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O que o ministro Henrique Meirelles pretende fazer para facilitar a vida de jovens empreendedores?

Henrique Meirelles

Há catorze anos o Brasil amarga péssimas classificações no ranking do “Doing Business”, relatório do Banco Mundial que mede a facilidade de empreender e fazer negócios em 190 países. Na edição de 2017, aparecemos na 123a posição – infelizmente, nenhuma surpresa.

Mas uma novidade foi anunciada por Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, que pode mudar esse cenário. No CJE, evento para jovens empreendedores organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ele contou que durante sua visita recente aos Estados Unidos foi firmado um convênio com a diretoria do Banco Mundial para aprimorar o ambiente de negócios no país, que é uma de suas metas no cargo.

A ideia é usar os indicadores já desenvolvidos pelo banco – que medem um pouco de tudo, como a burocracia para obter alvarás e licenças, proteção do registro de propriedades e peso de impostos, entre outros – e criar reformas que tornem as coisas mais fáceis para jovens empreendedores colocarem de pé novos negócios no país. “Eles já têm muitas informações sobre o assunto”, explicou o ministro no evento, em que o Na Prática esteve presente.

Segundo acompanhamento do Banco Mundial, as reformas atualmente em curso incluem a facilitação do processo de abertura de empresas (atualmente, o Brasil ocupa o 175o lugar), de comércio internacional (149o) e de execução de contratos (37o).

A parceria faz parte do pacote de medidas adicionais desenvolvida pelo governo para melhorar a economia nacional. Olhando para a sala lotada de jovens, o ministro concluiu com uma mensagem otimista: “No futuro, vocês poderão usar sua criatividade não só para enfrentar os problemas, mas para prosperar e criar”.

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Executivos do Snapchat participam de evento da Fundação Estudar no Brasil

No começo de outubro, para liderar seu esperado IPO – a oferta pública inicial das primeiras ações de uma empresa na bolsa de valores –, o Snapchat escolheu dois grandes bancos do mercado financeiro: Morgan Stanley e Goldman Sachs. A disputa foi acirrada em Wall Street: estima-se que o valor arrecadado no primeiro dia de vendas alcance os bilhões de dólares, tornando-o um dos maiores IPOs dos últimos anos.

A animação tem motivo. Criado em 2012, o aplicativo é hoje avaliado em US$ 20 bilhões, famoso mundialmente e tem mais de 100 milhões de usuários ativos.

Interessado em saber mais sobre como funciona um dos mais famosos “unicórnio” do Vale do Silício? Então inscreva-se e garanta seu lugar em um encontro exclusivo organizada pela Fundação Estudar com um grupo de executivos da empresa que estarão em São Paulo!

quero participar

Durante o encontro, os participantes poderão conversar com o diretor de parcerias do Snapchat, Ben Schwerin, e o Juan David Borrero, gerente de parcerias. Ambos têm o desafios de criar e manter parcerias estratégicas entre marcas e a rede social, gerando conteúdos e promovendo ações capazes que de criar fãs, engajar os usuários e maximizar o lucro da plataforma.

Encontro da Fundação Estudar
com executivos do Snapchat
Quando: sexta-feira, 4 de novembro, 8h30
Onde: São Paulo (SP)
Quanto: gratuito
Inscreva-se aqui

Importante: O evento será em inglês e não haverá tradução simultânea. A inscrição não garante a vaga, já que existe um número limitado de lugares disponíveis, portanto é necessário aguardar confirmação por email.

Você está escutando música do jeito errado no trabalho

Você mal chega ao trabalho e já coloca os fones de ouvido? Muita gente gosta de ouvir música durante o expediente porque acredita que o som elimina os ruídos do ambiente, melhora a concentração e, de quebra, deixa o dia mais leve.

Porém, segundo o neurocientista norte-americano Daniel Levitin, autor do livro A música no seu cérebro – A ciência de uma obsessão humana (Civilização Brasileira, 2010), esse hábito pode estar jogando contra a sua produtividade — pelo menos se você passa o dia inteiro agarrado aos fones.

Enquanto se diverte com as suas playlists favoritas, você apenas sente que o seu trabalho está rendendo mais, afirma o pesquisador ao site “Business Insider“. Mas não está.

Cada vez mais pesquisas científicas demonstram que o desempenho em qualquer atividade intelectual, como a leitura ou a escrita, é prejudicado pela “disputa” por atenção trazida pela música, principalmente se ela for de um estilo tipicamente pop, diz a estudiosa norte-americana Joanne Cantor em artigo para o site “Psychology Today”.

Leia também: Aprenda a gerenciar seu tempo e cumprir prazos com a técnica Pomodoro

Um experimento publicado em 2010 por pesquisadores do País de Gales revelou que as pessoas têm um resultado pior em exercícios de memória quando escutam música do que quando trabalham em silêncio.

A melhor forma de ouvir música no trabalho, diz Levitin ao Business Insider, é escutar as suas canções preferidas durante 10 ou 15 minutos antes de começar as atividades do dia — e não ao longo de todo o expediente.

Segundo o neurocientista, essa sessão de relaxamento fará com que o cérebro libere neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que trarão uma sensação de prazer e bem-estar. Resultado: você começará o dia bem humorado, o que pode facilitar a sua concentração e impulsionar a sua produtividade.

Como o objetivo é a motivação para o trabalho, o ideal é escolher um repertório animado. Uma pesquisa com estudantes canadenses mostrou que seu desempenho numa prova era muito melhor depois de ouvir uma seleção de peças alegres e vibrantes de Mozart do que após escutar adágios melancólicos de Albinoni.

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Exceções 

Levitin diz que ouvir música durante o trabalho sempre vai prejudicar os seus níveis de atenção, mas com uma exceção importante: ela será uma aliada caso você esteja executando tarefas repetitivas.

É fácil entender. Como essas atividades podem ser aborrecidas e entediantes, a música ajudará você a se manter alerta e atento ao que está fazendo.

O pesquisador ainda diz que aplica seus princípios à própria vida: quando está estudando ou escrevendo, ele trabalha em silêncio e faz algumas pausas para escutar música. Já durante atividades mais monótonas, ele aproveita para curtir seus artistas favoritos.

Embora possa parecer estranho, outra possibilidade interessante é usar fones de ouvido ao longo do dia, mas não escutar nada.

