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“Rápido e devagar: Duas formas de pensar”, por Daniel Kahneman

Capa de Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar

Ganhador do Nobel de Economia, o psicólogo Daniel Kahneman é um dos mais famosos pensadores do século 21. Neste bestseller internacional, é possível aprender de maneira didática a maneira que usamos nossos cérebros, que se dividem em dois sistemas.

O Sistema 1 é rápido, intuitivo e emocional. O Sistema 2 é mais lento, mais lógico e deliberativo. Ambos moldam nossos julgamentos e decisões e saber onde fica seu viés mental pode influenciar tudo em sua vida: sua felicidade, suas decisões no mercado de ações ou sua jogada de xadrez.

E enquanto ambos em conjunto trabalham muito bem para que os seres humanos funcionem no mundo, há sérios problemas a serem enfrentados. Kahneman explica que o principal deles é o fato de que Sistema 1 toma o lugar do colega quando não deveria e nos leva a confiar na intuição, que por sua vez nos leva às respostas e conclusões erradas, quando deveríamos pensar de outro jeito.

Ao longo do livro, o professor apresenta técnicas para pensarmos mais devagar e nos confronta com preconceitos e outros tipos de processos simplificadores que sendo prejudiciais, tanto pessoal quanto profissionalmente. Psicologia, percepção, irracionalidade, neurociência, estatística e economia comportamental são alguns dos temas tratados nas páginas. Ao final, o leitor pensa de maneira mais esclarecida – e devagar.

“O jeito de bloquear erros originados pelo Sistema 1 é simples, em princípio: reconheça os sinais de que você está num campo minado cognitivo, diminua a velocidade e peça auxílio ao Sistema 2”, resume o autor. O que falta é reconhecer o campo em questão.

“Rápido e devagar: Duas formas de pensar” está disponível em português

“De zero a um”, por Peter Thiel

Um livro recomendado e tido como realista por empreendedores bilionários como Mark Zuckerberg e Elon Musk não pode passar batido. O fundador do Facebook disse inclusive que as páginas entregam “ideais totalmente novas e frescas sobre como criar valor no mundo”.

E se alguém sabe como fazer isso é um colega de Vale do Silício: Peter Thiel, cofundador do PayPal. O autor defende que o mais importante não é crescer – passar do “1 para o n”, algo que todo mundo já sabe como fazer – mas sair do zero para o 1, para algo totalmente novo e singular. Ao criar um negócio único, defende Thiel, você escapa da competição.

Para isso, é necessário priorizar explorações, inovações e, principalmente, aprender a pensar sozinho. Entender o conceito é fácil. Você está lendo isso em um email, mas alguém precisou pensar na possibilidade da internet. Do computador. Do computador pessoal. Do telefone celular. Da tela touch screen. E por aí vai.

Invenções – além das muitas outras que foram necessárias para que estas se tornassem realidade – começam sempre com uma visão crítica da realidade: o que existe, o que poderia existir e por que.

É aí que entra a importância do pensamento independente, especialmente no mundo dos negócios. É preciso vislumbrar possibilidades mesmo que elas sejam contrárias ao senso comum. (Lembra-se da estratégia do oceano azul, em que uma empresa começa e domina uma determinada área ao invés de competir com os tubarões? É por aí.)

Thiel, que tem experiência majoritariamente na indústria tecnológica, considera monopólios benéficos. Para ele, são celeiros de inovação e que incentivam a competição a melhorar, o que gera benefícios também para o consumidor.

Chegar no ponto do Google, no entanto, exige foco absoluto, paciência e visão de futuro. Às vezes uma novidade capaz de transformar o mundo demora um pouco para encantá-lo ou exige passos lentos e deliberados – e é preciso oferecer sempre o melhor produto para não perder o lugar.

“De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício” está disponível em português

“A Cauda Longa”, por Chris Anderson

Capa de A Cauda Longa

A cauda longa do título é a curva básica de demanda por um bem ou serviço, em que o eixo vertical se refere à popularidade de um produto e o eixo horizontal, aos produtos disponíveis. A cabeça da curva são os bens mais populares, os hits e bestsellers (poucos produtos com alto volume de vendas), enquanto a “cauda” é composta pelo resto do catálogo (diversos produtos de nicho com baixo volume de vendas).

E o subtítulo da obra, “Como escolhas infinitas estão criando demandas infinitas”, entrega. Para Chris Anderson, editor da revista “Wired”, o futuro do mercado está no nicho. Todo mundo pode achar de tudo – e consumir de tudo – e isso é bom para as empresas.

Nesse cenário, o sucesso tem uma cara diferente. Ao invés de vender milhões de unidades de uma única coisa, é possível vender dezenas de produtos diversos de maneira distribuída e, em conjunto, atingir uma grande quantidade de pessoas.

Para Anderson, essa transição se deve aos consumidores digitais e às novas tecnologias, que transformaram tanto o jeito de consumir – pense nos filtros ou sugestões de sites de compras – quanto de estocar produtos.

Ou seja, agora que podem encontrar itens cada vez mais afinados com seus gostos pessoais, sejam músicas na loja da Apple ou ladrilhos estampados na Amazon, as pessoas naturalmente se afastam do que é feito para as massas em busca de coisas que estejam em sintonia com suas preferências.

Entre as estratégias de Anderson para conseguir firmar o pé nesse novo mercado estão coisas que muitos hoje tomam por básicas na hora de fazer escolhas online, como permitir que os consumidores avaliem os produtos, oferecer tipos diferentes de preços e apostar em versões gratuitas e demos, por exemplo.

