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Por dentro da carreira de professor no grupo que emplacou 5 escolas entre as 15 melhores do país

caio da eleva educação

Não é de hoje que a preocupação com a educação brasileira ocupa lugar central nas demandas da sociedade por melhorias estruturais no país. Para conquistar avanços nesse campo, no entanto, é importante engajar todos os envolvidos no ecossistema da educação — principalmente os professores.

Nesse sentido, o cenário é ambíguo. Por um lado, percebe-se um aumento do desinteresse dos jovens em seguirem a carreira de professor (menos de 2% dos estudantes, segundo pesquisa de 2010 da Fundação Victor Civita). Por outro, surge no país uma nova leva de jovens talentosos e dipostos a desafiar esse problema de frente. De que lado você prefere estar?

Reunindo egressos dos mais variados backgrounds, o último grupo é formado por jovens inovadores e com foco em resultados que vêm revolucionando a educação no Brasil de dentro para fora. É o caso de Fernando Carnaúba, economista que contribui para a formação de professores nas escolas do Somos Educação, ou de Claudio Sassaki, o arquiteto que trabalhou no mercado financeiro e hoje toca a Geekie, uma das mais bem sucedidas startups brasileiras de inovação educacional. 

O trabalho na Eleva Educação

O carioca Caio Lo Bianco, bolsista da Fundação Estudar, também faz parte desse movimento. Formado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), ele sempre foi um apaixonado por educação. Hoje, trabalha como trainee no Eleva Educação, empresa com investimentos do Gera, fundo venture capital de Jorge Paulo Lemann para a área de educação. A Eleva é responsável pelo aprendizado de mais de 50 mil alunos, por meio de escolas próprias e escolas parceiras espalhadas pelos Brasil inteiro. Em 2015, emplacou quatro de suas escolas entre as 15 melhores no Enem.

A empresa, inclusive, está com inscrições abertas para seu programa de trainee, que inclui tanto posições na parte executiva da empresa, como na carreira de professor. O trainee para professor da Eleva resolve duas das principais causas da falta de interesse pela profissão: má remuneração e ausência de progressão na carreira. Assim, os professores que fazem parte do programa recebem mais do que o dobro da média de remuneração da profissão, com bônus por performance, e são treinados para assumir cargos de liderança no grupo.

Inscreva-se no programa de trainee
da Eleva Educação até 3/10!

Mas se engana quem imagina Caio, pela sua formação, focado em alguma função administrativa. Atualmente, ele divide seu tempo entre a sala de aula — ensinando Matemática para alunos do Ensino Fundamental — e outras atividades pedagógicas, como a elaboração de materiais didáticos. A seguir, ele fala sobre os desafios da profissão de professor e a decisão de abrir mão de uma carreira tradicional em economia para se dedicar a sua paixão:

Como você se envolveu com a temática de educação?
Foi muito por influência da minha avó, que era diretora de colégio e professora de línguas. Desde que eu era criança ela sempre discutiu muito comigo sobre educação, enviava cartas com recortes de jornais e reportagens sobre o tema. Então isso foi instigando em mim um interesse por educação. Essa história de crescer ouvindo e discutindo temas e propostas de educação… Eu fiquei apaixonado pelo setor e nunca pretendo mudar de área. Ao mesmo tempo, eu também queria ter um impacto na sociedade por meio da minha atuação profissional e, para mim, educação foi e sempre vai ser a forma mais palpável de atingir esse impacto. Na faculdade, dei aulas em um cursinho como voluntário. Até cheguei a fazer um estágio na indústria, durante um intercâmbio em Londres, para ver se eu gostava da experiência. Mas isso só reforçou a ideia de que não, que o que eu queria mesmo era o mercado de educação.

Como é o seu trabalho na Eleva Educação?
Eu entrei como estagiário para trabalhar na parte de gestão. Durante meu primeiro ano, ajudei a desenvolver a parte de metas de todas as áreas da empresa. Assim, era necessário entender o funcionamento de cada parte da empresa. Isso foi muito legal porque me deu uma visão bem ampla do negócio. Mas no final do estágio eu já estava percebendo que o que eu queria a partir de então era trabalhar na parte pedagógica mesmo, impactando a vida dos alunos na ponta. Foi quando virei trainee e migrei para a pedagógica. Comecei em uma área de contextualização, ajudando a tornar o nosso material mais contextualizado, mais alinhado com o dia a dia do aluno. E depois fui para outro projeto, de habilidades de vida, que tem o objetivo de desenvolver habilidades socioemocionais nos alunos. Ajudei a criar um currículo de habilidade de vida para ser usado em nossas escolas, e em cima disso trabalhamos projetos e dinâmicas que desenvolvam habilidades como curiosidade, colaboração, pensamento crítico, perseverança, proatividade, entre outras. Logo que entrei para a Eleva, paralelamente também comecei a ser professor de matemática no Pense, uma de nossas marcas, pro sexto e setimo ano.

Conte um pouco sobre o seu dia a dia…
A Eleva está no começo, é uma empresa em crecimento, então não tenho exatamente um dia típico. Eu resolvo desde coisas mais processuais, como a diagramação do material, a entrega do material, até coisas mais macros como definição de currículo, treinamento de professores, feedbacks e redação de material escolar. Então eu basicamente participo de tudo, desde criação até implementação e o aperfeiçoamento das nossas práticas. E ainda dou aula!  

Leia também: ‘Educação é campo fértil para quem gosta de inovação’, diz diretora acadêmica da Kroton

Explique mais sobre o programa de trainee da Eleva, que está com inscrições abertas.

A Eleva é uma empresa muito jovem e horizontal. Nossos diretores e presidentes estão na faixa dos trinta anos, e trabalham na mesma sala que todo mundo. A equipe é formada por pessoas muito variadas, de diversos backgrounds. O que temos em comum é que somos apaixonados por educação e acreditamos no poder que a educação tem de transformar vidas. Assim, o programa de trainee, que vai recrutar nossos novos talentos, aborda todos os tipos de pessoas, tanto as que querem atuar na parte executiva da empresa, na parte de operações, do financeiro, de M&A, como também as pessoas que amam educação e gostam de dar aula. Enquanto o trainee executivo vai trabalhar dentro da sede do grupo Eleva, o trainee professor vai passar 70% do seu tempo dentro da sala de aula. Ao mesmo tempo, ele também é estimulado a aprender sobre como funciona uma escola, como é possível… Então o perfil desse trainee professor é alguém que goste de dar aula mas tambén tem a preocupação com a parte macro da educação. Alguém que queria fazer coisas grandes, se tornar referência naquela disciplina e futuramente tocar uma das nossas escolas ou até mesmo a parte pedagógica do nosso grupo.

Caio eleva
O trainee Caio Lo Bianco [AcervoPessoal]

Ano passado, vocês emplacaram quatro escolas no “Top 15” do Enem. O que está por trás desse resultado?
Acho que é a criação de uma cultura de estudo. Nossas escolas têm essa cultura de que estudar é importante, leva você a algum lugar. Estudar transforma a sua vida. A gente tem caso de sucesso de alunos que vieram do Acre e hoje estão no MIT (Massachussets Institute of Technology), a melhor escola de engenharia do mundo. E isso a gente divulga para todo mundo. Então os alunos sabem que é possível você mudar a história da sua família e da sua vida por meio da educação. Outra coisa muito importante é a qualidade dos nossos professores. Para você se tornar um professor da rede da Eleva é muito difícil, você precisa fazer prova de aula, prova escrita, mostrar que consegue engajar os alunos, contextualizar a sua matéria. Ser professor é muito mais do que você só saber o conteúdo. É você saber, saber passar, e saber passar de uma forma engajadora. É por isso que estamos no “Top 15” do enem. Ele é uma prova contextualizada, que precisa que o aluno interpete situações do dia a dia e aplique conhecimento nessas questões, e a gente faz isso muito bem.

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E como tem sido a sua experiência em sala de aula, como professor?
Tem sido muito rica. O meu objetivo é dar atenção a todos os alunos, independente de como eles atuam. Alguns professores falam: ‘Ah, esse aluno aí é muito bagunceiro, não tem jeito’, ou ‘Esse aluno aí todo mundo sabe que ele tem problema’, e aí colocam o aluno dentro de uma caixinha e isolam ele. Eu acho que não, acho que é o papel do professor é saber trabalhar com todo tipo de aluno. E saber trabalhar com todas as situações dentro da sala de aula, com tudo o que acontece lá. Às vezes os professores querem se livrar desses alunos rotulados como problemáticos, mas eu tento cada vez mais estimular e engajar todos os alunos.   

