aperto de mao de duas pessoas

O que realmente faz com que uma empresa escolha um jovem profissional a trainee, dentre milhares de candidatos com formação similares? O fator determinante na escolha final, de ambos os lados, tanto do candidato quanto da empresa, é sua aderência à cultura e aos valores da organização e sua vontade de construir junto com a companhia um lugar diferente e melhor.

O tão falado “brilho nos olhos”, que as organizações tanto buscam nos candidatos, pode parecer algo bastante subjetivo para quem quer demonstrá-lo, mas é muito objetivo para quem está observando. É a vontade genuína de fazer algo diferente para aquela organização, é a prova de que o profissional não será apenas mais um, e sim aquele que fará a diferença. Uma pessoa com “brilho nos olhos” demonstra que luta pelos seus ideais, que, mesmo vindo de uma origem familiar de maior suporte financeiro, está por si só buscando crescer e fazer diferente.

Levando tudo isso em conta, destaco abaixo as principais deficiências que vemos hoje nos candidatos a trainee, que podem ajudar outros jovens em sua busca por uma vaga na empresa dos seus sonhos:

– Falta de visão de mundo: as empresas buscam jovens engajados e que tenham real consciência dos maiores problemas globais e nacionais, além de uma visão de sustentabilidade e foco em resultados;

– Falta de consciência e posicionamento social, político e econômico: independentemente de sua opção partidária, o jovem tem que ter clara consciência sobre as questões socioeconômicas do país, e uma opinião forte e formada de o que ele poderia fazer para transformar essa realidade. Vemos no jovem de hoje uma alienação em relação ao que ocorre à sua volta, como se a política, a economia e a gestão do país não fizessem parte de seu cotidiano.

– Falta de preparação para responder a questões relacionadas ao negócio da empresa: é preciso entender o posicionamento da empresa no mercado e em relação ao tema sustentabilidade financeira, conhecer as principais características de sua cultura e seus valores, ter em mente perguntas objetivas e fora do lugar comum para fazer aos executivos no momento em que for questionado. Os jovens de uma forma geral vão muito despreparados para as entrevistas, muitas vezes não sabem sequer o que a empresa faz na sua essência. E isso muitas vezes desqualifica um ótimo candidato na fase final.

Em resumo, esteja antenado a tudo o que está à sua volta, leia e se aprofunde nos temas relevantes sobre os aspectos socioeconômicos e financeiros do mercado em que quer trabalhar. Prepare-se para o processo seletivo da mesma forma como se preparou para entrar na universidade. Por fim, seja você mesmo, não deixe de ser autêntico, demonstrando ao máximo o que tem de especial e como pode fazer a diferença na organização para a qual está se candidatando.

Josue Bressane Junior é CEO da Gemte Consulting, especialista em gente e gestão de negócios. Colunista do Na Prática, ele tem um espaço mensal para dar dicas de carreira e contar um pouco da história e dos bastidores dos processos de seleção de trainees e estágios.

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