Também vale lembrar que na época em que o livro foi publicado, em 2006, as companhias que prestavam serviços personalizados citadas por Anderson eram a Quickflix e o Rhapsody. Hoje seriam, respectivamente, Netflix e Spotify. É sempre bom lembrar que coisas mudam – e depressa.

“A Cauda Longa” está disponível em português

4 dicas de carreira de José Olympio, presidente do Credit Suisse

jose olympio presidente credit suisse

Atual presidente do banco de investimentos Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira está entre os mais notáveis banqueiros do país. Ao longo de sua carreira, esteve à frente de diversas operações bem sucedidas que lhe renderam tal prestígio.

No seu currículo, constam transações épicas, como a compra da mineradora Inco pela Vale do Rio Doce, o IPO (oferta pública inicial) da Bovespa e a compra da GVT pela Telefônica, além das fusões da cervejaria belga Interbrew com a brasileira Ambev, da Bovespa com a BM&F, e da Americanas.com e o e-commerce Submarino.

Em depoimento gravado pelo Na Prática, ele compartilha quatro dicas de carreira com os jovens brasileiros:

1. Faça estágios

Forma de testar os trabalhos, já que é muito importante “achar a sua praia” – nas palavras do executivo. “As pessoas bem sucedidas encontraram a sua praia e gostam profundamente do que fazem”.

Leia também: 4 dicas de carreira de Flavio Rocha, CEO da Riachuelo

 

2. Tenha um crescimento embasado

Por mais contraditório que possa parecer, crescer rápido demais pode ser um problema na carreira. Não é algo necessariamente ruim, mas é preciso ter cuidado. Pelo menos é o que acredita José Olympio, baseado em sua experiência no lendário Banco Garantia e sua decisão de sair da organização. Entenda no vídeo abaixo.

 

3. Conheça o seu perfil

Apesar de diversos convites para abrir um negócio, José Olympio recusou todos. A justificativa é que ele, embora proativo, não é uma pessoa que gosta do risco. Assim, entender o seu perfil de trabalho também é essencial para decidir se você vai empreender, trabalhar em uma grande empresa ou seguir outro rumo na carreira.   

 

4. Sua reputação é seu maior patrimônio

No vídeo acima, José Olympio também reforça que a reputação é o único valor que jamais deve ser arriscado. Maus negócios, apostas erradas podem até te fazer perder dinheiro temporariamente, mas se ainda tiver sua reputação a empresa pode se recuperar. Por outro lado, a ética, o seu nome e a reputação da sua empresa são as galinhas dos ovos de ouro – uma vez destruídas, não tem mais volta.   

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Maior cientista brasileiro, Artur Avila explica como atingiu o sucesso

artur avila ganhador da medalha fields

Artur Avila se tornou conhecido entre pesquisadores por sua capacidade de resolver operações matemáticas de grande complexidade, o que lhe valeu a Medalha Fields, o “Nobel da Matemática”, a primeira para a América Latina e maior prêmio já conquistado por um cientista brasileiro.

Considerado prodígio desde o ensino fundamental, ele teve uma carreira meteórica. Ganhou sua primeira medalha de ouro aos 16 anos, na Olimpíada Internacional de Matemática. Um ano depois entrou e concluiu o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Ao mesmo tempo que obtinha o diploma de graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defendeu o doutorado, em 2001, quando pode validar os diplomas de pós-graduação. Tornou-se o profissional mais novo a assumir a direção de pesquisa no conceituado Centro Nacional de Pesquisas Científicas de Paris, aos 29 anos. O foco de seu trabalho é uma área da matemática conhecida como sistemas dinâmicos. Mais especificamente, ele usa equações para compreender sistemas quânticos.

Leia também: Conheça o brasileiro que pesquisa a cura do câncer em Oxford

Ao remontar a trajetória que o levou a ser considerado um dos maiores matemáticos do mundo, ele não tenta contar uma história linear. Muito do que deu certo, ele admite, não veio a partir de decisões muito conscientes ou embasadas. No cenário ideal, claro, teriam sido fruto de planejamento… Mas nem sempre funciona assim.

No fundo, a questão principal é estar pronto. “Você tem que ter se colocado em uma posição de aproveitar as oportunidades, estar preparado quando elas aparecerem”, conta.

Na entrevista a seguir, ele fala sobre o estereótipo da genialidade e o papel da sorte no sucesso, e dá sua opinião sobre a perspectiva de carreira para um pesquisador no Brasil. Confira:

1. Qual o papel da genialidade, do esforço e da sorte no sucesso?

2. Como você explica o seu sucesso?

3. Como você decidiu ser pesquisador e qual sua visão dessa carreira no Brasil?

Diretora do Social Good Brasil compartilha 5 dicas para empreender com impacto social

carolina andrade do social good brasil

Iniciar uma carreira no mundo dos negócios sociais é o objetivo de muitos jovens e estudantes universitários. Empreender, criando o próprio negócio, é uma das formas mais impactantes – mas também mais arriscadas – de participar desse ecossistema. Para ajudar quem está disposto a aceitar esse desafio, o portal DRAFT conversou com Carol de Andrade, diretora executiva da Social Good Brasil, uma organização sem fins lucrativos que inspira, conecta e apoia indivíduos e organizações para que tenham aspectos inovadores na solução de problemas sociais. 

Mestre em Tecnologia e Gestão da Inovação pela University of Sussex, na Inglaterra, ela é especializou-se em empreendedorismo pela FGV (Fundação Getúlio Vargas, em SP) e pela Babson College, nos EUA, e já trabalhou também como diretora da Artemisia e vice-presidente da Aiesec. A seguir, veja a sua dica aos jovens empreendedores:  

1. Apaixonar-se pelo problema

Você deve conhecer profundamente seu problema antes de propor uma solução. Quem tem um negócio de impacto social deve focar em melhorar a vida das pessoas e não em fazer sucesso com um produto. “Estude. Entenda o problema e apaixone-se por ele”.

