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Na Prática realiza palestras gratuitas sobre carreira; veja como participar

homem desenha escada na lousa

Durante os meses de agosto e setembro o Na Prática oferecerá diversas palestras online gratuitas sobre desenvolvimento de carreiras.

Os responsáveis pelos nossos programas de carreira apresentarão webinars ao vivo sobre temas como autoconhecimento, liderança, processos seletivos e criação de rede de contatos, com o objetivo de auxiliar jovens profissionais com dicas de preparação para o mercado de trabalho.

Os encontros serão virtuais e podem ser acessado por jovens do Brasil inteiro. Com duração de uma hora, o formato também possibilita que os participantes interajam com a equipe do Na Prática e enviem suas dúvidas em tempo real.

Confira a programação completa e inscreva-se:

 

1. Autoconhecimento para decisões de carreira

Webinar-2---Dani---Autoconhecimento---Facebook

Autoconhecimento pode te ajudar, e muito, a tomar decisões certeiras. Aprenda o quão importante é essa área para que você tome decisões de carreira das quais não se arrependerá depois. Daniela Lemes, responsável pelo Autoconhecimento Na Prática, nosso programa de autoconhecimento, explica como desenvolver essa técnica tão importante nos dias de hoje.

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2. Como construir uma rede colaborativa?

Webinar-3---Curzel---Redes---Facebook

Networking por networking não é eficaz. Para ir mais longe, é importante saber como construir uma rede em que todos se ajudam e crescem em conjunto. Eduardo Curzel, responsável pela nossa rede de ex-participantes, o Núcleo, explicará como se conectar a mais gente com alto potencial.

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3. Como liderar minha carreira?

Webinar-4---Michelle---Lideranca---Facebook

A responsabilidade pelo sucesso profissional depende exclusivamente de cada um de nós. Por isso, é essencial saber como tomar as rédeas da sua carreira e dar os primeiros passos para uma trajetória de sucesso, sendo protagonista de sua história. Michelle Fidelholc, responsável pelo Liderança Na Prática 32h, nosso programa de liderança, explicará como depender cada vez menos de fatores externos para ser bem-sucedido.

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4. Como tomar melhores decisões de carreira?

Webinar-5---Thamires---Decisãodecarreira---Facebook

Escolher qual trilha de carreira seguir não é fácil. Thamires Mirolli, responsável pelo Carreira Na Prática, nosso programa de decisão de carreira, ajudará os participantes do webinar a se prepararem muito bem para sua decisão de carreira, afim de economizar anos em caminhos profissionais escolhidos por engano.

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5. Como me apresentar para as empresas e ser contratado?

Webinar-6--Cams---Recrutamento---Facebook

Um grande problema nos processos seletivos das empresas é que os jovens não conseguem mostrar – de verdade – sua trajetória e o que aprenderam com ela. Camila Bellato, responsável pelo Sinapse, nosso programa de contratação, explica como candidatos a vagas de emprego podem mostrar todo seu potencial durante uma entrevista de emprego.

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Quem deve mandar na sua carreira, segundo a CEO da Microsoft

paula bellizia ceo da microsoft brasil em conferencia ene da fundacao estudar

Com passagens por empresas como Apple, Facebook e Whirlpool, a atual presidente da Microsoft Brasil, Paula Bellizia, não gosta de dizer que sua carreira é um “exemplo” para os jovens. Ela prefere descrever sua trajetória como uma “história” capaz de inspirar e “dar ideias” para quem está entrando no mercado de trabalho.

O fio condutor da história de Paula foi a capacidade de seguir suas próprias intuições, ambições e desejos. Em palestra (que está disponível aqui!) na Ene Gestão Empresarial, conferência de carreiras realizada pelo Na Prática, em São Paulo, ela destacou a importância de tomar as rédeas da sua história para ter sucesso.

“Enquanto eu trabalhava na Whirlpool, uma pessoa me disse que eu nunca iria alcançar o meu objetivo, que era sair do mercado de bens duráveis e ingressar no de bens de consumo”, contou ela à plateia. “Fiquei muito brava e, naquele mesmo dia, construí um plano para fazer exatamente isso”.

A provocação foi o gatilho para que Paula lutasse e realizasse o “proibido”. Em 2002, ela foi contratada pela Microsoft, empresa em que passou os 10 anos seguintes e foi promovida. Bem avaliada, ela chegou a receber um prêmio do próprio fundador da empresa, Bill Gates.

“Nunca deixe alguém dizer que você não pode fazer algo. Quem manda na sua carreira é você”, afirmou à plateia, formada por cerca de 650 jovens, selecionados pela Fundação Estudar para uma maratona de palestras e sessões de pitch com empresas como Google, Ambev, Raízen e Votorantim.

O peso das escolhas É claro que se responsabilizar pela sua própria trajetória nem sempre é fácil: em alguns momentos é preciso tomar decisões muito difíceis, diz Paula. Após mais de uma década de sucesso e reconhecimento na Microsoft, a executiva decidiu pedir demissão. A razão foi a proposta de trabalhar como executiva da multinacional fora do Brasil, que ela recusou.

“Sou mãe, casada, e para mim trabalho não é tudo”, disse ela. “Doeu muito, mas eu preferi deixar a empresa e permanecer no Brasil com a minha família”. A decisão ainda é lembrada como a mais difícil da sua carreira.

Depois de sair da Microsoft, em 2013, ela foi trabalhar no Facebook, um ambiente informal que resultou num verdadeiro “choque de cultura” para quem estava acostumada a uma empresa de tecnologia grande e com rotinas estabelecidas.

Leia também: A rotina de Paula Bellizia, CEO da Microsoft no Brasil

Menos de um ano depois, ela seria convidada para ser presidente da Apple no Brasil, cargo que ocupou até julho de 2015, quando foi contratada novamente pela Microsoft, desta vez para assumir o comando da empresa.

Paula é exceção. De acordo com uma recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apenas 8 em cada 100 profissionais de alto escalão nas empresas do Brasil são do sexo feminino. A mesma instituição prevê que a igualdade de gênero no mundo corporativo ainda levará 120 anos para acontecer.

A melhor forma de combater o machismo Tecnóloga na área de processamento de dados, Paula precisou lutar por seu espaço desde cedo numa carreira pouco receptiva às mulheres. Seu primeiro emprego como programadora, numa usina, era num ambiente com pouquíssima diversidade de gênero. “Devia haver umas 100 mulheres entre milhares de homens, foi um contexto muito desafiador”.

Para a executiva, a existência do machismo é inegável, e não faltam números para comprová-lo. “Há algo errado no fato de que as mulheres compõem metade da população mundial, mas não têm a mesma representatividade no comando das empresas”, afirma.

Paula Bellizia acredita que esse quadro é resultado da aplicação histórica das mesmas fórmulas e jeitos de contratar. A melhor resposta a isso, segundo ela, é trazer pontos de vista divergentes às discussões e investir na diversidade.

“Uma vez uma área técnica me disse que não contratava mulheres para o setor porque elas não existiam”, disse. “Eu respondi: mas é claro que existem! Só 11% dos formandos hoje em engenharia são mulheres, mas 11% não são zero, elas estão aí sim. Encontre-as”.

Em entrevista a EXAME.com, a executiva disse que a Microsoft deveria ter 50% de profissionais do gênero feminino em seus quadros, pelo fato de que o mundo é composto por cerca de 50% de mulheres.