Segundo especialistas em meditação consultados pelo jornal “The New York Times”, usar fones silenciosos ajuda a sinalizar aos demais que você não quer ser perturbado e “faz com que você preste mais atenção ao seu mundo interior” — um estado mental indispensável para mergulhar nos seus próprios pensamentos e atividades.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

O que Jout Jout pode ensinar sobre carreira para a Geração Y

jout jout prazer

‘Ninguém está imune’, ‘Faz parte…’, ‘Não tira o batom vermelho’… Foi em meio a vídeos com títulos curiosos (e cheios de tiração de sarro) que milhares de brasileiros conheceram, no começo do ano passado, a jornalista Julia Tolezano, 25 anos, e seu canal de vídeos Jout Jout Prazer. Hoje, Jout Jout já virou uma espécie de nome artístico de Julia e ela tonou-se uma das representantes de uma geração de brasileiros que tem feito (bastante) sucesso no YouTube.

Nos seus vídeos, ela faz careta, dança, canta e fala palavrão. E com isso impacta milhões de pessoas, falando de assuntos sérios e necessários que têm muito apelo com o público jovem. Autoaceitação, liderança feminina, insegurança, confusão e decisão profissional são alguns dos assuntos recorrentes. O sotaque carioca é forte, embora hoje ela se divida entre Rio e São Paulo por conta das parcerias comerciais do canal e do recém-lançado livro Tá Todo Mundo Mal. Em temporada na capital paulista, a youtuber visitou o escritório da Fundação Estudar e falo com o Na Prática. Veja a seguir os melhores trechos dessa conversa:  

A Julia antes do canal

Movida a metas, Julia sempre precisou delas para estipular objetivos a médio e longo prazo como forma (ou seria tentativa?) de organizar a vida. Antes de sentar na frente de uma câmera e gravar seu primeiro vídeo, ela vivia um momento que todo jovem conhece bem: a fase ‘O que eu faço na vida?’. Nessa época, veio a meta de passar na faculdade, e depois conseguir um emprego em editora. Quando perdia uma de suas metas, vinha o desespero. “Durante quatro ou cinco anos você é uma estudante, aí de repente acaba a faculdade e você é uma pessoa DE-SEM-PRE-GA-DA. Do nada. É horrível isso.”

“Apostei na ousadia”

Depois de algumas experiências profissionais frustradas, o raciocínio que levou Julia a tornar-se a JoutJout no Youtube foi tanto simples quanto ousado: fazer vídeos proporcionava muito mais satisfação que qualquer outra coisa. Valeu a aposta, em um mês o canal já estava gerando receita.

Propósito e felicidade profissional

Embora atualmente some 1 milhão de inscritos – a autodeclarada família Jout Jout – e vídeos com mais de 3 milhões de visualizações, o canal JoutJout Prazer surgiu como um projeto de desenvolvimento pessoal. Na época, Julia imaginou que seria uma boa ideia para perder o medo de críticas. “Eu deixava de fazer as coisas para não ter nem a possibilidade das pessoas não gostarem”, ela conta.

Mas o que era, segundo a própria Julia, “super egocêntrico”, durou pouco tempo. Já com os primeiros comentários – mulheres que passavam a aceitar o próprio corpo, entender relacionamentos abusivos, etc… – a youtuber se deu conta do potencial de impacto do que tinha nas mãos. “O propósito virou outro”.

Hoje, tocando o canal de forma profissional – ela se dedica full time aos vídeos e parcerias comerciais do projeto – ela tem clareza de que chegou a uma espécie de objetivo tácito da Geração Y: provoca mudanças positivas trabalhando com o que gosta e ganhando dinheiro no processo. Mas também enxerga essa utopia de forma crítica: “Você pode mudar o mundo sem trabalhar em uma ONG”. Sua próxima meta, agora, é em termos de escalabilidade; o sonho grande de JoutJout é superar a dificuldade que a falta de acesso a internet representa hoje, nos rincões do país, e levar seu conteúdo a cada vez mais gente.

A seguir, veja mais trechos da nossa conversa com a youtuber JoutJout:

Qual foi sua maior dificuldade e como a superou?

Qual a importância da autoaceitação para você?

Quais foram seus maiores aprendizados no canal?

Como você encontrou o seu estilo próprio?

Quais os desafios de ser uma youtuber mulher?

Estudantes de medicina podem fazer intercâmbio? Descubra como!

Jovens intercambistas de vários países

Nem todo estudante de medicina sabe, mas há diversas oportunidades na área para se desenvolver no exterior ainda na graduação. Escolher passar as férias desenvolvendo conhecimentos médicos em outro país, por exemplo, é realidade para os estudantes de medicina associados à IFMSA – ou Associação Internacional de Estudantes de Medicina, na sigla em inglês.

Sou representante da IFMSA no Brasil e gostaria de apresentar um pouco do que fazemos. Nosso trabalho está dividido em quatro grandes áreas de saúde: saúde pública, saúde sexual e reprodutiva, educação médica, direitos humanos e paz. A cada ano, organizamos mais de 13 mil intercâmbios de pesquisa e clínico-cirúrgico para que os alunos possam explorar inovações na medicina, sistemas de saúde e prestação de cuidados de saúde em outros ambientes. A IFMSA une as pessoas para trocar, discutir e iniciar projetos para a criação de um mundo mais saudável, dando aos seus membros as habilidades e os recursos necessários para serem líderes de saúde.

Leia também: Devo escolher Medicina? Veja as vantagens e desvantagens da carreira

A IFMSA-Brazil está presente em 23 estados e reúne mais de 2000 estudantes de medicina. O intercâmbio oferecido pela organização, que pode ser nacional ou internacional, tem duração de um mês, durante o qual o estudante realizará um estágio em um hospital local e participará de um programa social. Além do crescimento profissional, o jovem também tem contato com outros estudantes de diferentes nacionalidades, com os quais poderá trocar experiências e viajar pelo país de destino.

Além do intercâmbio, o estudante de medicina associado também pode participar da General Assembly – um evento anual que reúne as associações de 122 países, além de instituições como a Organização Mundial de Saúde, a ONU, a Unesco, WMA e outros. São 7 dias de treinamentos sobre Saúde Pública, Saúde Sexual e Reprodutiva, Direitos Humanos e Paz, Educação Médica, Intercâmbios, além de outros treinamentos sobre temas pertinentes à vida do médico e que normalmente não estão no currículo obrigatório, como liderança, advocacy, educação financeira e falar em público. Além da reunião mundial, há também a Regional Assembly, que ocorre no âmbito continental e a Assembléia Geral que ocorre nacionalmente reunindo os estudantes de medicina do Brasil.

Felippe em seu intercâmbio cirúrgico no Cairo
Felippe em seu intercâmbio cirúrgico no Cairo, Egito

Leia também: O que o médico de Jorge Paulo Lemann aprendeu sobre sonho grande

Para ter acesso a estas e outras oportunidades, o estudante de medicina precisa se informar se sua faculdade é filiada à Federação e procurar o estudante responsável. Caso não seja, qualquer estudante também pode filiar sua universidade à IFMSA-Brazil. Saiba mais sobre a organização no site oficial e descubra como se filiar através da página do Facebook.