2. Encarnar o público-alvo

Entenda bem as pessoas que se beneficiarão com sua solução. Existem duas ferramentas que podem ser úteis nessa missão: a elaboração de um mapa de empatia, que elenca os sentimentos, dores, ações e objetivos de quem será atingido por seu trabalho, e a criação de personas, um personagem que seja um retrato do seu público-alvo e que ajude o empreendedor a ver o que se passa na cabeça de outras pessoas.

Leia também: As oportunidades para quem quer empreender com impacto social

3. Criar um modelo de negócio viável

Apesar de ter o lucro em segundo plano, um negócio de impacto social continua sendo um empreendimento. Portanto, a empresa deve se sustentar sozinha. Não há problema em contar com ajudas externas como o crowdfunding, por exemplo. “É importante pensar em modelos de negócios com fontes de receitas mais amplas. O que importa é que a receita seja recorrente”.

4. Validar suas hipóteses

A empatia é importante para que o empreendedor se coloque no lugar do seu público-alvo. Mas esse exercício de empatia vai apenas formular hipóteses do comportamento e da preferência de quem desfrutará de sua solução. O próximo passo é validá-las. Para isso, converse com seu público. Vá para a rua. “Não fique planejando tudo de dentro do escritório. Construa uma solução junto com seus usuários e não para eles. Esta é a melhor forma de validar seu projeto”.

5. Não ter medo de errar e mudar

Na validação do negócio, você perceberá que o exercício de empatia é eficaz, mas que pode haver erros. Nessa hora, não tenha medo de mudar seu projeto e criar algo diferente. Lembre-se: o objetivo de um negócio de impacto social é solucionar um problema e não desenvolver uma solução. Aliás, mesmo após lançar seu protótipo, correções poderão ser feitas e isso é normal. “A fase inicial de uma startup é puro aprendizado. Não tenha medo de mudar, tente outros caminhos”.

Se pararmos para analisar, vamos perceber que um negócio sempre impacta pessoas. Você já analisou como sua empresa atua em relação aos seus fornecedores, clientes, funcionários ou até mesmo a comunidade que ela esta localizada? Mesmo que você não seja um empreendedor social, vale a pena verificar e rever continuamente os pontos de melhorias nesse cenário. Concorda?

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Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT

Entrevista de emprego: como os conselhos entrevistam possíveis CEOs?

pessoas desfocadas conversando

As maiores lideranças de uma empresa são conhecidas como posições “C level”: CEO, CFO, CMO e por aí vai. O “C” do título se refere ao chief, ou chefe, e conseguir um posto do tipo costuma incluir um processo seletivo bastante misterioso: as entrevistas com o conselho.

Autor do livro “The Career Playbook”, James Citrin é um headhunter especializado na busca por altos executivos. Parte de seu trabalho é auxiliar os integrantes do conselho na preparação de guias para entrevistas. A ideia é que, na hora da conversa, ninguém ali esteja perdendo tempo.

Em uma publicação no LinkedIn, Citrin compartilha um guia recente para entrevistas com candidatos a CEO – e aproveita para dizer que nunca é cedo para começar a se preparar.

Confira a tradução do Na Prática abaixo:

Quando trabalho com conselhos de diretores para ajudá-los a se preparar para entrevistar candidatos a CEO, desenvolvemos um guia de entrevista que irá ajudar a organizar a conversa, que geralmente leva 90 minutos. As entrevistas são só um passo no processo de contratação de um CEO, assim como referências aprofundadas e avaliações executivas. Mas não um exagero dizer que são eixo central do processo.

Conselhos e comitês de busca sempre vão acreditar em analisar trajetórias e experiências relevantes, revisar relatórios escritos e conversar com as referências. Mas é na entrevista que a química se estabelece e traços intangíveis mas essenciais como paixão, energia e compatibilidade cultural são determinados. O resultado é que, num nível de CEO, assim como ao longo de sua carreira, ser um bom entrevistado é uma grande vantagem.

Leia também: O dia a dia de um headhunter no Brasil

Ao conduzir entrevistas com candidatos a CEO, muitas questões feitas pelo comitê são, claro, customizadas para cada situação de cada empresa. Mas muitas são baseadas em áreas essenciais em que o CEO precisa demonstrar capacidade: estratégia e visão, crescimento, gerenciamento operacional e financeiro, liderança e trabalho em equipe e cultura.

Aqui está o guia de entrevista que criamos recentemente para um conselho que buscava um CEO para sua empresa de capital aberto:

GUIA DE ENTREVISTA

A entrevista típica para CEO começa com o diretor do conselho dando as boas vindas ao candidato, agradecendo sua presença e convidando os membros do comitê a se apresentarem. A pessoa então começará com a pergunta que considero a melhor pergunta inicial:

“Você teve a chance de começar a conhecer a empresa. Por que acha que essa poderia ser a oportunidade certa para você nesse ponto de sua carreira e por que acha que seria o líder certo para nós?”

Os melhores candidatos responderão com uma narrativa limpa de 4 a 6 minutos sobre suas carreiras, experiências relevantes, interesses e aspirações profissionais e uma avaliação breve sobre a oportunidade. Muitas vezes esta é a mais importante das perguntas já que, como todos sabemos, as primeiras impressões ficam. São essas perguntas, assim como os cumprimentos, apertos de mão e introduções, que fazem essas importantes primeiras impressões.

