revistas empilhadas

Atual presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa é um dos executivos mais respeitados do Brasil.  Ele ganhou notoriedade após sua gestão à frente do Banco Real (ABN AMRO), marcada pela valorização da sustentabilidade e do impacto social. Essa posição lhe rendeu a alcunha de “banqueiro verde” e a fama de líder moderno e arejado. Também presidiu a Frebraban (2007) e o Santander (2007-10).

Hoje, Fábio participou do evento CEO Summit, organizado pela Endeavor, onde contou um pouco sobre seus dilemas a frente de uma das maiores holdings de comunicação da América Latina.

Em 2011, assumiu a presidência executiva do grupo em um momento de incertezas para a indústria da mídia. As mudanças na forma de consumir informação, alavancadas pelo ambiente digital e pela internet, obrigaram a imprensa baseada no papel (caso da Abril, conhecida pela publicação de um número grande de revistas) a rever seus modelos de negócios. Títulos foram fechados no mundo inteiro, publicações deixaram de circular e fala-se em crise do jornalismo.

Assista a bate-papo com Fábio Barbosa realizado pelo Na Prática

Economia Digital
“Quando falamos de economia digital, na verdade estamos falando de economia compartilhada, porque a grande questão não é a tecnologia em si, mas o que ela viabiliza, que é o compartilhamento”, ele explica. A informação, antes veiculada de maneira restrita, hoje circula de forma ampla, rápida e interativa.

Fábio encara esse cenário com otimismo. Para o executivo, essa mudança de paradigma não deve ser percebida como um problema para a empresa de comunicação, e sim como oportunidade. Na sua opinião, o papel continua existindo, mas é preciso focar nas plataformas digitais. “Nunca tivemos tantos leitores, tantas pessoas acessando o nosso conteúdo, afinal de contas, a demanda por informação e entretenimento de qualidade continua aí. A questão é monetizar isso, pensar nas formas de ganhar dinheiro.”

Para encarar essa tarefa, Fábio quer implementar mudanças na cultura empresarial da Abril, de modo que os funcionários tomem para si a necessidade de inovar e sejam protagonistas na reinvenção do grupo.

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Cultura Participativa
“Temos uma cultura de controle muito forte, de decisões de cima para baixo. Foi uma fórmula de sucesso durante muito tempo, mas não é mais.” Diante disso, ele quer consolidar uma cultura de participação, tornando a Abril mais transversal e, consequentemente, inovadora.

“Não quero que os funcionários tenham medo de errar, eles devem encarar isso como algo que faz parte de tentar. Tornar as pessoas responsáveis pelo que fazem é a grande mudança.” Na visão de Fábio, está aí o seu maior desafio como presidente do grupo. “Todos os outros problemas são consequência disso.”

Ecoando seu habitual otimismo, Fábio encara a missão da empresa como fio condutor desse processo de inovação: “O pilar que não muda é a missão que a gente tem de levar informação de qualidade. Ninguém falou que tem que ser por meio do papel. Essa missão é importante para o país, e não podemos abrir mão disso.”

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