A International Federation Medical Students Association’s (IFMSA) foi fundada em 1951 e é uma das maiores e mais antigas organizações geridas por estudantes do mundo. Ela representa, conecta e envolve uma rede de 1,3 milhões de estudantes de medicina de 122 países ao redor do globo.

 

IFMSA
Felippe Carlos é colunista do portal Estudar Fora, onde o texto foi publicado originalmente. É estudante de Medicina em Teresópolis pela UNIFESO, Fellipe é presidente local da International Federations Medical Students Association’s of Brazil e fundador do seu comitê local na universidade. Através da IFMSA participou de um intercâmbio cirúrgico no Cairo, Egito, de uma General Assembly em Puebla, México, e Assembléia Geral em Juiz de fora, MG. Nasceu no Maranhão e por isso vê a importância de programas que, como a IFMSA, oferecem oportunidades para todos, independentemente da barreira geográfica.

O que são as empresas B, que unem lucro e impacto social

Botton com logo da empresa B

Há dez anos, um trio de empresários americanos reparou que a valuation de seu negócio, o valor de uma empresa para investidores, não levava em conta a consciência social e ambiental dos fundadores. No papel, eles valiam tanto quanto um concorrente qualquer.

Seguiram em frente com a venda – a rede de artigos esportivos lhes rendeu US$ 250 milhões –, mas a semente estava plantada. Jay Coen Gilbert, Bart Houlahan e Andrew Kassoy passaram a se dedicar à criação de um selo de identificação para companhias que tivessem um impacto positivo, algo que permitisse que elas fossem reconhecidas e valoradas não só por lucrarem, mas por cumprirem metas sociais, ambientais e de transparência.

Com o objetivo de criar um movimento concreto, fundaram o B Lab e desenvolveram uma metodologia própria que inclui o índice Global Impact Investing Rating System (GIIRS) e um processo de avaliação composto por 160 indicadores.

“Os padrões importam porque uma boa empresa é diferente do bom marketing”, resumiu Gilbert em uma TED Talk de 2010. “E importam para muitas pessoas diferentes. O consumidor usa certificações quando procura marcas e os investidores precisam de classificações para avaliá-las.”

Mais de 1900 empresas de 130 indústrias em 50 países já foram aceitas pela organização, entre elas Natura, Ben & Jerry’s, Etsy e até fundos de investimento, como os bilionários Capricorn Investment Group e Generation Investment Management, do ex-vice presidente americano Al Gore. Outras gigantes estão em diferentes estágios de certificação: a promessa da Unilever é adequar-se ao longo de dez anos, enquanto a Danone está no processo de adequar 11 subsidiárias brasileiras.

Rose Marcario, CEO da marca Patagonia, uma B corp, diz que é um dos movimentos mais importantes do momento. “É construído sobre o simples fato de que negócios impactam e servem mais pessoas que apenas acionistas – e têm a mesma responsabilidade em relação à comunidade e ao planeta.”

Como funciona Uma B corporation em potencial precisa estar disposta a mudar práticas e modelos de negócios com base nos indicadores, o que pode exigir investimento de recursos e tempo. Empresas de grande porte, por exemplo, levam em média entre 6 e 12 meses para ganhar a certificação. (A Natura levou nove.)

O que importa, no entanto, é o compromisso e não o tamanho dos participantes. “Há empresas com zero funcionários e outra com 45 mil”, conta Ana Sarkovas, do Sistema B, representante do movimento na América Latina. “A certificação não é um fim em si, mas um meio de mensuração de impacto.”

No Brasil, o selo chegou em 2014, dois anos depois da criação do Sistema B na região, e tem 63 empresas certificadas, entre elas Avante, Geekie, Vox Capital e Rede Asta.

O caminho começa com uma avaliação gratuita, chamada de B Impact Assessment, que inclui perguntas em cinco áreas: governança, meio ambiente, trabalhadores, comunidade e modelo de negócios.

Leia também: Mercado financeiro e impacto social? Entenda o trabalho com finanças sociais

A pontuação resultante, que vai de zero a 200 pontos, é a primeira parte do processo seletivo. As companhias que conseguirem mais de 80 pontos avançam para as próximas fases, que incluem conference calls e envio de documentos comprovatórios.

O processo de certificação em si, que pode incluir auditorias presenciais, é conduzido pela equipe de standards americana. Para garantir a durabilidade do compromisso, toda empresa B deve integrar as “cláusulas B” ao seu estatuto, tornando tais preocupações parte da missão corporativa, e se recertificar a cada dois anos.

Caso a companhia tenha menos de um ano de operação, é possível “nascer” B mesmo sem atingir a pontuação mínima e passar pelo processo completo depois. “É algo que as startups estão procurando muito”, diz Ana. Para tanto, é preciso incluir no contrato social as mesmas cláusulas obrigatórias que exigem a consideração de efeitos e interesses relacionados não só à companhia e seus acionistas, mas também aos empregados, fornecedores, consumidores, comunidade e meio ambiente.

Futuro Uma vez oficialmente convidada, a empresa passa a integrar uma comunidade global. Grupos são unidos por propósitos ao invés de segmentados por indústria, o que gera novas oportunidades de negócios e compartilhamento, e é possível conectar-se com outras empresas através de plataformas de discussão e eventos presenciais.

“E obviamente há o reconhecimento por parte do consumidor”, diz Ana. Conforme cresce o número de pessoas preocupadas em consumir de maneira consciente, especialmente jovens, um selo do tipo B pode fazer toda a diferença na hora da tomada de decisão – tanto nas prateleiras quanto na hora de assinar um contrato de trabalho.

“Em breve, todas as externalidades terão que ser incorporadas aos valores e valuations de uma empresa e mostrar que ela gera um impacto positivo será um ganho muito grande”, finaliza ela.

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Produtividade: o que aprendi ao supervisionar cada minuto do meu dia por um mês

Relógio de ponteiro

É um fenômeno global: o tempo parece voar cada vez mais rápido. Para muitos, mudar esse quadro é uma questão de organização e conscientização. É o caso de Sam Shank, CEO do HotelTonight, um dos aplicativos mais utilizados da indústria hoteleira.

Após receber uma dica para aumentar sua produtividade de um colega, ele decidiu testá-la – e se surpreendeu com o resultado, que ele compartilhou com a comunidade do LinkedIn.

Confira o post traduzido pela equipe do Na Prática abaixo:

Há alguns meses, eu estava em um jantar de networking do First Round (outro benefício de escolher os investidores certos) quando outro CEO sugeriu um hack de produtividade para ajudar a otimizar a agenda e garantir que você está fazendo mais do que quer e menos do que não quiser.