A partir dali, cada uma das áreas de capacidades de um CEO são investigadas a partir de uma seleção das perguntas a seguir (cada uma precisaria de horas de discussão):

I. Gerenciamento de crescimento, financeiro e operacional
– Descreva um momento em que você levou a empresa ou negócio a acelerar crescimento, expandir lucratividade, aumentar eficiência e retorno aos acionistas. Qual era sua visão e o que precisou mudar? Como fez a organização responder? Qual foi o resultado?

Descreva sua experiência gerenciando orçamentos significativos e demonstrativo de lucros e perdas (P&Ls). Como priorizou seus investimentos? Que processos utilizou para ganhar apoio? Quais são suas experiências com a tomada de decisões difíceis quando se trata de cortes no orçamento, reestruturação ou realocação de recursos?

Com um ou dois exemplos, conte como você fez um negócio ou organização crescer ou mudar através de parcerias estratégicas, joint ventures ou aquisições. Quais foram os efeitos de longo prazo no negócio?

Você já criou e/ou apresentou um novo produto ou negócio que resultou em uma nova fonte de renda?

II. Estratégia e visão
Quais são as prioridades estratégicas mais importantes, em sua opinião, para nossa empresa nos próximos três anos? O que faria como CEO para ser bem sucedido em relação a essas prioridades?

Como desenvolveu estratégias quando seu negócio enfrentou novos competidores e ameaças no mercado? Quais foram os objetivos de curto e longo prazo que definiu? Como envolveu outros na concepção e implementação de mudanças? Quais foram os resultados?

 Descreva sua experiência administrando uma organização conforme ela cria novos modelos de negócios, produtos, conteúdo ou iniciativas que são essenciais para seu crescimento. Como desenvolveu uma visão e uma estratégia de apoio? Como comunicou e ganhou aquisições de componentes principais conforme a organização evoluía? Quais foram os resultados?

III. Liderança e trabalho em equipe
Como descreveria seu estilo de gestão? Como sua equipe e colegas lhe descreveriam? Na opinião deles, quais seriam suas principais forças e/ou fraquezas como líder ou gerente?

Onde acha que pode se aprimorar?

Explique alguns ambientes diferentes em que já trabalhou. Onde esteve em seu melhor?

Descreva o ambiente em que seu estilo de liderança é mais eficaz. Onde você esteve frustrado ou teve menos sucesso?

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Com um ou dois exemplos, conte sobre seu estilo de comunicação no trabalho. Como ele aparece em seus relatórios diretos, com superiores e sua equipe, de maneira geral? E com a comunidade externa, como clientes e investidores?

Fale sobre um momento em que você assumiu uma equipe que esteve sob outra liderança por um longo período. O que fez para construir apoio, comunicação, confiança e seguidores rapidamente?

IV. Tecnologia
Como muitas empresas, nós estamos passando por mudanças em nosso ambiente operacional devido às transformações digitais contínuas, diferentes padrões de consumo de conteúdo e competidores agressivos. O que já fez para implementar melhorias tecnológicas como integrações de plataforma ou novos sistemas de gerenciamento de empresas?

Pode compartilhar uma experiência em que teve que expandir um produto central através de inovação e, em particular, em um ambiente de tecnologia móvel?

Como traria mais inovação à nossa empresa? Quais inovações liderou em outros negócios que são pertinentes?

Qual empresa que, após adotar uma nova tecnologia e evoluir seu modelo de negócios, você mais admira? Por que?

V. Cultura
O que é mais importante e valioso para você? O que lhe serve como guia de vida?

Pense em sua trajetória e compartilhe uma história sobre uma experiência de vida pessoal que lhe define como pessoa hoje. Qual foi o valor ou lição?

Como mudou culturas para facilitar a inovação?

VI. Outras perguntas
Qual é sua avaliação de nossa empresa hoje? De seu ponto de vista, o que a empresa está fazendo certo e o que precisa mudar?

Quais seriam os maiores obstáculos para o próximo CEO, na sua opinião? Que falhas e necessidades em habilidades/experiência você precisa desenvolver mais e prestar atenção e como fará isso?

Pode nos dar um exemplo de uma lacuna de habilidade/experiência que o levou a ser menos eficaz do que gostaria? O que fez para garantir que não vá cair na mesma armadilha novamente?

Descreva uma ou duas conquistas específicas das quais você é especialmente orgulhoso em sua carreira. Por que?

Como seria sua abordagem nos primeiros 100 dias de trabalho? Como aprenderia sobre o negócio, construiria confiança, geraria aquisições e desenvolveria um plano?

VII. Finalmente, a pergunta de extrema importância no final
 Que perguntas você tem para nós?

Este artigo foi originalmente publicado no LinkedIn

Saiba mais sobre a Coligação, a confederação brasileira de ligas universitárias

jovens no encontro nacional de ligas universitarias

Entre 5 e 11 de setembro, interessados em atuar na confederação brasileira de ligas universitárias, a Coligação, podem se inscrever e concorrer a 35 vagas na equipe nacional da organização. “São vagas para universitários proativos, que gostam de grandes desafios e oportunidades de atuação nacional”, explica Jessica Messias, presidente da organização.

O processo seletivo, que dura cerca de duas semanas, será dividido em três etapas e terá encontro com um painel e entrevista com a presidência. Entre os pré-requisitos estão ser presidente de uma liga universitária afiliada (ou que queira se afiliar) e ter até dois anos de formado.

Estabelecida em outubro de 2015 no Encontro Nacional de Ligas, a Coligação tem por objetivo estabelecer uma rede nacional para representar o movimento das ligas universitárias no Brasil, ajudando-o a crescer e se desenvolver.

E tem tido um crescimento vertiginoso: em janeiro, tinha 25 ligas afiliadas. Hoje são 258 com mais de 20 temáticas, quatro mil integrantes e presença em 90 universidades brasileiras.

