança Na Prática 32h e 16h, Carreira Na Prática, Autoconhecimento Na Prática e Conferência Na Prática) em todos estados brasileiros e mais de 10 milhões de usuários foram impactos pelos portais de conteúdo Estudar Fora e Na Prática.

Para comemorar esse resultado e o aniversário de 25 anos, a Fundação Estudar organizou um Encontro Anual com diversos convidados especiais, de Jorge Paulo Lemann ao Ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. A seguir, conheça um pouco mais da história da organização e veja o que rolou durante o evento:   

Despertar potenciais

A organização nasceu em 1991, quando os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira se reuniram para apoiar os estudos de jovens brasileiros particularmente promissores por meio de um programa de bolsas de estudo para as melhores universidades do Brasil e do exterior.  

Logo os bolsistas foram estimulados a formar uma comunidade de apoio mútuo, um espaço privilegiado para networking, orientação, parceria e amizade, começando a formar a rede de impacto da organização.

Foi em 2010, no entanto, que a Estudar iniciou sua efervescente transição para a forma que a organização tem hoje. Foi uma fase de inquietação, reinvenção, experimentação – e de sonhos ainda mais ousados. Foi quando surgiram os primeiros programas presenciais e os portais de conteúdo, com o objetivo de escalar o impacto e levar para os quatro cantos do país os valores da organização.

O fato é que, desde a sua criação, a Fundação Estudar faz questão de expressar seus valores em tudo o que faz… Portanto, não havia jeito melhor de celebrar a marca dos 25 anos do que convidando algumas das vozes mais inspiradoras do país para apresentar ao público os oito pilares dessa cultura.

A seguir, conheça mais a fundo os valores da Fundação Estudar por meio dos debates que ocorreram durante o encontro anual da organização:

1. SONHO GRANDE, com Jorge Paulo Lemann
O que significa? Perseguir algo maior do que si, estabelecendo metas claras e ousadas a longo prazo. Trabalhar com paixão por seu propósito e desafiar-se a chegar cada vez mais longe.

Qual a relação entre fracasso e ‘sonho grande’? Durante conversa com o bolsista Renan Ferreirinha, o empresário Jorge Paulo Lemann fala aos jovens sobre motivação e hora de parar. “Aos 26 anos, eu estava falido”, admite hoje um dos homens mais ricos do mundo. Leia a matéria completa aqui

jorge paulo lemann fundacao estudar 25 anos reuniao anual

2. PAIXÃO E PROPÓSITO, com Nizan Guanaes e Marcelo Tas
O que significa?
Amar o que faz é um elemento fundamental para exercer um trabalho de alto impacto. 

“Para ir longe, faça também o que você não quer”, diz o empresário Nizan Guanaes, fundador da maior holding de publicidade do Brasil, o Grupo ABC. Leia a matéria completa aqui

nizan guanes marcelo tas fundacao estudar 25 anos reuniao anual

3. CONHECIMENTO APLICADO, com Maurício Antônio Lopes e Maurício Botelho
O que significa? Ter embasamento sólido para cada ação. Não perder tempo “reinventando a roda”, nem buscando conhecimento só pelo conhecimento, sem aplicá-lo. Usá-lo como ferramenta para a transformação.

Em conversa mediada pela jornalista Cris Correa, autora do livro ‘Sonho Grande’, o presidente da Embrapa e ex-presidente da Embraer discutem como implementar e fomentar inovações em empresas de grande porte, sem descuidar do cotidiano. Leia matéria completa aqui

conhecimento aplicado fundacao estudar 25 anos

4. PROTAGONISMO, com Artur Avila e João Moreira Salles
O que significa? Liderar pelo exemplo, propondo caminhos e assumindo a responsabilidade pelo seu destino (sem culpar terceiros). Conquistar e cumprir seus objetivos pelo próprio esforço.

Ganhador do maior prêmio já concedido a um cientista brasileiro, Artur Ávila participou do evento comemorativo dos 25 anos da Fundação Estudar onde comentou suas maiores lições sobre protagonismo e a necessidade de aproveitar as oportunidades para conseguir grandes conquistas. Leia a matéria completa aqui

artur avila joao moreira salles

5. EXECUÇÃO, com Maria Silvia Bastos e Leila Velez
O que significa? 
Botar a mão na massa, fazendo sempre o melhor possível e mantendo-se firme rumo aos seus objetivos. Não escolher tarefas, nem se abater diante de fracassos.