Quais são as habilidades necessárias para ser um bom professor?
É claro que o professor tem que ter o domínio do assunto que ele está lecionando. Mas eu não diria que só isso é importante. Para trabalhar com ensino fundamental, por exemplo, tem coisas mais importante do que saber aquele conteúdo com mestrados e doutorados. Um profissional que vai se dar bem na carreira de professor deve ter muita capacidade de comunicação. Um professor que não se comunica não existe. Ele precisa saber expor a sua mensagem de forma clara, coerente e motivadora. Precisa saber vender a sua mensagem, adequar a sua mensagem ao público alvo. E precisa saber ouvir o aluno também. Além da comunicação, outra capacidade muito importante é a empatia. O professor precisa saber se colocar no lugar do aluno, e não só do aluno comum, mas de todos os variados alunos da sua sala. Se ele não entender o lado do aluno, a posição do aluno, ele não consegue motivá-lo. Assim, um bom professor precisa muito de habilidades socioemocionais, e isso independe do curso que ele fez na faculdade. 

equipe eleva
Parte da equipe Eleva [divulgação]

Então quem não fez Pedagogia pode seguir a carreira de professor?
Hoje, eu vejo que o curso de graduação e a experiência durante a faculdade são muito importantes para criar desafios para você, para estimular sua capacidade crítica, de entender pontos de vista diferentes, e também para te expor a problemas difíceis. Toda essa coisa que a faculdade estimula é muito importante, mas depois que você passa por isso é possível ir para várias areas. Isso é muito comum em outros países, as pessoas mudam completamente de área. É algo super viável.

Como foi a decisão de não seguir uma carreira tradicional na sua formação e ir para outra área?
A minha decisão foi muito guiada pelo que eu gostava de saber e pelo que eu acreditava. Sentia que não queria ficar em um banco ou uma consultoria e não ver de perto onde a minha atuação estava impactando a socidade. E sou realmente apaixonado por educação. Mesmo no curso de economia, meu trabalho de conclusão de curso foi sobre habilidades socioemocionais, que está bastante relacionado ao minha atuação hoje. 

Qual o seu conselho para quem está em dúvida sobre seguir a carreira de professor?
Minha sugestão é: vá para a sala de aula. Quando você está na sala de aula, você sabe se você realmente é apaixonado por aquilo ou não. E se você sente que é apaixonado por aquilo, siga a carreira de professor. Mas faça isso em lugares que valorizam essa carreira. Você precisa buscar esses lugares para ser bem-sucedido.

Qual sua visão sobre carreira de professor no Brasil, de maneira geral?
O professor consegue impactar mais do que ninguém a vida de um aluno. Todo mundo teve um professor que mudou a sua história, que mudou sua forma de enxergar o mundo. O problema é que esses professores são desvalorizados e muitos professores não tem estímulo para se desenvolverem. Existe uma ideia de que o professor é uma pessoa que já chega pronta. Então em muitas escolas o professor permanece lá intacto, no canto dele, desenvolvendo o que ele acha melhor para a sala de aula. Eu acho que a gente tem que botar esse professores todos para conversarem entre eles, para que possam trocar e aprender as melhores praticas. E aprender também com os professores de fora. Eu sou professor e posso dizer que quero aprender todo dia, cada vez mais. Eu gostaria muito de aprender melhores práticas, e aprender com outros professores. O desafio trazer mais profssores que queiram aprender cada vez mais, que queiram incentivar e motivar os alunos. A gente precisa de uma educação que motive mais, que seja mais alinhada com a realidade do século 21. A gente precisa inovar em sala de aula.

Por que tem diminuído o número de jovens interessados em seguir essa carreira?
Acho que esse desinteresse acontece exatamente porque esse profissional não é muito valorizado no mercado. E aqui na Eleva nós tentamos reverter isso. Aqui nós queremos que o professor dê aula, mas também queremos aprender com o professor. Queremos que suas melhores práticas sejam disseminadas por toda a Eleva. Chamamos os professores para trabalharem na parte pedagógica da empresa, para pensarem na escola de forma mais macro. Quando o professor é aquele que só está ali pra passar o conteúdo, aí o trabalho dele está sendo desvalorizado. Quando ele é visto como a pessoa que mais entende do que é educação, o que é o aluno e como ele pode ser incentivado, aí o papel dele fica grande. Porque o nosso cliente final é o aluno, e quem mais entende desse cliente é o professor. 

E hoje, qual o seu sonho grande?
O meu sonho grande é desenvolver currículos e aulas que desenvolvam habilidades socioemocionais nos alunos. Eu realmente acredito que faltam pessoas com mais pensamento crítico no mundo. Faltam pessoas que consigam se deparar com pensamentos diferentes e não fiquem só de um lado. Faltam pessoas que saibam lidar com perdas, com a diferença, que saibam ser empáticos e entender o ponto de vista do outro. Eu queria muito disseminar isso pelo Brasil e criar uma cultura de que ensinar habilidades socioemocionais dentro das escolas é tão importante quanto ensinar Matemática e Português.

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O que o ministro Barroso, do STF, pode te ensinar sobre carreira

Ministro Luis Roberto Barroso

Há três anos, Luís Roberto Barroso chegou ao ápice do sucesso na carreira de um advogado: assumiu o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo máximo do judiciário brasileiro.

Formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e pela Yale Law School, hoje ele é considerado um dos profissionais mais liberais da corte. Entre outros pontos altos de sua carreira estão a defesa do casamento homoafetivo, de pesquisas com células-tronco embrionários, da proibição do nepotismo no Judiciário e da interrupção da gestação de fetos anencefálicos, assim como a batalha contínua pela liberdade de expressão.

Convidado para o evento comemorativo dos 25 anos da Fundação Estudar, onde falou aos presentes sobre legado, ele lembrou desses seus votos para dar a dimensão do que hoje pode ser considerado como seu próprio legado – aquele de sua carreira e de sua atuação como ministro, de forma mais específica – e ofereceu conselhos aos jovens profissionais que também querem deixar uma marca: 

A seguir, assista aos melhores momentos de sua participação na Reunião Anual da Fundação Estudar.

Leia também: Confira tudo que rolou na comemoração de 25 anos da Fundação Estudar

Atuação no STF Sobre o início no STF, ele já adianta: “Eu comecei no Supremo Tribunal Federal num momento difícil”. Seus primeiros votos como ministro, em 2014, estavam relacionados ao julgamento do chamado mensalão. Ele acreditava que o crime de formação de quadrilha ou bando já estava prescrito, e absolveu os acusados dessa acusação específica. “O que minha família e eu lemos e ouvimos de barbaridade, vocês não podem imaginar”, disse. 

Legado Membro de uma corte em que cada voto tem o poder de mudar rumos do país, Barroso definiu o significado da palavra parafraseando Nelson Mandela. “É a diferença que fizemos na vida dos outros que vai determinar a importância da nossa vida”, disse o líder sul-africano em um discurso de 2002. “Como houve um refluxo da política no Brasil nos últimos anos por muitas razões, muitos avanços relevantes foram conquistados via Poder Judiciário, via judicialização”, explica o ministro, de forma crítica. Serve de exemplo a união homoafetiva que, enfrentando resistência no legislativo, ganhou status de lei a partir de decisão do STF.

Outro legado recente da casa, para ele, é a intolerânca à corrupção e ao mau uso do dinheiro público, que começou com o julgamento do Mensalão e passa pela Lava Jato.

As opiniões do ministro É da natureza do posto que ocupa ter que formar opiniões sobre temas complexos e, não raro, polêmicos – afinal de contas, as opiniões e interpretações dos 11 ministros têm o poder de decidir o que será considerado certo ou errado no país. Nos vídeos a seguir, descubra o que Barroso pensa sobre temáticas polêmicas: corrupção, reforma política, ensino público e privatização, gastos com funcionalismos públicos, aborto, união homoafetiva e privatização vs ensino público.