História da Coligação

Em 2014, a então estudante de arquitetura e urbanismo Jéssica Messias estava em busca de novos desafios. “Mesmo com conhecimento de ferramentas, métodos e estratégias adquiridos em organizações, sentia que ainda faltava algo”, lembra.

Decidiu fundar uma liga universitária que unisse seu curso com temas que também lhe interessavam, como engenharia civil, sustentabilidade e tecnologia. Inscreveu sua Liga da Construção no Programa de Incubação de Ligas da Fundação Estudar e, no fim de 2015, ganhou a certificação de Liga Ouro pelo engajamento e alcance de seu trabalho – que abarca estudantes de várias universidades na região de Campinas e pretende se espalhar pelo estado de São Paulo.

Leia também: Ligas universitárias unem conhecimento e prática na faculdade

Recém-formada pela Universidade Paulista de Campinas e prestes a começar uma pós-graduação em Arquitetura Sustentável, Jéssica se encantou com o ambiente das ligas e tornou-se co-fundadora e presidente da Coligação.

“A Coligação é uma organização sem fins lucrativos que tem o propósito de representar, estimular e legitimar o movimento nacional de ligas universitárias por meio de uma rede colaborativa que impulsiona e acompanha suas ações de impacto”, explica Jéssica.

Jéssica Messias
Jéssica Messias [Luis Felipe Moura]

Um dos principais objetivos da Coligação é criar pontes para que as ligas espalhadas pelo Brasil conectem seus saberes e atividades entre si, assim como dar suporte às já existentes com programas de acompanhamento e desenvolvimento. “Ao fornecer capacitação e desenvolvimento, aumentaremos o número de transformadores querendo impactar positivamente o país”, resume ela.

Como funcionam as ligas universitárias

Uma liga universitária é essencialmente uma organização gerida por jovens estudantes para conectar o ambiente acadêmico e o mercado de trabalho em determinada área, possibilitando um mergulho no mundo real logo cedo.

Entre as mais de 400 ligas inscritas na incubadora da Fundação Estudar no ano passado estavam temáticas como saúde, construção civil, direito, mercado financeiro e empreendedorismo, por exemplo.  

“Uma liga pode agir de diversas formas, como através de palestras, workshops, incubação de startups, fomento à pesquisa, grupos de estudos, cursos de capacitação e rodadas de discussão e de negócios”, diz Péricles Borges, co-fundador e diretor de finanças da Coligação.

Para criar uma liga, o universitário – de qualquer nível superior, seja graduação ou doutorado – deve ter conhecimento e afinidade com o tema escolhido e estar disposto a abordá-lo de forma profissional e eficaz. É possível manter-se nos quadros de uma liga universitária por mais dois anos após a conclusão do curso.

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A Coligação sugere que o grupo fundador seja composto por pelo menos quatro pessoas, com propósitos e interesses similares e/ou complementares. “O essencial é o jovem ainda possuir um vínculo com a universidade e estar disposto a aprender na prática muito do que seu mercado de atuação exige”, resume Jéssica.

Pericles
Pericles [Acervo Pessoal] 

Membros voluntários se dividem então entre atividades de gestão e aquelas que conectam mundo profissional e o acadêmico. “Muitas soft skills são lapidadas, como relacionamento interpessoal, empatia, resiliência e trabalho em time”, fala Péricles. “A experiência prática na área de formação do jovem é um aprendizado incalculável trazido pela liga.”

Jéssica concorda. “O mercado de trabalho se manteve aberto para quem se mostra proativo e quer impactar positivamente o Brasil, ainda mais com a crise em que estamos vivendo”, fala ela, que descreve as ligas como uma “pré-aceleração” profissional.

Através de experiências em organizações estudantis como essa, diz ela, é possível aprender recursos profissionais avançados mais rápido e largar na frente depois de se formar. “Meu trabalho com as ligas aumentou minha rede de contatos profissionais e atualmente tenho parcerias com grandes empresas e organizações”, conta.

Interessou-se? Saiba mais sobre o processo seletivo para a equipe nacional da Coligação e inscreva-se!

Pensamento sistêmico: aprenda a enxergar ‘conexões invisíveis’ para tomar melhores decisões

dominos caindo em circulo

Você já reparou que, muitas vezes, ao buscarmos soluções para um problema acabamos “sem querer” resolvendo outros? A explicação é que esses problemas podem estar relacionados, embora nem sempre a gente consiga fazer essas conexões.

O chamado “pensamento sistêmico”, grosso modo, propõe uma visão que encara o mundo como um sistema, composto por sua vez por diversos sistemas menores, onde tudo está interligado. Perceber que as coisas estão interconectadas em um sistema não é uma ideia nova. Muito antes desse conceito começar a aparecer no século XX, religiões e filosofias já adotavam a visão sistêmica das coisas, como é o caso do budismo.

Em sua versão mais atualizada, o pensamento sistêmico começou a tomar forma na década de 1920, com pensamento holístico de Jam Smuts, que propunha abrir mão da visão das coisas como algo singular, mas sempre como partes de algo maior. Estudos de viés mais prático começaram a ser realizados na década de 1950, no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Lá essa ideia começou a ganhar força e ser aplicada a várias áreas do conhecimento, da sustentabilidade à administração de empresas. Os estudos culminaram na publicação do livro A Quinta Disciplina, de Peter Senge, e da obra The limits to growth, que usa o pensamento sistêmico para alertar sobre os efeitos do crescimento populacional na Terra.

