Laptop ao lado de silhueta de foguete feita de um fio vermelho

No universo empreendedor, as aceleradoras de startups são cada vez mais fundamentais para quem quer se destacar. Elas fazem exatamente o que o nome sugere: aceleram – ou seja, intensificam o ritmo de crescimento dos negócios incipientes e fazem eles crescer mais rápido. 

Esses programas de aceleração costumam incluir diversas formas de apoio, entre aulas, mentoria, investimento de capital, um espaço de trabalho e fortalecimento de networking. Dando esse suporte todo, elas apoiam (e às vezes até investem) em startups com alto potencial de impacto, e ajudam os empreendedores a passarem pelas turbulências dos primeiros anos – fase em que muitos negócios “morrem”.

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Ao fim do processo de aceleração, que pode durar de seis meses a anos, é comum que haja um Demo Day, quando as startups aceleradas têm a chance de se apresentar a um público de investidores em potencial. Em troca, as aceleradoras costumam exigir uma participação na empresa que gira em torno de 8% e pode chegar a 30% – não há uma regra universal.

As aceleradoras também diferem muito entre si, tanto em termos da estrutura dos programas oferecidos quanto de foco.

Há, por exemplo, a Artemísia, que criou uma aceleradora para impulsionar negócios com foco em inovação social, e a Startup Farm, maior aceleradora da América Latina, que busca startups capazes de impactar em seu mercado de atuação, seja ele qual for.

Para quem quer entender melhor como as aceleradoras nacionais atuam, a Fundação Getulio Vargas divulgou o estudo O Panorama Das Aceleradoras de Startups no Brasil, feito por Paulo R. M. Abreu e Newton M. Campos.

Conduzido pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital (GV-CEPE) em parceria com o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (GV-CENN), o estudo traz informações como número de aceleradoras existentes, como funcionam seus ciclos de aceleração e quais são os investimentos, em média, que fazem em cada startup.

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Aceleradoras em números

Segundo os autores, até janeiro de 2016 havia 41 aceleradoras em atividade no Brasil. O número é significativo, já que estudiosos estimam que haja entre 230 e 250 aceleradoras no mundo. A pioneira foi a tradicional Y Combinator, que surgiu em 2005, nos EUA.

As mais de mil startups que já foram aceleradas por algum programa no país já receberam, no total, cerca de R$ 51 milhões em investimentos, que variam em média entre R$ 45 mil e R$ 255 mil por startup. (E uma delas investiu R$ 3 milhões!)

Em termos de localização, as aceleradoras estão majoritariamente no Sudeste brasileiro (71% e metade em São Paulo). Também estão presentes nas regiões Nordeste (16%), Sul (10%) e Norte (3%). Apesar da concentração geográfica, os autores destacam que os negócios desenvolvidos são de todo o país.

E entre os setores mais comuns de atuação das startups aceleradas estão, em ordem decrescente, tecnologia, educação, comércio e serviços, financeiro, indústria, agronegócio e turismo.

O que conta no processo seletivo?

Cada programa de aceleração é diferente e é importante ler, ponto a ponto, o que cada um procura.

O nível de maturidade do negócio elegível também varia. O estágio de desenvolvimento mais comumente aceito por aceleradoras é de comercialização da solução (aceito por 20%), seguido por venda piloto (18%), produto em teste interno (17%), protótipo funcional (15%), protótipo conceitual (14%), certificação (10%) e ideia (8%).

Um outro ponto destacado pelo estudo é que, embora nenhuma aceleradora exija plano de negócios durante seu processo seletivo, 26% das entrevistadas exigem o Business Model Canvas.

Uma ferramenta muito popular entre empreendedores, sua função é mapear visualmente os pontos mais importantes do negócio de uma maneira ágil e flexível.

Esse modelo, que o Na Prática explica melhor aqui, tem nove componentes: segmento de clientes, proposta de valor, fontes de receita, canais, relacionamento com clientes, recursos principais, atividades-chave, parcerias principais e estrutura de custo.

Questionadas pelos autores sobre quais são os componentes mais importantes num Business Model Canvas, as aceleradoras participantes destacaram os três primeiros. Ou seja, preste ainda mais atenção neles!

Outros conceitos e ferramentas frequentemente exigidos pelas aceleradoras estão customer development, lean startup (ou startup enxuta), design thinking, open innovation e effectuation – tantos termos em inglês são influência direta do Vale do Silício, o polo de inovação mundial nos EUA e onde surgiram muitas dessas ideias.

E quais são os principais fatores para a não-seleção de uma startup? Equipe inadequada, demanda ineficaz, falta de escalabilidade, falta de inovação e falha no modelo.

A boa notícia é que, com esse mapa da mina em mãos e uma fonte crescente de informação sobre empreendedorismo online, vai ficar cada vez mais fácil empreender – o que é bom para todo mundo.

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