Leia também: Para jurista Heleno Torres, profissionais de Direito devem olhar a lei de forma crítica

Trajetória acadêmica e Profissional De todas as provas que já fez na vida (ele passou nos concursos para professor universitário na UERJ e na UnB e para procurador), ele considera as mais difíceis aquelas que teve de realizar para ingressar no colégio Pedro Álvares Cabral, a concorrida escola pública onde Barroso cursou o ensino médio. Depois ingressou no curso de Direito da UERJ, abandonou uma graduação paralela em Economia na PUC-Rio e participou do movimento estudantil que combatia a ditadura no país. Para saber como sua trajetória culmina em um dos cargos mais prestigiados do Brasil, assista aos vídeos a seguir:  

Conheça o trabalho de um jovem consultor na Falconi, que está com processo seletivo aberto

menino sorrindo

Foi durante um período em Toronto, trabalhando no aeroporto internacional da cidade, que o consultor Henry Passi primeiro se interessou por consultoria de gestão. “A possibilidade de entender e buscar soluções para os problemas das empresas e realmente fazer a diferença no resultado foi algo que me motivou bastante”, lembra.

Antes de obter a pós-graduação em Gestão de Negócios Sustentáveis na canadense Seneca College, Henry tinha se formado em Administração de Empresas na Universidade Mackenzie, em São Paulo.

Em janeiro de 2013, assim que voltou ao Brasil, ingressou como trainee no programa Jovem Consultor, da Falconi – e que está com inscrições abertas até o dia  para o programa Jovem Consultor e o programa de estágio até 9/10 (inscreva-se aqui)

Podem se candidatar alunos de vários cursos, e embora a disponibilidade de vagas varie de acordo com o programa escolhido, existem posições abertas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Hoje já promovido à analista na empresa, Henry foi inicialmente atraído pela variedade de setores em que consultoria atua, atendendo clientes que vão desde governos e instituições do setor público até grandes empresas das mais variadas indústrias.

De fato, a rotina varia desde seus primeiros dias. Em seu primeiro projeto, enquanto ainda se ajustava ao método da companhia – o famoso PDCA, “planejar, executar, verificar, agir” –, Henry atuou em um projeto de construção civil. Logo em seguida, veio uma empresa de fast food. Ao longo dos três anos passados, também já atuou em segmentos como varejo, indústria e logística.

“Nas primeiras semanas tive assistência próxima de um consultor mais sênior, que me ensinou bastante, mas logo estava identificando oportunidades e conduzindo as reuniões sozinho”, lembra. “Essa transição foi bastante desafiadora, pois eu passei a não apenas ser responsável pelos números e análises que elaborava, mas também por desenvolver minha habilidade de comunicação.”

Leia também: Quatro competências-chave para se tornar um grande líder

O acesso às figuras mais sêniores é inclusive um dos pontos de destaque. Em pouco tempo, diz Henry, os trainees já estavam participando de reuniões com a diretoria e até com o CEO da companhia. “A Falconi nos dá bastante espaço para nos envolvermos em discussões com a alta direção, depende mais do nosso interesse e desempenho.”

Entre as competências que desenvolveu, além da comunicação, o consultor cita capacidade de análise, especialmente de problemas complexos, conhecimentos sobre o mercado e segmentos diversos – todas importantes se você quiser ser um líder no mercado financeiro ou se preparar para o mercado de trabalho do futuro, por exemplo.

A chave para a transformação de uma gestão, diz ele, é difundir o conhecimento do método da casa aliado ao estabelecimento de metas desafiadoras mas factíveis. “Essas metas devem ser acompanhadas com disciplina no controle dos resultados, para que as empresas alcancem novos patamares de desempenho ano após ano”, aconselha.

Ficou interessado?
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Abaixo, o fundador da empresa Vicente Falconi diz o que busca em um jovem profissional em um Bate Papo com o Na Prática. 

Mercado financeiro e impacto social? Entenda o trabalho com finanças sociais

Andrea Armeni

Dos protestos da adolescência aos corredores de Wall Street, onde se estabeleceu como advogado corporativo, Andrea Armeni levou algum tempo para descobrir como retomar um sonho de juventude e trabalhar para tornar o mundo melhor.

Há quatro anos, depois de passar pelas Universidades Columbia e Yale, parou para pensar no que fazer com seus talentos. “Eu já era familiarizado com finanças e com as pessoas do mercado e comecei a pensar em como elas poderiam ajudar a criar um mundo progressista e socialmente justo”, explica. “E como eu poderia influenciar as decisões? Estando na sala ao invés de do lado de fora.”

Ao lado da sócia Morgan Simon, fundou a Transform Finance em 2014. A organização, que conta com uma rede de investidores e apoio para empreendedores sociais, foca no engajamento comunitário e no impacto social através de investimentos financeiros.

“De certa maneira é um nicho, mas crescente”, conta. Quando participaram do primeiro SOCAP, evento centrado em capital social que acontece nos EUA, o espaço reservado para eles era pequeno. Em 2015, já estavam no palco principal. “Acho que é o conceito, mais do que a organização, que começa a se estabelecer.”

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Resumidamente, o conceito é o seguinte: construir um mundo justo usando o capital como uma força para criar mudanças transformadoras e seguindo uma cartela de princípios. Ao unir investimentos financeiros e justiça social, Andrea quer unir também os mundos de investimentos de impacto, filantropia e negócios sociais.

“De onde ficam à linguagem que usam e até ao jeito que se vestem, o mundo financeiro é muito excludente”, fala ele. “Queremos criar um espaço mais acolhedor, em que mais vozes são representadas – é uma ponte.”

Na prática, a missão se traduz em identificação de oportunidades e criação de ferramentas para ajudar na criação de abordagens financeiras diferentes. Para guiar e escolher os projetos, a Transform Finance utiliza três princípios: é preciso adicionar mais valor do que se extrai, equilibrar riscos e retornos e envolver ao máximo a comunidade impactada, que deve ser proprietária do projeto quando possível.

A comunidade de investidores – que inclui também fundações, governos e ONGs além de pessoas físicas – também tem um viés educacional. Há webinars mensais, pesquisas e briefings temáticos para enriquecer a discussão. “O mais recente, por exemplo, era sobre fair trade: ele é realmente justo? Como poderia ser mais justo? É uma jornada de aprendizado mais que qualquer outra coisa”, resume Andrea.

Abaixo, ele conta mais sobre a missão ao Na Prática e avisa: “É preciso checar se estamos realmente sendo inclusivos ou se há alguém que deveríamos estar ouvindo”.

Baixe o ebook: 14 brasileiros que estão colocando o país no mapa do empreendedorismo social

Por que transformar finanças?
Finanças são apenas uma ferramenta que deveria ser usada para fazer coisas acontecerem. Historicamente, foi utilizada para impulsionar a economia mas, em algum momento do último século, saiu dos trilhos e tornou-se autorreferente, com uma visão de fazer apenas mais dinheiro. E na segunda metade do século 20, as pessoas começaram a notar que o dinheiro delas fazia coisas e que era possível associá-los aos seus valores, como por exemplo na época do apartheid [a partir dos anos 1960, um protesto global contra o sistema sul africano se deu através de um movimento de desinvestimento]. Então por que não fazer tudo de uma vez? Que mundo você quer ver? Com isso em mente, o que precisamos fazer?

Como disseminam a ideia da Transform Finance?
A primeira parte é explicar aos detentores de capital o que significa influenciar uma mudança social positiva de verdade. Quem determina esse impacto? Eu, o JP Morgan Chase ou as pessoas afetadas? Não podemos usar o capital para resolver os problemas do mundo sem pensar de forma holística nas causas raízes. Não dá para só dar luz solar para as crianças de Gana sem pensar em por que elas não têm eletricidade.

É preciso olhar para dentro e criar as circunstâncias para que eventualmente o investimento não exista mais, as pessoas estejam empoderadas, tenham agência e meios. A segunda parte é ativar pessoas que normalmente não olhariam para finanças. Atualmente pode ser uma coisa ruim, mas o capitalismo é uma realidade e beneficiaria todos se tivesse gente com todo tipo de background.

Como aplicar finanças sociais no Brasil?
No Brasil há muitos problemas, especialmente quando se trata de desigualdade de renda e racial, que poderiam ser abordados pelo capital. Não se trata apenas de resolver um problema de água ou educação, mas de empoderar essas pessoas. Como finanças sociais é um campo que está bem no começo, o país deveria acertar desde o início. Não é só copiar o modelo e continuar trabalhando como sempre. É preciso pensar de maneira aprofundada sobre como criar um ambiente financeiro que é mais inclusivo.

Qual é a importância da rede dos investidores?
Vemos um grande papel para investidores, que devem pressionar para obter políticas melhores e que eles acham que funcionariam. Temos uma rede de investidores, que é uma comunidade de prática antes de qualquer outra coisa. Eles podem fazer coisas com outras pessoas que pensam de maneira similar ou que já aprenderam lições.

