Homem engenheiro usa régua, chapéu de obra sob a mesa

Maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil, a ALL (América Latina Logística) possui uma frota de 1.095 trens e uma malha de 13 mil quilômetros de extensão que passa por seis estados. Sediada em Curitiba (PR), a empresa transporta produtos para clientes dos segmentos agrícola, como açúcar e soja, e industrial, como combustível e chapas de aço. À primeira vista, pode não parecer um negócio muito arrojado. Mas a ALL se tornou uma das empresas mais cortejadas por jovens talentos.

O que explica o interesse? Na última década ela adotou uma gestão baseada na meritocracia, em que pessoas com desempenho diferenciado crescem e são remuneradas de forma também diferenciada. Quem aceita desafios e entrega bons resultados pode se tornar executivo antes mesmo dos 30 anos. Foi justamente a oportunidade de crescer rápido na carreira que atraiu a atenção do economista Marcelo Lyra, hoje gerente de planejamento financeiro da ALL.

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Como chegou lá
Lyra se formou em economia há mais de cinco anos e emendou um mestrado em análise econômica, que o ajudou a desenvolver seu raciocínio lógico. Ele chegou a trabalhar numa gestora de investimentos, mas a rotina de acompanhar a bolsa o desanimava. “A ALL perguntou se eu queria ajudar a criar um negócio de minério de ferro que poderia se tornar um dos dez maiores do mundo. Não entendia de mineração, mas topei pelo desafio”, diz.

Há dois anos e meio Lyra se mudou para Corumbá (MS), na fronteira do Brasil com a Bolívia, para trabalhar na primeira equipe da mineradora Vetria, nova unidade de negócio da ALL. Ele rodou o país visitando minas, portos e siderúrgicas, e estruturou a primeira fase da empresa. A dedicação de Lyra não passou despercebida: foi promovido a gerente de planejamento financeiro do principal negócio do grupo, a ALL, e voltou a morar em Curitiba.

O que faz
Parte do trabalho de Lyra é se relacionar com investidores da ALL e avaliar se os investimentos ou novos projetos são viáveis – ou seja, se eles vão se pagar e em quanto tempo isso acontecerá. Vale, naquele momento, investir na compra de novos modelos de trens? Ou na construção ou reforma de uma ferrovia? Ou em lançar uma nova unidade de negócio, como a mineradora Vetria? Vale a pena buscar sócios para algum desses projetos? Que impacto essas estratégias podem ter no preço da ação? Como apresentar isso aos investidores da empresa e a potenciais investidores? É esse tipo de pergunta que Lyra ajuda a responder. “Não existe rotina na minha função. Toda semana ou mês estou envolvido num projeto diferente”, diz.

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Competências necessárias
– Ter olho de dono. É preciso se interessar em conhecer como a empresa funciona e como cada área atua para ajudar a companhia a encontrar as melhores soluções

– No trabalho, Lyra está sempre envolvido em cálculos que vão justificar, ou não, investimentos. Portanto, gostar de números é importante

– Aguentar a pressão de estudar a viabilidade de projetos estratégicos para a empresa também faz parte

– Saber conversar e trabalhar em equipe. Lyra está em contato todos os dias com colegas de outras áreas, como tributário, jurídico e vendas para estruturar os projetos

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