Paixão como diferencial Além de diversidade, Paula acredita que o mundo do trabalho precisará de cada vez mais paixão para funcionar. “Aprendi que liderança é algo que se faz com a cabeça, mas também com o coração”, disse ela no evento.

Segundo ela, a formação técnica é extremamente importante para a carreira, mas é preciso combinar o domínio ferramental do trabalho com o prazer de viver a sua vocação.

“Há um momento da carreira em que todo mundo se nivela tecnicamente, e aí o que faz diferença é a felicidade e a energia que você põe nas coisas que faz, e isso aparece nos seus olhos, na convicção das suas falas”. explica. “Quando vi essas duas coisas se unirem na minha carreira, foi mágico”.

Segundo ela, os jovens se distinguem das outras gerações pelo seu olhar para a causa e o propósito do trabalho — uma tendência que deve ser explorada e aproveitada por eles. “Escolha uma empresa que tenha os mesmos valores que você, porque é muito difícil trabalhar com algo em que você não acredita”, aconselhou a executiva. “No começo, pode até parecer que vai funcionar, mas não vai”.

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Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

Como conseguir bolsa de atleta nas melhores universidades dos EUA?

jovens jogando futebol no fim da tarde

Quase toda criança já sonhou um dia em jogar profissionalmente futebol, basquete, vôlei, ginástica… Enquanto poucos alcançam este sonho, o interesse pelo esporte pode significar acesso a outras oportunidades valiosas. As bolsas de estudos por desempenho esportivo são uma destas oportunidades.

“A primeira coisa que o aluno deve saber é que nos EUA existem as chamadas divisions,ou seja, as universidades são separadas em três divisões, sendo que as melhores estão na primeira divisão”, explica Marta Bidoli, country coordinator do EducationUSA no Brasil, instituição que já ajudou diversos atletas a ingressar em universidades norte-americanas.

As universidades da primeira divisão normalmente oferecem bolsas integrais, enquanto que as universidades da segunda divisão tendem a oferecer bolsas pequenas, e as universidades da terceira divisão praticamente não oferecem nenhum tipo de apoio financeiro para o aluno atleta.

Marta explica que em tais escolas o processo seletivo é semelhante ao das demais instituições, ou seja, é preciso realizar provas (SAT ou ACT), exame de proficiência em inglês (em geral, o TOEFL), ter boas notas na escola, enviar redações (essays) e cartas de recomendação. No entanto, no caso de atletas, também é importante que o aluno envie um vídeo com seus melhores momentos (ou com uma partida inteira), além das estatísticas de aproveitamento e do contato do técnico no Brasil, especialmente se ele falar inglês. “O processo é trabalhoso. Por isso, quem quiser ingressar em uma universidade americana por mérito esportivo, deve começar a se preparar no início do 2º ano do ensino médio”, sugere Marta.

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“Não tive que escolher entre estudar e jogar” De origem suíça-brasileira, Alain Michel começou a jogar tênis ao 7 anos. Quando estava no ensino médio, participava de torneios internacionais e estava em ascensão no esporte. Veio, então, a difícil decisão: prestar vestibular e cursar uma boa universidade ou investir de vez na vida de atleta.

Ele optou pelas duas coisas. “Recebi o conselho de tentar ir para os EUA, onde poderia continuar estudando e também jogando tênis”, diz. Alain acabou aprovado em quatro universidades: Duke, Columbia, NorthwesternUniversidade de Virgínia. Optou pela primeira, onde conseguiu uma bolsa parcial como atleta para integrar o time de tênis da instituição.

“O fato de me dedicar muito ao tênis e conseguir manter bons resultados tanto no lado acadêmico como no esporte ao longo do ensino médio, com certeza, me ajudaram a ser aprovado”, considera ele. “Acho que consegui mostrar às universidades que quando eu queria algo eu ia atrás e dava o meu melhor para conseguir”, completa.

Alain jogou profissionalmente pela universidade de Duke por quatro anos, até retornar ao Brasil, para trabalhar com fusões de aquisições.

Confira o seu depoimento nos vídeos abaixo:

1. Como é o processo seletivo para atletas?

2. Como foi a candidatura à bolsa?

3. Como conciliar a rotina de estudos e treinamentos?

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, portal de estudos no exterior da Fundação Estudar

Como manter o foco trouxe 3 medalhas para a equipe de ginástica artística

atletas de ginastica artistica brasileiros comemorando vitoria

Dando sequência aos artigos que relacionam esportes a empreendedorismo, vamos abordar uma das modalidades que mais atraem a atenção do grande público em uma Olimpíada: a ginástica artística. São muitos os motivos que ajudam a explicar esse interesse: a complexidade das coreografias, a superação dos atletas, a busca pela inovação e, principalmente, a beleza dos movimentos que fazem da modalidade um dos pontos altos das disputas olímpicas.

É, talvez, essa seja a modalidade em que mais se busca a perfeição; o esporte em que um erro milimétrico pode levar um atleta do céu ao inferno. Se você está acompanhando os jogos do Rio, deve estar familiarizado com os rostos absolutamente compenetrados, os olhares fixos, os músculos enrijecidos. São indícios de que, ao entrarem na disputa, os ginastas estão absolutamente concentrados nela. Sabem que uma distraçãozinha, por menor que seja, pode colocar tudo a perder.

E é precisamente daí que vem o principal ensinamento da ginástica para você, empreendedor: manter sempre o foco, não importando a complexidade do desafio.

Muito antes das disputas A importância do foco já se revela na preparação para os Jogos Olímpicos, quase um ano antes. Nosso maior expoente atual na ginástica artística, Arthur Zanetti, compartilha neste artigo o que teve que deixar de lado durante a reta final dos treinamentos para as Olimpíadas do Rio:

“Deixei de fazer muitas coisas, principalmente os esportes um pouco mais radicais. Tive que deixar de lado, e simplesmente focar no treinamento […] A minha vida mudou bastante, mas com certeza para as Olimpíadas tem que mudar muito mais. Você tem que se regrar um pouquinho mais e ter uma disciplina um pouco maior.”

Ou seja, tudo o que não tiver relação com o objetivo final – a medalha olímpica – fica de lado. O ginasta não pode se distrair com nada que o afaste do caminho pré-estabelecido, do planejamento.

O avião Você é o capitão de um avião e tudo começa a dar errado. Assim também é no mundo do empreendedorismo. Neste artigo, Colin Butterfield (CEO da Radar SA, bolsista da Fundação Estudar e ex-atleta), reflete sobre a importância do foco na gestão. Principalmente quando se trata de liderar uma equipe e delegar tarefas, pois “cada pessoa enxerga um desafio de uma forma um pouco diferente”.

arthur nory e diego hypolito foco
Arthur Nory e Diego Hypólito [GettyImages]

Leia também: Quatro grandes atletas mostram o lado da carreira esportiva que ninguém vê

Para ilustrar a importância do foco, Colin usa a metáfora de um avião em apuros. “Luzes acendendo pra todo lado, pessoas nervosas, barulhos estranhos, turbulência. O que fazer? Você precisa assumir a tomada de decisão. Imagine se, como líder, você resolve falar com os passageiros ou acudir uma aeromoça histérica? Ou ficar preocupado com um disjuntor do sistema elétrico que mantém as luzes acesas? Você, como capitão, faz com que todos que estão te observando priorizem o mais importante: manter o avião voando em segurança”.