Quais são os maiores desafios para empreendedores sociais?
Empreendedorismo social tem se tornado mais “sexy” e muitos são atraídos por ele sem realmente pensar sobre a parte social. Se é visto como enriquecer às custas dos outros, não é o caso. Temos percorrido aceleradores e incubadoras para discutir como eles podem se engajar mais profundamente com a parte social. Quais são as perguntas a serem feitas? Como funciona minha supply chain? Quem fica rico? Quem se beneficia? Como meus funcionários são tratados?

Esse foi um grande tema esse ano, conforme as finanças sociais vão ganhando fama e bilhões de dólares. Do mesmo jeito que filantropos e agentes humanitários ainda estão tentando acertar, nós devemos realmente pensar sobre o que estamos fazendo. Temos que parar, olhar para trás e checar se estamos realmente sendo inclusivos ou se há alguém que deveríamos estar ouvindo.

Por que a Transform Finance destaca tanto a qualidade dos empregos criados, por exemplo?
Isso vem do fato de que muitos investidores, especialmente nos EUA, têm essa tese sobre criação de empregos. Mas criar empregos ruins que mantêm as pessoas no ciclo da pobreza, que dão salário mínimo e nenhum benefício: qual é a raiz do problema? Começamos então a falar sobre o que é um bom trabalho do ponto de vista do trabalhador. Como posso aprimorar a qualidade dos empregos que afeto? Posso oferecer mais treinamento através de programas de governo, por exemplo? Uma força de trabalho mais saudável é mais produtiva e investidores estão em uma boa posição para fazer essa mudança em todo o portfólio.

Como a Transform Finance mede o impacto de seus investimentos?
Em conjunto com investidores membros, desenvolvemos ferramentas que fluem de nossos três princípios. Quem se envolveu? Quem se beneficiou? Medir apenas por medir serve para pouca coisa. Administrar o impacto é o que importa. Relatórios financeiros resultam em ajustes e o mesmo deveria acontecer com impacto. ‘Construímos 300 poços, feito!’ Ótimo, esse é o primeiro ponto. Como subimos daqui? Conforme crescemos o espaço, crescemos o impacto.

Onde podemos aprender mais sobre finanças sociais?
Ao escutar de verdade e abertamente as comunidades afetadas. Está falando de habitação a preços acessíveis? Converse com as pessoas do serviço social que trabalham com isso há décadas e têm o que falar. Saneamento? Engage as comunidades locais. Não vai ser um paper que vai te ajudar, mas o diálogo que criar.

Leia também: Empreendedorismo social: 10 dicas para arrecadar fundos

Como funciona a maior aceleradora de startups da América Latina

Homem sorrindo segurando notebook

Desde criança, Felipe Matos é fascinado por tecnologia. “O potencial para construir soluções e criações sempre me interessou muito”, fala. Aprendeu a programar cedo e, aos 16 anos, criou o Girando, primeiro aplicativo móvel latinoamericano. Era 1999. Quase vinte anos depois, tem no currículo uma série de empreendimentos fundados na área e atuou em diferentes momentos como investidor, investidor anjo, gestor de fundos e defensor de políticas públicas. Seu maior negócio hoje é outro que fez história na América Latina: a Start Up Farm, a maior aceleradora de startups privada da região.

Enquanto empreendia, Felipe deu um jeito de estudar a teoria. Formou-se quase dez anos depois de começar o curso de Administração, em 2011, e hoje é mestrando na Universidade de São Paulo e bolsista da Fundação Estudar. Prática, no meio tempo, não lhe faltou.

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Sua primeira empresa passou por uma incubadora universitária em Minas Gerais e foi lá, em meio a outros empreendedores, que ele percebeu que todos precisavam do mesmo auxílio para tirar projetos do papel. “Geralmente são pessoas muito técnicas e que entendem pouco de negócios”, explica.

Em 2002, decidiu ele mesmo preencher o nicho com o Instituto Inovação, aceleradora pioneira no país. O escopo ia além de negócios digitais e envolvia também agronegócios, tecnologia de informação e biotecnologia, entre outros.

Com o tempo, a organização foi tomando a forma de um grupo de investidores. Surgiu o convite para se tornarem gestores de investimentos de uma empresa de venture capital, e a equipe ajudou na criação dos fundos e desenvolvimento de critérios. Entre 2007 e 2009, avaliaram mais de duas mil startups – e investiram em apenas 36.

“Havia um gap muito grande entre quem buscava o investimento e quem o recebia”, lembra. O boom das startups digitais e dos aplicativos estava logo ali. Não vinha discreto, e o descompasso entre os estágios reais dos negócios e aquilo que eles buscavam como investidores passou a incomodar Felipe ainda mais.

“Faltava muito a figura do investidor anjo ou da aceleradora, que dá o start inicial”, diz. Para suprir essa necessidade, ele abriu as portas da Start Up Farm em 2010. O primeiro programa de aceleração aconteceu no ano seguinte, já voltado para projetos online e capacitação de empreendedores.

Aproveitaram para importar a cultura de colaboração e mentoria do Vale do Silício, apostando na criação de redes e de um ecossistema mais forte para sustentar a empreitada durante e depois do programa.

Leia também: Como as redes e comunidades podem ajudar na sua vida e carreira?

A resposta foi imediata. Da primeira turma, saíram o serviço de delivery HelloFood e o Beauty Date, que captou 28 milhões de reais em 2015. Outros sucessos da aceleradora nos anos subsequentes incluem o aplicativo Easy Taxi, o sistema de registro de ponto digital Ponto Tel e a plataforma de viagem e economia colaborativa WorldPackers.com.

Seis anos depois, Felipe vê um cenário brasileiro muito diferente. Há cerca de 4 mil startups ativas no país e uma gama variada de ferramentas, redes de apoio, fundos de investimento, auxílio empresarial, hubs e espaços de coworking, como Cubo e Google Campus (a Start Up Farm é sua parceira em São Paulo). Só as aceleradoras hoje somam quase cinquenta.

Metodologia O sucesso veio, mas não veio fácil. A primeira grande dificuldade foi explicar a ideia e praticamente criar um mercado, ainda nos tempos de Instituto Inovação.

“Mudei-me de Belo Horizonte para São Paulo e passei meses conversando com empresas de tecnologia e empreendedores bem sucedidos para formar uma rede e vender meu sonho”, lembra. “Foi mais ou menos como convidar um monte de gente para uma festa: ‘Fulano, você vem? Beltrano vai!’”

Uma vez com o projeto em pé, era hora de validar o modelo, testar a abordagem, manter o que funciona e melhorar continuamente – afinal, eles eram uma startup também.

Felipe Matos - Equipe Start Up Farm
[acervopessoal]
Hoje, a Start Up Farm tem mais de 200 startups no portfólio e estima ter captado mais de US$ 100 milhões em investimentos e gerado mais de US$ 1 bilhão de valor de mercado agregado.

“Não é só quantidade, é qualidade”, destaca Felipe, que se prepara para a 17ª edição do programa. “Selecionar bem os participantes é fundamental, porque damos o suporte mas quem de fato acelera são eles.”

A aceleração em si consiste em duas fases. A primeira inclui uma imersão de cinco semanas para validar modelos de negócios. É um período intenso, em que os selecionados estudam de tudo, dos problemas que estão resolvendo às estratégias de mercado e como fazer o melhor pitch. Em seguida, passam um dia apresentando suas empresas a investidores.

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A segunda fase é de acompanhamento e pode durar até dois anos. A Startup Farm ajuda os participantes conforme surgirem as necessidades, seja na busca por mentores específicos (são mais de 350) ou criando pontes com fundos de investimento e empresas. Através da Farm.VC, seu braço interno de venture capital, ela mesma pode se tornar investidora.

Felipe martela que o aspecto humano é básico para o sucesso. “A maior causa de falhas tem a ver com sócios e problemas societários, então colocamos muita ênfase em equipe, senso de propósito e na criação de uma comunidade forte e com espírito colaborativo”, diz.

No governo Em fevereiro de 2013, Felipe também passou a atuar como Chief Operating Officer (COO) do Start UP Brasil, programa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para promover o ecossistema de startups no país.

“Algo que me surpreendeu positivamente foi ver muita gente inteligente e com interesse genuíno em construir coisas interessantes mesmo numa estrutura muito difícil, principalmente quando se trata de iniciativas inovadoras”, conta.