Leila Velez, confundadora do Instituto de Beleza Natural, e Maria Silvia Bastos, presidente do BNDES, falam sobre a importância do foco e da disciplina para projetos bem sucedidos. “Saia do Netflix e caia na vida”, aconselha Maria Silvia. Leia a matéria completa aqui.

maria silvia bastos leila velez

6. GENTE BOA, com Bernardo Hees e Bernardo Paiva
O que significa? A procura incessante pelas melhores pessoas, gente que se empolga com metas ambiciosas e tem brilho no olho.

Os CEOs Bernardo Hees, da Kraft Heinz, e Bernardo Paiva, da Ambev, debateram sobre o valor e a importância de ‘gente boa’ para o sucesso de uma empresa.

bernardo hees bernardo paiva

7. INTEGRIDADE, com Fabio Barbosa
O que significa? 
Agir com transparência e estabelecer relações de confiança. Focar no longo prazo e optar pelo caminho certo em vez do mais fácil, porque “pegar atalhos” não compensa.

Num país famoso pelo ‘jeitinho’, Fábio Barbosa, que já foi um dos maiores líderes do mercado financeiro brasileiro, aposta na integridade como palavra de ordem nos negócios. “Não estou aqui para assinar o cheque e passar a borracha na consciência”. Leia a matéria completa aqui.

fabio barbosa reuniao anual 

8. LEGADO, com Ministro Luis Roberto Barroso, do STF
O que significa?
Contribuir sempre para uma transformação positiva e de impacto no ambiente ao seu redor, construindo sempre algo que vai se perpetuar. Deixar sua marca no mundo.

Ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2013, Luís Roberto Barroso participou da decisão de importantes marcos na jurisprudência brasileira, como a união homoafetiva, a defesa de pesquisas com células-tronco embrionários, a proibição do nepotismo no Judiciário, e também a batalha contínua pela liberdade de expressão. Leia a matéria completa aqui

ministro barroso

Os erros que o CEO da Ambev cometeu (e no que melhorou)

bernardo paiva e bernardo hees em evento da fundacao estudar

“Toda vez que não escolhi a pessoa certa para uma função, eu falhei”, disse o CEO da Ambev, Bernardo Paiva, ontem em painel na reunião anual da Fundação Estudar. Ao longo da sua carreira ele – que começou na Brahma em 1991 e foi trainee da empresa – procurou (e ainda procura) inspiração máxima para ter a certeza que está contratando a pessoa certa.

Outro ponto que disse ter percebido ser um erro profissional grave é a falta de cuidado em formar as pessoas. “Gente boa dá trabalho, questiona, pergunta, diz que está errado. Gente boa te ensina também. Tem que abrir a cabeça”, disse durante o evento que reuniu jovens bolsistas e parceiros da fundação, criada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Paiva contou que um dos pontos de melhoria que identificou na sua carreira foi a capacidade de escutar. “Quando se é jovem cheio de confiança, quer fazer e acontecer, você corre o risco de não ouvir”, disse. Escutar as pessoas é tão importante para um líder quanto montar times com profissionais até melhores do ele, segundo o CEO da Ambev.

Leia também: ‘O sucesso não está na estratégia, está na execução’, diz Bernardo Hees, CEO da Kraft Heinz

O que é importante, de acordo com ele, é aprender com os erros. “Em algum momento a pessoa vai ter um resultado que não está bom. Em todo momento da minha vida tive fracassos. Entrei na Brahma para construir outro mundo dentro da empresa, não ganhei bônus no ano um e nem no ano dois”, contou.

Como estagiário da Brahma ele contou que fazia muitas coisas e que, obviamente, aconteciam alguns erros e se lembrou de uma passagem marcante sobre a importância da tolerância ao erro. “Lembro que o pessoal botou pressão por causa disso e um chefe meu falou: parem de bater nesse garoto porque só erra quem faz”, disse.

Tudo o que não deu certo na sua vida profissional, disse, foi experiência de vida e o ajudou a entender que ninguém, é perfeito e que é certo que todos vão errar em algum momento no trabalho. “Mas tem que acertar mais”, disse.

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Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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