revistas empilhadas

O desejo de se comunicar existe desde a pré-história, com os desenhos rupestres deixados em cavernas. Depois do desenvolvimento da escrita, a forma de comunicação passou por várias revoluções, mas o desejo de contar e saber continua existindo e formou indústrias que movimentam bilhões e bilhões de reais todos os anos. Rádios, canais de televisão, produtoras audiovisuais, jornais e editoras de revistas e livros fazem parte do setor de mídia, comunicação e entretenimento.

As profissões normalmente relacionadas à esta indústria são aquelas ligadas à comunicação social, como jornalismo, relações públicas, artes cênicas, editoração. Mas, além da produção de conteúdo, as empresas desse setor procuram, cada vez mais, profissionalizar seus processos e gestão. Prova disso é que a Rede Globo e a Abril Mídia, o braço de comunicação do Grupo Abril, duas das maiores empresas do setor, possuem programas de trainee voltados para a área de negócios, projetos, marketing e finanças. Elas também oferecem programas de estágio, que funcionam como porta de entrada para os universitários.

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Na Abril, existe ainda o Curso Abril de Jornalismo, voltado para encontrar talentos na área editorial – texto, vídeo, design e foto. “Mais de um terço dos jornalistas que trabalham na Abril passaram pelo curso, e ele se transformou na principal porta de entrada para quem quer trabalhar na empresa”, comenta Edward Pimenta, coordenador do programa. Os jovens que pretendem se candidatar não precisam ter graduação em comunicação social, mas há algumas habilidades que não faltam entre os selecionados: “ser permanentemente movido por um senso de curiosidade, ter desenvoltura em todos os meios, primar pela clareza e concisão, ter boa formação cultural, resiliência e nunca perder o foco no espectador, independentemente da plataforma”, diz Edward. “O trabalho precisa ser útil para a audiência, e não apenas servir à satisfação pessoal de quem o desempenha”, completa.

Isso vale também para aqueles profissionais que não aspiram trabalhar fazendo revistas ou portais de notícias. Como o cliente final de uma empresa de comunicação é o leitor e o espectador, aqueles que trabalham em outras áreas, como a publicidade, por exemplo, precisam estar focados naquilo que aquele leitor específico teria interesse em comprar. Quem vai para a área financeira, por exemplo, precisa ter em mente quais gastos são prioritários em uma empresa de comunicação. Já na área de tecnologia da informação, o foco deve estar na usabilidade dos portais.

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Como muitas das pesquisas de benchmark de todas as áreas das companhias podem ser feitas com empresas de outros países, falar inglês, e se possível outros idiomas, é um conhecimento técnico essencial para quem quer trabalhar nas companhias deste setor. Outras habilidades importantes para quem quer entrar nesse mercado, segundo Edward, são “entender a lógica das redes, ter boas noções de métricas e do funcionamento das engrenagens de busca, conhecer o ambiente da indústria e todos os seus players, além de ter timing e senso de oportunidade”.

Para o recrutador, algumas decisões tomadas ainda durante a universidade podem ter um peso enorme na colocação do profissional depois de formado. “Estágio é sempre um diferencial, porque é ali que começa o aprendizado na prática, o que muitas vezes falta na faculdade. Intercâmbios acadêmicos também são experiências transformadoras e fazem qualquer currículo saltar aos olhos de um recrutador. Por outro lado, manter um projeto pessoas, como um blog ou um canal de vídeos com viés profissional ajudam o candidato, mesmo aquele sem experiência, a mostrar um pouco do seu trabalho”, pontua Edward.

Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

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