Ele esclarece: na gestão pública, é preciso trabalhar somente dentro do que é permitido pela lei. Parece óbvio, mas é diferente do dia a dia civil, em que você também pode fazer tudo aquilo que não é proibido. Na prática, significa estudar os mecanismos existentes e tentar utilizá-los para o que você precisa.

“Ou você trabalha com o formato que já existe para criar algo novo ou tem um patrocínio político para seu projeto e consegue modificar as regras, como aconteceu com a lei nova que permitiu que existisse o programa SEED do governo de Minas Gerais, por exemplo”, diz.

Ao longo de quase três anos, Felipe aprendeu muito sobre gestão pública e o poder de parcerias público-privadas como aquela – e percebeu que o governo poderia ter um impacto imenso. Foi possível, por exemplo, criar uma nova grade de bolsas dentro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e passar a oferecer boas bolsas de pesquisa também para quem tivesse muita experiência no mundo empresarial, além de para acadêmicos.

Ao todo, a empreitada envolveu dois ministérios, duas autarquias da administração federal, uma associação sem fins lucrativos e 18 aceleradoras. Apesar dos desafios, o impacto foi positivo e cerca de 200 startups foram apoiadas. O programa foi encerrado em 2015 por contenção de gastos, mas está em vias de reavaliação.

Enquanto isso, Felipe dirige o Movimento Dínamo, grupo que luta pela melhoria de políticas públicas para empreendimentos de tecnologia e tem participação de startups, empresas de venture capital, aceleradoras e grandes empresas como o Google. “Voltei muito mais imbuído desse espírito público que quer fazer com que o país funcione melhor”, resume.

Entre suas principais bandeiras estão a desburocratização do processo de abertura de empresas, que acaba resultando em “gambiarras jurídicas” que põe em risco o trabalho e os investimentos. Outro ponto são incentivos tributários, inexistentes no momento.

“Se eu investir em renda fixa ou Tesouro Direto, tenho desconto no imposto de renda. Se investir em uma startup, não: vou pagar o imposto cheio e correr um risco maior com um investimento que é produtivo, que gera crescimento, emprego, tecnologia, inovação”, justifica. “É desconcertante.”

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Como ele investe Se existe algo que empreendedores sempre querem saber é como impressionar um investidor. No papel tríplice de empreendedor, investidor e acelerador, Felipe é direto: o principal ponto é sempre a equipe.

“No começo, a empresa ainda não tem um produto bem definido. Tem um protótipo e poucos clientes, seu principal ativo são as pessoas e sua capacidade de gerar no futuro”, fala.

Em sua opinião, um bom time é composto por gente com competências complementares e, dentro desse campo, ele avalia vários critérios. Quem são aquelas pessoas? Quais são suas capacidades? Suas competências? É feita só de programadores ou gente de business? Sem diversidade na equipe, chances são de turbulência na rota para o mercado.

Em seguida, é hora de olhar para o mercado em si. Que solução é essa? Ela faz sentido? Há espaço para crescimento? É competitivo? Tem companhias dominantes? Que caminho pode ser traçado e como essa equipe em particular está preparada para ele?

São tantos os questionamentos que é praticamente impossível que o projeto se mantenha inalterado – mesmo uma equipe boa com um bom mercado e o apoio de uma aceleradora vai enfrentar mudanças. É um fator que torna flexibilidade e mente aberta outras peças-chave para o sucesso.

Apesar das dificuldades inerentes, Felipe garante que empreender em qualquer nível é uma carreira recompensadora. Tem sido seu caso. “Ao invés de ser uma peça de engrenagem em uma coisa muito maior, você trabalha naquilo que acredita. É algo que tem mais significado e muito mais impacto.”

A importância da autoconfiança para conseguir resultados excepcionais

Menino com fantasia de super herói

Todo indivíduo tem um enorme potencial. Na maioria dos casos de pessoas de sucesso, o que permitiu grandes conquistas não foi um super talento ou uma habilidade que ninguém mais no mundo tinha, mas a confiança no seu próprio potencial, a persistência diante de desafios e a mão na massa.

Quando se tem muito conhecimento sobre determinado assunto ou talento para executar certo tipo de tarefa mas não existe confiança no próprio potencial, os resultados não vem. Tenho certeza que você conhece pelo menos uma pessoa que possui uma capacidade acima da média, alguém que precisa dedicar muito menos tempo para se preparar para uma atividade e ainda assim a executa mais rápido e melhor que você.

Pois é, isso é natural. Sempre vão existir esses pontos fora da curva. Porém também tenho certeza que você conhece pessoas que possuem esse “super poder”, mas parecem não aproveitá-lo. Contentam-se com pouco, não acreditam nelas mesmas e desistem facilmente quando enfrentam algum problema. Não há dúvidas de que poderiam estar perseguindo objetivos muito maiores do que estão.

Leia também: Por que a autoestima é importante para crescer na carreira?

O sucesso acontece quando o conhecimento e/ou o talento encontram uma mentalidade vencedora. O que eu quero dizer com isso? Simples: quando conhecimento e talento andam sozinhos, os resultados não chegam perto do que poderiam ser. É preciso mais que isso. É preciso ser protagonista, querer mais. É preciso usar sua mente ao seu favor, saber explorar a sua infinita capacidade de aprender coisas novas e superar desafios!

Todos nós temos o poder de controlar nossa própria vida e nossas próprias decisões, que moldam nossa realidade. Não se engane: olhar o copo pela metade e enxergá-lo meio cheio é uma decisão. Aprender com as situações mais difíceis ou se deixar vencer por elas também.

Eu me arrisco a dizer que se você não conhece muito bem ou não tem habilidade com determinado assunto mas possui uma mente que te impulsiona ao invés de te sabotar, você vai ter uma autoconfiança quase inabalável e suas chances de obter sucesso serão infinitamente maiores do que se a realidade for a oposta.

Para conhecer os seis sabotadores mais comuns que podem minar seu sucesso profissional, recomendo assistir a websérie #AcelereSuaCarreira, do Na Prática:

Leia também: Todo lugar onde nos desenvolvemos um dia se torna pequeno

Walt Disney foi demitido de seu trabalho em um jornal por sua falta de imaginação e boas idéias, Abraham Lincoln perdeu sete eleições antes de se tornar presidente dos Estados Unidos, Steve Jobs foi demitido da própria empresa, J.K. Rowling foi rejeitada por diversas editoras antes de conseguir publicar o primeiro livro de “Harry Potter”. Esses são apenas alguns exemplos famosos de superação. E sem dúvida você consegue pensar em inúmeros outros exemplos – de pessoas conhecidas, da família, da universidade, de qualquer outro lugar. Todos eles certamente têm um ponto em comum: possuem uma mentalidade vencedora.  

Se você sente que sua mente não está sendo sua maior aliada, tenho uma boa notícia: seu cérebro pode ser ensinado e estimulado a desenvolver uma mentalidade vencedora. Ele possui uma característica chamada neuroplasticidade, e é ela que permite que essas mudanças aconteçam. E se você sente que já tem uma mente que trabalha a seu favor, ótimo! Então sabe que pode evoluir ainda mais.

Nessa coluna, trarei conteúdos que vão te ajudar a tornar sua mente sua melhor amiga para que você se desenvolva cada vez mais, tenha sucesso na sua vida pessoal e profissional e se torne a melhor versão de si mesmo – aquela explorando todo o seu potencial.

 

henrique molina
Henrique Molina
, colunista do Na Prática, é formado em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário FEI e possui certificação profissional da Sociedade Latinoamericana de Coaching. Atua como Coach profissional, com foco em planejamento e desenvolvimento de carreira para jovens. Você pode acompanhar seu trabalho em sua página oficial. É também multiplicador do Liderança Na Prática 16h e facilitador do Autoconhecimento Na Prática, respectivamente os programas de liderança e autoconhecimento do Na Prática.

Por que tanta gente vai fazer MBA com a intenção de mudar de carreira?

executivo com mala de rodinhas andando

Frustração, retorno financeiro, escolhas equivocadas, estagnação, busca por propósito e impacto. Vários são os motivos de quem busca uma transição de carreira e, em tempos de crise, estas mudanças que estavam latentes podem, finalmente, encontrar uma oportunidade para acontecerem. Não está satisfeito com o rumo profissional tomado? Nunca é tarde para correr atrás do que realmente faz sentido para você.

