Thomas Friedman é um dos colunistas mais famosos do mundo. Ganhador de dois prêmios Pulitzer – um por sua cobertura do conflito Israel-Líbano e outro por seus editoriais, que escreve para o “The New York Times” desde 1995 –, ele é referência em relações internacionais.

Além de jornalista, Friedman é também autor. Seu livro mais recente, “Thank you for Being Late”, que pode ser traduzido como ‘Obrigado por estar atrasado‘ mas ainda sem título em português, trata do período de transição atual, que ele vê como composto por três acelerações: da globalização digital, de mudanças climáticas e da revolução tecnológica.

Todas afetam a sociedade e o jeito que seres humanos trabalham e interagem entre si. “Nosso desafio é aprender mais rápido e governar melhor”, resumiu hoje durante sua palestra na HSM Expo, evento para executivos em São Paulo. Caso isso não aconteça, a sociedade corre o risco de ser ultrapassada pela quantidade de novidades surgindo e perder a capacidade de se adaptar.

“Em 2007, surgiram iPhone, Facebook, Twitter, GitHub, Kindle, IBM Watson, Airbnb… E nós perdemos completamente essa gigante inflexão tecnológica porque no ano seguinte veio a crise de 2008”, falou. “E agora o crescimento está tão exponencial que começamos a ver coisas malucas, como carros autônomos e computadores que ganham de qualquer um no xadrez.”

O avanço tecnológico – e Friedman cita a Lei de Moore, de 1965, que prevê que o poder de processamento dos computadores dobraria a cada 18 meses – é especialmente importante para os jovens.

Inteligência artificial

Será sobre eles que recairá grande parte do impacto das mudanças, que remodelarão de tudo: geopolítica, comunidades e ambiente de trabalho. “No trabalho, devemos transformar a inteligência artificial em assistência inteligente, assistentes inteligentes e algoritmos inteligentes para que os trabalhadores possam acompanhar os ritmos das mudanças”, falou.

Para tanto, também é fundamental que os trabalhadores se tornem “alunos de vida inteira”. Ele cita o exemplo da gigante de telefonia AT&T, onde funcionários devem fazer uma série de cursos por ano para atualizar suas habilidades e acompanhar um mercado veloz.

A resiliência nessa nova era será, para ele, questão de adaptação constante. A conclusão ecoa o que já vem sendo previsto por outras pesquisas sobre o futuro do mercado de trabalho, como a divulgada recentemente pelo Fórum Econômico Mundial.

Apesar de todos os robôs, Friedman não vê o ser humano como obsoleto. Pelo contrário: “Haverá muita demanda por trabalhadores não só do campo STEM [ciências, tecnologia, engenharia e matemática], mas por habilidades interpessoais e pela empatia”, falou.

É também uma boa hora para arriscar grandes ideias. Não só porque o poder individual aumentou (e muito!) com todas as novas ferramentas disponíveis, mas também porque a transição exigirá novos pensamentos e abordagens na sociedade como um todo. “Devemos ser radicalmente empreendedores”, opinou.

Friedman encerrou sua participação com um conselho otimista. Em uma pesquisa sobre felicidade no trabalho feita nos EUA com jovens com cinco anos de formados, contou, aqueles que estavam satisfeitos tinham em comum duas coisas.

“Eles tinham estagiado em sua área de interesse antes e tinham um mentor interessado em suas esperanças e sonhos, alguém que os inspirava”, resumiu. “Qualquer coisa que não possa ser baixada, como a conexão entre humanos, é mais importante do que nunca.”

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