homem discutindo em reunião

As competências que levam um analista à função de coordenador são diferentes das habilidades que farão deste mesmo coordenador o próximo gerente da empresa. No primeiro caso importam mais características técnicas e comportamentos individuais. No segundo, habilidades de liderança e foco em resultados individuais e também da equipe qualificam o profissional para a próxima etapa de carreira.

A adequação a determinada função é, no entanto, bem mais complicada do que uma lista de checagem de habilidades e competências. Vai muito além do nome do cargo corporativo, pura e simplesmente.

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Entram nesta equação aspectos como porte e abrangência da empresa, área e mercado de atuação. Um diretor de uma multinacional de tecnologia tem demandas mais complexas do que um diretor de uma pequena empresa familiar do setor de varejo, lembra Maximiliano Tozzini Bavaresco, da Sonne Branding.

“Para medir a aderência de uma pessoa a um cargo, eu trabalho com uma somatória de conceitos acadêmicos”, diz Bavaresco. Segundo ele, são avaliadas quadro dimensões: perfil técnico (conhecimento técnico), perfil comportamental (ligado à personalidade, introspecção ou extroversão, por exemplo), habilidades práticas (liderança, flexibilidade são exemplos)e capacidade intelectual (diretamente ligada ao QI).

Assim, agrupar todas essas dimensões em um roteiro de competências necessárias a cada fase profissional seria reduzir o que é irredutível.

No entanto, dadas as devidas proporções e variações de cada segmento de atuação, algumas características são fundamentais a qualquer analista. Outras são essenciais a todos os coordenadores. E há aquelas habilidades próprias das funções de gerência, diretoria e presidência. É o que você verá a seguir, com base nas visões de especialistas consultados por Exame.com:

1. Analista

Conhecimento técnico, via de regra, é o que norteia uma entrevista de emprego para este tipo de cargo. Mas, habilidades práticas também são analisadas e darão sustentação à decisão pela contratação.

“Em cargos da base da pirâmide, contam competências como, por exemplo, iniciativa, proatividade, capacidade de adaptação, trabalho em equipe”, diz Valéria Andrade, diretora de RH da Kelly Services.

A visão de um analista, segundo Bavaresco, abrange um período próximo do atual. “São profissionais mais focados em um horizonte de 3 a 6 meses”, diz. Para Valéria, no máximo, um analista enxerga um ano à sua frente.

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2. Coordenador

Apesar de ainda ser muito exigido na parte técnica do trabalho, um coordenador deve demonstrar, preponderantemente, boa capacidade de planejamento, se o seu objetivo é sucesso na função. “Com foco em resultado, deve planejar o seu trabalho e o dos analistas”, diz Valéria. De acordo com Bavaresco, coordenadores mantêm a atenção em questões de impacto para no período entre seis meses e um ano.

Nesta fase, o profissional já começa a desenvolver as habilidades de liderança que serão fundamentais para a próxima etapa de carreira.

3. Gerente

É a função que pressupõe a capacidade de criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de todo o potencial produtivo da equipe.

Gerentes, em geral, estão focados em atingir as metas anuais estabelecidas no planejamento estratégico, e devem inspirar a equipe à luz deste objetivo comum. São eles que definem as “táticas do jogo” para as equipes.

Se, como coordenador, o profissional não desenvolveu a capacidade de liderança, será muito difícil brilhar na função de gerente.

“O horizonte de visão deste profissional abrange de 1 a 3 anos. É ele quem municia a diretoria de informação e sugestões para resolver problemas do dia a dia e também em médio prazo”, diz Bavaresco. Nesta etapa, cabe ao gerente desenvolver soluções criativas e visão estratégica, alguns dos requisitos para se credenciar para a próxima fase.

4. Diretor

Sem se descuidar totalmente da operação, o diretor amplia sua atenção para um período de três até cinco anos a sua frente, segundo Bavaresco. Detalhes técnicos e táticas dão lugar à estratégia e visão de médio e longo prazo. “Espera-se de um diretor que ele consiga liderar um grupo de pessoas com mais conhecimento técnico do que ele”, diz Valéria.

Movimentações e mudanças estruturais estão dentro do escopo de atuação de um diretor. Amplo conhecimento do mercado e do negócio da empresa e foco em gestão de pessoas dão os contornos da função que exige ainda a capacidade de se expor a riscos e agilidade na tomada de decisão.

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5. Presidente

Adicione magnitude na visão de negócios e no planejamento estratégico, subtraia o acompanhamento diário da operação e o diretor estará apto a assumir a presidência da empresa. “Mais afastado, o presidente olha para a empresa de forma mais ampla possível”, diz Bavaresco. O foco da sua tomada de decisão é o longo prazo, e a visão pode atingir até as próximas décadas, dependendo do mercado de atuação.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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