Ou seja, se você focar em manter o avião nivelado, na velocidade correta, e pedir que os demais foquem nisso, tudo irá bem. E as atividades periféricas começarão a ser resolvidas por si só, porque as suas ordens e ações vão apontar para o que todos devem fazer.

O foco que realizou um sonho grande Por falar em voo, não é exagero dizer que a equipe masculina de ginástica voou alto no Rio 2016. A começar pela própria participação nos jogos. Por mais que a modalidade acumule importantes conquistas em disputas individuais, a ginástica olímpica brasileira nunca havia classificado sua equipe masculina para uma Olimpíada. A conquista veio no final de 2015, no mundial disputado em Glasgow, na Escócia. Os segredos para a realização de um sonho que, há alguns anos, parecia impossível? Estrutura e, claro, foco.

A estrutura foi concretizada pela inauguração do moderno e aparelhado Centro de Treinamento da Barra da Tijuca. Com o novo CT, a equipe pôde se reunir e se concentrar por períodos mais longos. Assim, o acompanhamento dos ginastas, que antes era feito com visitas aos clubes, virou uma rotina. E o foco se voltou de vez à coletividade, com um atleta incentivando o outro. Arthur Zanetti, Diego Hypólito, Arthur Nori, Sérgio Sasaki e companhia puderam se dedicar integralmente à prática do esporte e ao trabalho em equipe.

arthur zanetti foco
Arthur Zanetti [AgênciaBrasil]

“Mas eu tenho problemas para manter o foco” Certo, estamos falando de atletas olímpicos, que seguem uma rotina muito rígida. Mas o fato é que foco, hoje em dia, é artigo cada vez mais raro. Não à toa: há tantas e tantas coisas demandando nossa atenção, que corremos sempre o risco de deixar para depois aquilo que deveria ser prioritário. O que pode ser péssimo para os negócios. Por isso, além dos ensinamentos vindos da ginástica artística, queremos compartilhar algumas dicas. São práticas simples, para você exercitar seu foco no dia-a-dia. Veja só:

1. Comece cedo: se você quer ser mais produtivo nas suas tarefas, acordar 5 minutos mais cedo pode fazer toda a diferença no seu dia.

2. Faça primeiro a tarefa mais difícil: ao começar pela tarefa mais complicada, você se livrará mais rapidamente de um obstáculo e ao mesmo tempo vai se sentir mais motivado por ter concluído uma atividade complicada.

3. Trabalhe com recompensas: elaborar uma tarefa e só depois ver notícias ou checar e-mails, por exemplo. O ideal é encarar isso como, de fato, uma recompensa: você só poderá acessar algum site ou usar o Whatsapp depois que a tarefa for concluída.

4. Tente a “meditação de Steve Jobs”: ao meditar, o lendário gestor entrava em um estado de consciência aberta. Experimentos sugerem que acessar esse estado, que é dar atenção a tudo o que está passando na mente, é a fonte dos pensamentos mais criativos.

Esperamos que as dicas e os aprendizados da ginástica ajudem e que sua empresa também conquiste resultados históricos!

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

Ensina Brasil busca jovens promissores que queiram ajudar a transformar a educação brasileira

crianca olha para globo

Já ouviu falar da organização Ensina Brasil? É uma iniciativa brasileira parceira da rede Teach for All, que está presente em 40 países e é famosa por recrutar jovens de alto potencial em todo o mundo para assumir o compromisso de melhorar a educação em seus países, dando aulas em escolas vulneráveis e formando uma rede global de jovens de jovens líderes que, independente da área de atuação, segue engajada na transformação do país.

No mundo todo (e principalmente nos Estados Unidos, onde nasceu) o programa é conhecido por atrair candidatos das melhores universidades, dividindo espaço com outros “dream jobs” que se apresentam para quem se forma em uma instituição de excelência.

No Brasil, o programa está em fase inicial; foi criado este ano e recebe inscrições para a primeira turma por aqui até 19 de setembro. Trata-se da escolha dos “ensinas”, como são chamados os futuros professores por aqui.

São elegíveis brasileiros graduados em qualquer área ou em vias de concluir seus estudos até dezembro de 2016. Quem estiver com atraso de até um semestre devido às greves, que são frequentes em universidades públicas, também pode se inscrever. Não há limite máximo de idade.

“Antes de se perguntar no que trabalhar, se pergunte qual problema você quer resolver”, resume Erica Butow, cofundadora da organização e com quem o Na Prática já conversou sobre o assunto. “Se você é motivado por desafios, busca uma carreira com propósito com muitas oportunidades de desenvolvimento e quer colocar a mão na massa para ajudar a transformar a educação e o país, esse programa é para você.”

Como funciona Existe uma crise em nossos sistema educacional. Brasileiros de baixa renda estudam apenas cinco anos, em média, e só um em cada 10 alunos de baixa renda que conclui o ensino médio aprendeu o necessário em matemática. Esses são apenas alguns exemplos de uma situação de fato difícil, que envolve milhões de pessoas e que organizações como o Ensina Brasil pretendem enfrentar.

No programa, os participantes darão aulas em uma escola vulnerável por dois anos e viverão na pele o que é ter impacto. Não é preciso ter experiência pedagógica anterior: a ONG oferece duas formações, uma intensiva antes de entrar em sala de aula e outra contínua, ao longo de dois anos, para prepará-los para os desafios didáticos e desenvolver suas habilidades de liderança.

Há também parceria com universidades para a habilitação e a mentoria de professores experientes e profissionais de diversas carreiras, de acordo com o interesse dos jovens.

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ensina brasil fundacao estudar
Ensina Brasil participa do programa Imersão, do Na Prática

Contratado em tempo integral como professor temporário pelo governo que administra a escola em questão – que pode ser tanto de ensino fundamental quanto médio –, o participante ganha salário e precisa estar disponível para mudar para outras cidades, assim como ter flexibilidade em relação à disciplina que lecionará (Mas calma… Ainda assim a disciplina será sempre relacionada à graduação que você cursou!). 

O processo seletivo – totalmente conduzido pela internet – também envolve questionário de motivações, entrevistas, dinâmica de grupo e resolução de cases.

Para se preparar, a equipe da organização sugere não deixar nada para a última hora. “É uma seleção que demanda autoconhecimento e autoreflexão consideráveis”, diz Mariane Tonello, head de recrutamento e seleção da organização.

“E sabemos que apenas as conquistas não são suficientes para analisar um candidato, então olhamos também para sua trajetória”, complementa Erica. A dica é apresentar um panorama abrangente de sua vida até agora e o que quer viver no futuro.

Leia também: 6 oportunidades promissoras para quem quer empreender em educação

Cotidiano Uma vez selecionados, os novos professores têm como principal responsabilidade seus alunos. Além de ensinar o conteúdo no horário regular e contribuir para a melhoria do aprendizado, espera-se que eles desenvolvam o protagonismo dos estudantes e realmente gerem impacto naquela realidade. “O resultado mais importante é o aluno”, resume Erica.

É importante ressaltar que o Ensina Brasil não busca apenas os apaixonados por educação ou quem quer trabalhar especificamente com a área, mas pessoas que queiram impactar a realidade brasileira e crescer no processo.