Leia também: Aprenda a gerenciar seu tempo e cumprir prazos com a técnica Pomodoro

Como funciona? O pensamento sistêmico nos torna conscientes do fato de que todas as coisas fazem parte de um sistema, e, portanto, estão relacionadas e influenciam umas às outras. Isso vale tanto para o corpo humano como para uma cidade ou a empresa em que você trabalha. Grandes problemas que enfrentamos atualmente são interligados e interdependentes de diversas formas que nem imaginamos, e cabe a nós buscar cada vez mais enxergar essas conexões para ter uma compreensão melhor da realidade.

Uma percepção mais sistêmica da realidade, por sua vez, permite que um líder tome decisões mais acertadas e obtenha resultados mais sustentáveis no longo prazo. Quando o líder tem uma visão sistêmica do contexto em que está inserido, também consegue evitar efeitos colaterais indesejáveis de suas atitudes que a princípio não são óbvios.

Nos ecossistemas complexos e globalizados em que as organizações de hoje atuam, tomar decisões é algo cada vez mais incerto.

O problema é que, por natureza, não enxergamos o mundo de forma sistêmica. Nossa tendência é ser reducionista e simplista, visualizando somente visões fracionadas da situação toda – fotos instantâneas, e não o filme completo. Durante muito tempo, nós fomos ensinados a pensar os problemas de maneira fragmentada para entendê-los melhor. Essa estratégia tem suas vantagens porém, sozinha, não dará conta de resolver os desafios de uma grande organização.

O pensamento sistêmico rompe com esse paradigma e nos ajuda a analisar o sistema complexo como um todo. Não adianta uma parte funcionar excepcionalmente bem no seu projeto enquanto a outra atrapalha o rendimento global.

Sobre esse assunto, o prestigiado filósofo Edgard Morin (que criou o conceito de pensamento complexo, bastante próximo ao que prega o pensamento sistêmico) ministra o curso ‘O futuro da decisão: como conhecer e agir na complexidade’ na plataforma Coursera, oferecido gratuitamente pela ESSEC Business School – o material, no entanto, ainda está disponível somente em francês.  

Existem muitos métodos e práticas que podem te ajudar a pensar de forma mais complexa. Por exemplo: evitar agir sobre um problema de forma isolada, mas lidar com ele dentro do contexto de outros problemas relacionados; estabelecer relações de causa e efeito de forma cíclica em vez de linear; evitar pensar apenas em resultados imediatos, a qualquer custo, mas buscar ter uma visão sustentável e de longo prazo; ter em mente que o todo é sempre mais importante do que as partes individualmente; conversar constantemente com outras áreas da empresa, para entender o que elas fazem e ter uma visão total do negócio. O recurso do job rotation, presente em quase todos os programas de trainee, é uma forma de incentivar esse pensamento nos futuros líderes da empresa. Para o empreendedor, vale também pesquisar mais a fundo todo o seu mercado e os mercados relacionados. 

O mais interessante disso tudo é que algo que é considerado um problema aqui, pode ser a solução ali (o lixo produzido em uma empresa pode ser separado e se tornar matéria-prima para a reciclagem, por exemplo). Vale insistir que, para isso acontecer em nível empresarial, é importante manter um bom nível de comunicação com todas as áreas que fazem parte do mesmo sistema.

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A seguir, veja algumas perguntas que vão te ajudar a refletir se você pensa de maneira sistêmica:

1. Ao analisar os seus problemas, você o faz dentro de um contexto ou isoladamente?

2. Você busca solucionar vários problemas de uma vez só?

3. Suas atitudes muitas vezes acabam atrapalhando mais do que ajudando, apesar das boas intenções?

4. Você presta atenção nos problemas de outras pessoas ou só se preocupa com os seus?

5. Quando está com um problema, você o compartilha com alguém ou guarda para si mesmo?

Thiago Braz: ‘Sem metas, os sonhos não têm alicerce’

Thiago Braz alteta brasileiro saltando com vara

A postagem mais recente de Thiago Braz em sua página oficial data de 3 de agosto, às vésperas dos Jogos Olímpicos. O texto acompanha uma foto de um salto com vara, esporte que o jovem de 23 anos pratica há quase uma década. ”Que todos possam fazer parte deste voo nas Olimpíadas”, escreveu. Mal sabia ele que, doze dias depois, o voo coletivo seria recompensado com sua primeira medalha de ouro.

Inseguro até então, Thiago era uma aposta que estava demorando para se concretizar. Treinava bem e saltava alto, mas travava em público. Ainda em 2015, durante os Jogos Panamericanos de Toronto, não ganhou nada. No campeonato mundial da modalidade, naquele mesmo ano, ficou em 19º lugar.

No Rio, estava decidido a ser diferente. Criou uma preparação mental para controlar os nervos e, mesmo com os atrasos, chuva e vento forte no dia da prova final, manteve a calma. “Aprendi a ter fé e confiar que tudo vai dar certo”, falou. “Trabalho dessa forma: fico quietinho na minha.” O apoio incansável da plateia, que antes ele temia ver como mais uma pressão, também se tornou uma arma a seu favor.

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Antes de saltar, os atletas devem dizer ao júri quão alto pretendem pular para que o sarrafo seja ajustado. Pouco antes do salto que lhe rendeu o ouro – o competidor tem direito a três chances em cada altura –, Thiago decidiu pular a altura de 5,98 metros e encarar logo os 6,03 metros. Superou o obstáculo de primeira, impecável.

Como seu recorde anterior era onze centímetros menor, a troca foi um tanto inesperada até para ele. Profundamente religioso, dedicou sua inspiração ao divino. “Eu sentia Deus comigo naquele momento”, afirmou. “Antes de saltar, senti que estava um ambiente totalmente diferente. Era maravilhoso. E aí parti.”

Ele estava atuando tão bem no momento que, quando decidiu arriscar, já era dono da prata. “Comecei a acordar para a prova e perceber que poderia brigar por uma outra cor de medalha”, explicou.