Acima de tudo, é essencial entender que a mudança de carreira é um processo. É imprescindível ter uma visão clara dos novos objetivos e futuro profissionais e estabelecer ações para alcançá-los. Independente do seu motivo para mudar a trajetória de carreira, um MBA no exterior pode lhe ajudar a chegar lá.

De fato, aproximadamente 50% dos alunos de MBA das top schools afirmam interesse em mudar de carreira. Ao ajudar a identificar e desenvolver suas habilidades, definir objetivos profissionais, criar uma rede de contatos e conectar com empresas, um programa de MBA certamente proporcionará uma experiência enriquecedora e transformadora. Veja alguns elementos que julgamos essenciais nessa experiência para a transição de carreira.

Leia também: MBA como porta de entrada para uma grande consultoria

Expertise

Em programas de MBA no exterior, o seu full-time job será dedicar-se aos estudos e ao seu desenvolvimento profissional e pessoal. São um ou dois anos imersos em um contexto desafiador em que você poderá refletir sobre sua visão de carreira enquanto desenvolve suas competências e experimenta outras áreas. Esta oportunidade única permite que você adquira um conhecimento geral em negócios e, ao identificar o caminho que quer seguir, desenvolva expertise. As escolas oferecem cursos eletivos em assuntos diversos e você pode optar por seguir um track específico. Quer mudar para o atrativo setor de private equity? Busque cursos em finanças e que desenvolva suas habilidades analíticas, participe de clubes profissionais e de eventos, converse com professores da área. São várias as alternativas para construir o know-how.

Experiência profissional

Apenas conhecimento não será o suficiente para uma transição de sucesso. Aproveite o programa de MBA para adquirir experiência profissional por meio de competições de casos, aprendizagem experiencial, projetos em parceria com empresas e estágio (summer internship). Nos programas com duração de dois anos, os alunos podem realizar um estágio de verão entre o primeiro e o segundo ano. Esta é uma excelente oportunidade para experimentar um novo setor ou função e ganhar experiência sem riscos. Estruture sua visão de carreira e aproveite este momento para começar a traçá-la.

Desenvolvimento pessoal

Ao fazer parte de um ambiente multicultural, cercado de gente qualificada e que requer trabalho duro, o desenvolvimento pessoal é extremamente tangível. Para uma trajetória de sucesso, os soft skills são tão importantes quanto as habilidades técnicas e um programa de MBA no exterior certamente lhe ajudará a desenvolvê-los. Resiliência, confiança, habilidades interpessoais, trabalho em equipe, inteligência emocional e liderança são alguns deles.

Suporte e networking

As escolas oferecem uma excelente estrutura de suporte que certamente auxiliará no processo de transição de carreira. Regularmente, ocorrem eventos e feiras de carreira no campus onde empresas buscam ativamente por alunos de MBA. Todas as escolas contam também com um escritório de carreiras (Career Services) que fornece coaching, revisão de currículo, auxílio na estratégia para posicionamento no summer e após o programa e conexão com empresas.

Vale também ressaltar a importância de uma sólida e extensa rede de contatos. Seguramente, o nome da escola e o alumni network são um dos grandes benefícios de um MBA no exterior. O acesso a professores renomados e a colegas que ocuparão cargos de liderança nos mais diferentes setores e lugares do mundo abre oportunidades profissionais que não seriam possíveis sem este network.

São várias as razões para mudar de carreira e para encarar o desafio enriquecedor de um MBA no exterior. Não adie seus sonhos por insegurança. Saia da zona de conforto e corra atrás do que realmente está de acordo com o seu propósito de vida e profissional. Embora difíceis, mudanças podem abrir o caminho para uma trajetória inspiradora.

Leia também: Site oferece MBA gratuito em engenharia e inovação, com professores da USP e UFSC

 

Sobre os Autores

Francine Zucco é bioquímica com mestrado Erasmus Mundus em Inovação, mas verdadeiramente entusiasta da área de educação. Após morar e estudar no Canadá, França, Irlanda e Itália, descobriu a sua paixão por viajar, conhecer diferentes culturas e por auxiliar estudantes a buscarem experiências transformadoras no exterior. Ela mantém estas paixões nutridas na TopMBA, onde atua como coach.

Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pelaUniversidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes através de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, o portal de estudos no exterior da Fundação Estudar

Como montar um currículo: principais técnicas para se destacar

homem segurando curriculo

Como diz o conhecimento popular, a primeira impressão é a que fica. Na hora de buscar pelo primeiro emprego ou por uma mudança profissional, o contato inicial com os recrutadores é quase sempre feito por meio do currículo e cultivar uma boa imagem neste momento é fundamental.

Devido à saturação do mercado de trabalho, o número de candidaturas a uma mesma vaga pode chegar às centenas, deixando pouco tempo para o recrutador analisar todos os candidatos e decidir quem será chamado para a entrevista.  Por isso, é importante utilizar algumas técnicas para destacar o seu currículo e ampliar as suas chances de contratação.

 

Leia também: Aprenda a fazer um currículo excelente e se destacar

 

Dicas para escolher o melhor modelo de currículo

O candidato a uma vaga de emprego deve ter em mente que o currículo é uma peça publicitária das suas qualidades como potencial funcionário de uma empresa. Por isso, deve ter elementos coesos e que deponham a favor da sua candidatura.

Não existe um modelo ideal para todos. Algumas profissões ligadas às áreas criativas – como design, publicidade e artes – pedem um layout mais elaborado, com elementos visuais que demonstrem as habilidades criativas do profissional. Já os candidatos de áreas mais tradicionais – como administração, economia e direito – obtêm melhor proveito de modelos sóbrios, com poucas cores e estruturas básicas.

Lembrar-se que o currículo precisa destacar as principais qualidades do candidato é uma forma mais concreta de escolher qual modelo seguir. Quando estiver elaborando o documento pense: quais são as características de personalidade e habilidades necessárias para a vaga que desejo concorrer? Como posso demonstrá-las aos recrutadores sem precisar, necessariamente, escrever sobre elas?

Esta reflexão pode parecer abstrata em um primeiro momento, mas é um ótimo exercício de planejamento. Se o candidato quer demonstrar criatividade, pode incluir alguns elementos visuais no seu currículo que traduzam esta capacidade, criando uma diagramação diferenciada para o documento.  Caso a ideia seja evidenciar a sua organização, distribuir as informações de maneira sistemática pode ajudar a passar esta impressão a quem lê o seu currículo.

 

Como fazer um currículo perfeito

 

Qual é a estrutura básica de um currículo?

A disposição das informações na folha de papel pode variar para cada situação, uma vez que cada profissional tem diferentes pontos fortes a destacar. Contudo, existem algumas técnicas que você pode usar para conseguir a atenção dos examinadores, que costumam decidir em cerca de 7 segundos se lerão o seu currículo com atenção ou não.

Ao estruturá-lo da forma objetiva, destacando o que for mais importante, você desperta o interesse e direciona o olhar de quem estiver com o seu material em mãos, fazendo com que a leitura completa do documento aconteça naturalmente.

Leia também: 12 modelos de currículo para baixar e preencher

Tamanho ideal do currículo

O primeiro fator que influencia na decisão de um profissional de Recursos Humanos a ler um currículo é o seu tamanho. Documentos muito longos podem afugentar alguns recrutadores. Por isso, as informações mais importantes devem ser dispostas em uma ou, no máximo, duas páginas.

Uma habilidade muito importante para qualquer profissional é a capacidade de hierarquizar  essas informações. O mais indicado é utilizar apenas aquelas que forem essenciais para a vaga. Por exemplo, para uma pessoa com PHD, incluir as etapas de ensino anteriores pode não ser tão relevante.

Informações principais

Por mais que, dependendo da vaga, algumas informações extras podem ser incluídas, certos dados são essenciais e não podem deixar de constar no documento. A principal função dele é mostrar ao entrevistador quem você é, como deseja colaborar com a empresa e a melhor forma para que ele entre em contato com você.

Leia também: Como fazer um currículo para o primeiro emprego

Detalhes sobre os seus objetivos, depoimentos sobre as suas experiências anteriores e informações mais complexas devem ser guardados para outros momentos do processo seletivo. Confira o que deve ser apresentado no seu currículo:

1. Dados pessoais

Dispostos preferivelmente no cabeçalho, campos como nome, e-mail e telefone de forma alguma podem ficar de fora. Já informações muito pessoais, como o número de seus documentos, endereço completo, foto (a exceção é para trabalhos em que a aparência é relevante, como o caso de modelos profissionais) nunca devem ser colocados no seu currículo.