É simples: acompanhe e segmente como você passa seu tempo. Depois, use os dados que angariar para ver se seu temp realmente é gasto alcançando seus objetivos.

Embora parecesse um pouco trabalhoso gravar tudo que eu fizesse, sabia que os benefícios de longo prazo valeriam a pena. Como tenho a maior parte da minha vida no calendário, acabou sendo mais fácil do que eu imaginava acompanhar como gasto meu tempo. Então, ao longo de quatro semanas, eu acompanhei o tempo que gastei em cada reunião, cada ligação e cada interação improvisada que tinha com minha equipe.

Leia também: Aprenda a gerenciar seu tempo e cumprir prazos com a técnica Pomodoro

Ao final desse período de acompanhamento, fiz um gráfico que mostrava exatamente como meu tempo era dividido semanalmente e outro para todas as quatro semanas. Criei categorias que refletiam meu trabalho no momento (que serão obviamente diferentes para todo mundo, as minhas evoluem com o tempo conforme meu papel evolui).

Observar esse mês que passou abriu meus olhos. Em uma semana particularmente desafiadora, mais de 80% de meu tempo foi gasto em reuniões. Apenas 4% do meu tempo naquela semana foi passado com a equipe de produtos (a parte do HotelTonight de que gosto de participar) enquanto 17% foi gasto em reuniões “externas”, como entrevistas informacionais e networking.

Mesmo que eu goste e valorize bastante essas reuniões, não parecia o equilíbrio certo para mim. Não estava deixando tempo suficiente para as coisas que eu realmente queria estar fazendo mais, como ouvir conselhos de investidores, construir relações com parceiros estratégicos, conversar com o time de produtos, com a imprensa e estar disponível e acessível para a equipe.

Então resolvi ser mais proativo sobre como eu passava meu tempo ao invés de reativo e descobrir como poderia cortar coisas ou fazer diferente. De cara, comecei a bloquear e liberar meu calendário e ativamente marcar coisas que eu gostaria de estar fazendo ao invés de assistir enquanto minha agenda apanha.

Leia também: Como manter a produtividade no ambiente informal de uma startup?

Digo “não” aos pedidos externos com mais frequência. Priorizo construir “espaços brancos”, ou tempo sem nada programado, para que eu possa estar totalmente engajado quando tiver algo programado.

Agora reservo 15% do meu tempo para trabalhar com a equipe de Produto e 25% do meu tempo para emails, conversas de escritório (temos um plano aberto no escritório e as pessoas frequentemente param na minha mesa para conversar ou perguntar algo, uma prática que gosto e encorajo), pedidos do conselho e os inevitáveis incêndios. E, como eu esperava, os últimos meses foram bem mais produtivos e menos estressantes.

É muito fácil ser reativo em relação à sua agenda, especialmente conforme você fica ocupado. Mas quando você trabalha desse jeito, seu tempo se enche de coisas que não são realmente relacionadas ao seus objetivos e isso pode parecer um dreno ao invés de ser produtivo.

Não importa qual é seu papel na empresa ou quais são suas propriedades, eu recomendo fortemente que você olhe como está distribuindo seu tempo e quanto é gasto na direção da conquista de seus objetivos. Se não for tanto quanto você quer, fazer algo em relação a isso está nas suas mãos.

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Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática

6 dicas do presidente do HSBC Brasil para jovens no mercado financeiro

Facha do banco HSBC

Após a conclusão da venda bilionária do HSBC para o Bradesco, no começo de 2016, o grupo – um dos maiores do mundo – remontou sua operação no país. Tornou-se então o banco de investimentos HSBC Brasil, com foco em grandes clientes corporativos.

Quem assumiu a presidência da instituição foi Alexandre Guião, então chefe de global markets da companhia no país e responsável por operações com mais de 800 grupos econômicos e diversos produtos, de fusões & aquisições a financiamentos e derivativos.

Formado pela Fundação Getulio Vargas e com um MBA da Universidade Columbia, onde estudou como bolsista da Fundação Estudar, ele começou sua carreira no Chase Manhattan Bank e passou ainda pelos bancos ABN Amro Bank, Deutsche Bank e Citi, onde foi diretor do setor de indústria e agronegócio até ingressar no HSBC, em 2008.

Leia também: Como se destacar nos processos seletivo do mercado financeiro

Abaixo, Alexandre dá suas dicas para jovens analistas. Confira!

1. Aposte na experiência internacional
Alexandre morou na França por seis meses, no final do segundo ano de faculdade, e recomenda enfaticamente. Aprender culturas e línguas diferentes amplia sua visão de mundo e ajuda no futuro.

2. Mantenha o foco
Ao retornar da viagem, buscou seu primeiro estágio e foi alocado na área de crédito do Chase Manhattan Bank, hoje JP Morgan Chase. “Importante é não desistir quando não conseguir trabalhar em alguma instituição específica – algumas negativas sempre acontecessem”, fala. “Vale focar na sua área de interesse e fazer entrevistas em várias instituições, não somente naquela em que deseja trabalhar.”

3. Trabalhe fora
Enquanto esteve no Chase, Alexandre pode passar três meses na sede do banco, em Nova York. “Se tiver a chance, mesmo que seja somente por alguns meses dentro da instituição em que você trabalha, não hesite”, diz.

4. Um MBA é muito útil
Durante seu tempo na Universidade Columbia, além de rever e expandir conceitos que aprendeu na graduação, Alexandre pode conviver e trabalhar em grupo com pessoas de culturas e características diversas. “Apesar de caro, o MBA fora vale o investimento e deverá trazer benefícios importantes na sua vida e carreira”, resume.

5. Dê seu melhor – estão sempre de olho
Em qualquer área e tarefa, mesmo a mais simples, dedique-se completamente. “Isso fará a diferença na sua carreira, pois as pessoas mais sêniores sempre sabem quem são os júniores mais dedicados, com gana e visão para galgar a próxima etapa na carreira.”

6. Deixe portas abertas
“O ditado de que o ‘mundo é redondo’ é verdadeiro”, garante Alexandre. “Portanto, sempre deixe as portas abertas e trate as pessoas de maneira correta, pois é grande a probabilidade de reencontrá-las no futuro.”

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Veja as formas de conseguir bolsas para faculdade (graduação e pós) no Brasil

cofre de porco rosa

Embora o Brasil tenha uma educação superior pública de qualidade, as vagas disponíveis nessas instituições não dão conta de toda a demanda que existe no país. Além disso, o topo do ranking de melhores cursos, em muitas áreas, costuma ficar com faculdades particulares de ponta.