Thiago Braz - Johannes EISELE : AFP
[Johannes EISEL/ AFP]

Para conseguir completar as provas, Thiago fez uso do que considera seu ponto forte: o foco. “Tento não pensar em nada, só em completar meu salto, sem medo e sem distração nenhuma”, falou, ainda enrolado na bandeira brasileira, logo após o pódio.

A imagem de sua comemoração após o último salto, ainda no ar, viralizou imediatamente. Assistindo o feito, até o jovem se impressiona, como se fosse outra pessoa na tela. “Foi altíssimo!”, riu. “Que salto bonito.”

História Na última edição dos Jogos Olímpicos, em 2012, Thiago ainda estava se aprimorando. Enquanto seus colegas subiam ao pódio em Londres, ele, aos 18 anos, se tornava campeão mundial júnior do salto com vara.

Tinha começado a treinar com um tio, ex-atleta, quatro anos antes. “Eu pensava: ‘Vou pegar a vara e fazer o quê? Correr e me pendurar de ponta-cabeça?’”, lembrou. “Levei duas semanas para acertar o primeiro salto.”

Fluente em inglês e italiano, Thiago mora na Itália desde 2014. Mudou-se a convite do treinador Vitaly Petrov, ucraniano que também tutelou recordistas mundiais como Serguei Bubka e Yelena Isinbayeva e tornou-se uma figura paterna para o brasileiro.

Tomar a decisão não foi fácil. O atleta havia quebrado o punho pouco antes e enfrentava as dúvidas dos colegas. Será que conseguiria saltar novamente? Valia a pena deixar o país? No final, a vontade de se desenvolver falou mais alto.

“Vitaly nasceu para transformar a vida das pessoas e isso aconteceu com Thiago, que cresceu muito como homem”, disse sua esposa Ana Paula de Oliveira, também saltadora de vara. A confiança do atleta no treinador – ponto em comum com o canoísta Isaquias Queiroz, outro medalhista olímpico – também fez diferença. “Pelo fato de ter sido rejeitado, é difícil ele se abrir. Mas quando ele confia, se apega mesmo”, continuou ela.

A rejeição em questão foi um dos assuntos mais comentados pela imprensa. Aos dois anos, Thiago foi abandonado pelos pais na casa dos avós. Passou dias com a mochila nas costas, esperando o retorno da mãe ao portão.

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Hoje, dedica suas vitórias e valores a quem lhe criou. “Todas as qualidades que tenho hoje vieram dos ensinamentos dos meus avós”, afirmou. A matriarca, que apoia sua carreira desde cedo e assistiu à final no estádio, brinca que só aceita vitórias.

As muitas superações na trajetória do atleta não vieram por acaso, mas por esforço e trabalho duro. “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerce. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Tenha sempre um centro”, escreveu.

Seu sonho – a medalha de ouro – estava em franco desenvolvimento há anos. E para fazer acontecer, Thiago não mediu esforços. Em 2009, apresentou-se num email para Elson Miranda, marido e treinador da brasileira Fabiana Murer, outro ícone do salto com vara, lhe pedindo uma chance. Conseguiu. Dois anos depois, já declarava que queria estar entre os oito melhores saltadores no Rio de Janeiro. Conseguiu – com honras.

Com a conquista concluída, Thiago pretende tirar férias rápidas antes de voltar ao trabalho. Já pensa no futuro. Quer superar o recorde de 6,14m de Serguei Bubka, estabelecido em 1994 – e competir ao lado da esposa em 2020, em Tóquio.

Conferência Na Prática Jurídica: escritórios de advocacia buscam talentos em conferência de carreiras do Na Prática

Jovens participam de conferência de carreiras Ene

Boa notícia para estudantes e formados em Direito que querem alavancar a carreira. Ainda este ano, a Fundação Estudar e o Na Prática promoverão a segunda edição da sua conferência de carreiras direcionada para a área jurídica. O evento, chamado Conferência Na Prática Jurídica, é gratuito e acontecerá no dia 17 de outubro, em São Paulo. As inscrições seguem até o dia 11 de setembro e podem ser realizadas por aqui.

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O evento será inteiramente focado na área jurídica a fim de conectar os jovens com diferentes escritórios de advocacia e empresas, além de apresentá-los aos diferentes mercados e funções do setor.

A Conferência Na Prática Jurídica

A Conferência Na Prática Jurídica contará com a presença de organizações dos mais variados segmentos, como direito consultivo (mercado de capitais, M&A, reestruturação e insolvência), concorrencial, contencioso (civil, administrativo e trabalhista), tributário e jurídico de empresas.

O evento também proporcionará um dia inteiro de conexão com cerca de 30 escritórios e companhias, sendo que Tozzini Freire, Souza Cescon, ASBZ Advogados, BMA, Vella Pugliese, Ambev, Itaú e BTG já estão entre os confirmados.

Serão selecionados 350 jovens de alto potencial, que poderão participar de sessões de speed coaching com especialistas, conferir painéis com profissionais sobre as diferentes áreas de atuação em Direito, ouvir bate-papos com líderes inspiradores e, principalmente, interagir face a face com recrutadores e executivos dos escritórios e empresas – que estarão na Conferência para buscar jovens talentos.

Ainda assim, para Vinícius Estrela, responsável pelo evento, o objetivo da conferência vai além da própria contratação: “Em tudo que fazemos na Fundação Estudar, colocamos o jovem em primeiro lugar. O que queremos é ajudá-lo a entender quais as trilhas de carreira que ele pode seguir e o que faz mais sentido para a vida dele”.

Outro diferencial da conferência em relação a feiras de carreira tradicionais é o mapeamento do perfil dos jovens e das empresas. “Antes do dia do evento, os participantes realizam diversos testes de valores e estilo de trabalho”, explica Vinícius.