Itens como idade, pretensão salarial e estado civil também podem ser adicionados, desde que possam contribuir positivamente para a sua contratação ou sejam solicitados pela empresa. É importante observar o perfil da vaga para a qual você concorre para decidir se estas informações são relevantes.

2. Perfil Profissional

No espaço de um parágrafo, o candidato deve fazer um resumo de suas principais competências. Nesse campo, é interessante falar suscintamente sobre o seu objetivo profissional e dar um breve relato sobre a sua experiência e formação acadêmica, sem entrar em detalhes.

A intenção por trás deste campo é despertar a curiosidade do recrutador, para que ele continue lendo o seu currículo. 

3. Experiência Profissional

Esse é o local destinado aos lugares onde o candidato já trabalhou. A ordenação deve ser feita da última à primeira experiência. Não é necessário que todas as empresas sejam citadas, o candidato pode pular as que não sejam relevantes para a vaga e dar prioridade àquelas em que tenha desempenhado um papel de destaque ou que comprovem uma competência necessária para o novo emprego.

Para quem busca pelo primeiro emprego, experiência em estágios, serviço voluntário e envolvimento com atividades extracurriculares, como as agências júnior, competições de empreendedorismo e incubadoras de negócios, também podem entrar nesse campo.

Uma dica importante é fazer uma breve descrição não só funções desempenhadas mas, principalmente, das conquistas obtidas enquanto você esteve em cada cargo.

Destacar os resultados alcançados durante cada experiência profissional, principalmente se você tiver pouca vivência no mercado, é de extrema importância. Procure incluir números e estatísticas que possam quantificar e demonstrar ao recrutador a dimensão das suas conquistas profissionais.

4. Formação acadêmica

Para não tomar um espaço muito grande, inclua somente as experiências acadêmicas que tenham impacto ao serem observadas por quem faz a seleção. Além do nome da instituição de ensino, curso e o período, nesse campo também devem estar presentes os treinamentos, workshops e especializações realizados fora da universidade. Caso sejam muitos, adicione apenas os que forem estritamente relevantes para a vaga desejada.

Leia também: Passar por diferentes áreas e empresas mancha o currículo?

Use o design para se destacar

Não é preciso ser um designer profissional para criar um layout diferenciado e nem trazer propostas muito diferentes, a não ser que você trabalhe em áreas muito criativas, mas usar algumas técnicas visuais pode fazer com que o seu currículo tenha destaque entre os outros.

É importante lembrar que suas qualidades, competências e experiências tornam-se irrelevantes se não forem lidas com atenção pelo examinador. Por isso, ter um visual clean, que facilite a leitura do seu documento é fundamental. Veja como fazer isso:

1. Tópicos

Dados estatísticos e listas são mais atraentes se estiverem organizadas em tópicos e bullet points. Desta forma a leitura se torna mais dinâmica e objetiva, estimulando o leitor a continuar até o final.

2. Cores

A inserção de cor no currículo deve ser usada com cuidado. O ideal é manter um visual sóbrio, que priorize uma boa experiência de leitura. Tons neutros, como preto e azul escuro são as melhores opções para o texto e cores claras, como branco ou creme, vão bem no plano de fundo.

3. Alinhamento

Um perfeito alinhamento entre os elementos contidos no documento é fundamental para que ele fique bem organizado. Procure manter as informações separadas por subtítulos e alinhadas em no máximo duas colunas.

4. Fontes

Mais uma vez, a sua escolha deve privilegiar o básico. Dê preferência a fontes simples, como a Times New Roman, Arial ou Verdana, e fuja das opções muito extravagantes. O tamanho também é um fator importante, pois ele está diretamente relacionado à legibilidade do seu material. Por isso, opte pelos tamanhos de 11 a 12. Entenda melhor o que cada fonte diz sobre o seu currículo neste outro texto

Como elaborar o texto para o currículo?

Todo o trabalho realizado até aqui será perdido se as palavras não forem usadas da forma correta para dar destaque às suas habilidades mais importantes, por isso é interessante ficar atento a alguns pontos:

– Erros gramaticais ou de digitação são imperdoáveis, pois dão a impressão de desleixo ao recrutador

– A linguagem deve ser direta e objetiva, sem rebuscamentos desnecessários

– Para se destacar em uma plataforma de currículo online, como o Linkedin, é importante que a descrição das suas competências contenha palavras-chave relacionadas à sua área de atuação, facilitando a busca do recrutador por lá

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8 aplicativos gratuitos indispensáveis para quem quer ter sucesso

Apps em iPhone

Hoje em dia, parece que existe um aplicativo para tudo. Quando se trata de melhorar o desempenho no trabalho e crescer na carreira, já são várias as opções disponíveis para download, mas ainda desconhecidas entre muitos profissionais. São aplicativos com versões gratuitas e que te ajudam a se organizar, desenvolver novas habilidades, gerenciar tarefas e promover networking.

Do Trello, plataforma de gestão de projetos utilizado por times do Google e da Pixar, ao Na Prática, versão em app do portal de potencialização de carreiras criado pela Fundação Estudar, selecionamos oito aplicativos indispensáveis para quem quer uma carreira de sucesso. Confira abaixo!

Para se organizar

1. Evernote
Esqueça o bloco de notas ou o post-it para fazer anotações rápidas! Com este app, você consegue centralizar todas as informações de que precisa em um só lugar, oferecendo ainda um serviço de armazenamento em nuvem. O Evernote também conta uma ferramenta de pesquisas para você localizar mais facilmente o que anotou há muito tempo, por exemplo.

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2. Contacts+
Uma das melhores maneiras de organizar seus contatos é usando este aplicativo. Ele reúne e-mails e números de telefone e celular num lugar só, usando como fonte os seus e-mails, as suas redes sociais e a própria agenda do celular. O app tende a ficar mais completo conforme você conecta suas contas, como Gmail, Facebook, LinkedIn, Twitter, etc.

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Para desenvolver novas habilidades

3. Na Prática
Quer se manter informado e receber dicas de carreira diariamente? Promovido pela Fundação Estudar, o aplicativo traz notícias sobre como é trabalhar nos mais diversos setores e indústrias, como mercado financeiro, tecnologia, consultoria, varejo, etc., além de oferecer diversos benefícios e descontos para quem deseja participar de um curso presencial de carreiras da instituição sem fins lucrativos.

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4. TED
Um acervo de mais de 2 mil palestras espera por você neste aplicativo. Os conteúdos são separados por temas e humor, abordando desde tecnologia e ciências até psicologia. Os vídeos, que possuem legendas em mais de 100 idiomas, também oferecem a possibilidade de que o usuário baixe a imagem ou o áudio das palestras para reprodução off-line. Também dá para criar uma lista de reprodução personalizada!

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Para gerenciar projetos

5. Wrike
Excelente opção para todos, desde grupos universitários até profissionais autônomos e pequenas empresas que querem realizar uma gestão mais estruturada de suas atividades. Com esse app, é possível dividir seus projetos em fases, controlar a duração das tarefas, e gerir tarefas de forma priorizada, além de possuir uma área de edição de documentos de texto de forma colaborativa. Para times de até cinco usuários, o aplicativo é gratuito.

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6. Trello
Outra alternativa para gerenciar projetos e tarefas é esta ferramenta, disponível também para celular. Conta com armazenamento de arquivos na nuvem associados a tarefas e projetos, possibilitando subir arquivos de até 10MB com integração com Google Drive, Dropbox, Box e OneDrive. Também permite a adição colaborativa de comentários e notas para cada tarefa ou projeto.

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Para promover networking

7. CamCard
Para quem está habituado a fazer reuniões com frequências, fica a dúvida: o que fazer com aquele monte de cartões de visita acumulados ao longo de meses? E como encontrar um específico no meio de todos eles? Com este app, você pode simplesmente fotografar cada cartão, armazenando-o para consultas posteriores. Além da vantagem de não ocupar espaço físico, também fica fácil pesquisar o contato, digitando na busca qualquer informação relacionada (sobrenome, endereço, cargo, empresa, etc.).

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8. LinkedIn
A rede social mais famosa do mundo corporativo agora também permite que você continue se conectando com seus contatos profissionais por meio do celular. As funcionalidades são praticamente as mesmas da plataforma acessada pelo browser, mas assim você não fica refém do seu computador: é possível pesquisar pessoas, empregos, empresas e grupos independentemente de onde você está, além de receber atualizações em tempo real.

