Mulher usando computador

No mercado brasileiro de tecnologia da informação — área tradicionalmente abreviada como TI, e que inclui engenheiros de sistemas, programadores, desenvolvedores, entre outras funções — os números ainda parecem refletir um estereótipo a ser superado: a ideia de que os homens são de exatas e, as mulheres, de humanas. Por aqui, as mulheres são apenas 25% das pessoas que trabalham com computação. Entre os programadores, 17% são mulheres. 

De certa forma, essa discrepância também é consequência do perfil que entra e se forma nos cursos de Exatas, de onde vêm a maior parte da mão de obra de TI. Na maioria das universidades, o sexo masculino predomina nas engenharias e cursos de computação enquanto o feminino continua dominando pedagogia e áreas correlatas. Assim, para atacar o problema com uma solução a longo prazo, são necessárias ações voltadas para a faixa etária onde nasce a desigualdade entre meninas e meninos: a juventude — que, durante os ensinos básico e médio, vai decidir o caminho profissional que deseja seguir.

Leia também: Por que há menos mulheres no setor de tecnologia?

Buscando verificar o que pode ser feito nas escolas para corrigir essa distorção de gênero, o Instituto Unibanco e o Fundo de Investimento Social Elas, em parceria com a Fundação Carlos Chagas, lançaram o projeto Elas nas Exatas.


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Trata-se de um edital focado em selecionar projetos de gestão escolar que reduzam o impacto das desigualdades de gênero na hora de escolher a profissão. Podem ser tanto iniciativas de boas práticas escolares, ações de comunicação em redes sociais ou qualquer outra estratégia. Dez propostas serão selecionadas e cada uma receberá 30 mil reais para ser desenvolvida. As inscrições podem ser realizadas até dia 3 de outubro, por aqui.

“Não vamos resolver o problema histórico da sociedade brasileira. Queremos descobrir o que uma gestão orientada para os resultados pode fazer nesse caso específico”, afirma Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, em depoimento à Folha de São Paulo.

Para se inspirar, vale conhecer o projeto Technovation, iniciativa de Camila Achutti que incentiva meninas no colégio a se interessarem por programação e engenharia, e o Code Girl, um grupo ensina a garotas de escolas públicas técnicas de programação e design.

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