Na visão da organização, as competências de um excelente líder e de um excelente professor são as mesmas – e desenvolvê-las só rende pontos positivos. Após a conclusão do programa, o participante passa a integrar a rede do Ensina Brasil, que inclui apoiadores como a Fundação Estudar, e recebe apoio para acelerar profissionalmente.

Segundo os organizadores, mesmo aqueles que deixam de ser professores costumam seguir atuando como agentes de transformação nas mais diversas áreas. É algo coerente com o perfil proativo e empreendedor buscado pela Ensina Brasil para as escolas do país.

“Queremos pessoas comprometidas com a transformação social”, conclui Erica. “O desafio é complexo e precisamos de gente boa para resolvê-lo.”

O resultado será divulgado em novembro de 2016 e o programa começa em janeiro.

Faça sua inscrição aqui!

Como os recrutadores analisam o seu currículo e seu comportamento na entrevista?

homem e mulher analisam documentos

Você já se perguntou o que estava se passando pela cabeça do seu avaliador durante um processo seletivo? Nós também. Por isso, perguntamos a 10 recrutadores de diversas áreas, como engenharia, TI, marketing, vendas e finanças, quais são os erros mais terríveis e os acertos mais brilhantes de um candidato a uma vaga. Confira a seguir:

Alexandre Kalman, sócio da Hound Consultoria

Área: Finanças
A maior virtude de um candidato: Demonstrar visão estratégica e mostrar os resultados palpáveis de suas experiências anteriores.
O maior pecado de um candidato: “Vender” qualidades que sabe não ter, como uma suposta fluência em inglês, por exemplo.

Daniela Ribeiro, gerente da Robert Half

Área: Marketing e vendas
A maior virtude de um candidato: Ter uma comunicação clara, sincera, direta com o recrutador, sabendo transmitir o que é relevante sobre sua carreira.
O maior pecado de um candidato: Demonstrar falta de segurança, concisão ou clareza na hora de se apresentar.

Lucas Wilson, vice presidente regional da Asap Recruiters

Área: Engenharia
A maior virtude de um candidato: Saber explicar para o recrutador, com exemplos práticos, como seu trabalho contribuiu para os resultados dos ex-empregadores.
O maior pecado de um candidato: Falar de forma muito técnica e ser superficial ao falar de seu perfil comportamental durante a entrevista.

Leia também: Veja vagas abertas para estágio e trainee

 

Fábio Salomon, sócio da Salomon e Azzi

Área: Jurídica
A maior virtude de um candidato: Demonstrar maturidade, profissionalismo e transparência sobre suas intenções com a vaga.
O maior pecado de um candidato: Não dar retorno para o recrutador e faltar em etapas do processo seletivo.

Rodrigo Soares, diretor comercial na Hays

Área: Marketing e vendas
A maior virtude de um candidato: Fazer perguntas durante o processo seletivo e ter um discurso estruturado.
O maior pecado de um candidato: Não ter informações básicas sobre a empresa, demonstrando falta de preparação para a entrevista.

Guilherme Petreche, gerente executivo da Michael Page

Área: TI (Tecnologia da Informação)
A maior virtude de um candidato: Ir preparado para a entrevista, cuidando inclusive da apresentação pessoal.
O maior pecado de um candidato: Ser pouco transparente quanto às suas intenções com a vaga.

Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos

Áreas: Finanças, Logística, TI e RH.
A maior virtude de um candidato: Falar com a mesma naturalidade sobre seus pontos fortes e fracos, demonstrando que aceita bem seus fracassos.
O maior pecado de um candidato: Usar o processo seletivo para barganhar salários com seus atuais empregadores.

Baixe o Ebook: Ambev, Bain e outras revelam os segredos para ser contratado

 

Rodrigo Maranini, head de engenharia da Talenses

Área: Engenharia
A maior virtude de um candidato: Saber ouvir, se colocar no lugar do outro e entender as expectativas do cliente a respeito da vaga.
O maior pecado de um candidato: Ter uma comunicação fria e arrogante.

Maria Beatriz Henning, sócia da Exceed

Área: Finanças
A maior virtude de um candidato: Ser sincero sobre suas motivações e valores no trabalho.
O maior pecado de um candidato: Usar o processo seletivo para negociar salário maior no emprego atual.

Teresa Gama, diretora da Projeto RH

Área: Setor bancário
A maior virtude de um candidato: Ser transparente em suas posições e expressar pontos de vista com clareza.
O maior pecado de um candidato: Mentir e demonstrar falta de educação.
Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

Mudança de carreira: o jornalista que aproveitou uma demissão em massa para se dedicar ao empreendedorismo

homem em barbearia

As demissões são um verdadeiro tormento para a maioria dos empregados. Receber a notícia de que você não trabalha mais naquela empresa pode ser complicado as contas para pagar não esperam no fim do mês mas também pode ser a hora da virada. Esse é o caso de Mauricio Nadal, 28 anos, que aproveitou a saída forçada do seu emprego como jornalista para se tornar um empreendedor. E ele está fazendo barba, cabelo e bigode nessa nova carreira!

Nadal formou-se em jornalismo pelo Mackenzie em 2009 e logo começou a se envolver com a área esportiva.  “Aceitei e realizei vários sonhos no jornalismo esportivo. Cobri eventos de vários esportes, entrevistei ídolos, viajei, entre outras coisas bem legais. Virei jornalista pela paixão por esportes e pelo gosto de conhecer e escrever histórias. A decisão foi mais que certa”, conta.

Mas o atual momento do jornalismo, com seguidas demissões e projetos descontinuados, começou a incomodá-lo.  “Ver as decisões e caminhos dos caciques dessa área me desanimava. Precisava passar por tudo aquilo para crescer e almejar algo a mais para a minha vida. Mas a ausência de plano de carreira, a clara crise na profissão e o fator financeiro também contaram demais para mudar de área. A sensação de impotência, das mãos atadas, me consumia. Era um sinal”, relata.

barbearia jornalista empreendedor

A partir desse cenário, ele passou a pesquisar mais sobre o empreendedorismo. “Participei de reuniões de empresas nas áreas alimentícia, serviços e pets e chegamos muito perto de colocar uma grana imensa em algo que não acreditávamos. Foi aí que veio a grande ideia. Eu já frequentava e sabia da tendência das barbearias. Pensei: ‘por que não fazer algo no estilo esportivo?”.

E o incentivo decisivo para abrir sua própria barbearia foi a demissão do portal de notícias em que trabalhava. “Estava no fim das férias e recebi uma ligação de um editor dizendo que eu estava demitido, em mais um corte trivial no jornalismo. Era para apenas passar lá e pegar as minhas coisas. No primeiro momento, foi um espanto, mas no mesmo dia já estava tranquilo em casa e sabia bem o que deveria começar a fazer”, lembra. Era o marco para a criação da Barbearia Campeã, inaugurada em São Caetano (SP) com estilo esportivo e novos conceitos.

Leia também: Coach dá três dicas para quem quer mudar de carreira ou profissão

Tratamento diferenciado Após definir a área em que iria empreender, Nadal precisava conhecer a fundo o universo das barbearias.  “Pesquisei muito sobre o mercado, comecei a frequentar ainda mais as barbearias, para ver acertos e erros deles. Matriculei-me no curso de barbeiro, não para trabalhar no dia a dia com o ofício, mas para entender do assunto. Não só de máquinas, tesouras, pentes e acessórios em geral, mas também do panorama de mercado, produtos e profissionais. Essa foi a grande sacada, pois pude entrar no mundo dos caras e ver como é difícil cortar um cabelo ou fazer uma barba. Fica mais fácil de falar a língua deles e entender dos problemas”, revela.