Assim, não são poucos os estudantes diante do desafio (muitas vezes familiar) de arcar com as altas mensalidades de um bom curso, e ainda dar conta do aumento de gastos quando o estudo também envolve mudança de cidade. Soma-se a isso a situação econômica pouco favorável no país, e a necessidade de apoio financeiro e bolsas de estudos fica ainda maior.

Você também está no grupo de pessoas que buscam auxílio financeiro para conquistar seu diploma? Nesta lista, o Na Prática separou algumas fundações que oferecem bolsas para faculdade e outros recursos para ajudar quem está em busca desse tipo de apoio, assim como algumas faculdades e universidades particulares que também oferecem internamente bolsas para seus alunos.

Bolsas para Graduação

 

Fundação Getúlio Vargas

A FGV, tanto da unidade do Rio de Janeiro como na de São Paulo, oferece modalidades específicas de bolsas para se adequar à necessidade dos seus alunos. Na bolsa por mérito, os aprovados nos primeiros lugares (tanto pelo Enem como pelo vestibular) para qualquer um dos cursos graduação oferecidos pela faculdade – Administração, Administração Pública, Direito, Economia, Matemática Aplicada, Ciências Econômicas, Ciências Sociais – ganham entre 50% e 100% de bolsa, sem a necessidade de comprovação socioeconômica.

A universidade também oferece bolsas por demanda social, concedidas de acordo com a necessidade financeira e social do aluno. Essa modalidade possui bolsas semestralmente renováveis de acordo com critérios estipulados por cada curso. Existe também a possibilidade de conseguir uma bolsa restituível, que funciona como um financiamento realizado pelo Fundo de Bolsas da faculdade e que deve ser pago de volta pelo aluno no futuro, com condições facilitadas.

Saiba mais aqui sobre as bolsas da FGV

Insper 

O programa de bolsas do Insper, em São Paulo, foi criado em 2004 por meio de um Fundo de Bolsas. Atualmente, a instituição possui 214 alunos bolsistas e outros 234 já graduados. Dos alunos de graduação, 11% são bolsistas. Como parte do processo de concessão das bolsas de estudos, são realizadas entrevistas coletivas com os candidatos que solicitarem esse benefício, no momento da inscrição no vestibular.

Na seleção dos bolsistas, são considerados tanto a análise de renda do candidato como alinhamento aos valores do Insper e a performance no vestibular. O programa possui tanto bolsas integrais não-restituíveis (que não precisam ser pagas), como bolsas parciais restituíveis (espécie de financiamento, que depois de um ano de formado o aluno começa a devolver em condições facilitadas de pagamento). O Insper possui os seguintes cursos de graduação: Administração, Economia e Engenharia.

Saiba mais aqui sobre as bolsas do Insper

PUC-SP

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo mantém uma política consolidada para a concessão de Bolsas de Estudo aos alunos da graduação. A modalidade por mérito oferece 100% de bolsa ao primeiro classificado no vestibular. Essa bolsa é pessoal e intransferível, e a renovação depende de bom rendimento acadêmico. Também existem bolsas institucionais de caráter social, baseadas na condição econômica do aluno, que são ofertadas semestralmente através de editais publicados pela universidade, e podem ser integrais ou parciais (50%). De Filosofia à Engenharia de Produção, a PUC possui diversos cursos. Veja a lista completa aqui.

Saiba mais aqui sobre as bolsas da PUC SP

Fundação Cásper Líbero

A tradicional escola de comunicação, em São Paulo, oferece bolsas por mérito aos três melhores colocados no vestibular, que vão de 20% a 70% e valem durante o primeiro ano letivo. Também existe a possibilidade de bolsa socioeconômica (que só pode ser pedida a partir do segundo semestre e cobre 25% e 70% do valor do curso) e por estágio e monitoria, que fornece 100% de bolsa ao aluno que trabalhar em um dos departamentos da fundação. Estudantes envolvidos em iniciação científica ganham 25% de bolsa.

Saiba mais sobre o programa de bolsas da Cásper Líbero

ESPM 

A Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo, oferece 5 bolsas de estudo para cada um de seus cursos, sendo 3 para os estudantes provenientes de escolas públicas e 2 para os provenientes de escolas particulares, contemplando os mais bem classificados no vestibular. Os descontos vão de 75% a 90%.

A ESPM também oferece uma modalidade de bolsa de estudo baseada no critério socioeconômico familiar, entre 50% e 75%, mas que também leva em consideração o desempenho no vestibular.

Saiba mais aqui sobre as bolsas da ESPM

PUC-RJ

A PUC carioca possui bolsas por mérito (distribuídas aos melhores colocados nos processos de seleção, tanto do vestibular como do ENEM e que demandam bom rendimento acadêmico para serem mantidas), bolsas para alunos que trabalharem como monitores de disciplinas ou realizarem iniciação científica, além de descontos para os alunos com melhor performance acadêmica. Também existem bolsas filantrópicas (integrais ou parciais) e possibilidades de financiamento para alunos de baixa renda e que estejam na primeira graduação.

Saiba mais aqui e aqui sobre as bolsas da PUC RJ

PUC-MG

A PUC de Minas Gerais oferece bolsa de destaque acadêmico, com benefício de 50% concedido ao aluno que obtiver o melhor rendimento acadêmico semestral por curso, turno e unidade. O benefício será adquirido no semestre imediatamente posterior. A universidade também possui uma modalidade de bolsa bastante específica, a CSM, benefício de 50% concedido aos 30 alunos que estudaram os três anos do Ensino Médio em qualquer Unidade do Colégio Santa Maria e obtiveram as melhores notas, prestaram ENEM e ingressaram na PUC Minas.

Saiba mais sobre as bolsas da PUC-MG

Estas são apenas algumas das universidades que oferecem bolsas de estudo a seus alunos. Se você tem outra universidade em mente, procure no site da instituição quais as formas de apoio financeiro oferecidas. Para a graduação, também existe a possibilidade de conseguir auxílio via programas do governo, como Prouni ou Fies. Entenda a seguir:

Prouni

É, de longe, o programa de democratização do ensino superior com o maior alcance. Em sua primeira edição de 2016, ofereceu mais de 263 mil bolsas, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). O Programa Universidade para Todos (ProUni), iniciativa do Governo Federal, oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50%) para pessoas de baixa renda que foram bem no Enem mais recente e se encaixam nos critérios de escolaridade. As bolsas são bancadas pelo governo por meio de renúncia fiscal de tributos que deveriam ser pagos pelas universidades.

Podem participar estudantes egressos do ensino médio da rede pública; estudantes egressos da rede particular, na condição de bolsistas integrais da própria escola; estudantes com deficiência e professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública.