Esses testes esclarecem questões importantes na hora da decisão profissional: O que eu valorizo no âmbito de trabalho? Qual o melhor ambiente para mim? Com base nas respostas, todo participante da Ene Jurídico recebe uma indicação dos lugares em que faria sentido trabalhar.

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Conferência Conferência Na Prática em 2014 [Fundação Estudar]

Dentre os selecionados, 50 deles participarão ainda do pitch de talentos, um momento do evento no qual cada um ‘vende seu peixe’ durante dois minutos para as organizações, que avaliarão o potencial desses jovens e poderão convidar aqueles que mais se destacarem para eventuais conversas sobre oportunidades.

O evento também oferece a possibilidade de networking por meio do aplicativo de celular, garantindo que os participantes enviem suas próprias dúvidas sobre carreira durante os painéis. As organizações também utilizarão o app para localizar potenciais candidatos e marcar entrevistas.

Conferência Na Prática Jurídica – Conferência de Carreiras do Na Prática
Data: 17 de outubro de 2016
Horário: das 7h30 às 17h30
Local: Hotel Maksoud Plaza
Endereço: Alameda Campinas, 150 – Bela Vista – São Paulo
Inscrições: até 11 de setembro pelo site

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Mahamudra Brasil: como o ex-modelo Cesar Curti inovou no mundo das atividades físicas

cesar curti fundador mahamudra brasil

Mahamudra. A palavra foi importada do sânscrito para se referir à verdadeira essência dos ensinamentos de Buda (ou algo como ‘hiperconsciência’ e ‘equilíbrio’), mas hoje é muito mais provável que, se mencionada, traga a mente o projeto fundado em 2013 pelo ex-modelo Cesar Curti e outros amigos. A associação, claro, não é acidental.

Combinação de práticas esportivas com reflexão espiritual, a Mahamudra inspirou-se em valores milenares das religiões indianas para depois conjugá-los a práticas de atletas de alta performance, como foco, disciplina e ambição. Propondo ainda o equilíbrio em todos os aspectos da vida, mantém um discurso que tem demonstrado grande apelo com a Geração Y.

O que começou com uma aula aberta no Parque Ibirapuera para turmas que não chegavam a 50 participantes, hoje conta com mais de 1500 alunos em seis cidades brasileiras. Ainda assim, maior que o número de alunos é o a curiosidade que vem despertando nos mais diversos círculos – o que rendeu ao Mahamudra a alcunha de “hit esportivo” do momento. Grande parte de toda a repercussão que o grupo vem ganhando pode ser creditada à presença massiva de seus cofundadores nas redes sociais, principalmente no Instagram. A estratégia, executada a risca, tem ajudado a disseminar tanto a filosofia como a marca Mahamudra.

aula mahamudra em brasilia
Aula Mahamudra em Brasília [reprodução] 

Leia também: As técnicas de atletas de alto desempenho que podem te ajudar na carreira

Hoje, quem busca a hashtag #mahamudra no Instagram encontra mais de 27 mil publicações de diversos usuários, enquanto #mahamudraBrasil retorna outras 71 mil postagens. Amanhã, a partir das 6h da manhã – horário em que iniciam os primeiros treinos – esse número já vai começar a subir. Os principais porta vozes do grupo também ganharam projeção meteórica no aplicativo: Jonas Sulzbach, cofundador da Mahamudra, tem 1,3 milhões de seguidores que acompanham diariamente a sua rotina enquanto coach do grupo; Erasmo Viana, outro confundador, soma outros 811 mil seguidores à conta final; Cesar Curti, entrevistado para esta matéria, 91,5 mil.

Além do status de “tendência”, no entanto, há um lado até então pouco explorado do projeto: a história do ex-modelo, formado em Administração, que viajou o mundo e desenvolveu uma metodologia própria de desenvolvimento humano – aplicando diversas lições de empreendedorismo e autoconhecimento no caminho. A seguir, veja a entrevista do Na Prática com Cesar Curti:

1. Como surgiu a ideia de empreender a Mahamudra Brasil?

Foi a insatisfação com as carreiras tradicionais o ponto de partida para que Cesar buscasse sua motivação em outros lugares, a partir de uma experiência do autoconhecimento e exposição a novas culturas. O método, hoje, reflete a síntese das suas experiências, alternando exercícios aeróbicos, acrobacias, crossfit, artes marciais, ioga e até mesmo meditação.

2. Como foi a criação do projeto e os primeiros desafios?

Como acontece com todo projeto, o início não é fácil. Empreendedores sabem disso desde sempre, mas ainda assim podem enfrentar dificuldades na hora de recuperar a energia e demonstrar resiliência. Para Cesar, a resposta para encontrar essa motivação é simples: ser apaixonado pelo que faz.

3. Como a preocupação com alta performance pode ajudar na vida das pessoas?

Disciplina, metas, foco, evolução contínua… Os termos fazem parte do dia a dia de qualquer atleta profissional, mas também podem ser aplicados na carreira e até mesmo na vida pessoal para se obter melhor resultados. O estímulo, na Mahamudra, é para que os participantes saiam da sua zona de conforto e percebam a sua real capacidade de atingir objetivos ambiciosos – e sonhar cada vez maior.

De acordo com o treinador, o público é variado e qualquer pessoa pode praticar. Os treinos são divididos em quatro níveis (iniciante, intermediário, avançado e elite), e acontecem sempre ao ar livre. Durante grande parte de sua existência, o grupo já contou com uma lista de espera de aproximadamente 400 alunos, mas hoje é possível verificar as vagas na página do Facebook ou no site oficial

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