De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartup), o termo fintech é uma junção dos termos em inglês financial e technology (finanças e tecnologia, em português) e se refere a startups que atuam no ramo financeiro. Segundo a organização, esses empreendimentos são o terceiro maior segmento dentro das empresas do gênero e correspondem a 8,5% do ecossistema do Brasil.
De forma geral, o que as fintechs fazem é utilizar a tecnologia dentro do setor financeiro para melhorar a prestação de serviços e outras atividades financeiras. Por conta dessa característica, esse tipo de empreendimento começou a se popularizar e se desenvolver junto ao surgimento da internet.
Fundada em 1998, a empresa de pagamentos online PayPal é considerada por especialistas como a primeira fintech do mundo. Mas o segmento só começou a crescer anos depois. Em 2008, quando a crise financeira e imobiliária dos Estados Unidos se instaurou, motivada pela falência do banco de investimentos Lehman Brothers, os empreendedores começaram a olhar para novas formas de trabalhar atividades financeiras.
A confiança nas instituições mais tradicionais estava abalada e, com a crescente digitalização de serviços, as fintechs se apresentaram como uma boa solução para os problemas que o mundo todo enfrentava. A flexibilidade e o custo baixo oferecidos pelas startups financeiras fez com que o setor crescesse de forma rápida.
Além disso, como muitos profissionais haviam sido demitidos de bancos durante esse período, havia muita mão de obra especializada disponível. No Brasil, a chegada das fintechs demorou um pouco mais, iniciando por volta dos anos 2010. Contudo, o país apresentava um bom cenário para que essas empresas se desenvolvessem por conta das altas taxas de juros e a burocracia encontrada nas instituições mais tradicionais.
Apesar do investimento em fintech ser recente no Brasil, as empresas do país cresceram 600% nos últimos cinco anos, como aponta a Fincatch, plataforma de análise do segmento. Dados do setor mostram que existem cerca de 1,5 mil fintechs atuando no Brasil e que, em 2021, elas receberam por volta de US$ 3,7 bilhões em investimento.
O estudo Distrito Fintech Report ainda revela que a maioria das fintechs brasileiras estão localizadas na região Sudeste e que se concentram em prestar serviços para outras empresas, no modelo B2B. Além disso, as companhias do setor se concentram em cinco atuações principais: crédito, meios de pagamento, backoffice, serviços digitais e tecnologia.
No Brasil, existem grandes representantes de fintechs. Exemplos bastantes conhecidos são Nubank, PagSeguro, Stone Pagamentos e Ebanx. Inclusive, as quatro também fazem parte do grupo das primeiras startups brasileiras a se tornarem unicórnios.
Outra que ganhou bastante destaque recentemente foi a Brex, uma startup de cartões de crédito para empresas. Apesar de ter como base o Vale do Silício, a companhia foi fundada pelos brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras e fez com que os jovens entrassem para a lista da Forbes de bilionários. Em janeiro de 2022, a empresa foi avaliada em US$ 12,3 bilhões por investidores.
Como o próprio nome aponta, a base de uma fintech é tecnologia e conhecimentos financeiros. Portanto, profissionais tech, da área de finanças e correlatas possuem muitas opções para ingressar no ecossistema. A principal demanda é por desenvolvedores e programadores que irão trabalhar nas soluções inovadoras oferecidas.
Mas outros profissionais também são cruciais como o atendimento ao cliente, analistas de negócios, gerentes de produtos, customer success, designers UX e até recrutadores. Contudo, de forma geral, as equipes de trabalho em fintechs são reduzidas. Por isso, as vagas de emprego são bastante concorridas.
Contudo, também existem possibilidades para as carreiras mais tradicionais. Por conta de mudanças legislativas voltadas para o setor, as fintechs também têm demanda profissionais da área jurídica, principalmente com as novas especificações impostas pelo Banco Central para o funcionamento das startups.
Ainda, grande parte dessas empresas costumam contar com artigos e dicas voltadas para o segmento, abrindo possibilidades para profissionais da escrita, como redatores. Contudo, os gestores apontam que é muito importante que os candidatos possuam um perfil comportamental compatível com o ambiente de uma fintech, que costuma ser dinâmico, ágil, inovador e com alta cobrança, além de possuir um fit cultural com a empresa ao qual está se candidatando.
Agora que você já sabe o que são as empresas que alinham tecnologia e conhecimentos financeiros, que tal conhecer o dia a dia de quem faz a diferença nessas companhias? A plataforma Wikitech permite que você navegue de forma gratuita pela trajetória de profissionais que utilizam recursos tecnológicos dentro do setor financeiro para melhorar a prestação de serviços. Por meio de vídeos curtos, é possível entender o mercado promissor pela perspectiva de quem já faz acontecer em empresas de destaque.
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