Plataforma de petróleo em alto mar

Rafael Oliveira, 26 anos, trabalhou embarcado em plataformas de perfuração da Shell por um ano e meio. Para tanto, o engenheiro de petróleo, graduado pela Universidade de São Paulo – USP, precisou fazer cursos que são pré-requisitos globais: como sobreviver no mar, como apagar incêndio, primeiros socorros e até como sair de um helicóptero (meio de transporte até a plataforma). “E eu nem sabia nadar!”, lembra Rafael.

Nos períodos em que passou embarcado, teve que ressignificar seu calendário. Afinal, não há mais Natal, Ano Novo, nem feriados – são 14 dias de trabalho intenso seguidos de 14 dias de folga. Para ele, o ritmo funcionava bem, apesar de ter que abrir mão de eventos como casamentos e aniversários. “Há quem goste muito da possibilidade de planejar seus dias de folga e não tem problemas com esse regime. Outros sofrem por passar tanto tempo longe dos familiares e amigos”, diz.

Nas sondas, trabalha-se em média 12 horas por dia, e, para os cargos de coordenação, é preciso estar disponível 24 horas por dia. Mas, para Rafael, vale a pena. “Uma das coisas mais legais da Shell é trabalhar com megaprojetos. Estive numa operação que envolvia um investimento de 1,5 milhão de dólares por dia”, diz.

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Treinamento e crescimento

O setor petroleiro não é muito conhecido por oferecer um crescimento profissional rápido, mas, segundo Rafael, há um gap de profissionais entre os mais novos e os mais velhos, o que faz com que as empresas invistam em gente para cobrir as pessoas que vão se aposentar. Daí vem o forte investimento na formação dos profissionais, que podem ser engenheiros, geólogos, físicos e de diversas outras áreas.

Por isso, para quem gosta da ideia de trabalhar com diferentes culturas, não tem medo de mudar de país e quer sentir que seu trabalho tem impacto na economia global, Rafael diz que o setor está em evidência e aposta no desenvolvimento dos profissionais. “É comum que as operadoras (como a Shell) financiem os estudos das pessoas fora, além de ter uma quantidade imensa de cursos internos. Assim, você se torna um profissional cada vez mais completo, com treinamentos excelentes”, afirma o engenheiro.

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Desde que entrou na Shell, em 2013, ele mal parou em casa. Além de trabalhar em duas diferentes sondas, seu tempo no continente também foi ocupado por treinamentos e exames, inclusive na Holanda e nos Estados Unidos. “Isso tudo faz parte da qualificação oferecida pela empresa para que seus funcionários obtenham certificados reconhecidos no setor”, diz Rafael.

Após obter essa formação, foi oferecida a Rafael a possibilidade de expatriação para a Holanda por um ano e meio. “O pacote de expatriado tem uma série de benefícios, como moradia e bons aumentos de salário. Também é interessante me aproximar dos grandes executivos de outros países e ter uma visão mais estratégica da empresa”, explica.

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