Quem tem interesse em trabalhar no mercado financeiro ou quer aprender mais sobre essa realidade profissional já pode se inscrever no Constellation Challenge, a maior competição de avaliação de empresas do país. A participação está restrita a estudantes de graduação, que podem se inscrever individualmente ou em grupos de até 5 integrantes por aqui.

A disputa é organizada pela Constellation, uma das mais respeitadas gestoras de fundos de ações (ou asset management) do país, criada inicialmente para gerir parte do patrimônio de Jorge Paulo Lemann e seus sócios no antigo Banco Garantia, Marcel Telles e Beto Sicupira. Hoje aberta a outros investidores, gere cerca de 2,6 bilhões de reais em ativos. 

Para decidir as empresas em que vai investir, a gestora aposta na análise fundamentalista e um rigoroso processo de investimento – e é exatamente dessa realidade que os participantes vão se aproximar, já que a competição consiste em avaliar uma empresa real e apresentar um case de investimentos sobre ela para uma banca julgadora.

Todos os grupos finalistas ganharão um curso de investimentos como prêmio, e o vencedor, além disso, também ganhará um prêmio financeiro de 5 mil reais e um almoço com um sócio da Constellation. “Nós também escolheremos entre os participantes da competição o nosso summer job [estagiário de verão], que virá trabalhar aqui em julho”, explica Marcello Silva, sócio da gestora responsável pela área de gente.  

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Como surgiu

Segundo Marcello, a própria ideia da competição surgiu de funcionários mais jovens da Constellation, alunos do Insper e da FEA-USP e que participavam das ligas de mercado financeiro de suas faculdades.

A ideia é aproximar os participantes dos desafios reais de quem trabalha no mercado financeiro. E não é só conversa… Durante a competição, o aprendizado acontece na prática. Existe uma preparação teórica realizada pela própria equipe da Constellation, mas o verdadeiro desafio vem depois: montar um case de investimento sobre uma empresa escolhida pela asset.

Para chegar até aí, é preciso passar por uma fase eliminatória, que envolve um estudo da indústria em questão. “Depois dessa entrega, quem for aprovado tem mais duas semanas para fazer o trabalho sobre a empresa”, explica Marcello. Nesse meio tempo, a equipe fica disponível para tirar dúvidas dos participantes, o que representa uma boa oportunidade de contato com quem já tem experiência no mercado.

“Somos um fundo, e tentamos levar a competição o mais próximo possível do tipo de apresentação que fazemos internamente, no nosso dia a dia”. Isso significa que você não deve esperar passar o tempo todo na frente de um computador, já que parte fundamental da avaliação de uma empresa envolve gastar sola do sapato e fazer pesquisa de campo. “A gente incentiva muito o trabalho de campo, ir para rua descobrir coisas, falar com os concorrentes…”

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Quebrar a barreira

Para Marcello, mesmo quem nunca fez uma valuation (como é chamada a avaliação da empresa, no jargão do mercado), consegue – e perder o medo desse cálculo é um dos benefícios de participar. A questão aqui é confiança. “A pessoa que vai botar a mão na massa pela primeira vez para fazer o valuation de uma empresa muitas vezes tem até medo, como se fosse um negócio distante, que só se aprende no fim da faculdade. Você acha que não sabe, mas no fundo já sabe fazer, é só quebrar essa barreira”, ele conta.

E mesmo os que não vem dos cursos de administração, economia ou engenharias também têm chance, desde que exista o interesse nesse universo de investimentos e uma boa base de matemática. É necessário, por exemplo, saber o básico de contabilidade e finanças. “Mas o que a gente realmente cobra dos participantes é o racional deles, a forma de pensar e raciocinar. Por que uma empresa vai crescer 10% ao ano? Buscamos quem sabe pensar melhor, questionar melhor isso”, ele explica, acrescentando que não há restrição de curso para a inscrição.  

“Mesmo quem não for classificado para a final também aprende com o processo”, completa. A equipe dedica tempo aos participantes, indicando artigos e ensinando o que for necessário. “Você começa a pensar como investidor.”

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História para contar

Como recrutador, Marcello conta que um ponto recorrente das entrevistas com jovens estudantes ou recém-formados é a ausência de um histórico de envolvimento com temas financeiros. Ele sente falta de histórias. “Uma resposta super comum é que ‘sempre foi meu sonho trabalhar no mercado financeiro’, mas quando você questiona o que ela já fez, ela não tem o que falar”.

Participar de atividades como a competição da Constellation já é um envolvimento tangível com o mundo financeiro, e que vai contar pontos na entrevista de emprego mesmo em outras instituições. “Já conheço mais de um pessoa que falou que foi contratada por causa disso”, ele fala. Não é diferente com a Constellation. Hoje, os cinco integrantes mais jovens do time vieram da competição.

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