Saiba mais sobre o ProUni aqui

FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é outra iniciativa do Governo federal. É importante destacar que não oferece bolsas e sim contratos de financiamentos para estudantes de baixa renda, com juros baixos e prazos a perder de vista. Para se inscrever no Fies é preciso ter obtido uma nota mínima no Enem e comprovar renda familiar mensal baixa.

Saiba mais sobre o FIES aqui

Também existem organizações do terceiro setor que apoiam financeiramente o estudo na graduação:

Instituto Semear

O Instituto Semear oferece apoio financeiro para estudantes de baixa renda que passaram no vestibular em outra cidade, mas não dispõem de recursos financeiros para iniciar os seus estudos. Para participar, é necessário ter estudado em escola pública ou particular com bolsa, e estar na lista de aprovados de alguma universidade pública (ou particular com bolsa integral do ProUni, no caso da Unidade São José dos Campos). Quem estiver dentro desses requisitos deve se inscrever no próximo processo seletivo da ONG.

Saiba mais sobre as bolsas do Instituto Semear

Bolsas para faculdade da Fundação Estudar

A Fundação Estudar seleciona jovens talentosos na faixa dos 16 e 34 anos para estudar nas melhores universidades do Brasil e do mundo. Um dos critério de seleção é o desejo de trazer mudanças positivas em áreas chave para o país. Durante todo o curso, os bolsistas são acompanhados e orientados por meio de técnicas de coaching e mentoring para aproveitar sua formação e conquistar melhores oportunidades de trabalho.

Saiba mais sobre as bolsas da Fundação Estudar

Bolsas para Pós-Graduação

 

Se a sua intenção é realizar um curso de pós-graduação em uma instituição particular no Brasil, vale conferir as políticas institucionais da faculdade que você tem em mente – grande parte delas, inclusive, dispõe de fundos próprios que podem ajudar no financiamento. Também existem órgãos público que fornecem apoio. Veja a seguir:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Se você tem adiado sua pós-graduação por falta de dinheiro, saiba que o próprio governo oferece bolsas para faculdade nesse nível acadêmico. O CNPq concede bolsas para alunos de pesquisa científica e tecnológica no Brasil e no exterior. Para pós-graduandos, as ofertas vão do mestrado (R$ 1.500) ao doutorado pleno e doutorado sanduíche dentro do Brasil (R$ 2.200 cada). A seleção é feita diretamente pelo CNPq ou pelas instituições de ensino que recebem as bolsas.

Saiba mais sobre o CNPq aqui

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

Sob a tutela do Ministério da Educação, o CAPES oferece bolsas para mestrado (R$ 1.500), doutorado (R$ 2.200) e pós-doutorado (R$ 4.100). As exigências variam de acordo com cada programa disponível e a seleção costuma ser feita pelos cursos e instituições do bolsista.

Saiba mais sobre a Capes aqui

Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP)
As fundações estaduais oferecem diversos tipos de bolsas, do mestrado (R$ 1.701,90 por mês pela FAPESP, por exemplo) ao pós-doutorado (R$ 6.143,40). A seleção acontece através da análise de propostas e é voltada para alunos que desenvolvem projetos de pesquisa e estão regularmente matriculados em instituições privadas ou públicas em seus respectivos estados.

Saiba mais sobre a FAP aqui

Currículo: 10 erros comuns que você não pode cometer

curriculo

Montar o curriculum pode ser um grande desafio para quem está procurando o primeiro emprego. Surgem sempre algumas dúvidas sobre a necessidade de colocar ou não determinada informação. Nessa hora, é importante não cair em armadilhas: muitas técnicas ainda difundidas são retrógradas e atrapalham a seleção do candidato para uma entrevista de emprego de acordo com as exigências atuais do mercado.

O currículo é primeiro contato do recrutador com o candidato. Segundo a Harvard Business Review, os empregadores levam em média sete segundos para ler o documento. Cada informação e a forma como são expostas fazem a diferença para se destacar de seus concorrentes.

Já de cara, se dados importantes ficaram ausentes ou não foram abordados corretamente, os recrutadores logo descartam seu currículo, e você perde a oportunidade de demonstrar que tipo de profissional você é.

Confira a seguir quais são os erros mais comuns ao montar o currículo e como evitá-los:

1. Falta de planejamento

A maioria das pessoas utiliza um modelo padrão de curriculum indicado por parentes, amigos ou baixado da internet. Em seguida, simplesmente colocam seus dados no documento e encaminham para a vaga desejada. Mas esse primeiro contato entre candidato e recrutador merece um tratamento melhor se o objetivo for se destacar entre os concorrentes.

Em entrevista para Na Prática, a especialista em carreira Eline Kullock explica que a elaboração de um bom curriculum exige muito planejamento. As empresas valorizam os profissionais que sabem do seu próprio potencial e têm seus objetivos bem definidos. Assim, você deve refletir sobre sua carreira na hora de montar o CV e personalizar os modelos prontos a partir das sua própria trajetória profissional e dos seus objetivos a médio e longo prazo.

Pense, por exemplo, em um plano de carreira e garanta que as informações do seu curriculum (como objetivos profissionais e área de atuação) estão de acordo com esse planejamento.

Vale também pesquisar mais sobre o mercado e os rumos de sua área de atuação. As relações de trabalho estão passando por uma fase de transição devido ao avanço tecnológico. De acordo com o relatório The Future Jobs, do Fórum Econômico Mundial, muitas das ocupações existentes serão extintas ou sofrerão mudanças significativas em um futuro próximo. Procure saber quais são as previsões para sua profissão na era digital e identifique quais as capacidades que você já tem para ajudar as empresas a manter a concorrência neste novo contexto. Dessa forma, seu CV ficará mais certeiro e atraente.

Leia também: Em busca de emprego? Baixe 10 templates de currículo para preencher!

2. Não considerar a vaga ou perfil da empresa

Outro problema ao se limitar apenas a preencher superficialmente um modelo de curriculum é não levar em consideração as exigências da vaga ou mesmo com o perfil da empresa em que você pretende trabalhar. Cada organização tem sua visão, missão e valores. Somente aqueles candidatos que tiverem mais afinidade com essa cultura serão selecionados.

Os “nomes” de uma vaga de estágio, trainee, ou efetiva, podem ser similares, como Analista de Marketing ou Trainee de Recursos Humanos, por exemplo. Mas isso não quer dizer que duas empresas diferentes buscam as mesmas experiências nos candidatos. Ou seja, é parte do seu papel como candidato compreender o que a empresa busca e buscar dar destaque as suas experiências e características que são mais relevantes para a vaga.

Pesquise bastante sobre a empresa para verificar quais princípios têm a ver com você, e busque uma forma de destacá-los no currículo por meio de suas habilidades e competências. A ideia aqui é personalizar seu CV de acordo com o cargo pretendido; sim, você vai ter que adaptá-lo de vaga para vaga.

