Historicamente, o desemprego entre jovens é maior no Brasil quando comparado à média nacional. Em 2021, por exemplo, enquanto a taxa geral de desemprego estava em 14,7% em agosto, entre jovens a fatia de pessoas à procura de trabalho era de 31% do total.

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Mas, afinal, a que se deve essa realidade? Quais características econômicas do nosso país tornam esse cenário possível? E quais as saídas?

As respostas não são simples, é claro. Mas alguns pontos ajudam a colocar os dados em uma perspectiva mais clara. Foi por isso que nós batemos um papo com Joelson Sampaio, professor de finanças da FGV, e ele nos ajudou a tirar essas dúvidas.

A dinâmica do desemprego

Segundo o professor Joelson, a dinâmica de geração de empregos e oferta de mão de obra varia de acordo com alguns indicadores. São esses indicadores que, para os analistas, determinam como será o futuro de um país, um estado ou uma cidade.

Itens como Produto Interno Bruto (PIB), inflação e câmbio ajudam os investidores a determinam se abrem novas fábricas, se começam novos empreendimentos, novas construções e outras obras que geram empregos.

As projeções, portanto, têm como base números e dados reais, já realizados em outros anos.

Joelson explica também que existe uma definição muito clara sobre quem são as pessoas desempregadas. Como ele diz, são considerados desempregados aqueles que não tem emprego e querem trabalhar. Todos aqueles que não trabalham e não estão à procura de trabalho não entram na estatística de desemprego.

Por que há mais desemprego entre jovens?

Inicialmente, o professor Joelson analisou que as ondas de desemprego no Brasil na última década e no início desta vieram acompanhadas de duas crises econômicas, entre 2014 e 2016 e no período de pandemia.

Nesses contextos, explica ele, a mão de obra jovem, principalmente entre pessoas de 18 a 24 anos, torna-se mais “descartável”, já que custa menos para os cofres das empresas.

Além disso, a falta de experiência, muitas vezes exigida pelas empresas, empaca a entrada de jovens no mercado de trabalho.

Em 2022, segundo o professor, vai haver mais gente procurando trabalho e, mesmo que haja mais empregos, as taxas de desemprego devem permanecer em patamares altos – como foi neste ano.

Como resolver o problema?

Só um foco, segundo Joelson, que tende a diminuir o desemprego entre jovens nos próximos anos. Para o professor, é preciso investir em capacitação da mão de obra jovem no Brasil, para que ela tenha mais “valor” no mercado de trabalho.

Formações em tecnologia, na visão do docente, devem ser o foco desses jovens para ocupar vagas que estão em ascensão ou que ainda nem surgiram.

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