Quem frequenta a Barbearia Campeã encontra muito mais do que um corte de cabelo ou da barba. Com um investimento de R$ 110 mil, o espaço conta com uma área para a interação entre os clientes, com mesa de sinuca, bar e televisão. Tudo isso com muito papo sobre futebol, é claro! “Fico no bar da barbearia conversando com os clientes ou com os acompanhantes deles. Esse atendimento é muito importante e a pessoa se sente respeitada e mais bem atendida ainda”, afirma ele, que tenta sempre memorizar o nome e o time do coração dos frequentadores. “Sou muito mais feliz atualmente. Sinto-me bem naquele ambiente. Ficaria o dia inteiro lá dentro, sem problemas. É muito cansativo, é claro. Mas a satisfação dos clientes da barbearia é a certeza de um trabalho bem feito, mesmo que ainda engatinhando”, afirma.

Sobre o futuro, Nadal espera que sua barbearia receba ainda mais movimento com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Quando perguntado se voltaria ao jornalismo, ele é enfático. “Voltar ao jornalismo, da forma como ele se apresentava, seria um retrocesso. A veia empreendedora está pulsando em mim. A noção de responsabilidade, em tomar decisões, é algo fantástico. Quero arriscar, apostar, porque gera mais alegria quando se conquista um objetivo. Reclamar da vida é a pura bengala da preguiça ou falta de ânimo. Todos nós somos protagonistas de nossas vidas e caminhos profissionais e pessoais”, finaliza.

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Em tempos de crise, programas de trainee se tornam mais concorridos (e desejados!)

Programa de Trainees Votorantim

Tornar-se trainee é uma das opções mais cobiçadas na hora de entrar no mercado de trabalho. O programa, que é voltado para jovens recém-formados ou em vias de se formar, representa um investimento duplo: o trainee investe tempo e esforço, enquanto a empresa investe financeiramente em um treinamento pesado para esse profissional, para prepará-lo para assumir cargos de liderança e com a intenção de que ele permaneça a longo prazo na organização.

A Seja Trainee estima que sejam abertas três mil vagas do tipo ao longo de 2016. E a concorrência deve ser ainda mais acirrada que o normal, já que algumas empresas diminuíram o tamanho de seus programas – sempre bastante despendiosos – devido à crise econômica. Para outros, no entanto, esse é o momento certo para investir em talentos (o Santander, por exemplo, abriu esse ano a primeira turma de trainee desde 2009). 

Na Votorantim, por exemplo, que está com inscrições abertas até 22 de agosto e já formou cerca de 600 trainees, serão 13 vagas para 2017, divididas entre as três companhias: Votorantim Cimentos, Votorantim Energia e Votorantin SA. O número é mais restrito do que no ano anterior, que teve 31 vagas, o que já indica que o processo será concorrido. 

“Investimos porque acreditamos na assertividade da seleção de jovens com potencial por essa porta”, diz Manuela Landi Franco da Silva, analista de recursos humanos da Votorantim SA e que atua no processo seletivo. “O programa de trainee permite muita aprendizagem e isso se reflete em pessoas provocativas, que vão propor mudanças positivas à organização.”

Da mesma forma, os programas tornam-se ainda mais cobiçados pelos jovens, devido às vantagens que oferecem em relação às demais portas de entrada em uma empresa: aprendizagem acelerada, treinamento estruturado, rotação de funções, crescimento rápido e exposição frequente à alta liderança – além do salário, que costuma ficar acima da média do mercado para recém-formados.  

A possibilidade de aprendizagem acelerada e crescimento rápido dentro da empresa é um benefício dos programas de trainee. “Temos encontros trimestrais de formação com cursos e workshops de diversos assuntos tais como finanças, autoconhecimento, gestão do tempo, gestão de projetos, comunicação e inovação”, explica Manuela. A alocação de um mentor para cada trainee também entra como diferencial. Para Manuela, essa é uma forma de proporcionar um exercício de autoconhecimento para os jovens. 

Leia também: Confira vagas abertas para estágio e trainee

Dicas e Conselhos As etapas de um processo seletivo podem mudar de programa para programa, mas as dicas são sempre parecidas. Há itens básicos, como vestir roupas confortáveis para não ser surpreendido por dinâmicas em grupo, e a importância de pesquisar a fundo a empresa e o setor em questão para estar totalmente preparado na hora da entrevista.

A seleção, vale lembrar, é criteriosa e envolve os mais altos executivos. “São filtros rígidos de crenças, lógica, comportamento, competências, capacidade analítica, repertório, potencial e inteligência emocional”, diz Manuela. “Formar gente de casa é um indicador importantíssimo e acreditamos que ajuda na perpetuidade dos valores da organização.”

No longo prazo, a adequação a cultura e valores da empresa também é importante para quem contrata e para quem é contratado, e em um processo seletivo de trainee o olhar sobre esse aspecto da seleção é ainda mais apurado. Não surpreende, então, que o erro mais comum cometido na hora da seleção seja tentar se adequar a todo custo. “É fingir ser o que não é”, resume Manuela. “É muito importante que a pessoa aja da maneira mais natural possível. Queremos conhecê-la como ela é de fato e daí analisar se há matching ou não. Essa transparência garante justiça para o processo, para a pessoa e para a empresa.”

“Desde o processo seletivo vi na Votorantim um match de valores e cultura e, além disso, enxerguei nas pessoas da empresa um perfil muito parecido com o meu, o que me deixou confortável em assumir esse compromisso”, explica a trainee Nathalia Andrade Castro. 

Leia também: Como ser aprovado no processo seletivo do Google?

Cotidiano dos trainees Formada em administração pelo Insper, Nathalia ficou atraída pela visibilidade proporcionada por esse tipo de programa. Antes disso, já tinha feito estágio na consultoria FALCONI e na Nestlé, e também empreendeu com o Brechó da Vila, um comércio de roupas usadas em São Paulo. “Para quem acredita ser capaz de entregar resultados, é uma ótima oportunidade”, diz ela, hoje na Votorantim SA. “Além disso, a carreira de trainee tende a ser mais acelerada devido à exposição, à visão geral da empresa que você cria em pouco tempo e aos treinamentos.” 

A visibilidade começa cedo. No caso da engenheira Daniela Freitas Lage Santos, veio ainda no processo seletivo, num painel com o presidente da Votorantim Energia, onde trabalha hoje. “Todos eram muito bons e mostrar meu diferencial não foi fácil”, lembra. “Minha dica para interessados é conhecer seus pontos fortes e fracos, saber usá-los a seu favor – e ser autêntico. Se você se encaixar no perfil procurado, ser aprovado é inevitável.”

Trainees do Grupo Votorantim
[Trainees da Votorantim/divulgação]

Job rotation O sistema de rodízio de funções, o chamado job rotation (sobre o qual é possível saber mais aqui), existe na maior parte dos programas de trainee, e serve para que os jovens testem as águas e descubram no que se destacam, além de dar uma compreensão do negócio como um todo. No caso da Votorantim, são três rotações em um ano. Cada uma inclui a entrega de um projeto e o acompanhamento de um gestor, e as áreas são diferentes de acordo com as preferências de cada um.