Leia também: Como descrever o objetivo profissional no currículo (e o que o recrutador realmente quer saber)

3. Fazer autoavaliação

Falando sobre habilidades e competências, certamente você já deve ter sido orientado a listá-las em um tópico específico de seu curriculum. Por exemplo: automotivado, esforçado, criativo, proativo… Isso, porém, é uma avaliação, tarefa que cabe apenas ao recrutador em um processo seletivo. Outro problema desse (mau) hábito nos currículos é que as características não costumam ser acompanhadas de justificativa. Por exemplo, o que você fez para se considerar proativo?

Mostrar resultados e evidenciar conquistas são formas mais assertivas de demonstrar os seus pontos fortes e suas características. Aqui, vale a velha máxima: ‘ao invés de falar, mostre’. Descreva ou quantifique as suas contribuições para empresas que trabalhou. Podem ser: melhorias ou implantação de processo que otimizou o desempenho, reduziu custos ou até aumentou o faturamento. Se conseguir mostrar a sua contribuição para a última empresa em que trabalhou por meio de número, melhor ainda.

Se você nunca trabalhou, liste aprendizados durante a sua formação ou mesmo em atividades extracurriculares que ajudaram no seu autodesenvolvimento. Inclua projetos acadêmicos, trabalhos voluntários, intercâmbios, mudança de cidade, morar sozinho, entre outros. Transmita honestamente como você absorveu cada experiência e em que ponto elas contribuíram para sua evolução pessoal e profissional, sempre considerando aquilo que vale expor aos recrutadores.

Ao narrar essas experiências, utilize verbos como realizei, implantei, criei, desenvolvi. Isso efetivamente evidenciará o seu perfil profissional. O selecionador se certificará de que você agregou valor a outras companhias e pode proporcionar os mesmos resultados positivos à empresa contratante.

Uma ótima dica é alinhar o seu curriculum com a versão online do LinkedIn. A rede social é muito utilizada pelos recrutadores para avaliar e selecionar candidatos. Por meio dela, você poderá adicionar contatos da faculdade e do trabalho para deixar análises que confirmem o perfil profissional que você delimitou.

Leia também: 12 modelos de currículo para baixar e preencher

4. Ausência de objetivo

Muitos candidatos optam por não colocar um objetivo no curriculum na esperança de se encaixar em qualquer vaga da empresa. Definir esse tópico é importante para demonstrar que você tem efetivamente um plano de carreira e sabe aonde está indo. O mesmo vale para quem costuma colocar mais de um objetivo, principalmente quando eles não têm nada em comum entre si. Isso somente demonstra falta de foco.

5. Não ser direto

No curriculum, você tem pouco espaço para colocar informações relevantes. Pense no documento como uma vitrine de loja, que reúne os principais produtos para atrair o consumidor. Da mesma forma, o CV deve oferecer uma síntese de suas competências mais adequadas ao perfil da vaga.

O curriculum deve ter no máximo duas páginas. Do contrário, provavelmente se tornará cansativo e aumentará as chances de ser descartado pelo selecionador. Atente-se para ser sucinto. Evite descrições e frases muito longas. Resuma tudo em tópicos, e vá sempre direto ao ponto com uma linguagem simples.

6. Colocar informações desnecessárias

Incluir informações desnecessárias também prejudicam a objetividade do curriculum. Dados como endereço, numeração de documentos ou cursos e palestras que não agreguem valor profissional ao seu CV devem ser desconsiderados. O mesmo vale para foto – somente anexe-a se for solicitado. Até porque isso e outros dados serão solicitados em outros momentos do processo seletivo.

Se você já tem muitas experiências – o que não é tão comum no caso de jovens profissionais – escolha colocar no documento somente aquelas que realmente são importantes para a vaga. Se o recrutador achar necessário, poderá consultar sua experiência profissional ou acadêmica completa no seu perfil do LinkedIn.

Leia também: Como escrever uma carta de apresentação para o currículo? 7 modelos prontos!

7. Esquecer dados para contato

Telefone e e-mail devem fazer parte do curriculum. Afinal, é por meio deles que o recrutador o convidará para participar da entrevista. Mantenha-os sempre atualizados para não perder oportunidades.

8. Utilizar clichês

As frases de efeito e clichês tendem a ser muito superficiais. Quem os utiliza demonstra apenas que está replicando determinada informação, sem analisá-las ou trazê-las para seu contexto. Segundo um estudo do site de recrutamento Career Builder, o uso de algumas expressões pode ser determinante para o selecionador desistir do candidato. Entre elas estão: pensar fora da caixa, sinergia, líder nato, movido por resultados, trabalha bem em equipe, dinâmico, motivado, detalhista, proativo.

Por outro lado, palavras que evidenciam ações e conquistas são bem vistas pelos recrutadores. São elas: alcançou, melhorou, treinou, foi mentor de, administrou, criou, resolveu, influenciou, acrescentou, negociou, lançou, ganhou, entre outras. É o mesmo raciocínio do item 3: evitar a autoavaliação e mostrar resultados. Você pode conferir mais sobre esse estudo nesta litas com as melhores e piores expressões para colocar no currículo.

9. Não revisar o curriculum

Erros de gramática e digitação, bem como falta de coesão e coerência textuais são responsáveis por eliminar muitos candidatos logo no processo de seleção do curriculum. Eles demonstram desleixo e falta de interesse. Quando terminar de montar o CV, leia-o atentamente em busca de problemas. Peça para pelo menos duas pessoas (de preferência, profissionais mais experientes que você) revisarem o conteúdo e darem feedbacks tanto ortográficos, quanto críticos. Procure saber se o documento está atraente, legível e completo.

10. Mentir

Para se destacar entre os concorrentes ou atender exigências da vaga, muitas pessoas colocam formações ou experiências que não têm de fato. Mentir o nível de idiomas é o erro mais comum. Além de ser uma atitude antiética, você terá que provar na prática seus conhecimentos. Isso não somente o fará perder a vaga como o descartará sua participação em próximos processos seletivos.

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Feira virtual (e gratuita!) de estágios e trainees oferece 10 mil vagas

Feira de trabalho

Especialistas em recursos humanos e processos seletivos não cansam de repetir: ao pesquisar os valores e os negócios de uma empresa, você consegue tomar decisões de carreira mais acertadas. Isso vale também para as feiras de emprego, em que os próprios representantes corporativos podem apresentá-las e tirar dúvidas que surgirem.

Até 31/10, jovens podem visitar o endereço feiravirtual2016.trabalhando.com e pesquisar em um ambiente online as milhares oportunidades de estágio e trainees (e algumas vagas efetivas) de mais de 20 empresas, entre elas AzkoNobel, Gafisa, GM e Santander. A Fundação Estudar e a Fundação Lemann também marcam presença.

