Desenvolvimento

Como causar uma boa primeira impressão em qualquer ambiente

Embora a expressão “a primeira impressão é a que fica” seja apenas um ditado popular bem conhecido, a ciência corrobora a ideia. Ao longo do tempo, estudos confirmam que o primeiro contato impulsiona um julgamento inicial que influencia fortemente a opinião que uns têm dos outros.

“A primeira impressão tem um grande viés cognitivo. Formamos uma opinião com base naquilo que interpretamos pelo nosso vocabulário interno, nossa percepção. O olho (sensação) vê e a mente interpreta com base no que sabemos, gostamos, enfim…”, explica Emerson Weslei Dias, coach e consultor de carreira.

“É instintivo, não temos como controlar. Tomamos a decisão de gostar ou não gostar a partir do nosso julgamento, que é um ato psíquico”, completa.

São poucos os que têm mais entendimento sobre os vieses cognitivos e, consequentemente, conseguem estar mais cientes – e mais flexíveis – sobre a primeira impressão que formam de alguém. “Geralmente, essas pessoas se questionam se não estão formando um julgamento precipitado”, afirma o coach.  

Em todos os outros casos, na maioria das vezes, a primeira impressão é tida quase que como definitiva. Por isso, se esforçar para um bom primeiro contato é o ideal em situações em que a primeira impressão pode ser decisiva – como entrevistas de emprego ou networking.

Recentemente, estudiosos foram ainda mais longe em relação ao assunto e listaram, a partir de resultados de pesquisa, atitudes que mais causam uma primeira impressão desfavorável. São elas:

  • Disfarçar realizações em uma reclamação ou com (falsa) humildade
  • Elogios sarcásticos
  • Hipocrisia
  • Arrogância

Ou seja: apesar de a primeira impressão ser um julgamento incontrolável por parte da mente dos outros, existem comportamentos que a modificam.

Dicas para causar uma boa primeira impressão

Segundo Emerson, não existe uma receita para que o primeiro contato seja positivo, mas alguns elementos são essenciais, principalmente para fazer networking ou em uma entrevista. Em suma, o especialista sugere combinar “empatia, boas perguntas e escuta ativa”. Confira suas dicas.

1. Sorrir sinceramente

Se não for sincero, provavelmente não vai fomentar empatia no outro.

2. Aperto de mão firme

Mas, cuidado: não exagere a ponto de causar desconforto.

3. Usar tom de voz agradável

Não fale muito baixo, nem grite; ajuste o tom de voz de acordo com as circunstâncias, mas garanta que é agradável e claro.

4. Usar roupas neutras

Em um contexto profissional, o coach aconselha vestimentas neutras que não desviem a atenção, em um primeiro contato.

5. Ser pontual

Chegar atrasado – e até suado ou ofegante – pode contribuir para uma opinião desfavorável sobre você.

6. Fazer perguntas pertinentes

Fazer perguntas que mostrem interesse e que você pesquisou o assunto (ou a organização).

7. Ouvir com atenção

Não fale sem dar espaço para o outro – e pratique escuta ativa.

Leia também: 5 dicas para desenvolver sua habilidade de comunicação

Depois da primeira impressão… como criar uma boa reputação?

Você conseguiu o emprego e, apesar de a primeira impressão ter valido, agora você precisa fixar as opiniões positivas. O que fazer?

“Ofereça-se para ajudar os novos colegas, principalmente naquelas atividades que ninguém gosta muito de fazer, ouça as histórias deles, demonstre interesse em entendê-los”, diz Emerson. Também tente criar conexões em várias áreas, se valendo do benefício de ser novo e poder “perguntar até mesmo o óbvio”, completa ele.

Além de ser empático, focar em fazer boas perguntas e escuta ativa – dicas que valem para o primeiro contato – e manter interesse nas pessoas, ter coerência entre o que diz e faz é peça-chave para uma boa reputação.

“Reputação tem a ver com atitude demonstrada e percebida. Faça o que diz que fará, mantenha sempre coerência entre o que diz, o que faz e o que as pessoas percebem.”

Ao longo do tempo, tente obter a percepção das pessoas sobre você pedindo feedbacks dos colegas e chefe. E, atenção: evite comparar a antiga empresa com a atual, o que pode ser contraprodutivo se quer criar relacionamentos significativos no novo ambiente.

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