Pílulas e remédios variados

Salvar vidas e ser pago por isso é o sonho de muitos jovens. A boa notícia é que mesmo quem não se imagina trabalhando como médico pode conquistar um espaço na indústria da saúde. O mercado cada vez mais valoriza o papel dos gestores de negócio, profissionais que trazem visão empresarial a hospitais, laboratórios e empresas farmacêuticas. Para atuar na área é desejável uma formação em administração e uma pós-graduação em gestão de negócios de saúde, curso oferecido por dezenas de escolas no país.

A indústria da saúde está em alta hoje no Brasil, especialmente porque a população está envelhecendo. Nas últimas três décadas, o brasileiro ganhou 12 anos de vida – a expectativa média passou de 62,5 para 74,6 anos. Estamos vivendo mais tempo e com mais qualidade.

Desde 2005, o país também somou mais de 30 milhões de consumidores, a chamada nova classe média. São pessoas que passaram a se alimentar melhor, a investir em lazer e, claro, a gastar mais com saúde num país onde o sistema público deixa a desejar em muitas cidades. Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, remédios e produtos de higiene pessoal levam quase 6% das despesas de consumo dos brasileiros. Isso é quase o dobro do gasto em educação e vestuário.

Apesar de animador, o setor tem desafios a enfrentar. O número de operadoras de planos de saúde tem diminuído ano após ano por causa do alto custo dos serviços no Brasil. Faltam leitos de hospitais mesmo para quem paga por assistência privada. A margem de lucro das empresas que fabricam medicamentos tem caído porque os investimentos em tecnologia são crescentes, e as regras para lançar novos remédios ficam cada vez mais rígidas. São desafios de gestão de negócios que a nova geração de profissionais terá que ajudar a solucionar.

No Brasil, entre as melhores oportunidades para quem deseja trabalhar no setor de saúde estão:

Indústria farmacêutica: são empresas que pesquisam, testam, criam e vendem remédios. O processo para criar um único medicamento leva geralmente 15 anos e pode custar até 1 bilhão de dólares. Por isso, trata-se de um jogo para empresas grandes. Entre as maiores estão as estrangeiras Pfizer, Johnson & Johnson, GlaxoSmithKline, Novartis, Sanofi-Aventis e Bayer, todas com subsidiárias no Brasil. A maior farmacêutica brasileira é a EMS, primeira empresa a fazer genéricos no país.

Farmácias: fazem a ponte da indústria farmacêutica com o consumidor final. Existem hoje no país mais de 60.000 farmácias, mais do que nos Estados Unidos. As quatro redes líderes daqui têm cerca de um terço das vendas — no mercado americano, as quatro maiores dominam 60% das vendas. O fortalecimento dessas redes é tendência e um campo fértil de trabalho para os gestores. Entre as maiores estão a Brasil Pharma (da rede paulista Farmais), a Raia Drogasil (das marcas Droga Raia e Drogasil), Farmácias Pague Menos e Drogarias DPSP (Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco).

Hospitais: enquanto os médicos atendem aos pacientes, gestores cuidam da estratégia e das finanças dos hospitais privados. Em dez anos, os 35 maiores hospitais brasileiros triplicaram o faturamento e chegaram a uma receita de 13 bilhões de reais em 2013. Entre os maiores estão: o Hospital Israelita Albert Einstein, o Sírio-Libanês, o 9 de Julho e a Rede D‘Or São Luiz.

Medicina diagnóstica: há um outro nicho de empresas da saúde focado em exames laboratoriais (de sangue, por exemplo) e de imagem (tomografia e ultrassom, por exemplo). Elas são responsáveis por atender aos clientes nas unidades de atendimento ou em hospitais, colher o material e analisar. Entre as maiores no Brasil são o Grupo Fleury, a Dasa (das marcas Delboni Auriemo, Lavoisier e Lâmina) e Hermes Pardini.

Planos de saúde: como a demanda pelo sistema de saúde público é maior do que ele comporta, cada vez mais brasileiros pagam por assistência médica. Um quarto da população brasileira já tem plano de saúde. De dez anos para cá, também ganharam força os planos odontológicos – um a cada dez brasileiros é cliente deles. Entre as maiores empresas de planos de saúde estão: Unimed, Amil, Odontoprev, Bradesco Saúde, Hapvida e Intermédica.

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