Em sua oitava edição, a feira é totalmente gratuita e está “aberta” 24 horas por dia. A simulação de um evento físico inclui stands virtuais para cada participante com informações sobre vagas abertas e sobre a companhia. Para se candidatar aos processos seletivos, basta cadastrar seu currículo uma única vez. Boa sorte!

Leia também: 5 atitudes para conseguir um bom estágio, segundo o fundador do Wall Jobs

 

As universidades brasileiras apoiam o empreendedorismo? Veja o que alunos e professores pensam

Empreendedorismo nas universidades brasileiras

Em 2008, Filipe Salvini, estudante de sistemas de informação da PUC-Rio, estava se preparando para apresentar seu trabalho de conclusão de curso. Depois de muita ansiedade, o projeto foi aprovado, mas a história da sua ideia não parou por aí.

No ano seguinte, ao perceber uma oportunidade de mercado e o potencial do seu projeto de TCC, Filipe ingressou no Instituto Gênesis, programa de incubadoras da universidade PUC-Rio. Nessa mesma época, Luis Vabo atuava como consultor da incubadora, que fez com que a trajetória dos dois se conectassem.

Apresentados por um professor, Filipe e Vabo se entenderam logo de cara. Viram que seus perfis eram complementares e que o projeto tinha um grande potencial. Em 2009, dentro de uma universidade, iniciava-se a Sieve, fundada oficialmente em 2010.

Leia também: ‘Empreendedores é que vão salvar o Brasil’, diz Jorge Paulo Lemann

No mesmo ano, a empresa alcançou a 2ª colocação no prêmio Tire do Papel e recebeu seu primeiro investimento-anjo. Em 2012, a empresa conseguiu o maior faturamento da história da Incubadora Gênesis, além de  muitos prêmios. De acordo com os empreendedores, são mais de 8.000 lojas monitoradas, mais de quatro milhões de produtos catalogados e  uma receita de R$ 35,8 bilhões, registradas no ano de 2014.

A Sieve é apenas um dos exemplos que evidenciam o papel das universidades na hora de potencializar e inspirar o empreendedorismo, o sonho grande e a inovação no aluno. Para que mais histórias como essa se repitam, as instituições de ensino superior precisam estabelecer estratégias para multiplicar o número de universitários que criam empresas inovadoras e transformam os setores em que atuam, gerando milhares de empregos no caminho. Para ajudar nessa missão, a Endeavor e o SEBRAE realizaram a quarta edição da pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras.

O estudo entrevistou 2.230 alunos e 680 professores pertencentes a mais de 70 instituições de ensino superior de todas as regiões do país. Seu principal objetivo é conscientizar as Instituições de Ensino Superior sobre seu poder em contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, atuando como um agente-chave do desenvolvimento do ecossistema empreendedor local. Além disso, o estudo mapeou boas práticas que vão direcionar as estratégias das universidades e das lideranças que trabalham com o tema no Brasil.

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Universidades e seus alunos: o potencial da mudança

Há uma clara discrepância entre a percepção dos alunos e professores sobre o papel das universidades. Por mais que cerca de 65% dos professores estejam satisfeitos com iniciativas de empreendedorismo dentro da universidade, a média entre os alunos é de apenas 36%. Um dos motivos é o fato das faculdades não terem um programa que apoia toda a jornada do aluno que quer empreender, algo que vá além da motivação e dos primeiros passos. As universidades têm em sua grade matérias sobre empreendedorismo, mas a maioria (54%) visa apenas inspirar o aluno a empreender. Assuntos mais práticos, como o de franquias (3%) e gestão de pequenos negócios (7%) acabam não recebendo a atenção que merecem pelas instituições de ensino superior.

Além disso, programas de acesso a investidores, mediado pela universidade, foram vistos como essenciais para 52,2% dos empreendedores universitários, mas apenas 22,6% das universidades têm essa iniciativa. E esses números não são por falta de procura: 56% dos alunos empreendedores acreditam que iniciativas de empreendedorismo, como disciplinas, incubadoras e eventos, são essenciais ao prepará-los para empreender. E não para por aí: 46% dos alunos empreendedores já cursaram as disciplinas. os potenciais empreendedores, os alunos que pretendem empreender em até três  anos, 69% já cursaram disciplinas de empreendedorismo.

A pesquisa também detectou que essas disciplinas não estão presentes, igualmente, em todos as universidades. Em cerca de 50% dos cursos de engenharias e ciências sociais aplicadas há disciplinas de empreendedorismo, sendo que essa média, em outras áreas de conhecimento, cai para apenas 30%. Tudo isso colabora para que o relacionamento entre universidades e empreendedorismo seja cada vez mais pontual, fazendo com que as instituições não sejam vistas como um ponto de apoio para aqueles que querem empreender.

Apena 33% dos entrevistados afirmaram que têm conversas com seus professores que os ajudam nos seus negócios (52% sequer conversam). O cenário se repete com outros profissionais de instituições, em que apenas 36% dos docentes são acessados em caso de dúvidas. Os pais (76,5%) e amigos de fora da faculdade (48,2%) acabam sendo os grupos mais próximos desses empreendedores universitários.

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Universidades e mercado: aproximar para ensinar

Outro grande desafio enfrentado pelas universidades é a falta de conexão entre seus professores e o mercado. Por mais que metade dos professores apoiem e/ou estejam relacionados ao movimento de educação empreendedora, 48% deles relataram nunca terem tido uma experiência empreendedora, sendo que 38% não têm vontade e/ou tempo para abrir seu próprio negócio. Dos poucos que se aventuraram nesse ambiente, 54% são donos de consultorias e só 10% deles afirmaram que seu negócio era inovador no cenário nacional.

Os professores também não se mantêm atualizados sobre o mercado como seus alunos. Quase 50% dos alunos empreendedores conversam com executivos e empreendedores e acreditam que essa é uma boa tática para se conectar com o mercado e suas oportunidades, ao passo que apenas 6,3% dos professores fazem o mesmo. Esse cenário deixa a desejar, uma vez que 70% dos alunos começaram a empreender nos últimos 5 anos e 48% abriram seu empreendimento durante a universidade.

Ao redor do mundo, centenas de universidades já reconheceram o papel e o poder da educação empreendedora sobre a inovação e o desenvolvimento econômico dos países. Pensando nisso, a Endeavor e o Sebrae criaram o Movimento de Educação Empreendedora, uma comunidade que reúne professores e agentes universitários para se conectarem e melhorarem suas iniciativas. O conhecimento já está disponível. Agora é preciso mudar a prática.

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

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