Esse foi o ponto principal que fez Daniela optar pelo programa. “Eu escolhi o trainee pela oportunidade de uma formação mais completa como profissional, já que temos uma exposição à empresa como um todo, possibilitando uma visão macro e não apenas da área que irei atuar”, ela explica. 

“Logo que entramos, nossa área final está definida de acordo com nosso perfil”, complementa Nathalia. “As outras são decididas pelo seu gestor, de acordo com as habilidades que ele queira desenvolver em você e que sejam importantes para sua alocação final.”

Para recém-formados, o cenário dos últimos anos pode ser quase desesperador. Mas há oportunidades. “Eu me formei num dos piores momentos do Brasil”, resume a administradora. “Ter conseguido uma vaga de trainee é um sentimento não apenas de tranquilidade, mas também de orgulho por saber que, nesse período de crise, a empresa está investindo fortemente no meu desenvolvimento.”

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O lado da carreira esportiva que ninguém vê, segundo ídolos

atletas brasileiros

Quatro atletas brasileiros – Marta, Maurren Maggi, Daniel Dias e Kaká – que aceitaram o convite para ser influenciadores do LinkedIn dão uma boa ideia de um lado pouco conhecido de suas carreiras.

Em momentos em que a atenção se volta para o esporte – o que segue pelos próximos 17 dias na Olimpíada e também em setembro com a Paraolimpíada – o público vê apenas fragmentos (ainda que os mais cruciais) de longas histórias de dedicação, preparo, obstáculos transpostos.

O que está por trás do suor no rosto, no entanto, é o que de mais inspirador há na trajetória destas pessoas. “Quem olha de fora não consegue perceber o quão doloroso é ser um jogador profissional”, escreveu Kaká. Desde 14 de julho, seu texto conta mais de 20 mil visualizações. Confira alguns trechos do que ele e os outros três craques do esporte contaram na seção de esportes da plataforma Pulse do LinkedIn:

1. Kaká

Kaka

Último brasileiro a conquistar o título de melhor jogador de futebol do mundo, ele começa seu texto falando sobre um momento em que sua promissora carreira ficou por um triz, após fraturar a 6ª vértebra quando tinha só 18 anos. “Eu não sabia na época, mas estava prestes a aprender uma das maiores lições da vida”, escreveu.

Dos quatro influencers é único a não ter conquistado medalha olímpica. Atual jogador do Orlando City, Kaká dá a ideia do quanto a carreira de jogador de futebol profissional é exigente. “Precisamos nos afastar da família, nos privar da nossa liberdade, dos nossos finais de semana, da nossa liberdade”, contou.

A lição que o jogador cita no começo do texto só parece ter ficado clara com os (muitos) altos e (alguns) baixos da sua vida de atleta. “Não existem derrotas definitivas na nossa carreira. Cada tombo é uma grande lição a ser tomada”, disse. Leia o texto completo aqui.

2. Maurren Maggi

maurren

A última competição oficial da carreira de Maurren Maggi no salto em distância foi em fevereiro deste ano. “O primeiro sentimento é de um pequeno desespero. Natural, claro: de uma hora para outra, sem muito aviso prévio, a sofrida e regrada rotina que levamos desde muito cedo é interrompida”, contou.

Mas o sinal, escreveu, já vinha sendo dado pelo seu corpo. Um lado ruim da carreira de atleta é a sua brevidade: após o auge aos 32 anos e com o ouro na Olimpíada de 2008 em Pequim, a aposentadoria aos 39 anos.

“Felicidade, orgulho, sentimento de superação, tristeza… São muitas as emoções que cercam a carreira de um atleta”, escreveu. A vergonha pela suspensão ao ser pega no antidoping também marcou emocionalmente a sua carreira, ainda que a culpa não tenha sido sua, defendeu-se no texto.

Por isso a gestão adequada da emoção é posta por ela em pé de igualdade com o desempenho físico. Chegar ao topo, escreveu, só é possível a partir da combinação da excelente performance física e melhor preparo emocional. Leia o texto completo aqui.

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3. Marta

marta atletismo

Dificuldades e obstáculos não foram poucos na vida da maior jogadora de futebol de todos os tempos. Mas ela soube driblá-los porque foi persistente, ou como preferiu se autoqualificar: teimosa. “Não fosse eu teimosa, minha carreira não teria nem começo”, escreveu.

O esforço que fez para conquistar tantos prêmios e o melhor currículo possível para uma jogadora de futebol passa longe da vida de sonhos que muitos acham que ela tem agora, disse.

“As dificuldades foram tremendas. No nosso país, o ‘País do Futebol’, veja você, a minha modalidade ainda é vista como amadora”, disse. Em meio aos obstáculos, o que importou foi sua persistência em prestar atenção aos caminhos que se abriam em vez das barreiras.

“Penso que é assim quem devemos gerir nossa carreira profissional: com foco nas portas que se abrem; com atenção especial ao futuro que se desenha, tentando sempre antecipar as divididas; mas com a memória sempre ligada nas nossas raízes, para que a vida não nos deixe esquecer quem realmente somos”, escreveu. Leia o texto completo aqui.

4. Daniel Dias

daniel dias

Dez medalhas de ouro no currículo, e 15 no total somando-se conquistas nas Paraolimpíada de Pequim em 2008 e Londres em 2002. E muitos disseram que ele começou a nadar tarde, quando tinha 14 anos. “Para mim, tarde seria nunca. Além disso, sempre fiz as coisas no meu relógio”, escreveu.

Para ele, o mais importante do que as medalhas, os prêmios e os seis recordes mundiais alcançados na natação foi a primeira prótese. “Foi ali que comecei a gostar de esporte. Foi quando comecei a sentir vontade de praticar esportes. E a vontade é quase tudo que precisamos”, disse.

Para Daniel Dias, além da vontade, não faltaram nem fé nem determinação. Tudo, disse, é uma questão de escolha. “ Eu escolhi ser feliz”, disse. Leia o texto completo aqui.

Leia também: As lições de carreira que os atletas podem te ensinar

 

Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

Por que um consultor decidiu começar uma empresa de filosofia?

homem olhando para o horizonte

Através de coaching para executivos, desenvolvimento de equipes e um programa de certificação, a consultoria Strategy of Mind garante que desenvolve e aprimora o “coeficiente humano” – composto por habilidades como consciência, inteligência emocional e pensamento estratégico.

Por trás da ideia está a importância de áreas das humanidades, como a filosofia, na cultura corporativa. Para explicar um pouco mais a ideia, o cofundador Ryan Stelzer – que já trabalhou na Casa Branca e se formou na Universidade de Cambridge, enquanto o parceiro David Brendel é um médico formado em Harvard – publicou um post no LinkedIn.

Confira a seguir:

Quando eu estava na pós-graduação estudando filosofia, nossa livraria universitária mudou de lugar. No caos da mudança, a loja criou seções temporárias e empilhou livros como peças de Jenga entre prateleiras de madeira parcialmente construídas. Após navegar cuidadosamente rumo à seção de filosofia (geralmente fácil de identificar graças à ausência de outras almas), fui imediatamente apresentado a uma das frases mais profundas que já li. Sem dúvida escrita por algum atendente numa tentativa de trazer ordem ao caos, duas placas diziam: “Matemática termina “e “Filosofia começa”.