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Quer trabalhar em startups e empreendedorismo? Participe da Conferência Na Prática!

jovens profissionais em conferência de carreiras Ene

Acompanhando o interesse crescente pela área, o Na Prática promove este ano uma nova edição de sua conferência de carreiras Ene. Trata-se da Conferência Na Prática Empreendedorismo e Tecnologia, que acontecerá no dia 22 de novembro de 2016, em São Paulo, e está com inscrições abertas até 9 de outubro. Ao todo serão 300 selecionados, entre universitários e formados há até três anos. O evento é gratuito.

Iniciativa pioneira no país, a conferência irá conectar jovens profissionais com cerca de vinte startups e grandes empresas do mercado de tecnologia, todos interessados em recrutar novos talentos com esse perfil. “É a primeira iniciativa de recrutamento de startups deste tamanho”, diz Vinícius Estrela, da Fundação Estudar.

Além de ter a oportunidade de fazer networking e interagir com empregadores, que estarão em mesas de bate-papo prontos para recebê-los, os participantes poderão assistir a painéis de conteúdo com líderes do mercado e aprender mais sobre o setor. A palestra de abertura já está confirmada: será de André Street, empresário responsável pela Arpex, pela Stone e pela pagar.me.

“O jovem tem muito interesse por esse mundo e percebemos que as startups têm dificuldade na hora de recrutar, não só por não entenderem o que devem avaliar mas também o que fazer para atrai-lo”, continua Vinícius.

É onde entra a expertise de matching da Fundação Estudar. Como acontece em outras conferências Na Prática, os participantes preenchem um conjunto de testes online – de valores, estilo de trabalho, personalidade e interesses – para mapear seus perfis. Com as informações em mãos, a equipe da organização consegue cruzar dados e identificar as empresas presentes que mais combinam com cada indivíduo.

Os testes também são úteis a médio e longo prazo, já que esclarecem questões importantes. O que você valoriza no âmbito de trabalho, por exemplo? Que tipo de atividades te atraem? Quais são seus valores e que empresas os compartilham? É um conhecimento que permite tomar decisões de carreira mais acertadas e aumentar o nível de satisfação no âmbito profissional.

Além disso, 70 dos jovens selecionados também poderão fazer seu próprio pitch de 2 minutos, contando sua trajetória pessoal e “vendendo o próprio peixe” após afinar as habilidades num workshop preparatório oferecido pela Estudar.

Interessou-se? Inscreva-se até 9 de outubro de 2016!

Conferência Na Prática Empreendedorismo e Tecnologia – Conferência de Carreiras da Fundação Estudar
Data: 22 de novembro de 2016
Horário: Das 8h às 18h
Local: AMCHAM, em São Paulo
Inscrições: até 9 de outubro por aqui

3 hábitos sexistas no ambiente de trabalho (e como combatê-los)

ilustracao de homem interrompendo mulher

Setembro tem sido um mês cheio para Jessica Bennett. A divulgação de seu novo livro, “Feminist Fight Club: An Office Survival Manual (For a Sexist Workplace)”, vai a pleno vapor e já recebeu ótimas críticas. Sheryl Sandberg, COO do Facebook e autora do bestseller “Faça Acontecer”, que se tornou um movimento em prol da liderança feminina, classifica a obra como “hilária e prática, cheia de ferramentas simples para lutar contra o sexismo no mundo do trabalho”.

Nos trechos do livro divulgados pelo Quartz, Bennett fala sobre situações cotidianas enfrentadas pelas mulheres e ensina o que fazer para virar o jogo. Uma das melhores dicas? Seja você mesmo(a) ou apoiador de mulheres. Ao ouvir uma ideia legal de uma colega, torne seu apoio público: meneie a cabeça, concorde em voz alta, bata palmas. Tudo conta. 

Leia também: O dia a dia de uma engenheira no Exército brasileiro

Abaixo, veja algumas das situações citadas pela autora:

Hábito 1: Assumir que a mulher é secretária

Não há nada de errado em trabalhar como secretária, mas é sexista tratar uma mulher como uma quando este não é seu cargo. Homens que perguntam se elas não querem fazer as anotações durante uma reunião ou pedem para pegar café para o cliente, por exemplo, são parte do problema.

O que fazer? Homens: não assumam que a mulher está ali porque é a secretária, ou a tratem como tal quando esse não é seu cargo. Saibam o que ela faz antes disso. Mulheres: pode ser difícil ou parecer rude dizer “não” (até porque muitas vezes o reflexo é já se oferecer para fazer essas tarefas), mas resista. Não se voluntarie.

Hábito 2: Apropriar-se da ideia da mulher

Apresentar ou colher os louros da ideia alheia e não corrigir quando alguém lhe credita algo por engano: tem quem faça isso de propósito. É uma realidade conveniente para um homem, já que historicamente se assume que o dono das ideias é ele.

O que fazer? Mulheres: fale alto, sem medo de usar palavras afirmativas e evite construções como “Mas sugiro que…” e “O que será que aconteceria se…” . Se possível, encontre um “amigo de reunião” (homem ou mulher), que vai ficar atento quando você falar e agir como seu suporte. Também é possível pescar o crédito de volta ao dizer “Obrigada por continuar minha ideia” ou “Isso mesmo, fico feliz que você concorda”. Se a ideia for incrível, a autora sugere manter um dossiê de evidências, resumindo do que se trata e copiando quem você achar necessário no email.

Hábito 3. Interromper a mulher

Pesquisadores que acompanharam reuniões em diversas empresas constataram que, nessas ocasiões, os homens costumam falar mais que mulheres e interrompem os outros com mais frequências – em dobro, caso elas estejam falando. No jargão do feminismo norteamericano, essa tendência maior a interromper sua interlocutora já ganhou até um nome próprio: manterrupting

O que fazer? Mulheres: Diante dessa situação, mantenham seu território dizendo algo como “Não tinha acabado meu ponto, me dê mais um segundo”, garantam seu espaço pessoal à mesa e fiquem próximas de onde as decisões estão realmente sendo tomadas (quanto mais cedo chegar, mais garantia de um bom lugar). Usar a linguagem corporal de forma afirmativa, mantendo sempre contato visual com os demais, também é uma boa ideia. Homens e mulheres: quando virem alguém nessa situação, percebam que podem ir ao seu auxílio interrompendo quem interrompeu e devolvendo a palavra à colega de maneira direta (“Espere, deixe ela terminar”) ou sutil (“Ana, qual é sua opinião? O que você pensa a respeito?”).

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Teste de valores: você sabe o que é mais importante para você?

reflexo de menino no espelho

Valores são um conjunto de crenças pessoais que guiam nossas escolhas e avaliações – e também influenciam nossa satisfação profissional no médio e longo prazo. Nem sempre eles afetam de forma direta as nossas ações, mas quando agimos de acordo com os nossos valores nos sentimos mais felizes e satisfeitos. Quando eles são violados, nos sentimos incompletos e pouco realizados.

Na prática, isso significa que, quando trabalhamos em uma empresa que compartilha nossos valores, ficamos engajados. E vice-versa: caso não haja compatibilidade, o resultado e a satisfação são piores.

O Estudar Na Prática baseou seu teste de valores nas pesquisas do psicólogo social israelense Shalom Schwartz, que estuda o tema há mais de 25 anos. Ele identificou 10 valores universais, presentes em todos os países que analisou. Esses valores ajudam a entender a compatibilidade entre funcionário e empresa, chamada de fit cultural. No fundo, essa é a probabilidade de um candidato estar de acordo com e se adaptar aos principais valores e comportamentos presentes naquela companhia. 

FAÇA O TESTE DE
VALORES AQUI

É muito possível que um profissional já tenha passado pela experiência de ter um fit baixo em alguma organização e não saber exatamente o que estava errado: era a função, as tarefas, a organização ou ele? Um teste de valores ajuda a entender este tipo de situação e evitar que ela aconteça novamente, tornando-se um insumo para que o profissional possa tomar decisões mais bem informadas.

Mas atenção: para que o retrato realmente reflita a realidade, é importante que as respostas sejam francas. Evite enviesar os próprios resultados pensando num “modelo ideal” de perfil ou em como você gostaria de ser. Não há nenhum gabarito escondido e o nível de honestidade das respostas está diretamente ligado à utilidade dos resultados.

Vale lembrar que os testes não compõe uma estrutura definitiva que prevê sua carreira ideal. Para encontrá-la, você deve levar em consideração outros fatores, como autorreflexão, sonhos e aptidões individuais.

 

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