3 profissionais em pé conversando

Duas palavras podem definir Rafael Matioli profissionalmente: aprendizado e planejamento. “Entrei na faculdade já ansioso para trabalhar. Sempre quis empreender e colocar a mão na massa, mas precisei passar por algumas etapas antes disso”, diz o jovem, de 24 anos, que veio de Santos para São Paulo para cursar administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. Atualmente, ocupa o cargo de coordenador comercial na Cremer, empresa especializada em produtos ligados à saúde e higiene pessoal.

“Na época que estudei lá, a FGV tinha a política de que os alunos só podiam estagiar a partir do sexto período do curso. Pensando que aquilo poderia me afastar da dinâmica do mercado e do aprendizado real, pelo suor, decidi participar da empresa júnior da faculdade, o que me deu uma base sobre como algumas coisas funcionavam na prática”, conta Rafael. Seu primeiro estágio foi em um fundo de venture capital que tinha aberto recentemente um escritório em São Paulo. “É uma empresa que trabalha com startups de tecnologia e inovação. Era, na época, um escritório pequeno, o que me deu a possibilidade de participar de todos os processos da empresa. Mas, infelizmente, não teria espaço para crescimento por lá naquele momento.”

Após essa experiência, Rafael decidiu que era a hora de planejar os próximos passos. “Procurei o programa de mentoring da Fundação Estudar, e com a ajuda de um mentor foi possível eu definir um norte para a minha carreira. A primeira coisa que ele me falou foi: ‘não arrisque tanto agora no começo da carreira, pois o tombo pode ser muito grande’ – ele tinha grandes anseios de começar a construir o próprio negócio”. O primeiro passo de Rafael foi, então, definir quais eram as empresas que poderiam lhe oferecer know-how administrativo, que pudessem dar a base para a construção do seu projeto de vida. “Queria algo mais ‘mão na massa’, e acabei optando pela Ambev“, diz.

Durante o processo de seleção do programa de trainee na gigante das bebidas, entretanto, uma outra porta se abriu para o administrador. “A Ambev é uma excelente escola, mas possui um porte muito grande, o que me causava certo distanciamento da dinâmica que eu buscava, mais empreendedora e desafiadora. Então, apareceu a oportunidade de participar do trainee da Tarpon, que é um fundo de investimentos ativo em várias empresas de diferentes segmentos e que possivelmente me deixaria mais próximo do alcance de meu objetivo, em uma carreira mais arriscada, porém acelerada. Ao fim do programa, depois de passar por três empresas distintas, tive de escolher uma delas para atuar, e a escolhida foi a Cremer.”

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Rafael Matioli [Cauê Marques]

O dia a dia e o mercado de trabalho
A escolha pela Cremer foi baseada em fatores que Rafael acredita ser fundamentais para uma empresa que está prestes a completar 80 anos. “As pessoas aqui dentro são muito jovens e, independentemente da idade, têm uma responsabilidade muito grande na empresa. Todos são ouvidos, mas também bastante cobrados. Existe uma confiança enorme depositada no nosso trabalho”, explica.

Trabalhando atualmente na criação de uma nova área dentro da Cremer, o cotidiano de Rafael é dividido entre reuniões e pesquisas sobre medicina diagnóstica no Brasil, uma nova aposta da empresa no mercado. O coordenador comercial da Cremer conta com orgulho as etapas do novo projeto em que está focado no momento.

“Estou desde o começo do ano estudando esse campo novo para mim e para a empresa. Eu desconhecia completamente os detalhes da área quando dei início ao projeto. Hoje, é gratificante ver todo o conhecimento que já consegui trazer para dentro da Cremer a respeito do modelo de negócio e as definições da operação a partir disso”, diz. Por outro lado, o dia a dia reserva também um lado menos prático que desagrada Rafael: “não gosto quando existe algum tipo de burocracia que torna o trabalho mais lento, mas muitas vezes não tenho escolha. Na profissão que escolhi, tenho que aprender a lidar com tudo isso”.

Sobre o mercado de trabalho na área em que atua, Rafael entende que o jovem profissional buscado por uma empresa como a Cremer deve ter, acima de tudo, vontade de agir. “É preciso querer transformar uma realidade. Ser crítico, mas não ficar passivo diante da própria crítica. O conhecimento específico das ferramentas necessárias para a execução você alcança na prática. Antes disso, precisa acreditar no que faz.”

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