Imediatamente tirei uma foto da placa, que continua sendo meu papel de parede no celular mesmo anos depois, quando trabalhava como consultor de gestão. Um dia, no trabalho, a frase me fez pensar sobre a natureza da consultoria. Usamos matemática para ajudar negócios lidarem com problemas complexos. Negócios lutam todos os dias em meio a muita incerteza, conforme são rotineiramente confrontados com o desconhecido. Exigem cálculos difíceis para prever resultados finais. A história mostra que, no entanto, apenas a matemática não consegue prever o sucesso ou fracasso de empresas.

Quando alguém estuda cases de consultorias usados em entrevistas, inevitavelmente chega ao acidente de celulares da operadora AT&T. Os detalhes surgiram na minha mente. No começo dos anos 1980, a AT&T buscou o conselho de consultores de gestão para decidir se deveriam ou não entrar no mercado de celulares. Usando previsões matemáticas, os consultores anteciparam que os celulares eram um mercado de nicho e a AT&T não deveria perder seu tempo com eles.

Leia mais: Como resolver ‘cases’ em processos seletivos de consultorias

Como a Digital Equipment Corporation (DEC), outra corporação que previu erroneamente que não haveria demanda por computadores pessoais nos anos 1960, a AT&T calculou mal em relação a uma das maiores inovações comerciais e tecnológicas de nossos tempos.

Isso aconteceu devido à confiança exclusiva que deram à matemática. A matemática nos diz como construir um telefone, mas tem dificuldade em dizer o que é um telefone e por que alguém deveria pagar por ele. Em outras palavras, a matemática termina.

Eu então comecei a explorar abordagens alternativas para resolver desafios complexos de negócios e cheguei à mesma conclusão que o atendente da livraria: quando a matemática termina, a filosofia começa.

Há uma série de organizações que auxiliam negócios a responderem questões que começam com “como”, e eu fazia parte de uma delas. Mas tive dificuldade em encontrar uma organização que ajudasse as empresas a se engajarem com questões igualmente importantes e que iam além de logística.

Dadas as circunstâncias de aumento rápido da globalização e um desenvolvimento tecnológico exponencialmente veloz, empresas vão precisar de ambas, matemática e filosofia, para se adaptarem e prosperarem no século 21.

Se qualquer gerente da AT&T tivesse lido o estudo de case do DEC e alguns trabalhos de Julio Verne, por exemplo, talvez a AT&T pudesse ter antecipado nossa fascinação coletiva com a tecnologia futurista.

Então, armado com esse conhecimento, deixei a consultoria de gestão e fiz uma parceria com o Dr. David Brendel, um pioneiro no espaço de neurohumanidades. Juntos, criamos uma empresa que usa ciências humanas e ciência cognitiva para ajudar organizações a operarem de maneira mais eficaz. Usamos treinamento filosófico para criar culturas de alta performance e, com a ajuda do Dr. Paul Zak, usamos matemática para medir os verdadeiros efeitos do treinamento.

Nossa receita para criar e sustentar culturas de tamanha performance é a aprimorarão coletiva de habilidades que integram a Teoria da Mente.

A Teoria da Mente, de modo geral, é a capacidade de entender o que está acontecendo na cabeça de outras pessoas. Seus sinônimos são empatia e inteligência emocional. Possuir habilidades avançadas de Teoria da Mente significa ter capacidade de conceitualizar o que os outros pensam e sentem, formar hipóteses sobre por que outros agem como agem, e apreciar dinâmicas emocionais e comportamentais complexas e em grupo.

Frequentemente leva a níveis superiores de pensamento estratégico, liderança e confiança dentro das empresas. O mundo dos negócios está começando a reconhecer a incrível importância da Teoria da Mente no contexto profissional. Tanto que executivos recentemente concordaram globalmente que essas habilidades são críticas para o sucesso no trabalho.

Pesquisas recentes também sugerem que o jeito mais eficaz de desenvolver e aprimorar a Teoria da Mente é ler e discutir grandes obras das ciências humanas. (Agora, graças às pessoas que não estudaram filosofia, os neurocientistas, eu finalmente posso explicar para meus pais porque eu escolhi essa área.)

As humanidades – que incluem filosofia, assim como literatura, história, arte e música – são geralmente caracterizadas como estudo da experiência e da cultura humana. Servem de maneira eficaz como estudos de cases como aqueles que eu li quando passava pelo processo de entrevistas para me tornar um consultor.

No entanto, ao invés de avaliar a matemática do acidente da AT&T, as humanidades vão um pouco além e desenvolvem habilidades interpessoais e analíticas superiores no leitor – muito mais que os casos calculados das escolas de negócios

As humanidades nos ajudam a ver o quadro maior e frequentemente mais complexo. Como escreve a Harvard Business Review: “Conhecimento sobre negócios pode ser adquirido em duas semanas… As pessoas treinadas em humanidades aprenderam a usar grandes conceitos e aplicar novas maneiras de pensar sobre problemas difíceis, que não podem ser analisados do jeito convencional”.

Conforme mais e mais empresas reconheçam a prosperidade desfrutada pelas companhias que usam tanto matemática quanto filosofia, vão ver que possuir a habilidade de entender o que acontece na mente de outras pessoas as coloca num patamar único para o sucesso futuro.

Profissionais agora precisarão aumentar seus cálculos matemáticos com os cálculos cognitivos encontrados em Platão, Shakespeare, Austen, Verne e Sun Tzu. Alguns líderes estão à frente da curva.

Jack Bogle, fundador da Vanguard, frequentemente buscava poesias para guiá-lo enquanto construía a empresa. Ele me contou numa ligação recente que “Ozymandias”, de Percy Bysshe Shelley, segue em sua mesa até hoje.

E é por isso que deixei uma consultoria de gestão para fundar uma empresa de filosofia: para ajudar aqueles que ainda não alavancaram o poder das humanidades para assegurar o sucesso continuo de suas organizações em nossa economia globalizada e altamente técnica.

Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática.

O que Bill Gates aprendeu com Warren Buffett

Bill Gates e Warren Buffet

Quando Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft, em 1975, poucas pessoas acreditavam no projeto. Um computador pessoal em cada mesa, afinal, parecia um exagero futurista.

Dono da maior fortuna do mundo, avaliada em US$ 78,3 bilhões, ele hoje se dedica ao trabalho filantrópico da Bill & Melinda Gates Foundation, em parceria com a esposa. Tida como exemplo mundial de filantropia bem feita, a fundação busca impactar a saúde pública mundial, através de causas como a erradicação da malária, e a educação.

A dedicação do americano acabou contagiando um de seus melhores amigos, o megainvestidor Warren Buffett, do conglomerado Berkshire Hathaway. Juntos criaram a iniciativa The Giving Pledge, em que bilionários se comprometem a doar grandes parcelas de seu patrimônio.

Recentemente, para comemorar mais de duas décadas de amizade, Gates fez uma homenagem a Buffett. Confira o texto abaixo, traduzido pelo Na Prática:

Não me lembro da data exata em que conheci a maioria dos meus amigos, mas Warren Buffett, sim. Foi há exatos 25 anos, em 5 de julho de 1991.

Acho que a data tem tanto destaque para mim porque marca o começo de uma nova e inesperada amizade para Melinda [Gates, sua esposa] e eu – uma que mudou nossas vidas para melhor de todos os jeitos imagináveis.

Warren nos ajudou a fazer duas coisas que são impossíveis de exagerar: aprender mais e rir mais.

