Uma empresa pode ser avaliada em diversas ocasiões e por diferentes motivos: para fins contábeis, depois da realização de uma transação ou aquisição, além de processos judiciais, por exemplo, em que bens precisam ser divididos. Os responsáveis pelo business valuation analisam os vários componentes da empresa em questão e estimam o valor monetário dos seus ativos intangíveis – como a própria marca, relacionamento com o cliente, tecnologia etc.
Existem três abordagens para determinar esse valor – de renda (income approach), de mercado (market approach) e de custo (cost approach) – e várias metodologias associadas a cada uma delas. A abordagem mais comum é a de renda, em que é muito usado o modelo de análise “fluxo de caixa descontado” (discounted cash flow, ou DCF). Nesse caso, o valor da empresa é calculado a partir do fluxo de caixa descontado para o valor presente utilizando o custo de capital.
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Consultoria em valuation
As empresas podem contratar uma consultoria para ajudá-los em suas análises financeiras por várias razões. Uma delas é para cumprir exigências do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que hoje responde a normas internacionais. A fim de unificar a linguagem usada nas finanças corporativas e tornar a contabilidade das empresas compreensível e comparável internacionalmente, surgiu o chamado International Financial Reporting Standards (IFRS).
Para tanto, os consultores externos precisam redigir um relatório financeiro sobre uma empresa e seus ativos tangíveis e intangíveis adquiridos por outra empresa, contendo o seu valor justo (fair value) – uma estimativa subjetiva do seu preço potencial de mercado naquele momento específico. Essa avaliação passa a constar, então, nas Demonstrações Financeiras (DF) da empresa.
Susan Hawkins é fundadora da SHP Training, empresa que oferece cursos presenciais e online, aulas particulares e materiais para qualificações profissionais internacionais nas áreas de finanças, contabilidade e valuation, incluindo os exames do CFA (Chartered Financial Analyst). Antes disso, ela passou pela EY (Ernst & Young) e pelo Bank of England, trabalhando com valuation de empresas e planos de contingência para instituições financeiras em dificuldades.
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