Ao longo do último quarto de século de amizade, fizemos muito dos dois. Melinda e eu frequentemente nos vemos relembrando alguma pérola de sabedoria que Warren compartilhou conosco, ou rindo ao lembrar de alguma coisa engraçada que ele fez ou disse.

Para marcar o aniversário de nossa amizade, pensei em compartilhar algumas das minhas memórias favoritas de nosso tempo juntos. Warren e eu também criamos um filme de realidade virtual juntos na Reunião Anual de Acionistas da Berkshire Hathaway, que você pode assistir no meu blog.

Bill Gates e Warren Buffett
[acervopessoal]

Um começo esquisito
À primeira vista, Warren e eu parecemos uma dupla mal feita. Sou um nerd de tecnologia. Ele é um investidor que não usa email. Na verdade, eu não esperava que fossemos ser amigos.

Em 1991, quando minha mãe me convidou para visitar nossa casa de férias em Hood Canal e encontrar um grupo de amigos incluindo Warren, eu não queria ir. Disse que estava muito ocupado no trabalho. Warren seria interessante, ela insistiu. Mas eu não estava convencido. “Olha, ele só compra e vende pedaços de papel. Isso não é gerar valor de verdade. Não acho que teríamos muito em comum”, respondi. Eventualmente, ela me persuadiu a ir. Concordei em não ficar mais que duas horas antes de voltar para a Microsoft.

E então conheci Warren. Ele começou a fazer perguntas sobre o negócio de software e por que uma empresa pequena como a Microsoft poderia esperar competir com a IBM e quais eram as habilidades e preços. Eram perguntas incrivelmente boas que ninguém tinha feito. De repente, estávamos mergulhados numa conversa e horas se passaram. Ele não parecia um grande investidor. Tinha esse jeito modesto de falar sobre o que faz. Era engraçado, mas o que me impressionou mesmo era quão claramente ele pensava sobre o mundo. Foi uma amizade profunda desde a primeira conversa.

Oreos no café da manhã
Uma coisa que me surpreendeu sobre Warren é que ele basicamente come aquilo que comia aos seis anos. Não come mais papinha, claro, mas suas refeições são basicamente hambúrgueres, sorvete e Coca Cola. (Essa é uma das razões que fazem um jantar tão divertido com ele.) Lembro-me da primeira vez que ele ficou em casa e abriu um pacote de bolachas Oreo no café da manhã. Nossos filhos imediatamente exigiram algumas. Pode dar exemplos ruins para os jovens, mas é uma dieta que de algum jeito funciona para ele.

Bill Gates e Warren Buffet
[acervopessoal]

“Amamos o que você fez com a sala de jantar, Warren!”
Quando Warren convidou Melinda e eu para ficar em sua casa, em Omaha, pela primeira vez, nos deu uma tour do lugar. Quando chegamos na sala de jantar, vimos que não havia assento nas cadeiras. Warren estava tão surpreso quanto nós. “O que está acontecendo?”, ele perguntou, examinando as cadeiras. Eventualmente, descobriu que as almofadas tinham sido retiradas há meses para uma reforma e ele não tinha notado até aquele momento. (Devia estar comendo seu sorvete com Oreos na cozinha.) Rimos daquela visita até hoje.

Investimento emocional
Warren ganhou uma reputação como “Oráculo de Omaha” por sua abordagem perspicaz do mundo dos investimentos. Mas ele é igualmente bom em investir em pessoas. Sempre me surpreendo com como ele consegue atraí-las e fazer o aprendizado ser divertido para elas. Mesmo com uma agenda cheia, Warren encontra tempo para manter as amizades como poucas outras pessoas que conheço. Ele pega o telefone e liga para dizer oi e frequentemente manda artigos que acha que Melinda e eu acharemos interessantes pelo correio.

Aprendi muitas coisas com Warren ao longo dos últimos 25 anos, mas talvez a mais importante seja o significado da amizade. É sobre ser o tipo de amigo que você mesmo gostaria de ter. Todos deveriam ter a sorte de ter um amigo tão gentil e simpático como Warren. Ele vai além para fazer com que as pessoas se sintam bem e compartilha sua alegria de viver.

Até hoje, toda vez que vou a Omaha (e vou sempre que posso), Warren ainda vai me buscar no aeroporto.

É um gesto pequeno, mas significa muito para mim. Sempre fico impaciente esperando as portas do avião se abrirem porque sei que Warren estará esperando com uma nova história ou piada e vou aprender e rir com ele, tudo de novo.

Obrigada pela amizade, Warren. Foram 25 anos incríveis. Anseio por criar muitas outras memórias com você nos próximos anos.

Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática.

4 dicas de carreira de Chieko Aoki, presidente e fundadora do Blue Tree Hotels

“Quando você pensa diferente e busca a perfeição, cria um legado”, diz Chieko Aoki. Para a fundadora e presidente da rede Blue Tree Hotels, esse processo é difícil porque “você tem que lutar com você mesmo todos os dias”. Formada em Direito, ela começou sua carreira na rede hoteleira na década de 80 e, em 1992, resolveu empreender e fundou o grupo que depois seria renomeado para Blue Tree Hotels – rede que hoje conta com 24 hoteis nas cinco regiões do país e emprega milhares de pessoas. 

Pelas dimensões do grupo que criou, já foi considerada seguidas vezes uma das mulheres mais poderosas do país em listas elaboradas por publicações especializadas, como a Forbes. Chieko também fez pós-graduação em Administração na Universidade de Sofia, no Japão, e cursou Administração Hoteleira na Universidade Cornell, nos Estados Unidos. “Com os japoneses, pude desenvolver habilidades comportamentais, como paciência e visão de longo prazo. Com os americanos, aprendi com sua praticidade e técnica”, diz.

A seguir, veja quatro dicas que ela compartilhou com exclusividade com os leitores do Na Prática, e que fazem parte do minicurso por email Conselho de CEO – Aprenda sobre a carreira em gestão empresarial com grandes líderes.

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Dica 1: No fim, importa o que você faz (e não o que você sabe)

Chieko Aoki gosta da acróstico do CHÁ – conhecimento, habilidade e atitude – para se referir ao trio que compõe um bom profissional. No entanto, por mais que o conhecimento seja importante, a empreendedora reforça que no fim das contas o que interessa é o que você faz, e não o que você sabe. O conhecimento sem execução não gera valor para os clientes.

Dica 2: Mantenha aceso o espírito empreendedor

“Preencher a lacuna da oportunidade”. É assim que Chieko Aoki define a atitude empreendedora. Para ela, esse espírito é mais comum nos jovens, e começa a dar lugar a um comodismo conforme vamos crescendo na carreira – uma tendência que precisamos combater ativamente.

Dica 3: Não seja prisioneiro do hábito

Se você não questionar os seus hábitos, vai acabar caindo na armadilha do comodismo e, cedo ou tarde, estagnar na sua carreira. Quantas vezes você buscou novas formas de fazer as tarefas do seu dia a dia? É de perguntas assim que surge o legado.

Dica 4: Seja generoso

O ‘olhar da generosidade’ deve estar presente na visão do mundo do líder, para que ele consiga executar bem a sua tarefa de ajudar os clientes e facilitar a vida das pessoas.

Bônus: Como sobreviver às crises?

“Não adianta só ter competência”, alerta Chieko Aoki.

Assista à entrevista completa com Chieko Aoki

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